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BNL, Reservados, nº 236, João Baptista Lavanha, Viagem da Catholica Real Magestade Del Rey D. Filipe II. N.S. ao

Reyno de Portugal E rellação do solene recebimento que nelle se lhe fez,1622, folha 8.

[...] Detevesse el Rei em Bellem vendo os Mosteiros circunvezinhos, a torre de S. Vicente, os engenhos das armas & polvora de Barquerena atè os 29 de Junho que fez a entrada em Lisboa, aguardando que se acabassem os triunfos com que nella avia de ser recebido, e que chegassem as Galès de Espanha, e a Real em que avia de passar [...].

Documento 25

Registo de consulta do Conselho da Fazenda sobre o salitre que o Rei mandou vir da Índia. Lisboa, 30 de Dezembro de 1620.

AHU, Códice 32, Folhas 204 verso e 205.

Sobre o salitre que vossa majestade manda uir da India

Em 26 de feuereiro do anno passado de 619, mandou vossa majestade escreuer ao Conde do Redondo Vice Rey que foy da India que posto que por hua petição que leuou em sua companhia Lhe declarou Vossa majestade a ordem que se havia de ser em se enviar daquellas partes a este Reino toda a quantidade de salitre que pudesse ser e por cartas despois lhe encarregou o mesmo e que pella quantidade que se enuiou nas naos do anno de 618 tem hauido o cuidado com que nisto parece de que se ouue por bem seruido todauia porque a fabrica de Berquerena em que se hade fazer poluora esta acabada e se faltar o salitre em quantidade bastante para poderem laurar os engenhos todo o anno hauendose por custoso o gasto que naquella obra se fez que não deuiam de ser de consideração sendo assy que da grande despesa he ao particular da bondade que se possa fazer que hade ser a que nos ditos engenhos de Berquerena se laurar e euitando o damno que se recebe em as armadas de vossa majestade andarem prouidas com a que se tras de fora que pela maior parte he falsifiada pareça a vossa majestade emcomendar de nouo ao dito Vice Rey tiuesse particular cuidado de fazer embarcar o dito salitre na maior quantidade que fosse possiuel atendendo particularmente a bondade e commodidade do preco.

A que respondeo o Governador fernão de Albuquerque que segundo a informacão que achou se uio a carta referida de vossa majestade em conselho da fazenda em presenca do dito Conde VRey e se assentou que se desse a copia della a Nuno Vaz de castelo branco vedor da fazenda geral como se faz pelo que procurades preuinir todo o salitre que podesse para se mandar nestas naos dar satisfacão ao que vossa majestade manda e assy lhe ordene elle governador. Vista esta carta em Conselho pareceo dizer a vossa majestade que em Consulta de 8 (?) do presente que se fez sobre carta que escreveo nuno vaz de castelo branco vedor da fazenda da India se deu conta a vossa majestade da quantidade de salitre que ueio nestas suas naos e o que ueio nas do anno passado. Ho dinheiro que ainda houuer na India do cabedal que foi deste Reino para se empregar nelle e da grande breuidade que resulta ao seruiço de vossa majestade e bem de sua fazenda em se continuar com este trato pello que não ha mais que dizer no particular desta carta de que se da conta a vossa majestade que mandara o que for seruido em Lisboa a 30 de dezembro de 620.

Documento 26

Registo de consulta do Conselho da Fazenda sobre a petição remetida por Filipe Ribeiro, mestre polvorista, na qual descreveu os defeitos encontrados nos engenhos de Barcarena e em que também referiu a necessidade de lhe serem entregues as chaves do armazém da pólvora.

Lisboa, 28 de Novembro de 1622. AHU, Códice 34, Folha 116.

Sobre hua petição de Felipe Ribeiro poluorista

cô a Consulta que esta uay inclusa e se desse conta a vossa majestade do que se fez em rezão della e se consultasse o que de nouo parecesse sobre a dita petição e não fosse na Consulta na qual petição diz o dito Phellippe Ribeiro que tem dado a Vossa majestade hum appontamento das cousas necessárias pera que os moynhos de Barquerena estejão preparados e se não desconcertem cada dia e de nouo torna a lembrar o seguinte que a traue em que os peoens das mos andão he necessário trauarense da outra parte pera que se não mouam as pedras; os eyxos em que as mos andão deuem ser ferrados de bronze porque faltandolhes isto a pedra come o pao e he necessário cada dia fazerlhe hum de nouo donde se segue mayor custo e deixarem os moynhos de moer e que he necessário darselhe casas pera estar cõ a sua gente porque esta ate gora de emprestimo pera a dita gente e caualgaduras e dorme no proprio moynho sem acender candea e que se lhe deue dar entrega dos moynhos por mandado de vossa majestade porque António Simoens lhe não quis dar ate gora as chaues do Almazem em que se hade recolher a poluora e não há onde se recolha e que não haja dilacão em o dito António Simoens por isto por obra e que asusta o Carpinteiro porque se não passe o tempo e se lhe não de a elle em culpa pois esta em tudo prestes por não faltar no seruico de vossa majestade.

E vendosse a dita petição em Conselho e assy a Consulta inclusa e sobre o Cap.º 3 della em que os governadores ordenão que se lhes diga se no contrato do poluorista se preuenio o damno que pode hauer nas mescras dos materiaes Pareceo que o dito damno se o ouuer se podera logo uer pella experiencia que se pode fazer na poluora que esta feita e assy deue Vossa majestade ser seruido mandar que o prouedor dos Almazens a ueja e que hum ministro assista ao fazer della.

E quanto a peticão do supplicante pareceo que vossa majestade deue mandar que António Simoens lhe entregue as chaues do Almazem da poluora e para este effeito deue vossa majestade mandar que o Doutor Roque da Silveira ua hum dia destes a Barquerena e pera tambem ordenar que os moynhos se ponhão em estado para nelles fazer a poluora e tirar os inconvenientes que o poluorista apponta na peticão relatada e dar a execucão as mais resuluçoens que se tomarão na Consulta inclusa para o que se lhe tem dado o despacho necessário vossa majestade mandara o que for seruido em Lisboa a 28 de nouembro de 622

Documento 27