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D João II manda fortalecer e reparar todas as cidades, vilas e castelos

dos “estremos” do Reino, 1488, PINA, Rui de - Crónica de D. João II, fl. 228v-229,

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[fl. 228v] No começo do anno de mil quatrocentos e oitenta e oyto: com quanto elRey estava em pacifica paz e amizade com castella: e sem alguma causa nem sospeiçam de rompimento: porem como Rey boom e mui previdente que nos tempos da paz ama as cousas da guerra e nos da guerra procura sempre os meos da paz mandou proveer afortalezar e repairar todallas cidades villas e castelos dos estremos de seus regnos assy no repayro e defenssa dos muros e torres como em munições e basteamentos dartelharias pólvora salitre armas almazéns pera que mandou fazer em todallas fortalezas novos apousentamentos e casas deputadas pera isto. E pera que estas cousas por negligencia e pouco provimento dos alcaides se nom // [fl. 229] pudessem ordenou logo novos officiaes moores pessoas discretas e dautoridade que per repartiçam das comarquas com grande cuidado proveessem e fezessem repairar as sobre dictas cousas. E pera repairo e acalmamento das dictas artelharias na comarqua da Beira mandou novamente fazer a tarecena da villa de Pinhel em que as dictas cousas estavam em deposito e abastança. E assy neste anno mandou começar a cava e torre d`olivença a que os Reys de Castella queryam per roguos empedir dizendo que entanta certidão e segurança de paz como antre eles todos avia nom era necessário dhuuua parte nem da outra se fazerem cousas de que se seguissem sospeitas nem alvoroços de guerra mas pera elRey nom foy isto causa legitima pera a obra se leyxar de prosseguir e fazer como fez.

Documento 3 – D. João II permite a entrada dos judeus castelhanos em Portugal, 1492, PINA, Rui de - Crónica de D. João II, fl. 257v-229, disponível em «http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4162615»

[fl. 257v] Neste mesmo anno elRey de Castella dom Fernando e a Raynha dona Isabel sua molher como príncipes mui católicos e verdadeiros capitaaes e defensores da (…) por que a fe nom minguasse em seus regnos e senhorios tendoos tam fartos de paz e justiça lançaram delles fora todollos judeus pera que sob pena de mortes lhes assinou certo e conveniente tino dando-lhe licença que em mercadorias tirassem de seus regnos suas fazendas nom sendo ouro nem prata nem em alguma das cousas de regno a regno defesas. Os quaaes veendosse desacorridos nom querendo com sua danada dureza convertersse aa

