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Anexo I: Embaixadores; Biografia

necessária a dispensa papal para contraírem matrimónio Cf COSTA, António Domingues de Sousa ,

44) JOÃO VASQUES DE ALMADA 770 (?)

766 FREIRE, Anselmo Braamcamp, Brasões da Sala de Sintra, Vol. II, p.153 767

MORENO, Humberto Carlos Baquero. A conspiração contra D. João II: o julgamento do duque de Bragança, in Exilados, Marginais e Contestatários na sociedade portuguesa medieval. Lisboa; Presença; 1990, pp.194-196

768 FARO, Jorge. Receitas e despesas da fazenda real de 1384 a 1481 (Subsidios documentais). Lisboa;

Publicação do Centro de Estudos Económicos, 1965. P. 81

769 SOUSA, M.F. B. de, Visconde de SANTARÉM. Quadro Elementar das Relações diplomáticas de Portugal com as diversas potências do mundo desde o princípio da monarquia portuguesa até aos nossos dias. Paris: J.P. Aillaud, 1842-1853, e Vol. I-VII, Lisboa; Typografia da Academia Real das Sciencias.

Tomo III, pp. 135-136: LEÃO, Duarte Nunes de. Cronica Del Rey Dõ Ioam de gloriosa memoria o I.

deste nome, e dos Reys de Portugal o X. e as dos Reys D. Duarte, e D. Affonso o V. Lisboa ; por Antonio

Alvarez, impressor Del Rey N. Senhor, 1643, cap. LXI, pp. 225-228; PINA, Rui de. Crónica de D.

Afonso V. Tomo III. Lisboa; Escriptório, 1904, cap. CXCVII, pp. 113-114. O objetivo desta embaixada ao

papa, era requerer dispensa para o casamento de D. Afonso V com a princesa D. Joana, a Beltraneja. Esta diligência foi organizada por Portugal, França (mr. Saint- Vaille e o governador do Parlamento de Grenolbe) e Castela (Diogo Saldanha). Este fidalgo castelhano seguiu a Rainha D. Joana.

770 GAYO, Felgueiras, Nobiliário de Famílias de Portugal. Tomo I-III. Braga; Oficinas Gráficas da “PAX”, 1938, Tomo I- III, p. 35.

Foi um cavaleiro da corte de D. João I. Era filho de Vasco Lourenço de Almada e de D. Maria da Cunha, filha de D. João Lourenço da Cunha. Casou com D. Joana Annes, filha de João Annes771. Serviu nas guerras de D. João I com Castela. Acompanhou o rei D. João I a Ceuta, juntamente com os seus filhos: Pedro Vaz de Almada772, Álvaro Vaz de Almada773 e João Vaz de Almada774. Acompanhou Nuno Alvares Pereira, no tempo que era fronteiro - mor de Entre -Tejo e Guadiana. Foi embaixador do Rei D. João I entre 1401 e 1414. Esteve presente na assinatura de tréguas com Castela celebradas por um período de 10 anos, após longas negociações, em 1401/1402775. Foi embaixador em Inglaterra em 1404776. A 7 de fevereiro de 1405 assiste à celebração do contrato de casamento de D. Beatriz com Don Thomaz, conde de Arundel777. A 26 de setembro de 1414 é autorizado, pelo rei inglês, a transportar para

771 IDEM, p.35; MORAIS, Cristóvão Alão de, Pedatura Lusitana. Volume III, Tomos I e II, pp. 283-284;

Serviu nas guerras de D. João I, acompanhando Nuno Alvares Pereira, no tempo em que era fronteiro mor de Entre -Tejo e Guadiana. Desentendeu-se com Gonçalo Pires de Malafaia, vedor da Fazenda do Porto. Desgostoso com o monarca refugiou-se em Inglaterra. Serviu o rei Henrique IV de Inglaterra, na guerra com França. Pelos bons serviços, recebeu a Ordem da Jarreteira. Acompanhou o rei D. João I a Ceuta, juntamente com os seus filhos: Pedro Vaz de Almada, Álvaro Vaz de Almada e João Vaz de Almada

772 Armado cavaleiro pelo infante D. Henrique após a conquista de Ceuta; integra um reforço militar

enviado a esta praça, após a sua conquista. Serviu ao serviço de Inglaterra nas guerras contra França. Casou com D. Leonor Gouveia de Queiroz. GAYO, Felgueiras, Nobiliário de Famílias de Portugal, Volumes I-III, p.43; ZURARA, Gomes Eanes de, Crónica do Conde D. Pedro de Meneses, Cap. 73, p. 494; Monumenta Henricina, Vol. II, doc. 161, pp. 325-329

