• Nenhum resultado encontrado

Latossolo Amarelo······································································································

2. REVISÃO DE LITERATURA ························································································

4.1. Caracterização dos solos ································································································

4.1.1. Latossolo Amarelo······································································································

Na área de estudo foi identificado como Latossolo Amarelo o perfil de solo nº 11 e o perfil extra 3. As características morfológicas dos mesmos (Anexo 1) compreendem cores bruno muito escuro e bruno escuro no horizonte A, no matiz 10YR e bruno forte no horizonte Bw no matiz 7,5YR. A estrutura varia de fraca pequena e média granular no horizonte A e fraca pequena e média em bloco subangular no horizonte Bw. A consistência do solo é dura quando seco, muito friável quando úmido e ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso quando molhado.

Na Tabela 9 estão amostradas as características físicas do mesmo.

Tabela 9 – Características físicas gerais de Latossolos do Município de Igarapé-Açú, Estado do Para.

g kg-¹ de solo

Areia Argila Horiz Prof. (cm) Classe de textura¹

Cascalho

Grossa Fina Silte Total disp. H2O

Grau floc.

LATOSSOLO AMARELO Distrófico antropogênico, textura média, A antrópico (LAd) – Perfil 11. Coordenadas 47º26’50.28’’W e 01º6’25.26’’S

A1 0-18 FA - 360 320 140 160 8 95 A2 18-48 FA - 350 380 90 160 4 97 A3 48-93 FA - 350 360 130 160 4 97 AB 93-104 FAA - 330 380 90 200 8 96 Bw1 104-168 FAA - 300 320 140 240 20 92 Bw2 168-228 FS - 290 310 140 260 68 74 LATOSSOLO AMARELO Distrófico antropogênico, textura média, A antrópico

(LAd) – Perfil extra 3. Coordenadas 47º26’57.54’’W e 01º6’24.42’’S

A1 0-40 FA - 360 330 150 160 12 92

A classe de textura do solo é media. A distribuição de partículas segue a tendência do aumento gradativo do conteúdo da fração argila, enquanto que, a fração areia e a fração silte diminuem em profundidade. O conteúdo das frações areia, silte e argila apresentam-se com valores variando no perfil de 600 a 730 g kg-1 de solo, 90 a 150 g kg-1 de solo e 160 a 260 g kg-1 de solo, respectivamente. Foi observado no horizonte A do perfil extra 3, presença de fragmentos de cerâmica de origem indígena.

Observa-se que este Latossolo Amarelo apresenta acidez média, com valores de pH em H2O, variando de 5,1 a 5,7. Os valores de ∆pH são negativos, em torno de –0,8 a –1,3, evidenciando a dominância de cargas superficiais liquidas negativa, demonstrando a capacidade desses solos em reter cátions resultantes da aplicação de fertilizantes. A soma de bases trocáveis nesses solos varia de baixa a média com teores variando de 2,35 a 7,23 cmolc kg-1 de solo, em função de teores mais elevados de matéria orgânica. Altos teores de soma de bases refletem grande disponibilidade de nutrientes essenciais às plantas, não sendo necessário, quando ocorre essa situação, a aplicação de fertilizantes e corretivos no solo para elevar o nível de fertilidade. A saturação de bases trocáveis também é alta, com valores variando de 52 a 67%, até a profundidade de 93 cm (horizonte A3), decrescendo para valores menores que 37% nos horizontes subjacentes ao A3, enquanto que, a saturação por alumínio varia de 3 a 15% (Tabela 10).

TABELA 10 – Características químicas gerais de Latossolos do Município de Igarapé-Açú, Estado do Pará. pH

cmolc kg-¹ de solo % g kg-¹ de solo mg kg

-1 de solo

Horiz Prof (cm) H2O KCl ∆pH

Ca++ Mg++ K+ Na+ S H Al+++ CTCE CTC1 CTC2 V m C N MO P.assim.

LATOSSOLO AMARELO Distrófico antropogênico, textura média, A antrópico. Perfil-11 – Coordenadas 47º26’50.28’’W e 01º6’25.26’’S

A1 0-18 5.2 4.4 -0.80 4.90 1.70 0.05 0.04 6.69 3.10 0.20 6.89 9.99 62.46 67 3 12.51 1,8 21.51 174 A2 18-48 5.1 4.0 -1.10 4.10 0.40 0.04 0.05 4.59 2.50 0.80 5.39 7.89 49.33 58 15 12.09 1,5 20.79 264 A3 48-93 5.4 4.3 -1.10 6.80 0.30 0.04 0.09 7.23 6.30 0.30 7.53 13.83 86.43 52 4 15.50 1,2 26.66 385 AB 93-104 5.7 4.4 -1.30 4.00 0.40 0.03 0.04 4.47 7.89 0.20 4.67 12.56 62.80 36 4 6.16 1,0 10.60 186 Bw1 104-168 5.4 4.3 -1.10 1.90 0.60 0.03 0.03 2.55 8.48 0.10 2.65 11.13 46.38 23 4 2.22 0,7 3.82 96 Bw2 168-228 5.3 4.3 -1.00 1.50 0.80 0.02 0.03 2.35 4.36 0.10 2.45 6.81 26.18 34 4 1.74 0,7 2.99 77

LATOSSOLO AMARELO Distrófico antrópico, textura média, A antrópico. Perfil extra-3 – Coordenadas 47º26’57.54’’W e 01º6’24.42’’S

A1 0-40 5.0 4.20 -0.80 3.60 0.50 0.04 0.05 4.19 2.90 0.40 4.59 7.49 46.80 56 9 10.65 1,5 18.32 55

A2 40-80 5.1 4.10 -1.00 3.20 0.70 0.02 0.04 3.96 2.77 0.70 4.66 7.43 41.30 53 15 13.34 0,7 22.95 310

Os teores de alumínio extraível variam de 0,10 a 0,80 cmolc kg-1 de solo, os quais, condicionados pelos teores de soma de bases trocáveis proporcionam uma baixa saturação por alumínio. A disponibilidade de nutrientes essenciais às plantas é considerada média para o cálcio e magnésio, baixa para o potássio e alta para o fósforo e a matéria orgânica..

Os teores de CTC1 (CTC cmolc kg-1 de solo), CTCE (CTC efetiva) e CTC2 (CTC cmolc kg-1 de argila) decrescem com a profundidade apesar do aumento gradativo da fração argila, parecendo, no entanto, existir uma relação estreita com os teores de carbono (matéria orgânica), os quais, também decrescem com a profundidade. Este fato, evidência que os minerais de argila contido nesses solos são do tipo 1:1, portanto, de baixa atividade. Estes dados estão dentro dos parâmetros químicos estabelecidos para esta classe de solos mapeados na região (EMBRAPA, 1982; RODRIGUES et al, 1974; SILVA et al, 1992; SILVA, 1989; SANTOS, 1993).

