Bibliografia consultada
LISTA DE ESPÉCIES NATIVAS DO CERRADO
Nome Popular Nome Científico Indicação G.E.
Açoita Cavalo* Lueheadivaricata B,C 1
Angelim amargoso, mata barata Andira vermífuga B,C 1
Angico, angico vermelho Anadenanthera peregrina C 2
Aroeira Myracrodruonurundeuva C 3
Barbatimão Stryphnodendronpolyphyllum C 1
Baru Dipteryxalata C 1
Buriti Mauritia flexuosa A,B 1
Cagaita Eugenia dysenterica C 2
Caroba, Jacarandá boca de sapo Jacaranda brasiliana B,C 1
Carvoeiro Tachigalivulgaris C 1
Chichá* Sterculiastriata B,C 1
Copaíba, pau d’ óleo Copaiferalangsdorffii B,C 3
Embaúba Cecropiapachystachya A,B 1
Embiriçu, embiriçu peludo Pseudobombaxtomentosum C 3
Faveiro Dimorphandramollis C 1
Garapa Apuleialeiocarpa C 3
Gonçalo Alves, aroeira preta Astroniumfraxinifolium C 1
Guapeva* Pouteria torta subsp. Glabra B,C 2
Guatambu vermelho,perobinha* Aspidospermasubincanum B,C 3
Ingá Ingacylindrica B 2
Ipê amarelo Handroanthusochraceus B 2
Ipê Roxo Handroanthusimpetiginosus B,C 2
Ipê, Ipê amarelo, Caraíba Tabebuia aurea B,C 2
Jatobá da Mata Hymenaeacourbaril B,C 3
Jatobá do cerrado Hymenaeastigonocarpa C 3
Jatobá roxo, pau roxo* Peltogyne confertiflora C 3
Jenipapo Genipa americana A,B 3
Jequitibá rosa* Carinianalegalis C 3
Lobeira* Solanumlycocarpum C 1
Louro preto* Cordiaglabrata C 2
Mama cadela Brosimumgaudichaudii B 3
Mamica de porca Zanthoxylumriedelianu* C 2
Mangaba Hancorniaspeciosa C 3
Mirindiba, tarumã Buchenavia tomentosa* C 2
Mutamba Guazumaulmifolia B,C 1
Nó de porco, flor roxa, itaúba de capoeira Physocalymmascaberrimum C 1
Olho de cabra* Ormosiaarbórea C
Pacari da mata Lafoensiadensiflora C 2
Pacari, dedaleiro Lafoensia pacari B 2
Paineirinha* Eriothecagracilipes C 2
Pequi Caryocar brasiliense C 1
Tamboril, orelho de negro* Enterolobiumgummiferum C 3
Tingui Magoniapubescens B,C 1
Grupo Ecológico Indicação
1 – Pioneiras A - Áreas Alagáveis
2 - Secundárias Iniciais B - Áreas Úmidas
Resultados
As atividades tiveram início em agosto de 2013 e até o presente foram diagnosticadas, cercadas e reflorestadas oitenta nascentes. As mudas tem apresentado um bom desenvolvimento em campo, contudo há diferenças entre as nascentes em recuperação, e isso, se dá principalmente por conta dos tratos culturais que ficam a cargo dos produtores.
Houve melhoria significativa na conscientização dos produtores relacionados às questões ambientais, devido ao trabalho de conscientização e informações sobre a legislação pertinente, tais como a necessidade cercar as nascentes, valorização dos frutos do cerrado e a procura pelo CAR – Cadastro Ambiental Rural.
Conclusão
Acredita-se que com a realização do Projeto Preserve e Sustente, houve melhora na conscientização dos produtores de Barro e Alto e Santa Rita do Novo Destino, pois aceitaram e participaram do processo de recuperação das nascentes e estão cada vez mais preocupados com as questões ambientais.
