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Capítulo II – Resenha Histórica da Instituição

3.5.3 Levantamento de Necessidades de Formação

Detectar Necessidades de Formação, significa não apenas, uma visão a curto prazo mas também prever o futuro. De facto as soluções padronizadas e constantes no tempo deixaram de existir, até porque a evolução desactualiza as respostas de “hoje” e obriga a novas formas de pensar e actuar, capazes de criarem e fornecerem novas soluções adaptativas a um “amanhã” sempre diferente.

Assim, na elaboração deste plano manteve-se sempre presente as estratégias de futuro do Hospital Sousa Martins, até porque não e aceitável que um plano de formação de qualquer organização se reduza a uma “lista de acções” a que correspondem um determinado grupo de formandos, de formadores e horas de formação.

E foi por pensar desta forma que os procedimentos em relação ao Levantamento de Necessidades têm sido alterados e adaptados anualmente à realidade e ao momento em que a instituição se encontra, no que se refere à formação. Tem sido notável nestes últimos 3 anos o envolvimento dos Responsáveis de Serviço na formação, para a implementação e desenvolvimento de projectos nos serviços que coordenam e representam.

Assim, este Plano de Formação, resulta de:

 Reunião com o Conselho de Administração desta Instituição, sobre os objectivos que se propõe atingir através da formação tal como a implementação e continuidade de projectos;

 Foi solicitado oficialmente aos responsáveis de serviços, temas prioritários para a formação de acordo com as necessidades sentidas pelas equipas que representam e ainda de acordo com os projecto e inovações que pretendem implementar e/ou dar continuidade;

Hospital de Sousa Martins – Unidade Local de Saúde, Guarda

51  Dar continuidade a projectos de formação já anteriormente iniciados pelo CEF;  Recandidatura de acções de formação propostas em candidatura no ano anterior

e que, por motivos vários não se realizaram e continuam a ser uma necessidade detectada.

Em conformidade com a situação diagnosticada e porque os “problemas” de formação não podem ser resolvidos todos em simultâneo, principalmente pela limitação de recursos, procedeu-se a uma hierarquização dos temas identificados, estabelecendo prioridades. Deste modo surgiu o “Plano de Formação”.

53 Nesta altura, o estagiário ganha a experiência de um primeiro contacto com a vida laboral após três anos de formação científica.

O facto de ter realizado este estágio, permitiu-me acreditar que apesar de todas as dificuldades com que nos deparamos hoje, em termos profissionais, podemos ver que o verdadeiro valor das coisas depende de nós e é adquirido com muito esforço e sem problemas. Não é uma tarefa fácil dispor apenas de três meses para mostrar o que somos, o que aprendemos e o que queremos aprender.

Apesar de não ter estado a trabalhar directamente na minha área, Recursos Humanos, é sempre uma mais-valia, poder conhecer outras áreas, aprender, descobrir e assimila-las, apesar de não me serem de todo desconhecidas, porque são áreas que o meu curso faz referência ao longo dos três anos.

Deste modo penso ter tirado partido de todas as experiências que vivi no estágio curricular, bem como, da aprendizagem detida nos três anos de curso, tendo adquirido um know-how (saber fazer) de modo a concluir todas as situações que me foram surgindo ao longo do curso e do estágio, assim como as que me poderão surgir no futuro.

Ainda que o meu curso não seja uma novidade no país e de o mercado de trabalho estar um bocado saturado, espero que de futuro me surjam oportunidades para poder vingar tudo o que aprendi e espero aprender futuramente, para acima de tudo, poder dar provas da minha competência e poder enobrecer esta área, os Recursos Humanos.