O conteúdo de carbono orgânico (C) é baixo e o de nitrogênio (N) é alto, variando nos perfis de 1,74 a 15,50 g kg-1 de solo e de 0,70 a 1,80 g kg-1 de solo, respectivamente com teores mais altos nos horizontes superficiais decrescendo acentuadamente para os horizontes subsuperficiais.

A presença de fragmentos de cerâmica indígena e de altos teores de fósforo, cálcio, magnésio e de carbono orgânico nos horizontes superficiais caracterizam, nesse solo, a ocorrência de horizonte A antropogênico, resultante dos processos de adição de material orgânico e de metapedogênese (bioperturbação), provocados por ação antrópica exercida pelos índios.

Os teores médios de cálcio e magnésio e, altos de fósforo e nitrogênio não evidenciam uma carência acentuada de nutrientes essenciais às culturas, não exigindo, portanto, o melhoramento da fertilidade desses solos, a não ser pela adição de potássio ao solo para elevar o nível desse elemento que é muito baixo.

Estes solos são encontrados em relevos que variam de plano e suave ondulado, sob vegetação secundária (capoeira), desenvolvidos de material originário retrabalhados de natureza areno-argilosa da Formação Barreiras, do Período Terciário. Independente de textura podem ser aproveitados agricolamente com pastagens, plantios de dendê, pimenta do reino, mamão, maracujá e culturas de subsistência, desde que seja mantido o nível de fertilidade e utilizadas práticas de controle da erosão hídrica.

4.1.2 – Argissolo Amarelo

Na área estudada estes solos, identificados através de 10 perfis, apresentam uma diferença bastante significativa no conteúdo da fração argila entre os horizontes A e o Bt. O horizonte B textural é bastante espesso, com pequena diferenciação morfológica, de baixa relação silte/argila, ausência de cerosidade, o que faz assemelhar-se bastante ao horizonte B latossólico.

As propriedades morfológicas (Anexo 1), estão caracterizadas pelas cores bruno escuro a bruno no horizonte A e bruno amarelado a amarelo brunado no horizonte B, no matiz 10 YR. A estrutura é fraca pequena e média granular no horizonte A e bloco subangular no horizonte B. A consistência do solo é friável a muito friável quando úmido e não plástico a plástico e não pegajoso a pegajoso quando molhado. Nos horizontes transicionais AB e BA ou mesmo no topo do Bt1 foi observado um adensamento que ocasiona, em alguns perfis, a presença de mosqueados, devido à menor taxa de infiltração da água, evidenciando caráter epiáquico nos perfis P1 e P8. A classe de textura vária de arenosa/média e média/argilosa

Observa-se uma tendência de aumento da retenção de água com a profundidade, independente da tensão aplicada, decrescendo nos horizontes Bt1 e Bt2 na maioria dos perfis a partir da tensão de 33 kPa, o que está de acordo com as observações de Oliveira Junior et al.(2001) e Cardoso Junior (2001).

A água disponível (AD) armazenada nos horizontes dos solos foi determinada entre as tensões de 100 kPa e 1500 kPa, variando entre 0,04 a 0,14 m3 m-3, com conteúdos abaixo da amplitude de variação 200 m3 m-3 (KIEHL, 1979), podendo ser considerada como alta nos perfis P2, P9e P10 e baixa nos demais (OTTONI FILHO et al 1998).

Os menores conteúdos de água disponível nos solos é conseqüência do maior teor de água retida na tensão de 1500 kPa, principalmente, naqueles que têm maior conteúdo de fração argila. Nos horizontes superficiais com baixo conteúdo da fração argila total, o aumento da retenção de água pode estar relacionado ao maior conteúdo de matéria orgânica (Perfis P2, P3, P4, P5, P6, P8, P9 e P10). As variações nos valores de retenção de água podem ser explicadas pelas diferenças nas frações granulométricas existentes dentro da mesma classe textural dos solos, como também das diferenças nos conteúdos da matéria orgânica, tipo de argila e de diferentes micro-estruturas presentes nos solos (COSTA, 1979; 1983) (Tabela 11).

Tabela 11 -Características físico-hídricas gerais dos Argissolos do município de Igarapé-açú, Pará. Granulometria

Areia Argila Conteúdo de água (m

3 m-3) porosidade Da Dp

grossa fina silte total H20 Tensões (kPa)

Horiz Prof. (cm)

g kg-¹ de solo 6 10 30 100 1500

AD

Tot

calc Tot det macro micro kg dm-3

ARGISSOLO AMARELO Distrófico epiáquico, textura arenosa/média, A moderado (PAd4). Perfil 01 – Coordenadas 47º36’25.02’’W e 01º4’2.76’’S

A1 0-9 570 270 100 60 0 0.13 0.12 0.12 0.10 0.07 0.04 0.45 0.45 0.33 0.13 1.42 2.55 A2 9-18 400 270 190 140 0 0.13 0.12 0.12 0.10 0.07 0.04 0.45 0.45 0.33 0.13 1.42 2.61 AB 18-29 350 260 150 240 20 0.22 0.21 0.21 0.18 0.14 0.06 0.35 0.36 0.13 0.22 1.71 2.61 BA 29-46 330 210 160 300 28 0.24 0.24 0.24 0.20 0.17 0.07 0.41 0.42 0.16 0.24 1.57 2.65 Bt1 46-78 340 210 110 340 40 0.29 0.25 0.24 0.20 0.16 0.08 0.44 0.41 0.15 0.29 1.50 2.67 Bt2 78-143 330 220 130 320 36 0.30 0.26 0.20 0.17 0.15 0.05 0.48 0.45 0.18 0.30 1.40 2.68 Bt3 143-230 330 230 100 340 0 N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D 2.67 ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, textura arenosa/média, A moderado (PAd1). Perfil 02 – Coordenadas 47º25’54.48’’W e 01º0’24.66’’S