É importante que se faça alguns eventos, tais como palestras e dias de campo para que se possa mostrar o que tem sido feito e reforçar a importância do cumprimento da Legislação, tanto pelas questões ambientais, como pelas questões legais que podem impedir alguns licenciamentos ou até mesmo acesso a crédito bancário.
Bibliografia consultada
BORGES, J.D.; MATEUCCI, M.B.A; OLIVEIRA, J.P.J.; TIVERRON, D.F. ; GUIMARÃES, N.N.R., Recomposição da vegetação das matas ciliares do rio Meia Ponte e córrego Samambaia na área da Várzea da escola de Agronomia da UFG, Goiânia , Goiás, 1995 MARTINS, S. V. Recuperação de Matas Ciliares. Aprenda Fácil. , 146.: il. Viçosa, 2001.
Introdução
Um dos objetivos do Projeto Preserve e Sustente é a geração de renda para os produtores nos municípios de Barro Alto e Santa Rita do Novo Destino, garantindo a continuidade no campo, evitando o êxodo rural. Para tanto foi incentivado o extra- tivismo, para a colheita de cagaita, buriti, pequi, mangaba, caju e Baru. Além do plantio de espécies altamente comerciais, como o abacaxi, maracujá, gueirova e pimenta. Iniciativa esta é chamada de quintais produtivos. Essas atividades tiveram início em agosto de 2013 e se encontra em andamento. Com o término do Projeto previsto para junho de 2015, essas ações devem continuar, uma vez que representam uma fatia significativa na renda das família envolvidas.
Metodologia
Foram mapeadas famílias com interesse e perfil para plantar pimenta, maracujá e abacaxi. As mudas foram doadas, os plantios foram feitos pela equipe do Projeto o Preserve e Sustente. No caso da pimenta, além do plantio, todos o equipamen- tos de irrigação foram doados e instalados. Para o maracujá, os estaleiros também foram entregues prontos. Ficando a cargo do produtor manejar o plantio, seguindo as instruções do técnico, bem como a colheita.
Para Carvalho e Sawyer (2009) o extrativismo tem o caráter de complementaridade com a pequena produção agropecuária. É fundamental que os sistemas produtivos de agricultores familiares compreendam atividades diver- sas, como a produção agroecológica, a criação de animais, a apicultura, o beneficiamento da produção e o turismo ecológico, além de uma articulação consistente com mer- cados, organizações e instituições.
As fruteiras do cerrado foram mapeadas e incentivadas às colheitas dos seus frutos. Foi estabelecida uma parceria com a faculdade de Engenharia de Alimentos da UFG, para determinação dos teores nutricionais dos frutos do cerra- do e treinamentos para colheita, manejo do fruto, despol- pamento e armazenamento correto. Está sendo realizado também um trabalho com a Secretaria da Educação de Santa Rita do Novo Destino para aquisição desse produto, a fim de reforçar as atividades de educação ambiental desen- volvidas com as crianças e adolescentes nas escolas.
Projeto Preserve e Sustente
Coordenadora: Nailde Rodrigues Silva
Kátia Fortaleza Cabral katiafortaleza@gmail.com Nailde Rodrigues Borges Silva anaildeborges@gmail.com Bioma: Cerrado Barro Alto-Go e Santa Rita-Go
Realização: Associação dos Remanescente do Quilombo de Pombal Introdução - www.projetopreserveesustente.com.br
Capacitação boas práticas, realizado pela faculdade de Engenharia de alimentos da UFG
As frutas produzidas nos quintais, abacaxi, maracujá e pimenta, bem como as frutas nativas do cerrado são entregues à Associação Remanescente do Quilombo de Pombal.
Para a produção e comercialização da pimenta foi feita uma parceria com a Ponzan Alimentos, onde ela forneceu o ma- terial genético das espécies a serem produzidas e compra toda a produção dos produtores atendidos pelo Projeto Preserve e Sustente. As pimentas são: malagueta, biquinho e bode.