54 Publica, 2ªEdição, Escolar Editora;

 Ferreira, J W. (1996), Princípios da Administração Pública, Edição de Edipro;  Meireles, H. L. (2007). Princípios da Administração Pública, Editorial

Presença;

 Ferreira, G. F. A. (1975), Política de saúde e serviço nacional de saúde em Portugal, Edição de s.n;

 Murteira, M., Matos, I. B. A., Catarino, A. F. (1969) Recursos humanos em Portugal, Edição de (síntese de informação estatística), Escolar Editora;

 Cunha, M. P., Rego, A., Cunha, R. C., Cardoso, C. C. (2007), Manual de Comportamento Organizacional e Gestão, Editora RH;

 Caetano, A., Vala, J. (2007), Gestão de Recursos Humanos – Processos e Técnicas, 3ª Edição, Editora RH;

 Bertrand R. Canfield, (1991), Relações Públicas, Princípios, Casos e Problemas, 4ª Edição, I Volume, Livraria Pioneira Editora;

 Drucker, P. F., (1999), O Melhor de Peter Drucker – A Sociedade, Editora Abril, SA. Sites na Internet:  http://www.ers.pt  http://www.arsnorte.min-saude.pt  http://www.ars.min-saude.pt  http://www.acss.min-saude.pt

55  http://www.dgo.pt

(Vistos durante o período de 28 de Julho até 19 de Dezembro de 2008)

57 Anexo II – Regulamento Interno dos Enfermeiros ……….……...…...…… 60

Anexo III – Tabela de C e K´s e seu processamento ………..……… 133

Anexo IV – Plano Oficial de Contas do Ministério da Saúde ………...…… 140

Anexo V – Vencimentos ………...…..………… 211

Anexo VI – Circular Série A nº1343...………...……. 233

Anexo VII – Mapa Total do Quadro dos Funcionários do HSM ………... 281

Anexo VIII – Ficha de Assiduidade ……….…….…. 283

Anexo IX – Impressos ………..………..….…… 285

Anexo X – Registo Biográfico …………..………..… 299

Anexo XI – Programa Recursos Humanos e Vencimentos (RHV) ……....…....…… 301

56

58

Anexo I

Organograma do Hospital

de Sousa Martins

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Comissão de Ética Comissão de Humanização ADMINISTRAÇÃO Comissão de Controle da Infecção Centro de Educ. e Form.

Secretariado

Serviços de Assistência Serviços de Apoio Geral

S. Enfermagem S. Acção Medica S. Farmacêutico S. Social C. Enfermagem C. Medica C. Farm. Terap. G. Utente

S. Clínicos S.C.D.T. S. Apoio Médico Bloco Operat.

Internamento Imagiologia Anest./ Reanim.

Cons. Externa Patologia Clínica Esterilização

Urgência Imuno/Hematolog.

Med. Física/ Reab.

Dietética

S. A. Doentes S. Aprovis. S. Financ. S. Pessoal. Secretaria S. Gerais S.I.E.

P.A. Cons.Exter. Estudos e

Documentação Contabilidade Gestão Pessoal Arquivo A. Médica Mecânica

P.A. Urgência Gestão de

Stocks Tesouraria Vencimentos Expediente Alimentação Const. Civil

P.A.U. Internam. Arsenal

Cirúrgico Contencioso

Arquivo Clínico Sector Hoteleiro Estatística Sector Administrativo Bens de Equipamento Tratamento Roupas Electricidade Apoio e Vigilância Electromed. Central Telefónica Transportes Jardins Central Incineração Central Térmica Biblioteca

SUBDIVISÃO ...

Serviço/Organismo:

GRUPO DE PESSOAL REMUNERAÇÃO MENSAL NÚMERO DE ENCARGO ANUAL N.º DE EFECTIVOS N.º DE EFECTIVOS VARIAÇÃO LIQ. DE Código Descrição (cêntimo de euro) EFECTIVOS REAIS (a) (unidade de euro) A SAIR A ENTRAR ENCARGOS ANUAL (euro)

(1) (2) (3) (4) (5) = (3)x(4)x14 (6) (7) (8)=((7)-(6))x(3)x14

01 Dirigentes Director Geral 0

Subdirector-Geral 0 Director de serviços 0 Chefe de divisão 0 Subtotal 0 0 0 0 0 02 Técnico Superior Subtotal 0 0 0 0 0 03 Assistente técnico Subtotal 0 0 0 0 0 04 Assistente operacional Subtotal 0 0 0 0 0 05 Docente Subtotal 0 0 0 0 0 06 Informático Subtotal 0 0 0 0 0 07 Defesa e Segurança (b) Subtotal 0 0 0 0 0 08 Investigação Subtotal 0 0 0 0 0 09 Médicos Subtotal 0 0 0 0 0 10 Enfermeiros Subtotal 0 0 0 0 0 11 Diagnóstico e Terapêutica Subtotal 0 0 0 0 0 TOTAL 0 0 0 0 0