A1 0-9 460 300 140 60 40 0.23 0.21 0.12 0.12 0.03 0.09 0.53 0.48 0.30 0.23 1.26 2.67 A2 9-18 340 390 150 120 0 0.26 0.23 0.16 0.13 0.07 0.08 0.47 0.41 0.21 0.26 1.40 2.63 AB 18-35 340 370 130 160 8 0.27 0.25 0.18 0.16 0.08 0.10 0.45 0.40 0.18 0.27 1.46 2.67 BA 35-64 300 330 130 240 20 0.27 0.26 0.20 0.18 0.12 0.08 0.44 0.41 0.17 0.27 1.48 2.63 Bt1 64-97 300 330 130 240 24 0.25 0.24 0.19 0.16 0.13 0.06 0.47 0.47 0.22 0.25 1.39 2.65 Bt2 97-154 300 310 110 280 20 0.30 0.25 0.18 0.15 0.12 0.07 0.49 0.45 0.19 0.30 1.39 2.70 Bt3 154-251 280 310 110 300 0 N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D 2.68 ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, textura média/argilosa. A moderado (PAd3). Perfil 03 – Coordenadas 47º25’59.76’’W e 01º3’10.02’’S

A1 0-12 280 500 140 80 0 0.24 0.16 0.15 0.10 0.04 0.10 0.50 0.46 0.26 0.24 1.29 2.58 AB 12-34 200 410 210 180 12 0.24 0.19 0.18 0.14 0.09 0.08 0.47 0.45 0.23 0.24 1.37 2.58 BA 34-59 190 370 140 300 24 0.25 0.24 0.24 0.21 0.16 0.08 0.43 0.47 0.18 0.25 1.51 2.67 Bt1 59-94 190 340 130 340 28 0.27 0.26 0.24 0.21 0.18 0.06 0.44 0.46 0.17 0.27 1.47 2.65 Bt2 94-136 180 350 130 340 28 0.27 0.26 0.23 0.19 0.16 0.06 0.46 0.45 0.19 0.27 1.46 2.70 Bt3 136-244 180 380 100 340 12 N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D 2.67 ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, textura arenosa/média, A moderado (PAd1). Perfil 04 – Coordenadas 47º 32’ 3.96’’W e 01º9’4.32’’S

A1 0-16 580 280 60 80 28 0.14 0.13 0.13 0.11 0.04 0.09 0.50 0.49 0.36 0.14 1.31 2.61 AB 16-36 460 270 110 160 12 0.21 0.20 0.19 0.17 0.11 0.08 0.44 0.45 0.24 0.21 1.49 2.68 BA 36-55 380 240 100 280 24 0.26 0.22 0.21 0.17 0.15 0.06 0.46 0.43 0.20 0.26 1.42 2.61 Bt1 55-87 360 230 90 320 36 0.20 0.19 0.19 0.16 0.15 0.04 0.47 0.50 0.27 0.20 1.40 2.63 Bt2 87-126 370 250 60 320 32 0.19 0.19 0.18 0.16 0.14 0.04 0.48 0.49 0.30 0.19 1.39 2.68 Bt3 126-179 360 240 80 320 20 N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D 2.63 Bt4 179-270+ 370 240 70 320 0 N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D 2.67 Continua... 59

Continuação Tabela 11

Granulometria

Areia Silte Argila Conteúdo de água (m3 m-3) porosidade Da Dp

grossa fina total H20 Tensões (kPa)

Horiz Prof. (cm)

g kg-¹ de solo 6 10 30 100 1500

AD Tot

calc Tot det macro micro kg dm-3

ARGISSOLO AMARELO Distrófico abrúptico, textura arenosa/média, A moderado (PAd6). Perfil 05 – Coordenadas 47º32’2.28’’W e 01º11’21.84’’S

A1 0-17 580 280 80 60 0 0.17 0.14 0.11 0.09 0.04 0.08 0.52 0.54 0.36 0.17 1.25 2.63 AB 17-31 490 290 140 80 4 0.20 0.18 0.14 0.12 0.08 0.06 0.44 0.45 0.24 0.20 1.49 2.65 BA 31-50 450 260 70 220 12 0.21 0.18 0.15 0.12 0.10 0.05 0.46 0.48 0.25 0.21 1.41 2.61 Bt1 50-83 460 210 90 240 20 0.18 0.18 0.17 0.15 0.12 0.05 0.47 0.50 0.29 0.18 1.40 2.65 Bt2 83-134 430 240 110 220 36 0.23 0.19 0.16 0.14 0.12 0.04 0.48 0.49 0.25 0.23 1.40 2.67 Bt3 134-195 430 250 60 260 4 N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D 2.63 Bt4 195-285+ 410 220 70 300 0 N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D 2.74 ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, textura média/argilosa, A moderado (PAd2). Perfil 06 – Coordenadas 47º37’9.90’’W e 01º10’33.06’’S

A1 0-13 530 340 70 60 0 0.18 0.17 0.12 0.10 0.07 0.05 0.48 0.47 0.30 0.18 1.37 2.70 A2 13-24 380 360 140 120 4 0.18 0.17 0.12 0.10 0.07 0.05 0.48 0.47 0.30 0.18 1.37 2.63 AB 24-38 360 310 130 200 4 0.30 0.20 0.16 0.14 0.12 0.04 0.42 0.42 0.13 0.30 1.51 2.63 BA 38-67 310 220 150 320 36 0.26 0.25 0.22 0.20 0.19 0.03 0.39 0.42 0.13 0.26 1.59 2.61 Bt1 67-107 300 230 110 360 44 0.32 0.30 0.28 0.23 0.20 0.07 0.41 0.36 0.09 0.32 1.61 2.74 Bt2 107-155 300 240 120 360 12 0.28 0.27 0.23 0.21 0.20 0.03 0.42 0.44 0.14 0.28 1.56 2.68 Bt3 155-262+ 310 230 100 360 0 N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D 2.68 ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, textura arenosa/média, A moderado (PAd1). Perfil 07 – Coordenadas 47º33’ 6.18’’W e 01º14’35.82’’S

A1 0-12 601 310 49 40 0 0.12 0.11 0.08 0.08 0.03 0.05 0.51 0.50 0.39 0.12 1.32 2.63 A2 12-23 520 350 70 60 0 0.12 0.11 0.08 0.08 0.03 0.05 0.51 0.50 0.39 0.12 1.32 2.72 AB 23-48 410 310 220 60 0 0.17 0.16 0.11 0.09 0.06 0.05 0.48 0.49 0.31 0.17 1.40 2.68 BA 48-82 370 310 220 100 60 0.20 0.19 0.14 0.12 0.10 0.05 0.45 0.46 0.24 0.20 1.48 2.67 Bt1 82-129 370 350 120 160 16 0.19 0.18 0.12 0.10 0.08 0.04 0.48 0.50 0.29 0.19 1.39 2.70 Bt2 129-184 380 330 90 200 8 0.19 0.17 0.12 0.09 0.08 0.04 0.48 0.48 0.29 0.19 1.43 2.74 Bt3 184-280+ 370 330 120 180 8 N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D 2.70 ARGISSOLO AMARELO Distrófico epiáquico, textura média/argilosa, A moderado (PAd5). Perfil 08 – Coordenadas 47º38’33.12’’W e 01º8’19.80’’S