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pera outros nos seus portos do mar também lhes desse passagem. Sobre o qual elRey com leterados e senhores do regno teve em Syntra conselho no qual ante de algum dar sua voz elle pera huma cousa e pera a outra fez e alegou taaes razooes e mostranças em que claramente descobrio sua vontade e desejo ser de os recolher por dinheiro com fundamento de com elle passar em africa com menos opressam e despesa de seu povoo. A que os mais veendo já sua determinação hir diante do conselho posposto ho inteiro conhecimento da verdade somente por lhe comprazer se inclinaram e a aprovaram. E porem este erro antre os discretos e prudentes especialmente nas cousas graves sempre aos Reys e príncipes se estranhou e julgou por certa queeda de regnos e senhorios porque menos erro he e menos reprinssam merece o que as cousas faz sem conselho que contra conselho. E porem alguns em que avia juízo limpo e dal[fl. 258]guuma paixam nom corruto desprezando lijonjaria ou temor que a outros guiavam substancialmente o contradisseram dizendo. Senhor duas excelentes e muy louvadas cousas ouve sempre nestes regnos de Portugal por que os Rex e naturaaes deles em todo ho mundo sobre todos foram honrados e estimados. A primeira foy huuma firme lealdade dos portugueses pera seu Rey. E a segunda inteira fe e verdadeiro amor que os Rex deles como mui católicos a Deos e a sua sancta fe sempre teveram e guardaram. A segunda ou por culpas alheas ou por pecados próprios vossos ou nossos já em vossos dias e no tempo de vosso regnado por deslealdades primeiramente se corrompeo e que Deos por sua piedade e vossa inocencia dellas com tam segura justiça e vingança vos livrasse porem isto fora melhor que nom fora ca por nom gozardes da tranquilidade e segurança que vossos antecessores sempre possuíram mais o devees rreportar a desaventura que a bem aventurança vossa. E pois a perda desta primeira em vosso tempo começou tirar renome de tanto louvor a vossos vassalos. A segunda que he a fe chrisptaa e que já soo fica nom devees querer que por dinheiro em que parece que entra vituperada cobiça se apague e corrompa primeiro em vos. E pois nos regnos de Castella e Aragam vossos comarqaaos nom tendo tam antigo privilegio desta limpeza os excelentes Rex deles como católicos chrisptaos posposta a natural criação que estes infiees e hereges em seus regnos teveram e desprezando tam ricos serviços tributos e servidam que lhe deviam e sempre fezeram soo por boom exempro e grande pureza da fee como a imigos os desterram e lançam de suas terras a razam honestidade nem conciencia vossa nom consente que vos os emparees e recolhaaes nas vossas a que em tudo mais contradiz. E nom sabemos com que escusa e justo titulo vos poderees chamar defensor da fe fazendo de vossos regnos couto e seguro porto aos tam imigos della. Pello qual nosso conselho sera se vossa determinação ho permitisse que de tam vergonhoso proveito e falsa piedade vos escusees ao menos com vossa escusa e denegação pode seer que estes judeus perseguidos de suas naturezas e desesperados já de salvaçam pera os corpos a poderam requerer e receberam pera as almas. E que o seu duro callo de sua antyga e errada porfia com agua do baptismo nos velhos

inteiramente nom amoleça nom he de dovidar que nos moços e mininos seus filhos em que a carne e incrinaçam he molle aproveitara de tudo. E a conversam dos infindos judeus de França e Ingraterra em que agora floreçe a sancta fe e perfeita religiam vos sera pera isso claro exempro. Porque en caso que estes sejam arvores velhas e de mao fruto porem sendo per morte cortadas nom leixaram de produzir ramos nobos em que outra boa fruta que seram seus filhos e netos se enxerte como se fez nos regnos que dissemos. E pera (…) a Deos este erro com esperança de o servirdes na guerra da africa sabee qu este he já tam certo desserviço seu como ho outro serviço da conquista dos mouros he mui dovidoso sendo principalmente com oferta tam torpe. Mas elRey pospostas estas contradições deu contudo lugar que todollos judeus estrangeiros com emposiçam de certos cruzados por [fl. 258v] cabeça podessem viir a seus regnos e nelles estar atee oito meses dentro dos quaaes lhes mandaria dar por seus fretes embarcaçooens a bastantes pera quaaes quer partes do mundo que quisessem. E lhes assinou logo portos nas comarquas do regno pera que entrassem e pos officiaaes e recebedores pera deles receberem per recadaçooes a dicta inposiçam e tributo de que com quanto elRey ouve muita soma douro e prata nom leixou de ser com muitos prásinos do povoo contra elle pelo grande dano perdas e perygo que o regno todo por sua vynda recebeo. Por que co eles aalem doutros males entrou crua pestenença por cuja causa em muitas partes morreo muita gente natural. Nem eles ficaram sem huum piedoso estrago porque nom somente infindos deles per caminhos montes e despovorados com grande desemparo foram nestes regnos mortos e soterrados mas ainda os que deles per mar a terra de mouros passavam nom poderam fogir outras perseguiçoens mais cruas mais danosas e de moor vitupério porque aalem de os bárbaros e mouros a cujas terras passavam lhes roubarem todas suas roupas e fazendas ainda por maior seu tormento e doesto lhes tomavam sua molheres e filhos e a todos sem diferença de machos nem fêmeas traziam e davam a huuma pubrica e abominável dessoluçam de luxuria encurtando com ferro as vidas de muitos se ho contradiziam. E certamente nunca se vio desterro nem desaventura dalguua gente que tantas maneiras de perseguiçõens e por tantos tempos e em tam desvairadas terras parecesse como estes judeus de que muitos nom podendo sofrer a aspereza de tantos males com forças que pareciam de necessidade mais que de fe se converteram a ella e pobres e desonrados se tornavam pera Castella por que dos que hiam ricos de merecimentos pera sua salvaçam soo Deos era o sabedor. E no mês de julho deste anno de mil quatrocentos e noventa e dous faleceo em Roma o papa Inoccencio octavo e socedeo em seu logar o papa Alexandre sexto por naçam valenciano e em cardeal era vice canceler e chamavasse dom Rodrigo Borja de que el Rey foy em Sintra certeficado a dezasseis dias d’ agosto a que despois enviou sua embaixada per dom Pedro da Silva comendador moor d’ Avis que ao dar della se ajuntou em corte de Roma com dom