GRUPO DE PESSOAL REMUNERAÇÃO MENSAL NÚMERO DE ENCARGO ANUAL N.º DE EFECTIVOS N.º DE EFECTIVOS VARIAÇÃO LIQ. DE Código Descrição (cêntimo de euro) EFECTIVOS REAIS (a) (unidade de euro) A SAIR A ENTRAR ENCARGOS ANUAL (euro)

(2) (3) (4) (5) = (3)x(4)x14 (6) (7) (8)=((7)-(6))x(3)x14 14 Subtotal 0 0 0 0 0 15 OUTROS DIRIGENTES Subtotal 0 0 0 0 0 16 RESTANTE PESSOAL Subtotal 0 0 0 0 0 TOTAL 0 0 0 0 0 TOTAL GERAL 0 0 0 0 0 NOTAS:

Na parte esquerda do quadro (colunas 1 a 5) constará o pessoal em efectividade de funções em 31/07/2008, cujos encargos são suportados pelo organismo. A parte direita do quadro (colunas 8 a 10) reflectirá os movimentos de pessoal a ocorrer entre 31/07/2008 e 31/12/2008.

Na coluna "carreira/cargo" apenas se deve inscrever a sua designação, não sendo necessário identificar as diversas categorias que a compõem. Na "remuneração mensal" deve-se considerar apenas a correspondente à posição remuneratória.

Em cada grupo de pessoal deve ser encontrado o total de efectivos reais e o respectivo encargo anual.

Coluna 6 - n.º de efectivos a sair, previsivelmente, entre 1 de Agosto de 2008 e 31 de Dezembro de 2008 (a detalhar no anexo II). Coluna 7 - n.º de efectivos a entrar, previsivelmente, entre 1 de Agosto de 2008 e 31 de Dezembro de 2008 (a detalhar no anexo II).

(a) Calculado a preços de 2008

(b) Aplicável às Forças Armadas, GNR, PSP e Guardas Prisionais.

(c) Deverá ser indicado o Despacho conjunto que define a dimensão e a complexidade de gestão, determinado pelo nº 10 da RCM nº 29/89, de 3 de Agosto

EFECTIVOS REAIS, NÃO INSERIDOS NOS GRUPOS PROFISSIONAIS DA AP, EXISTENTES EM 2008-07-31 MOVIMENTOS ATÉ 31/12/2008

CARREIRA / CARGO

(1) EQUIPARADOS A

GESTORES PÚBLICOS (c)

O Encargo anual total, considerando as saídas e entradas de pessoal previstas (soma algébrica do total da coluna 5 com o total da coluna 8), deverá ter correspondência, salvo ajustamentos não reflectidos neste quadro e a justificar em nota própria, com a importância global a orçamentar no conjunto das rubricas de classificação económica 01.01.01 a

ENCARGOS COM VENCIMENTOS

EFECTIVOS REAIS EXISTENTES EM 2008-07-31 MOVIMENTOS ATÉ 31/12/2008

CARREIRA / CARGO

SUBDIVISÃO ...

Serviço/Organismo:

GRUPO DE PESSOAL ABONOS COM CARACTER CERTO E PERMANTE ENCARGO ANUAL N.º DE EFECTIVOS N.º DE EFECTIVOS VARIAÇÃO LIQ. DE Código Descrição (cêntimo de euro) Valor mensal (a) (unidade de euro) A SAIR A ENTRAR ENCARGOS ANUAL (euro)

(2) (3) (4) (5) (6) = (3)x(4)x(5) (7) (8) (9)=((8)-(7))x(3)x(5)