A1 0-7 450 340 130 80 0 0.23 0.20 0.15 0.13 0.06 0.10 0.46 0.45 0.23 0.23 1.40 2.56 A2 7-17 410 340 170 80 40 0.23 0.20 0.15 0.13 0.06 0.10 0.46 0.45 0.23 0.23 1.40 2.65 AB 17-32 360 330 150 160 12 0.23 0.22 0.17 0.15 0.12 0.06 0.40 0.40 0.17 0.23 1.61 2.68 BA 32-49 320 280 120 280 28 0.29 0.28 0.25 0.23 0.16 0.09 0.44 0.37 0.15 0.29 1.52 2.70 Bt1 49-77 270 240 110 380 60 0.30 0.29 0.26 0.24 0.19 0.07 0.45 0.46 0.15 0.30 1.47 2.68 Bt2 77-135 290 220 90 400 40 0.32 0.30 0.28 0.26 0.21 0.06 0.43 0.45 0.11 0.32 1.52 2.67 Bt3 135-260+ 310 200 90 400 0 N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D 2.65 60

Continuação Tabela 11.

Granulometria

Areia Silte Argila Conteúdo de água (m

3 m-3) porosidade Da Dp

grossa fina total H20 Tensões (kPa)

Horiz Prof. (cm)

g kg-¹ de solo 6 10 30 100 1500

AD

Tot

calc Tot det macro micro kg dm-3

ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, textura arenosa/média, A moderado. (PAd1). Perfil 09 – Coordenadas 47º38’2.76’’W e 01º7’38.76’’S

A1 0-11 330 440 170 60 0 0.31 0.27 0.20 0.16 0.06 0.14 0.48 0.43 0.16 0.31 1.38 2.65 A2 11-19 220 460 200 120 0 0.31 0.27 0.20 0.16 0.06 0.14 0.48 0.43 0.16 0.31 1.38 2.63 AB 19-34 220 420 180 180 12 0.24 0.21 0.17 0.15 0.10 0.07 0.41 0.41 0.18 0.24 1.58 2.70 BA 34-60 200 430 170 200 20 0.27 0.25 0.20 0.17 0.12 0.08 0.42 0.38 0.15 0.27 1.55 2.65 Bt1 60-104 190 410 140 260 28 0.26 0.24 0.20 0.18 0.14 0.05 0.41 0.37 0.15 0.26 1.55 2.65 Bt2 104-154 210 340 190 260 0 0.29 0.26 0.21 0.18 0.14 0.07 0.41 0.39 0.13 0.29 1.53 2.60 Bt3 154-264+ 200 390 150 260 0 N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D 2.65 ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, textura média/argilosa, A moderado (PAd2). Perfil 10 – Coordenadas 47º40’55.44’’W e 01º7’38.76’’S

A1 0-7 370 400 150 80 0 0.24 0.21 0.15 0.12 0.05 0.09 0.44 0.40 0.20 0.24 1.48 2.65 A2 7-17 350 400 90 160 40 0.24 0.21 0.15 0.12 0.05 0.09 0.44 0.40 0.20 0.24 1.48 2.67 AB 17-34 300 370 70 260 16 0.24 0.22 0.19 0.16 0.11 0.07 0.45 0.44 0.21 0.24 1.48 2.68 BA 34-59 300 310 110 280 16 0.26 0.24 0.20 0.18 0.13 0.08 0.44 0.44 0.18 0.26 1.50 2.70 Bt1 59-111 290 350 80 280 0 0.25 0.22 0.18 0.16 0.12 0.06 0.45 0.46 0.20 0.25 1.48 2.67 Bt2 111-180 290 320 110 280 0 0.30 0.26 0.21 0.17 0.13 0.08 0.43 0.39 0.14 0.30 1.52 2.67 Bt3 180-257+ 310 300 110 280 0 N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D N.D 2.76 ND = Não Determinado. 61

Observando-se os resultados da densidade do solo (DS) (Tabela 11), variando de 1,25 a 1,71 kg dm-3, verifica-se um aumento da densidade nos horizontes AB e BA, o que caracteriza nesses solos a existência de camada adensada, diminuindo a macro porosidade e aumentando a microporosidade, determinando uma diminuição da taxa de infiltração, o que pode acarretar perda do solo e nutrientes pelo processo de erosão hídrica no período de maior precipitação pluviométrica em conseqüência da saturação dos horizontes superficiais, provocando o movimento superficial da água. O adensamento natural nos horizontes AB e BA em Latossolos e Argissolos Amarelos têm sido observados em perfis descritos na região (RODRIGUES, 1991; SILVA, 1979; SANTOS, 1993).

Os valores mais elevados de DS observados nos horizontes AB e BA dos perfis P1e P8é conseqüência do preparo do solo para implantação da cultura do dendê, ocasionando um maior nível de compactação que poderá provocar a perda de solo e nutriente dos horizontes superficiais sem a cobertura do solo, assim como, promover a redução no desenvolvimento do sistema radicular (Tabela 11).

A elevação da densidade do solo e a diminuição da porosidade total nos horizontes AB e BA ocasiona mudança na circulação da água dentro dos processos de infiltração e redistribuição. Tanto a baixa taxa de infiltração superficial como a percolação lenta provoca o encharcamento da camada superficial, facilitando a erosão laminar ou em sulcos, ocasionando também uma baixa absorção de nutrientes pela deficiência de oxigênio nas raízes. A ocorrência de mosqueados nesses horizontes em alguns perfis dos solos indica a existência de restrição na drenagem interna. Segundo Brady (1989) o fenômeno do adensamento é decorrente da compacidade dos horizontes, da migração descendente de argila dentro do perfil, do menor teor de matéria orgânica, da menor densidade do sistema radicular da vegetação em profundidade.

A densidade de partícula nos solos varia de 2,55 a 2,76 kg dm-3 com predomínio de componentes inorgânicos e baixos teores de óxidos de ferro.

A porosidade total (Tabela 11) varia nos solos de 0,36 a 0,54 m3 m-3, apresentando tendência de diminuir em profundidade com variação na quantidade de poros influenciada pela densidade do solo, classe de textura e conteúdo de matéria orgânica.