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que la eram hidos. E porem ante de darem a dicta obediência sobreseveram de industria e por aviso del Rey na cidade de Sena muitos dias esperando pella entrada del Rey de França em Italia a cuja parte e favor el Rey dom Joham fengida e secretamente mostrava que se indinava porque era contrairo a el Rey de Castella avendosse delle por enganado no contrato da entrega de Perpinham em que ficara aho nom impedir e impedia na requista [sic] do regno de Napolles que o dicto rey de França empreendia ajudando e favorecendo o dicto rey de Napolles por que neste tempo antre os rex de Castella e de Portugal ouve causas e fundamentos que pareciam de rotura pera que el Rey aalem das inteligências de França que mostrava pera seu favor mandou no regno e fora delle fazer grandes e di [fl. 259] ssimulados percebimentos que pera se segurar da guerra que neste tempo por sua doença muito temia muito também lhe aproveitaram.(…) [fl. 260] Neste anno de mil quatrocentos e noventa e três em Torres Vedras deu el Rey a Alvaro de Caminha a capitania da ilha de Sam Tome de juro e herdade. E por que aos judeus castelhanos que de seus regnos dentro do tempo limitado se nom saíram mandou tomar por cativos segundo a condiçam da entrada todollos mininos e moços e moças pequenas que tynham despois de os mandar tornar todos chrisptaoos os enviou aa dicta ilha com o dicto Alvaro de Caminha por tal que sendo apartados teerem razam de serem melhores chrisptaaos e aveer por isso causa de a ilha seer melhor povorada como por este respeito ho foy em grande crecimento.

Documento 4 – D. João II compra a torre da vila de Vimioso a Beatriz Feijó e seus filhos, 1496-02-27, A.N.T.T., Leitura Nova, Livro 1 dos Direitos Reais, Microfilme 1020.

[Fl. 188] Del rey carta de compra que fez da Torre do Vimioso que lhe venderam Beatriz Feyjoo e seus filhos della e de Memdaffomso seu marido com todas suas cavas e chaaos. Em nome de Deos amem. Saybam os que este trauto de firme vemda virem que no anno do nascimento de nosso senhor Jhesus Christo de mil e CCCCLBIII anos dez dias do mes d´Agosto em villa de Torres Vedras nas casas que foram de Fellipe Estevez que Deos aja homde ora pousa dom Martinho de Castell Branco do conselho delRey nosso senhor e veedor de sua fazemda em presemça de mym taballiam e testemunhas ao diamte nomeadas estamdo hy o dito senhor per vertude de huum alvará de sua alteza que logo hi apresentou assignado per sua alteza do qual o theor tal he como se segue.