01 Dirigentes Director Geral 0 0

Subdirector-Geral 0 0 Director de serviços 0 0 Chefe de divisão 0 0 0 0 Subtotal 0 0 02 Técnico Superior Subtotal 0 0 03 Assistente técnico Subtotal 0 0 04 Assistente operacional Subtotal 0 0 05 Docente Subtotal 0 0 06 Informático Subtotal 07 Defesa e Segurança (b) Subtotal 0 0 08 Investigação Subtotal 0 0 09 Médicos Subtotal 0 0 10 Enfermeiros Subtotal 0 0 11 Diagnóstico e Terapêutica Subtotal 0 0 TOTAL 0 0

GRUPO DE PESSOAL ABONOS COM CARACTER CERTO E PERMANTE ENCARGO ANUAL N.º DE EFECTIVOS N.º DE EFECTIVOS VARIAÇÃO LIQ. DE Código Descrição cêntimo de euro) (Valor mensal (a) (unidade de euro) A SAIR A ENTRAR ENCARGOS ANUAL (euro)

(2) (3) (4) (5) (6) = (3)x(4)x(5) (7) (8) (9)=((8)-(7))x(3)x(5) 14 0 Subtotal 0 0 15 OUTROS DIRIGENTES Subtotal 0 0 16 RESTANTE PESSOAL Subtotal 0 0 TOTAL 0 0 TOTAL GERAL 0 0 NOTAS:

Na coluna "carreira/cargo" apenas se deve inscrever a sua designação, não sendo necessário identificar as diversas categorias que a compõem.

Em cada grupo de pessoal deve ser encontrado o total de efectivos reais e o respectivo encargo anual.

Coluna 7 - n.º de efectivos que auferem o abono a sair, previsivelmente, entre 1 de Agosto de 2008 e 31 de Dezembro de 2008. Coluna 8 - n.º de efectivos que auferem o abono a entrar, previsivelmente, entre 1 de Agosto de 2008 e 31 de Dezembro de 2008.

(a) Calculado a preços de 2008

(b) Aplicável às Forças Armadas, GNR, PSP e Guardas Prisionais.

(c) Deverá ser indicado o Despacho conjunto que define a dimensão e a complexidade de gestão, determinado pelo nº 10 da RCM nº 29/89, de 3 de Agosto

(1)

EQUIPARADOS A GESTORES PÚBLICOS (c)

Na parte esquerda do quadro (colunas 1 a 6) constarão os "outros abonos certos e permanentes" relativos ao pessoal em efectividade de funções em 31/07/2008, cujos encargos são suportados pelo organismo.

Na coluna "Abonos com carácter certo e permanente" devem considerar-se todos os abonos que revistam essa natureza.

O encargo anual total, considerando as saídas e entradas de pessoal, (soma algébrica do total da coluna 6 com o total da coluna 9) deve ter correspondência com o total global a orçamentar no conjunto das rubricas:

- "Gratificações" (classificação económica 01.01.10); - "Representação" (01.01.11);

- "Suplementos e prémios" (01.01.12); - "Subsídio de refeição" (01.01.13).

(1)

RELATIVOS A EFECTIVOS REAIS, NÃO INSERIDOS NOS GRUPOS PROFISSIONAIS DA AP, EXISTENTES EM 2008-07-31 RELATIVOS A PESSOAL EM MOVIMENTO ATÉ 31/12/2008

CARREIRA QUE AUFEREM O ABONONÚMERO DE EFECTIVOS N.º MESES DE ABONO

OUTROS ABONOS CERTOS E PERMANENTES

RELATIVOS A EFECTIVOS REAIS EXISTENTES EM 2008-07-31 RELATIVOS A PESSOAL EM MOVIMENTO ATÉ 31/12/2008

CARREIRA QUE AUFEREM O ABONONÚMERO DE EFECTIVOS N.º MESES DE ABONO

60

Anexo II

Regulamento Interno

dos Enfermeiros

Hospital Sousa Martins

2

Regulamento Interno de

Enfermagem

Elaborado por: ____________________ (……….) Guarda, Julho de 2008

Hospital Sousa Martins

3

Índice

0 – INTRODUÇÃO ………..…………... PÁG. – 1 - HISTÓRIA DO HOSPITAL ………..………... PÁG.– 2 - CARACTERIZAÇÃO DO HOSPITAL ………...………... PÁG. 3 - MISSÃO DOS SERVIÇOS DE ENFERMAGEM ……….... PÁG. 4 – CONTEÚDO FUNCIONAL