Para Brady (1989), dependendo das condições a que os solos estão submetidos, ocorre diferenças no total de poros nos diversos solos, variando com a profundidade e diminuindo muito em alguns solos compactos, atingido 0,250 a 0,3 m3 m-3, o que responde pelo menos em parte pela aeração inadequada dos solos, sendo que os de textura média situam-se na faixa de 0,350 a 0,500 m3 m-3 e os argilosos de 0,400 a 0,600 m3 m-3.

A distribuição do volume de poros ao longo dos perfis evidencia as tendências da macroporosidade, com valor na ordem de 0,11 a 0,39 m3 m-3,diminuir e a microporosidade, com valores variando de 0,12 a 0,32 m3 m-3, aumentar em profundidade, possivelmente influenciadas pela densidade do solo que aumenta e os conteúdos de matéria orgânica da fração areia que decrescem no mesmo sentido. Os valores de macroporosidade mais elevado nos horizontes superficiais é decorrência dos conteúdos de matéria orgânica e da fração areia nesses horizontes, sendo observado também por Embrapa (1991) e Farias (1981) valores similares aos encontrados para macro porosidade. Costa (1983) salienta que a matéria orgânica é um dos principais atributos responsáveis pela formação da estrutura do solo, favorecendo a aeração. Baver et al. (1972) observaram que a macro porosidade com valor menor que 0,100 m3 m-3, limita o desenvolvimento e proliferação de raízes. Na área, o valor mais baixo de macroporosidade dos solos estudados foi 0,11 m3 m-3, no horizonte Bt2 do perfil P8, sendo, portanto, superior ao valor limitante determinado por Baver et al. (1972), demonstrando que a maioria dos solos garante suficiente aeração, permeabilidade e capacidade de retenção de água, consequentemente, boas colheitas quando o solo apresenta um terço de macroporos e dois terços de microporos (KHIEL, 1979).

Os valores de microporosidade (Tabela 11) são mais baixos que os da macroporosidade nos horizontes superficiais dos solos, superando estes nos horizontes subsuperficiais em função do aumento nos valores da densidade do solo, menor conteúdo de matéria orgânica e maiores conteúdos de fração argila total.

Os resultados da microporosidade e macroporosidade concordam com a tendência observada por Boulhosa (1984) e Carvalho et al. (1997) que observaram em um mesmo solo valores de microporosidade inferiores aos da macroporosidade, discordando da tendência observada por Embrapa. (1991) em uma mesma classe textural de solo. A variação nos valores da microporosidade parece refletir na variação observada nos teores da água disponível, sendo que a microporosidade é a principal responsável pela retenção de água. O aumento nos valores de microporosidade nos horizontes subsuperficiais indica uma taxa de infiltração mais lenta que nos horizontes superficiais pela diminuição dos valores da macroporosidade em profundidade, com exceção dos perfis P4, P5 e P7, onde a macroporosidade é maior que a microporosidade, em função dos maiores conteúdos da fração areia - areia grossa - nesses solos, condicionando-os a uma melhor aeração do que aos outros solos (Tabela 11).

A distribuição de partículas nos perfis apresenta a tendência do conteúdo da fração argila aumentar em profundidade, com diferença nítida entre os horizontes A e o Bt,

suficiente para determinar uma relação textural B/A que satisfaça a existência de B textural, enquanto que, o da fração areia tende a diminuir em profundidade e o da fração silte apresenta uma distribuição irregular no mesmo sentido. O conteúdo da fração areia varia nos perfis de 510 a 911 g kg-1 de solo, enquanto que, os da fração argila e do silte variam de 40 a 400 g kg-1 de solo e 49 a 220 g kg-1 de solo, respectivamente (Tabelas 11).

Pelos resultados das análises químicas observa-se que estes solos apresentam reação fortemente ácida, com valores de pH em H2O, variando de 3,9 a 5,6. Os valores de ∆pH são negativos com valores que variam de –0,2 a –1,4, refletindo uma pequena dominância de cargas superficiais líquidas negativas nesses solos, indicando a capacidade de reter cátions resultante da adubação e calagem. Apresentam nível de fertilidade muito baixo, condicionado pelos teores baixos de soma de bases trocáveis (S), variando de 0,72 a 7,48 cmolc kg-1 de solo, com os teores mais altos nos horizontes superficiais, decrescendo em profundidade; de capacidade de troca de cátions trocáveis (CTC1), variando de 3,86 a 6,23 cmolc kg-1 de solo; de capacidade de troca de cátions efetiva (CTCE), variando de 1,42 a 3,09 cmolc kg-1 de solo e de capacidade de troca de cátions da fração argila (CTC2), variando de 9,72 a 120,28 cmolc kg-1 de argila. O horizonte A1 dos perfis P8 e P10 apresentaram teores de soma de bases trocáveis de 7,48 e 4,00 cmolc kg-1 de solo, CTCE de 7,68 e 4,20 cmolc kg-1 de solo, CTC1 de 10,45 e 7,30 cmolc kg-1 de solo e de CTC2 de 130,63 e 91,29 cmolc kg-1 de argila, respectivamente, em função da aplicação de corretivos no solo proveniente do uso (Anexo 1), o que elevou os teores de cálcio e magnésio. A CTC1, CTCE e CTC2 e os valores de soma de bases são mais altos nos horizontes superficiais, decrescendo gradativamente em profundidade, mesmo com o aumento significativo da fração argila no mesmo sentido (Figuras 10, 11 e 12). Esse fato parece indicar que existe uma relação estreita entre o conteúdo de carbono orgânico (matéria orgânica), que também decresce em profundidade, com as CTC e Soma de Base, evidenciando, também, que a fração argila dos solos é constituída por minerais de argila do tipo 1:1, portanto de baixa atividade. Estes dados estão dentro dos parâmetros estabelecidos para essa classe de solos mapeados na região (RODRIGUES et al, 1974; VALENTE et al, 2001; SILVA, 1989) (Tabela 12).