Nos el Rey per este nosso alvará damos poder e autoridade a dom Martinho do nosso comselho e veedor de nossa fazemda que elle per nos e em nosso nome possa comprar a Beatriz Feyjoo molher que foi de Memdaffomso e aos titores de seus filhos huua torre que eles tem em o lugar do Vimioso por que compre a nosso serviço e bem de nossos regnos avermos pera nos a dita torre pera hy mamdarmos fazer huua fortalleza pera deffemssam do dito lugar e comarca d’ arredor. A qual torre comprara per o preço que

se com eles comçertar assy em lhe dar temça como direito como em alvará de casamento pera alguua de suas filhas como em qualquer outra cousa que lhe parecer por que pera todo lhe damos nosso comprido poder e lhe prometemos de todo [Fl. 188v] o que per elle for fecto sobre o que dito he lhe comprirmos e guardamos imteiramente facto em Torres Vedras a XXIX dias de Julho Pero da Mota o fez de mil e quatrocentos e noventa e tres. E apresemtado assy o dito alvará per o dito senhor dom Martinho logo per elle foy dito que semtindo de sua alteza que he por seu serviço e defemsa de seus regnos aver a dita torre com sua barreyra e cava e chaaos d’ arredor que a ella perteemçem pera hi aver mais de fortalleçer e fazer neella huua booa fortelleza e lhe mandara que lhe comprasse a dita torre ele comprava a dita torre com sua barreyra cava e chaaos d’ arredor pera sua alteza a Gonçallo Vaaz escudeiro de sua alteza morador no dito logar do Vimioso que de presemte estava como procurador da dita Beatriz Feyjoo e de Gonçallo Meemdez abade do dito logar do Vimioso titor dos filhos da dita Beatriz Feyjoo que o pera ello imstituyrom por seu procurador [a saber] a dita Beatriz Feyjoo em seu nome e o dito Gomçallo Meemdez em nome dos ditos orfoos lhe deram poder pera vemder a dita torre a sua alteza etc. segundo que se comtem em duas procurações feitas per mym taballiam ao diamte nomeado a huua da dita Biatriz Feyjoo e a outra do dito Gomçallo Meendez titor per poder das quaaes procurecooes disse o dito Gomçallo Meemdez que em nome da dita Biatriz Feyjoo e dos ditos seus filhos elle vemdia como de fecto logo vemdeo a dita torre ao dito dom Martinho pera sua alteza. E esto por preço certo de que se o dito dom Martinho com o dito Gomçallo Vaaz comçertarom [a saber] que a dita Biatriz Feyjoo ha d’aver de sua alteza por a sua metade em cada hum anno seis mil reaaes de teemça em sua vida. De quaaes lhe sua alteza mandara entregar no almoxarifado da Torre de Memcorvo em quaaesquer ditos que sua alteza hi tenha sem mais aver de tirar carta da fazemda em cada hum anno. E pella metade que aos ditos seus filhos perteemce lhe dará o dito senhor sesemta mil reaaes de quaaes lhe sua alteza mandara pagar este anno que vem de noventa e quatro anos e este direito sera em dinheiro comtado e mais lhe dará sua alteza aquella ajuda de casamento que lhe bem parecer pera cada huua de suas filhas qual ella quiser a qual ajuda de casamento lhe dará ao tempo que ella casar. E o dito senhor dom Martinho em nome do dito senhor disse que lhe prazia d’ aceptar a dita vemda e tomar a dita fortalleza com as ditas cousas por o sobredito preço e se obrigou em nome do dito senhor de lhe fazer pagar os ditos sasemta mil reaaes no anno que vem demtro em o dito almoxarifado da Torre de Memcorvo aos titores dos ditos orfaaos e assy lhe fazer pagar a ajuda do casamento pera cada huua das ditas suas filhas como dito he. E assy lhe fazer dar carta a ella Biatriz Feyjoo dos ditos seis mil reaaes que há d’aver em sua vida assemtados nos ditos reaaes como dito he. O qual

