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143 Jesus foi explícito nesse ponto Certo dia, Cristo encontrou um
pai cujo filho estava endemoninhado. Os discípulos não consegui ram ajudar o jovem, e o Mestre usou a ocasião para ensinar uma lição acerca do poder da fé:
E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe—te o meu filho, que tem um espírito mudo; e este, onde quer que o apanha, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai-se secando; e eu disse aos teus discípulos que o expulsassem e não pudenon. E ele,
respondendo lhes, disse:
Ó
geração incrédula! Ate quando estarei coilvosco? Até quando z’os sofrerei ainda? Trazei—mo. E trouxe— rain—lho; e, quando ele o viu, logo o espírito o agitou com violência; e, caindo o endemoninhado por terra, revolvia—se, espumando. E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E eledisse—lhe: Desde a infância. E muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer algmnna coisa, tem compaixão de nos ajuda nos. E Jesus disse—lhe: Se tu podes
crem; tudo é possível ao que crê, E loço o pai do menino, clamando, com lagrinius, disse: Eu creio, Senhor! Ajuda a minha increduli dade. E Jesus, vendo que a multidão concor, ia, repreendeu o
es pírito imnummdo, dizendo—lhe: Espírito ,nudo e surdo, cii te
ordeno: sai dele e não entres mais nelc. E ele, clanmammdo e agitando— o com violência, saiu; e ficou o nu’nino conto morto, de tal
Inamíeira que muitos diziam que estava morto. Mas Jesus, tomando —o pela mão,
o ergueu, e ele se levantou.
Marcos 9.17-27
Jesus não poderia ter sido mais dava quando disse: tudo é possível
ao ue cr?. O pai aflito tinha fé, mas também foi honesto quanto à sua
luta com esta. Ele sofreu muitos anos por causa da condição de seu filho, e
pro avelmente viu diversas curas pela oração e por outros meios.
O pai deve ter enxergado uma ponta de esperança quando soube que os discípulos de Cristo tinham o mesmo poder de cura que Seu
Niestre. Mas, percebeu que eles não obtinham êxito. Isso pode ter 144
abalado a confiança desse homem, talvez porque ele tenha colocado sua fé no que Jesus e os discípulos podiam fazer, em vez de focá-la em quem Cristo era. Entretanto, quando conheceu Jesus, o pai do endemoninhado admitiu sua luta com a fé, depositou-a em Cristo e testemunhou o Impossível: a cura de, seu fflho.
A fé do Reino vence porque enxerga além do que é humanamen te possível — os limites da realização, da compreensão e da capacida
de dos hõmens — e abraça o impossível, confiando essa parte àquele
em quem tudo pode ser realizado. Por causa desse alcance infinito, a genuína fé produz a coragem e a visão que seriam inconcebíveis num piano puramente físico. Quando os discípulos de Jesus lhe per guntaram o motivo pelo qual tinham sido incapazes de expulsar o demônio do menino, Jesus apontou para a fé mais uma vez:
Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus em particular, dis seram: Porque não pudemos nós expulsá-lo? E Jesus lhes disse: Por causa da vossa pequena
fé;
porque em verdade vos digo que,se tiverdes
fé
como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá -- e há de passar; e nada vos será
impossível
Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.
Mateus 17.19-21
Se a fé do tamanho de um grão’ de mostarda pode mover um monte, imagine o que urna maior pode realizar! Alguns dos maio res adventos, ministérios e movimentos do Reino de Deus na terra começaram como urna semente que foi plantada no solo fértil da fé. Assim, floresceram e concretizaram-se. A fé do Reino não está limi tada pelo que a visão, a razão ou a sabedoria humana dizem que é possível. Ela é ilimitada,porque Deus também é.
Deus nunca planta no coração do homem um desígnio ou concede-lhe um sonho sem providenciar seu cumprimento. Desta forma, se o Senhor
o chamou para um propósito ou colocmi um sonho em seu coração, não negue. Não considere a situação impossível, mesmo que a reali zação lhe pareça improvável diante das atuais circunstâncias. Confie
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isso ao Senhor. Use a moeda do Reino — sua semente de fé — e creia
no Rei para efetivar o que Ele plantou em você. Pode ser que leve um tempo, talvez alguns anos, mas acontecerá no tempo perfeito de Deus. Lembre-se, Abraào esperou25 anos por Isaque. Todos os san tos citados em Hebreus 11 morreram sem ver o cumprimento total das promessas que receberam. Isso não quer dizer que a, fé deles estava mal colocada. Significa apenas que confiaram naquele cujos planos e propósitos transcendem o espaço e o tempo.