Soma de Base (Média) - Argissolos 0 0.5 1 1.5 2 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400

Argila Total (g kg-1 de solo)

S o m a de ba se ( cm o lc kg -1 d e s o lo ) S

Figura 10 – Média da Soma de Bases dos Argissolos (sem considerar o horizonte A1 dos perfis 8 e 10)

CTCE (Média) - Argissolos

0 0.5 1 1.5 2 2.5 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400

Argila Total (g kg-1 de solo)

cm o lc kg -1 d e s o lo CTC

Figura 11 – Média da CTCE dos Argissolos (sem considerar o horizonte A1 dos perfis 8 e 10)

Matéria Orgânica (Média) - Argissolos

0 2 4 6 8 10 12 14 16 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400

Argila Total (g kg-1 de solo)

g k g -1 d e s o lo MO

Figura 12 – Média da Matéria Orgânica dos Argissolos (sem considerar o horizonte A1 dos perfis 8 e 10)

TABELA 12 – Características químicas gerais de Argissolos do Município de Igarapé-Açú, Estado do Pará

pH cmolc kg-¹ de solo

Bases trocáveis Soma Acidez total CTC % g kg-¹ de solo

mg kg-1 de solo Horiz Prof (cm) H2O KCl ∆pH Ca++ Mg++ K+ Na+ S H Al+++ CTCE CTC1 CTC2 V m C N MO P.assimi. Na*100/T ARGISSOLO AMARELO Distrófico epiáquico, textura arenosa/média, A moderado (PAd4). Perfil 01 – Coordenadas 47º36’25.02’’W e 01º4’2.76’’S

A1 0-9 4.90 3.80 -1.10 1.70 0.20 0.07 0.07 2.04 2.74 0.40 2.44 5.18 86.28 39 16 6.01 1.70 10.34 2 1.35 A2 9-18 4.30 3.70 -0.60 0.70 0.30 0.04 0.04 1.08 2.80 1.00 2.08 4.88 34.89 22 48 6.01 1.00 10.34 1 0.88 AB 18-29 4.50 3.80 -0.70 0.60 0.20 0.02 0.03 0.85 2.10 1.20 2.05 4.15 17.28 20 59 3.91 1.10 6.72 1 0.63 BA 29-46 4.60 3.80 -0.80 0.40 0.30 0.02 0.02 0.73 2.17 1.30 2.03 4.20 14.01 17 64 3.01 1.00 5.17 1 0.41 Bt1 46-78 4.90 3.90 -1.00 0.50 0.30 0.01 0.02 0.83 2.20 1.10 1.93 4.13 12.14 20 57 1.87 0.70 3.21 1 0.42 Bt2 78-143 5.00 3.90 -1.10 0.60 0.20 0.01 0.02 0.83 2.14 1.00 1.83 3.97 12.40 21 55 1.38 0.80 2.38 1 0.44 Bt3 143-230 4.90 3.90 -1.00 0.50 0.30 0.02 0.02 0.83 2.37 1.10 1.93 4.30 12.65 19 57 1.20 0.60 2.07 1 0.40

ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, textura arenosa/média, A moderado (PAd1). Perfil 02 – Coordenadas 47º25’54.48’’W e 01º0’24.66’’S

A1 0-9 4.90 3.90 -1.00 1.50 0.40 0.04 0.07 2.01 2.70 0.60 2.61 5.31 88.52 38 23 9.38 1.30 16.14 1 1.32 A2 9-18 4.80 3.90 -0.90 1.00 0.30 0.03 0.05 1.38 2.80 1.00 2.38 5.18 43.19 27 42 8.78 1.50 15.10 1 1.00 AB 18-35 4.70 3.90 -0.80 0.70 0.20 0.03 0.03 0.95 4.08 1.20 2.15 6.23 38.95 15 56 5.83 1.10 10.03 1 0.42 BA 35-64 4.90 3.90 -1.00 0.40 0.30 0.02 0.02 0.73 3.42 1.20 1.93 5.35 22.30 14 62 4.15 0.90 7.14 1 0.32 Bt1 64-97 4.90 3.90 -1.00 0.40 0.30 0.02 0.02 0.73 2.47 1.00 1.73 4.20 17.51 17 58 2.65 0.80 4.55 1 0.41 Bt2 97-154 4.90 3.90 -1.00 0.50 0.30 0.02 0.02 0.83 2.30 1.00 1.83 4.13 14.76 20 55 2.05 0.90 3.52 1 0.42 Bt3 154-251 5.00 4.00 -1.00 0.40 0.20 0.02 0.02 0.63 2.57 0.90 1.53 4.10 13.68 15 59 0.90 0.50 1.55 1 0.42

ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, textura média/argilosa. A moderado (PAd3). Perfil 03 – Coordenadas 47º25’59.76’’W e 01º3’10.02’’S

A1 0-12 4.60 3.60 -1.00 1.00 0.40 0.04 0.08 1.52 2.14 1.00 2.52 4.66 58.24 33 40 10.52 1.50 18.10 2 1.68 AB 12-34 5.00 3.90 -1.10 0.60 0.30 0.03 0.05 0.98 3.42 1.20 2.18 5.60 31.10 17 55 5.72 1.00 9.83 1 0.93 BA 34-59 5.10 3.90 -1.20 0.60 0.40 0.02 0.03 1.06 2.73 1.40 2.46 5.19 17.28 20 57 4.45 1.00 7.65 1 0.67 Bt1 59-94 5.20 3.90 -1.30 0.90 0.40 0.02 0.03 1.34 3.19 1.10 2.44 5.63 16.56 24 45 2.95 0.80 5.07 1 0.46 Bt2 94-136 5.50 4.10 -1.40 1.00 0.40 0.02 0.03 1.45 2.34 0.80 2.25 4.59 13.50 32 36 1.87 0.70 3.21 1 0.76 Bt3 136-244 5.60 4.60 -1.00 1.10 0.50 0.02 0.04 1.65 2.57 0.40 2.05 4.62 13.59 36 20 1.33 0.70 2.28 1 0.76

ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, textura arenosa/média, A moderado (PAd1). Perfil 04 – Coordenadas 47º 32’ 3.96’’W e 01º9’4.32’’S

A1 0-16 4.90 3.80 -1.10 0.80 0.40 0.05 0.06 1.31 2.54 0.60 1.91 4.45 55.59 29 31 6.37 1.10 10.96 1 1.37 AB 16-36 4.80 3.90 -0.90 0.70 0.40 0.03 0.04 1.16 2.93 0.70 1.86 4.79 29.94 24 38 4.87 1.00 8.38 1 0.73 BA 36-55 5.00 4.00 -1.00 0.70 0.30 0.02 0.03 1.05 2.24 0.90 1.95 4.19 14.95 25 46 4.20 0.90 7.22 1 0.62 Bt1 55-87 5.00 4.00 -1.00 0.70 0.20 0.02 0.02 0.93 1.87 1.10 2.03 3.90 12.20 24 54 4.30 0.80 7.40 1 0.45 Bt2 87-126 5.20 4.00 -1.20 0.40 0.50 0.01 0.01 0.92 2.50 0.80 1.72 4.22 13.18 22 47 1.98 0.70 3.41 1 0.21 Bt3 126-179 5.20 4.00 -1.20 0.60 0.50 0.01 0.01 1.12 2.17 0.80 1.92 4.09 12.78 27 42 1.41 0.80 2.43 1 0.22 Bt4 179-270+ 5.00 4.00 -1.00 0.40 0.70 0.01 0.01 1.12 2.44 0.70 1.82 4.26 13.31 26 38 1.40 0.80 2.40 1 0.21 66

Continuação Tabela 12

pH cmolc kg-¹ de solo

Bases trocáveis Soma Acidez total % g kg-¹ de solo

mg kg-1

de solo

Horiz Prof (cm)

H2O KCl ∆pH

Ca++ Mg++ K+ P.assimi. S H Al+++ CTCE CTC1 CTC2 V m C N MO P.assimi.