DOS ENFERMEIROS POR CATEGORIA ……….…...…... PÁG. 5 – ORGANOGRAMA DOS SERVIÇOS DE ENFERMAGEM …...……….... PÁG. 6 – DOTAÇÃO DE PESSOAL POR SERVIÇO E POR TURNO ……..…………..… PÁG. 7 – REGULAMENTOS INTERNOS

7.1. – DESENVOLVIMENTO DE HORÁRIOS – HORAS EXTRAORDINÁRIAS …...………... PÁG. 7.3. – ESTATUTO DE TRABALHADOR-ESTUDANTE

E EQUIPARAÇÃO A BOLSEIRO …...………..…………. PÁG. 7.4. DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS DE INVESTIGAÇÃO .……… PÁG. 7.5. – CONTROLO DE ASSIDUIDADE ….….……….. PÁG. 7.6. – COORDENAÇÃO ……….……….…… PÁG. 7.7. – TRANSPORTE/ ACOMPANHAMENTO DE DOENTES ...….………... PÁG. 7.8. – FARDAMENTOS …...………..…………. PÁG. 7.9. – FÉRIAS, FALTAS E LICENÇAS …...………..…… PÁG. 8 – FORMAÇÃO EM SERVIÇO …...………...………. PÁG. 8.1. – CENTRO DE EDUCAÇÃO E DE FORMAÇÃO ..………... PÁG. 8.2. – LISTA DE RESPONSÁVEIS DE FORMAÇÃO

EM SERVIÇO EM CADA UNIDADE …...………...………. PÁG.

Hospital Sousa Martins

4 É pela necessidade de se proceder à regulamentação e controlo do exercício profissional dos enfermeiros que é criada a associação pública representativa dos diplomados em Enfermagem que exercem a profissão de enfermeiros em Portugal. É neste contexto que os actuais órgãos da OE (Ordem dos Enfermeiros) têm vindo a desenvolver esforços necessários para responderem às suas atribuições, nomeadamente, no que se refere à definição do “nível de qualificação profissional dos enfermeiros” e à regulamentação do “exercício de profissão”, à atribuição do “titulo profissional de enfermeiro”, ao “registo de todos os enfermeiros, protegendo o titulo e a profissão de enfermeiro” e pronunciar-se sobre os modelos de formação e sobre a estrutura geral dos cursos de enfermagem. O exercício profissional da enfermagem centra-se na relação interpessoal entre um enfermeiro e uma pessoa, ou entre um enfermeiro e um grupo de pessoas (família, comunidades). Quer a pessoa enfermeiro, quer as pessoas clientes1

A elaboração deste regulamento tem em si a finalidade de regular, ordenar e uniformizar conceitos e práticas com uma responsabilização dos enfermeiros, chefes ou seus substitutos pela sua não aplicação. Em todas as suas vertentes foi tido em apreço a legislação em vigor e pela informação emanada pelo Conselho de Administração. Tendo em conta a relação de trabalho do profissional para com a instituição, entende-se que deve existir neste princípio:

dos cuidados de enfermagem, possuem quadros de valores, crenças e desejos da natureza individual, fruto das diferentes condições ambientais em que vivem e se desenvolvem. Conforme, o que atrás foi referido, no âmbito do seu exercício profissional, o enfermeiro distingue-se pela formação e experiência que lhe permite entender e respeitar os outros, num quadro onde procura abster-se de juízos de valor relativamente à pessoa cliente dos cuidados de enfermagem. Assim, o enfermeiro deve cumprir as normas deontológicas e as leis que regem a sua profissão.

 Os deveres do profissional para com a instituição;  Os deveres da instituição para com o profissional.

Assim, a instituição deve assegurar as melhores condições de trabalho possíveis e respeitar os objectivos pessoais e profissionais de cada um dos seus trabalhadores.

1 - HISTORIAL DO HOSPITAL

1

Hospital Sousa Martins

5 A função específica deste Hospital (à semelhança de qualquer outro com as mesmas características) consiste em acolher, cuidar, curar e reabilitar os Utentes e promover o ensino e investigação no campo da saúde.