773 GAYO,Felgueiras. Nobiliário de Famílias de Portugal. Braga; Of. tip. da “pax”, 1938, Volumes I-III,

pp35;Monumenta Henricina, Vol. II, doc. 161, pp. 325-329. Conde de Avranches e cavaleiro da Ordem da Jarreteira por Henrique IV, em 1445; serviu o imperador Sigismundo na luta contra os Turcos; alcaide- mor de Lisboa e capitão do mar, sucedendo no cargo a Afonso Furtado; esteve sempre ao lado do infante D. Pedro e com ele morreu na batalha de Alfarrobeira em 1449; armado cavaleiro pelo infante D. Pedro, após a conquista de Ceuta.

774

GAYO, Felgueiras, Nobiliário de Famílias de Portugal, Volumes I-III, pp.43; Monumenta Henricina, Vol. II, doc. 161, pp. 325-329. Senhor de Pereira; integra um reforço militar enviado a Ceuta pelo infante D. Duarte, em 1419; em 1438, a sua filha é expulsa pela rainha D. Leonor de Aragão de sua casa sob pretexto de transmitir informações ao infante D. Pedro; quando o seu irmão, o conde de Avranches, morreu na batalha de Alfarrobeira; Vedor da Fazenda de D. Afonso V; casou com D. Violante de Castro.

775 LOPES, Fernão. Crónica de D. João I, 2.ª Parte, Cap. CLXXXV, pp. 399-4OO; LEÃO, Duarte Nunes,

“Chronica Del Rey D. Joaõ o I deste nome, e dos Reis de Portugal o Décimo”, Cap. LXXX, p. 658; SOUSA, M.F. B. de, Visconde de SANTARÉM. Quadro Elementar das Relações Políticas e

Diplomáticas de Portugal com as diversas potências do mundo desde o princípio da monarquia portuguesa até aos nossos dias. Tomo 1. Pariz; em casa de J.P. Aillaud, 1842- 1853, p. 283;

776 A 16 de fevereiro João Vaz de Almada encontra-se em Inglaterra onde faz diligências como

procurador, sobre as negociações para o contrato de casamento de D. Beatriz com o conde de Arundel. LEÃO, Duarte Nunes, “Chronica Del Rey D. Joaõ o I deste nome, e dos Reis de Portugal o Décimo”, Cap. CIV, p. 732; LOPES, Fernão, Crónica de D. João I, 2.ª Parte, Cap. CCIV, pp. 458-459 As Gavetas

da Torre do Tombo, VI, Gav. XVI, Maços 1-3, 4100, XVII, 2-6, p. 602; SILVA, Manuela Santos. A rainha inglesa de Portugal Filipa Lencastre. Lisboa; Círculo de Leitores, 2012, p. 230.

777

LOPES, Fernão, Crónica de D. João I, 2.ª Parte, Cap. CCIV, pp. 458-459. SILVA, Manuela Santos. A

rainha inglesa de Portugal Filipa Lencastre. Lisboa; Círculo de Leitores, 2012, p. 261. Após a celebração

deste contrato terá regressado, a Portugal juntamente com o de Doutor Martim do Sem e os procuradores do conde de Arundel. Em abril de 1405 fazem-se, em Lisboa, as escrituras públicas, tendo o arcebispo de Lisboa D. João de Azambuja celebrado a cerimónia de casamento por palavras de presente

Portugal 400 lanças, sem qualquer impedimento778. Entre 1383 e 1385, ajuda o Mestre de Avis na defesa do reino.