Na*100/T

ARGISSOLO AMARELO Distrófico abrúptico, textura arenosa/média, A moderado (PAd6). Perfil 05 – Coordenadas 47º32’2.28’’W e 01º11’21.84’’S

A1 0-17 4.90 3.90 -1.00 1.30 0.70 0.06 0.06 2.12 2.90 0.40 2.52 5.42 90.29 39 16 8.80 1.50 15.14 1 1.12 AB 17-31 5.10 4.00 -1.10 0.90 0.40 0.03 0.03 1.36 2.54 0.60 1.96 4.50 56.26 30 31 7.43 1.30 12.78 1 0.77 BA 31-50 5.20 4.00 -1.20 0.60 0.40 0.01 0.02 1.03 2.60 0.70 1.73 4.33 19.67 24 41 5.94 1.20 10.22 1 0.40 Bt1 50-83 5.20 4.00 -1.20 0.50 0.50 0.02 0.02 1.04 2.57 0.90 1.94 4.51 18.78 23 46 5.48 1.20 9.43 1 0.39 Bt2 83-134 5.20 4.00 -1.20 0.40 0.50 0.02 0.02 0.93 2.40 0.90 1.83 4.23 19.24 22 49 3.49 1.20 6.00 1 0.41 Bt3 134-195 5.10 4.00 -1.10 0.30 0.60 0.01 0.01 0.92 2.50 0.80 1.72 4.22 16.23 22 47 3.31 1.10 5.70 1 0.21 Bt4 195-285+ 5.00 4.00 -1.00 0.30 0.60 0.02 0.02 0.93 2.34 0.80 1.73 4.07 13.57 23 46 2.34 1.10 4.03 1 0.42

ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, textura média/argilosa, A moderado (PAd2). Perfil 06 – Coordenadas 47º37’9.90’’W e 01º10’33.06’’S

A1 0-13 4.40 3.70 -0.70 1.20 0.60 0.05 0.05 1.90 2.57 0.40 2.30 4.87 81.13 39 17 7.15 1.60 12.29 1 1.07 A2 13-24 4.50 3.90 -0.60 0.80 0.50 0.02 0.03 1.35 2.34 0.80 2.15 4.49 37.39 30 37 6.34 1.50 10.91 1 0.58 AB 24-38 4.80 3.90 -0.90 0.70 0.50 0.02 0.02 1.23 2.34 0.80 2.03 4.37 21.86 28 39 3.85 1.10 6.62 1 0.40 BA 38-67 5.10 3.90 -1.20 0.90 0.40 0.01 0.01 1.32 2.60 0.70 2.02 4.62 14.43 29 35 2.70 1.10 4.65 1 0.19 Bt1 67-107 5.10 3.90 -1.20 0.80 0.50 0.01 0.01 1.32 2.44 0.70 2.02 4.46 12.39 30 35 2.28 0.90 3.93 1 0.20 Bt2 107-155 5.10 3.90 -1.20 0.60 0.60 0.01 0.01 1.22 2.07 0.90 2.12 4.19 11.64 29 42 1.38 0.90 2.38 1 0.21 Bt3 155-262+ 5.00 3.90 -1.10 0.70 0.30 0.02 0.01 1.03 2.40 0.90 1.93 4.33 12.01 24 47 1.26 0.90 2.17 1 0.21

ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, textura arenosa/média, A moderado (PAd1). Perfil 07 – Coordenadas 47º33’ 6.18’’W e 01º14’35.82’’S

A1 0-12 4.90 3.60 -1.30 1.30 0.30 0.04 0.04 1.67 2.84 0.30 1.97 4.81 120.28 35 15 6.23 1.10 10.71 1 0.73 A2 12-23 4.20 3.50 -0.70 1.30 0.30 0.04 0.04 1.68 2.27 0.70 2.38 4.65 77.43 36 29 5.29 0.90 9.10 1 0.75 AB 23-48 4.70 3.90 -0.80 1.00 0.20 0.04 0.02 1.26 2.60 0.70 1.96 4.56 75.97 28 36 4.91 0.80 8.45 1 0.38 BA 48-82 5.00 4.00 -1.00 0.60 0.10 0.02 0.01 0.72 2.40 0.90 1.62 4.02 40.24 18 55 3.26 0.80 5.61 1 0.22 Bt1 82-129 5.30 4.10 -1.20 0.50 0.40 0.02 0.01 0.92 2.47 0.50 1.42 3.89 24.34 24 35 3.26 0.80 5.60 1 0.22 Bt2 129-184 5.30 4.10 -1.20 0.50 0.30 0.01 0.01 0.82 2.60 0.70 1.52 4.12 20.59 20 46 2.91 0.80 5.01 1 0.21 Bt3 184-280+ 5.20 4.10 -1.10 0.50 0.50 0.01 0.01 1.02 2.44 0.70 1.72 4.16 23.11 25 41 0.88 0.70 1.52 1 0.22 Continua.... 67

Continuação Tabela 12.

pH cmolc kg-¹ de solo

Bases trocáveis Soma Acidez total CTC % g kg-¹ de solo

mg kg-1

de solo

Horiz Prof (cm)

H2O KCl ∆pH

Ca++ Mg++ K+ P.assimi. S H Al+++ CTCE CTC1 CTC2 V m C N MO P.assimi.