Pretende-se que se prestem cuidados de qualidade de uma forma humanizada em todas as etapas da vida, isto é, desde o nascimento até à morte, tendo como função última ajudar a morrer com dignidade.

HOSPITAL DA MISERICÓRDIA DR. FRANCISCO DOS PRAZERES

Assim chamado por ter sido o Dr. Francisco dos Prazeres, sacerdote católico e professor do Liceu Nacional da Guarda, o grande impulsionador do Novo Hospital, isto porque se consta que teria havido muito antes um outro hospital, mas do qual não se conhece sequer a sua localização nem destino

Vulgarmente o Ex-Hospital Dr. Francisco dos Prazeres, é conhecido por Ex-Hospital da Misericórdia. Foi inaugurado em 15 de Agosto de 1901, estando presente à cerimónia o Chefe do Distrito e outras individualidades da cidade, entre os quais o Prelado da Diocese. Aos pavilhões construídos em 1901, foram acrescidos, outros pavilhões em data desconhecida. O Ex-Hospital da Misericórdia, no âmbito da prestação dos cuidados de Enfermagem, esteve entregue à congregação religiosa das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Portuguesas, até 30 de Setembro de 1973.

Concluíram-se as obras de um outro pavilhão (o chamado Pavilhão Gulbenkian). Entretanto, este pavilhão só entrou em funcionamento em 1976. Os pavilhões mais antigos, encontram-se já demolidos. O Hospital da Santa Casa da Misericórdia, foi oficializado em 13 de Março de 1975, através do Dec-Lei 704/74, de 7 de Dezembro.

A oficialização concretizou-se, com a posse da Comissão Instaladora, órgão de gestão que administrou o Hospital até à entrada em exercício do 1º. Conselho de Gerência, previsto no Decreto Regulamentar n.º 30/77, de 20 de Maio.

Hospital Sousa Martins

6 O Ex-Sanatório Sousa Martins, situado na mais alta cidade de Portugal a 1039 metros de altitude sobre o nível do mar, ainda hoje tem um maravilhoso parque como poucos ou nenhuns Hospitais do nosso tempo.

Ligados à fundação do Sanatório podemos salientar o nome do Dr. Sousa Martins, o qual em 1881, ao fazer uma expedição à Serra da Estrela, considerou a elevada montanha um local óptimo para o tratamento da Tuberculose. Em sua honra e pelo seu fiel apostolado à causa da Tuberculose, veio a ser dado a este Sanatório o nome de “Sousa Martins”. A Rainha D. Amélia (esposa do Rei D. Carlos) sensibilizada pelo problema da tuberculose em Portugal, veio mais tarde permitir a fundação do Sanatório em 18 de Maio de 1907. Foi um grande benefício para a cidade da Guarda e foi o primeiro Sanatório a ser construído em altitude. O Dr. Lopo de Carvalho (Pai) foi o maior entusiasta desta ideia e veio a ser o primeiro Director.

Na inauguração do Sanatório, estiveram presentes os Reis Portugueses (D. Amélia e D. Carlos) e outras individualidades, entre as quais o venerado Prelado D. Manuel Vieira de Matos, que encerrou a cerimónia. O Dr. Lopo de Carvalho, teve como seu colaborador e Director adjunto o Dr. Amândio Paul, o qual foi segundo Director do Sanatório (desde 1922 a 1933, nomeação feita por morte do seu antecessor). Seguidamente ao Dr. Amândio Paul, foi Director do Sanatório o Dr. Ladislau Patrício, ao qual sucedeu o Dr. Mário Cardoso. Por fim, o último Director do Sanatório foi o Dr. Martins Queiroz.