A 6 de abril de 1384 participa na batalha dos Atoleiros779. Ainda em 1384 integra o grupo de 40 fidalgos que auxiliam Nuno Álvares Pereira a reforçar as fronteiras da comarca do Tejo e Guadiana780. A 14 de agosto de 1385 participa na batalha de Aljubarrota781. Em 1415 participa na conquista de Ceuta e segue na armada do rei D. João 782. Em 1423 recebe carta de mercê de capitão-mor da frota real783. É membro do conselho de Nuno Álvares Pereira e de D. João 784. Em 1384 está presente na homenagem prestada ao Mestre de Avis, após o levantamento do cerco de Lisboa pelo rei de Castela. Em 1385 é armado cavaleiro por D. João I, na véspera da batalha de Aljubarrota785. Em 1402 é testemunha da confirmação das tréguas assinadas entre Portugal e Castela. A 26 de novembro de 1405 está presente no casamento de D. Beatriz com o conde de Arundel. Em 1415 foi incumbido por D. João I, a pedido de D. Filipa de Lencastre, de providenciar o fabrico de três espadas ricamente ornadas, para os infantes serem armados cavaleiros, antes de partirem para Ceuta 786. Ainda em 1415 é cabo de uma das oito galés que o infante D. Pedro apresenta na barra de Lisboa para receber a armada do infante D. Henrique proveniente do Porto787.

778 Monumenta Henricina, II, doc. 36, pp. 94-95; SOUSA, M. F. B. de, Visconde de SANTARÉM. Quadro Elementar das Relações Políticas e Diplomáticas de Portugal com as diversas potências do mundo desde o princípio da monarquia portuguesa até aos nossos dias. Lisboa; Academia Real das

Ciências, 1865,Tomo XIV, p. 164;

779 LOPES, Fernão, Crónica de D. João I, 1.ª Parte, Cap. CLIX, p. 161

780 IDEM, Cap. LXXXVII, p. 146: Nuno Álvares ia como fronteiro à comarca de Entre Tejo e Guadiana. 781

SANTOS, Frei Manuel dos, Monarquia Lusitana. Lisboa; Imprensa Nacional –Casa da Moeda, 1988, Parte Oitava, Livro XXIII, Cap. XXV, p. 614.

782 ZURARA, Gomes Eanes de, Crónica da Tomada de Ceuta, Cap. LXXXVI, p. 252; Monumenta Henricina, II, doc. 62, p.153.

783

Sucede no cargo a Afonso Furtado. Cf. João Martins da Silva MARQUES, Descobrimentos

Portugueses – documentos para a sua História. Volume I, Lisboa; Edição do Instituto para a Alta

Cultura, 1944, doc. 245, pp. 262-263.

784 LOPES, Fernão, Crónica de D. João I, 1.ª Parte, Cap. XCI, p. 151: a escolha dos elementos do

conselho de Nuno Álvares Pereira ocorreu em 1384. Monumenta Henricina, II, doc. 135, pp. 263-265; HOMEM, Armando Luís de Carvalho, “Conselho real ou conselheiros do rei? A propósito dos

―Privados‖ de D. João I”, p. 59; Cf. SANTOS, Maria Alice Pereira. A sociologia da representação político-diplomática no Portugal de D. João I. Doutoramento em História Medieval Tese orientada pela

Professora Doutora Adelaide Millán da Costa Universidade Aberta Lisboa;janeiro de 2015, p. 332. Disponível em: ttps://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/4461/1/TD_MAliceSantos.pdf.

785 LEÃO, Duarte Nunes, “Chronica Del Rey D. Joaõ o I deste nome, e dos Reis de Portugal o Décimo‖,

Cap. LVII, p. 579;

786

ZURARA, Gomes Eanes de, Crónica da Tomada de Ceuta, Caps. XXXVIII, p. 147 e XLI, p. 153; SILVA, Manuela Santos, A rainha inglesa de Portugal Filipa de Lencastre, Lisboa; Círculo de Leitores, 2012, pp. 260-261

787 Monumenta Henricina, Tomo II. Coimbra, doc. 60, p.150; ZURARA, Gomes Eanes de, Cronica da Tomada de Ceuta, cap.36.

Em agosto de 1415 em Ceuta, hasteia na torre mais alta desta cidade a bandeira da cidade de Lisboa, a pedido de D. João788. Pela sua carreira ao serviço do rei e do reino obteve regalias, a saber; em 1384 recebe confirmação do aforamento de umas casas em Lisboa com o pagamento anual de 40 libras789 e em 1415 recebe carta de couto de um pinhal no termo de Almada para preservação da madeira, da lenha e da caça790. Em 1386 recebe carta de doação de D. João I, enquanto fosse sua mercê, de todas as rendas e direitos de Ponte de Lima e seu termo791. A 15 de abril de 1417 tem a concessão, por D. João I, das rendas das judiarias do reino792. João Vasques de Almada morre em 1419, na cidade de Lisboa793.