Na*100/T ARGISSOLO AMARELO Distrófico epiáquico, textura média/argilosa, A moderado (PAd5). Perfil 08 – Coordenadas 47º38’33.12’’W e 01º8’19.80’’S

A1 0-7 4.90 4.50 -0.40 6.00 1.30 0.10 0.08 7.48 2.77 0.20 7.68 10.45 130.63 72 3 18.43 2.50 31.70 12 0.75 A2 7-17 4.30 3.70 -0.60 1.90 0.50 0.06 0.04 2.49 2.54 0.60 3.09 5.63 70.39 44 19 7.60 1.20 13.07 3 0.62 AB 17-32 4.30 3.80 -0.50 0.80 0.40 0.02 0.02 1.24 3.39 0.90 2.14 5.53 34.55 22 42 4.26 0.80 7.33 1 0.31 BA 32-49 4.80 3.80 -1.00 0.90 0.30 0.02 0.02 1.23 3.00 0.80 2.03 5.03 17.97 24 39 3.42 0.80 5.88 1 0.35 Bt1 49-77 4.90 3.80 -1.10 0.70 0.40 0.01 0.01 1.12 2.07 0.90 2.02 4.09 10.76 27 45 3.06 0.80 5.26 1 0.21 Bt2 77-135 5.00 3.90 -1.10 1.10 0.20 0.01 0.01 1.32 2.34 0.80 2.12 4.46 11.15 30 38 2.03 0.70 3.50 1 0.20 Bt3 135-260- 4.90 4.00 -0.90 0.70 0.20 0.01 0.01 0.92 2.37 0.60 1.52 3.89 9.72 24 39 1.98 0.70 3.41 1 0.23

ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, textura arenosa/média, A moderado. (PAd1). Perfil 09 – Coordenadas 47º38’2.76’’W e 01º7’38.76’’S

A1 0-11 4.50 3.50 -1.00 1.10 0.50 0.07 0.05 1.72 2.60 0.70 2.42 5.02 83.73 34 29 10.50 1.80 18.06 2 1.04 A2 11-19 3.90 3.70 -0.20 0.50 0.50 0.04 0.03 1.06 1.94 1.20 2.26 4.20 35.02 25 53 7.30 1.40 12.56 1 0.62 AB 19-34 4.50 3.90 -0.60 0.60 0.20 0.02 0.02 0.84 3.06 0.90 1.74 4.80 26.66 17 52 4.68 1.00 8.05 1 0.36 BA 34-60 4.80 3.90 -0.90 0.70 0.10 0.02 0.01 0.82 3.46 1.00 1.82 5.28 26.42 16 55 3.90 0.70 6.71 1 0.16 Bt1 60-104 5.20 3.90 -1.30 0.40 0.30 0.02 0.03 0.74 2.14 1.00 1.74 3.88 14.93 19 57 2.64 0.70 4.54 1 0.67 Bt2 104-154 5.20 3.90 -1.30 0.40 0.50 0.02 0.01 0.92 2.07 0.90 1.82 3.89 14.98 24 49 1.86 0.70 3.20 1 0.22 Bt3 154-264+ 5.10 4.00 -1.10 0.50 0.20 0.02 0.01 0.72 2.34 0.80 1.52 3.86 14.86 19 52 1.80 0.80 3.10 1 0.23 ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, textura média/argilosa, A moderado (PAd2). Perfil 10 – Coordenadas 47º40’55.44’’W e 01º7’38.76’’S

A1 0-7 5.20 4.60 -0.60 1.80 2.10 0.05 0.05 4.00 3.10 0.20 4.20 7.30 91.29 55 5 9.45 1.60 16.26 21 0.71 A2 7-17 5.50 4.50 -1.00 0.40 2.20 0.03 0.03 2.66 2.94 0.20 2.86 5.80 36.23 46 7 6.52 1.20 11.22 2 0.45 AB 17-34 4.70 3.90 -0.80 0.90 0.10 0.02 0.02 1.03 1.87 1.10 2.13 4.00 15.40 26 52 3.83 1.00 6.59 1 0.43 BA 34-59 4.40 3.90 -0.50 0.40 0.30 0.02 0.01 0.72 1.94 1.20 1.92 3.86 13.80 19 62 3.17 1.00 5.46 1 0.23 Bt1 59-111 4.30 3.90 -0.40 0.50 0.60 0.02 0.01 1.12 2.20 1.10 2.22 4.42 15.80 25 49 2.16 0.70 3.71 1 0.20 Bt2 111-180 4.60 4.00 -0.60 0.70 0.50 0.02 0.01 1.22 2.40 0.90 2.12 4.52 16.16 27 42 1.44 0.70 2.47 1 0.19 Bt3 180-257+ 4.70 4.10 -0.60 0.60 0.40 0.02 0.01 1.02 2.24 0.90 1.92 4.16 14.87 25 47 1.26 0.70 2.16 1 0.22 68

Os teores do alumínio extraível Al+++, nos perfis variam de 0,20 a 1,40 cmolc kg-1 de solo, considerados como teores médios para efeito de correção da acidez do solo (LOPES; GUIDOLIN, 1985). A saturação por bases (V%) e saturação por alumínio (m%) variam nos solos de 14% a 72% e de 15% a 64%, respectivamente, com os valores de saturação de base no horizonte Bt inferior a 50% enquadrando-os como solos distróficos.

Os teores de fósforo são muitos baixos variando de 1,0 a 3,0 mg kg-1 de solo, demonstrando uma carência acentuada desse elemento messes solos.

Os teores muito baixos dos nutrientes minerais cálcio, magnésio, potássio, fósforo e nitrogênio, assim como, os conteúdos de matéria orgânica, evidenciam a exigência de melhoramento da fertilidade do solo, com aplicação de fertilizante organo-minerais e corretivos da acidez, para que ocorra um bom desenvolvimento das culturas e obtenção de produções mais altas.

Estes solos são encontrados regionalmente em áreas de relevo plano a suave ondulado e raramente em relevo ondulado, desenvolvidos de sedimentos retrabalhados de natureza areno-argilosa da Formação Barreiras, Período Terciário, sob vegetação secundária, resultante de atividades antrópicas.

Os fatores limitantes destes solos quanto ao uso agrícola se prendem, principalmente, à fertilidade natural baixa e susceptibilidade moderada à erosão. São utilizados atualmente com culturas de subsistência e plantações de dendê, pimenta do reino, pastagens e fruteiras regionais. Estes solos podem produzir boas colheitas, se forem utilizados em sistemas de cultivo que empreguem práticas agrícolas que melhorem as condições agrícolas das terras (fertilizantes, corretivos, implementos agrícolas e práticas de conservação do solo).

4.1.3 – Gleissolo Sálico

Na área de estudo, sua formação é resultante de condições hidromórficas decorrentes de influência marinha. São pouco diferenciados, com seqüência de horizontes do tipo A, Cg,