A situação do Sanatório era realmente privilegiada. Sobranceiro aos vales e aos montes da vasta cordilheira dos Hermínios, dali se lobrigavam até muitas léguas em redor as mais flagrantes cenas da natureza: dias de sol deslumbrante, manhãs de límpido cristal, noites argênteas de luar álgido em Janeiro e de caríciosa frescura em Agosto, cavas espessuras de treva densa nas profundas noites sem lua, com o firmamento constelado de estrelas ou toldado de nuvens caliginosas e o sublime aspecto dos nevoeiros subjacentes sobre os abismos vertiginosos, o sudário maravilhoso da neve, amortalhando os cumes e as ravinas e o assombroso espectáculo das trovoadas trágicas e dos ciclónicos vendavais, dotados de estranha e alucinante beleza.

Para a época o Sanatório era uma moderníssima unidade de Saúde, existindo dentro do recinto fechado os seguintes edifícios reunindo bastantes condições de conforto:

Hospital Sousa Martins

7 Grandes Pavilhões para doentes de 1ª, 2ª e 3ª classe:

• 1 Pavilhão de Isolamento, S/4 no qual funciona actualmente o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental;

• 6 Chalés para as famílias que preferiam viver isoladamente. Desses chalés, constam ainda como testemunho, os dois edifícios onde esteve instalada a Cercig e dois outros edifícios recuperados pela Escola Superior de Enfermagem;

• Pavilhão “Lopo de Carvalho”; • Sala de Farmácia;

• Posto Radiológico para diagnóstico e tratamento;

• 1 Chalé para serviços de escritório e da Administração, onde actualmente está a funcionar a Rádio Altitude;

• Lavandaria;

• Água potável captada a 4 km de distância (forte do Marquez d’Alorna com canalização directa aos edifícios);

• Esgotos, com drenagem perfeita que iam terminar em tanques sépticos americanos (1ª instalação do País);

• Central eléctrica privativa para casos de emergência; • Chauffagem, aquecimento central;

• Cozinha e copa; • Jardim;

• Biblioteca para doentes; • Barbeiro e Dentista; • Laboratório;

• Dependências com rede telefónica;

Hospital Sousa Martins

8 • As paredes interiores de todos os edifícios (quartos, salas, corredores e outras dependências) eram revestidas de um produto impermeável até à altura de 2 metros, de forma a permitirem a lavagem diária com solutos desinfectantes; • Galerias de Cura;

• Iluminação eléctrica; • Banhos de Imersão; • Ventilação;

• Desinfecção dos quartos/louças e talheres (com vapor de formol por meio de um auto clave próprio e de um aparelho “Clayton”;

Em plena Idade Média o doente recorria sistematicamente à religião para aliviar os seus males e conseguir a bem aventurança da saúde. O médico com toda a sua ciência, não deve afastar os seus doentes desse recurso anímico. A droga não exclui a oração. O Hospital não contradiz o Templo.

Quando se inaugurou no Sanatório uma capela para o culto católico, foi convidado a presidir à cerimónia o Venerando Prelado da Diocese. A elegante capela, verdadeiro mimo de arquitectura, estava repleta de fiéis. A luz do exterior, coada através de transparentes gelosias com vidros coloridos, embalava as almas suavemente, no recolhimento da oração. Ao fundo, no altar mor, as velas erguiam as suas chamas como línguas de fogo, iluminando os nichos de onde a Virgem de Fátima, Padroeira da Capela e Santa Teresinha do Menino Jesus, espalhavam em carícias de esperança e de fé.

A designação que utilizamos de Hospital da Misericórdia, assim como de Ex-Sanatório Sousa Martins, englobavam todos os edifícios que pertenciam às referidas instituições, servindo apenas para orientação na localização dos serviços que funcionavam numa e noutras instalações, dado que, oficialmente, as duas constituíam o Hospital Sousa Martins da Guarda.

Hospital Sousa Martins

9 1 - Pavilhão da Ex-Misericórdia no centro da cidade com acesso através de uma via não muito larga e inclinada, onde funcionavam os Serviços de Urgência, Bloco Operatório e as Unidades de internamento de Cirurgia e Ortopedia.

2 - Ex-Sanatório a sul da cidade, onde funcionavam os Serviços Centrais, situado na cerca do Sanatório englobando vários pavilhões; Rx, Departamento de Psiquiatria, Armazéns, Lavandaria e Oficinas distando uns dos outros de cem a oitocentos metros aproximadamente.)

Fisicamente era constituído por vários pavilhões:

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