A mensagem do Reino de Deus confronta todo aquele que a ouve como a escolha crucial: creia, e viva; ou não creia, e morra; con fie, e desfrute uma vida cheia de riqueza e significado; ou duvide, e contente-se com uma existência medíocre e sem propósito; creia, e vença; ou descreia, e aceite a derrota.
Judas Iscariotes se deparou com a escolha crucial. Mesmo depois de trair Jesus e entregá-lo aos inimigos, ele poderia ter se arrepen dido. Poderia ter repudiado sua traição, buscado o perdão de Cris to e renovado a fé no Senhor. Mas, em vez disso, Judas persistiu na descrença, e o desespero por causa da confiança perdida o levou ao suicídio:
Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, toca do de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocen te. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo. Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, reti
rou-se efoi enforcar-se.
Mateus 27.3-5 ARA
A consciência de Judas ficou aflita por ter traído um homem que o chamava de amigo, mas não o levou ao ponto de abraçar Cristo como o Rei dos reis é o Senhor dos senhores e clamar por Seu perdão. A fé dc Judas estava mal colocada. Ele, tinha urna opinião forma da sobre quem Jésus devia ser e o que devia fazer. Quando suas 146
expectativas não se cumpriram, o apóstolo não conseguiu recuperar sua fé. A confiança de Judas em Jesus não se tornou a fé do Reino. A tragédia que culminou na morte de Judas nos mostra que, quando a
fé se perde, a vida não tem mais sentido.
Simão Pedro se defrontou com a mesma escolha que Judas, mas agiu diferente. Tendo negado publicamente Jesus três vezes, Pedro poderia ter permanecido no erro, não ter se arrependido, e acabado
coragem. Ele falhou no teste não porque não cria, mas porque con fiou em sua própria força. Humilhado pelo seu erro, Pedro se agar rou à chance de renovar sua relação com o Mestre.
Na costa do mar da Galiléia, Cristo ressurreto deu ao discípulo três oportunidades de reafirmar seu amor por Ele — uma para cada
negação. Nesse momento, Simão passou no teste, demonstrando que sua conffimça era a fé do Reino: aquela que dura, que persevera, que preenche a vida com propósito e significado. Pelo resto de sua traje tória, Pedro pregou corajosamente, resistiu às adversidades, enfren tou oposições de todos os tipos com a bravura que apenas a genuína
fé pode conceder a alguém.
Da mesma forma que Judas e Pedro, cada um de nós se depara com uma escolha decisiva na vida: crer ou não. A chave para ven cer as provações é viver pela fé, que é a expressão ativa e visível de nosso amor por Deus. Demonstramos nosso amor pelo Senhor obedecendo-lhe, pois isso é a fé em ação. A fé abastecida do amor a Deus nos enche de esperança, a garantia confiante de nossa eterna cidadania no Reino dos céus. No final, esses três elementos — fé, espe
rança e amor — permaneceram, enquanto tudo mais tiver passado:
A caridade nunca falha; vias, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Mas, quando vier o que é perfeito, então, o que o é em parte será aniquilado. [...]
Agora, pois, permanecem afé, a esperança e a caridade, estas três;
mas a maior destas é a caridade.
1 Coríntios 13.8-10,13
Jtcoryay1,hLLw 147
Essa tripla combinação de fé, esperança e amor produz em nós coragem, o que garante nossa vitória sobre o mundo:
Todo aquele que cre que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também atos ao que dele é nescide. Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus:
quando ama
mos a Deas e guardamos os seus mandamentos. Porque esta é a caridade de Deas: que gaardeioos os seus mandamentos; e Os seus mandamentos não são pesados. Porque todo o que e nascido dc Deus vence o mundo; e esta é e r’ihiria que s’oire o mundo: a nossa