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posse e propriedade e auçons que a dita Biatriz Feijoo e os ditos seus filhos tinham em a dita Torre e cousas sobreditas todo tirava e renunciava dos sobreditos e punha em o dito senhor pera todo sua alteza aver e lograr e possuyr como cousa sua propria e isenta e como atee ora ella Biatriz Feyjoo e seos filhos ouverom e tiverom e milhor se o dito senhor com dito poder aver. E disse o dito Gomçallo Vaaz que o dito senhor possa mandar tomar posse da dita torre e chaaos d’arredor per quem sua alteza lh’aprouguer sem pera isso aver mester autoridade de justiça. O qual Gomçallo Vaaz prometeo e se obrigou em nome dos sobreditos per sy nem per outrem numqua em nenhum tempo vyrem comtra a dita vemda nem contra parte alguma della em juízo nem fora delle por que elle promete teer e mamteer em todo e por todo a dita vemda sob obrigaçom de todos os bens da dita Beatriz Feyjoo e dos ditos orfaaos avidos e por aver que pera ello obrigou. Dizemdo o dito Gomçallo Vaaz que avia a dita vemda por proveitosa aos ditos orfaaos por ser cousa de que eles nom aviam remda alguua nem se poder amtre eles partir e assy por amtre eles nom aver tamta fazenda que aalgum deles possa caber em seu quinham. E pelo assy semtir por proveito dos ditos orfaaos pedio ao senhor corregedor da Corte que ao presemte estava na dita villa que desse aa dita venda seu comssentimento e autoridade. E o dito corregedor tirou sobre ello imquiriçom e mandou preguntar certas testemunhas e achou a dita vemda seer muyto proveitosa aos ditos orfaaos segumdoo desembargo que deu escripto e assignado per sua maao que ficacofeito no livro das notas de mym taballiam do qual o theor tal he.

Por quamto se mostra per estes autos esta vemda seer feita em favor e proveyto destes orfaaos eu Joham Fernamdez Gosinho corregedor em a corte del Rey nosso senhor seemdo pera ello requerido per o senhor dom Martinho vedor da fazemda do dito senhor dou pera ello minha autoridade e aprovo e hey por boom e dito comtrauto na forma e maneyra em que he fecto tamto quanto com dito devo e posso. E o dito corregedor dom Martinho com todo açeptou a dita vemda pera sua alteza e pedio dello este e muytos estormentos e o dito Gomçallo Vaaz lhe mandou seer facto este e quamtos lhe cumprem e pedio outro tal pera a dita Beatriz Feyjoo e pera os ditos seus filhos e testemunhas que presemtes forom Fernam Velho, cavalleyro e comtador e Galves escudeiro del Rey nosso Senhor e Joham Fernamdez escripvam d’amtre o dito corregedor dom Martinho e outros e eu Pero d’Almeyda puvrico taballiam em a dita villa e seu termo por a senhora princesa dona Isabell que a esto com as testemunhas presemte fuy e este estormento pera o dito senhor e outro tal pera o dito Gomçallo Vaaz escrepvi e aqui meu puvryco signall fiz que tal he.

Saybam quantos este estormento de conhecimento virem que no anno no nascimento de nosso senhor Jhesus Christo de mil e CCCCLVIII anos aos XIX dias do mes d’Agosto em a villa de Torres Vedras nas casas da morada de mym taballiam ao diamte nomeado e em minha presemça e das testemunhas que ao diamte som escriptas pareceo hy Gomçallo Vaaz escudeiro del Rey nosso Senhor morador no Vimioso como procurador que he de Beatriz

Feyjoo dona Veuva molher que foy de Memd’Affomsso que deos aja morador no dito logar do Vimioso. E de Gomçallo Meemdez abade do dito lugar titor dos filhos da dita Biatriz Feyjoo segumdo se comtem em duas procurações feitas per mym taballiam a huua da dita Biatriz Feijoo e a outra do dito Gomçallo Meemdes titor. As quaaes eu taballiam tenho em meu livro das notas. Logo ho dito Gomçallo Vaaz em nome dos ditos Biatriz Feyjoo e do dito Gomçallo Meemdez disse que era verdade que elle recebeo e tem recebido do senhor dom Martinho de Castell Bramco do comselho del Rey nosso senhor e vedor de sua fazemda [a saber] huma carta de teemça pera a dita Biatriz Feyhoo de seis mil reaaes em cada hum anno em sua vida e hum desembargo de sasemta mil reaaes pera os orfaaos filhos da dita Biatriz Feyjoo e assy huum alvara de ajuda de casamento que el rey nosso senhor

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