O restante dos frutos são despolpados e congelados em pequenas porções, os quais são utilizados para a alimentação dos colaboradores da associação, eventos, atividades de educação ambiental. O excedente é comercializado. Futuramente pretende-se abrir um ponto de vendas na cidade de Barro Alto.
Resultados
As atividades tiveram início em agosto de 2013 e até o presente momento existem 48 famílias envolvidas, que produzem e entregam pimenta, maracujá, abacaxi e frutos do cerrado. Observa-se que alguns produtores obtém mel- hores índices de produtividade, isso acontece porque estão mais engajados, seguindo todas as recomendações técni- cas e conseguem envolver todos os membros da família.
Conclusão
Acredita-se que com a realização do Projeto Preserve e Sustente, houve um sensível aumento na renda dessas famílias, contribuindo para que o jovem também se fixe no campo, uma vez que tem a oportunidade de trabalhar e ter
uma renda satisfatória, sem ter necessidade de mudar para a cidade.
É necessária a diversificação de atividades agrícolas para o agricultor familiar, para que seja possível a ele, garantir renda durante todo o ano. Com relação a comercialização oriunda dos frutos do extrativismo é necessário um trabalho árduo de educação ambiental para que se torne um hábito consumi-los. Além da necessidade de trabalhar sempre em forma de asso- ciação para que se tenha escala para comercializar.
Bibliografia
CARVALHO, I,S,H de; SAWYER, D.R. A Cooperativa Grande Sertão e a Riqueza Socioambientais do Norte de Minas. In BENSUSAN, N. Brasília: Unindo Sonhos Pesquisas Ecossociais no Cerrado: Instituto Internacional de Educação no Brasil; 2009. p. 51-66,
Carregamento de pimenta para a Ponzan Alimentos. Torta de Frango com jatobá servida em atividade de educação ambiental
Introdução
O objetivo Geral do projeto é estimular os elos da cadeia produtiva de sementes e mudas florestais de espécies nativas do Cerrado a adequarem-se à legislação e a adotarem modelos eficientes de produção para viabilizar programas, projetos e ações que promovam o desenvolvimento sustentável.
O público alvo envolvido diretamente nas ações do projeto é composto por agricultores de: Assentamentos Rurais; Asso- ciações Ribeirinhas de Pequenos Produtores Rurais; Cooperativas de Pequenos Agricultores Agroextrativistas; Comunidades Kalungas e Produtores Individuais, bem como é composto por Agentes e Gestores de Unidades de Conservação, a exemplo da Floresta Nacional de Brasília, do Jardim Botânico de Brasília e do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. A área de abrangência do Projeto atinge três Estados nos seguintes municípios: Rio Pardo de Minas/MG, Goiânia, Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Pirenópolis, Barro Alto, Santo Antonio do Descoberto, Ceres, Goianésia e Ipameri/GO, Tabaporã, Sinop/ MT e o Distrito Federal.
O período de execução envolve duas fases, sendo a primeira de 22 de dezembro de 2010 a 22 de dezembro de 2012, e a segunda de 05 de dezembro de 2014 até a finalização em 05 de dezembro de 2015. Para a sustentabilidade do projeto, a Rede de Sementes do Cerrado conta com 10 Entidades parceiras e mais duas parcerias Socioambientais com outros projetos patrocinados pela Petrobras (Verde Vida e Pé de Cerrado).
Metodologia
A Rede de Sementes do Cerrado, através do projeto Semeando o Bioma Cerrado, iniciou em 2011 os trabalhos envolven- do principalmente pequenos agricultores (em Assentamentos Rurais, Associação Ribeirainha, Cooperativa de Agricultores Familiares Agroextrativistas, Comunidade Kalunga, Áreas de Reserva e Propriedades Individuais), visando estimular a for- mação de uma cadeia produtiva de sementes florestais de espécies nativas, que se adeque à legislação vigente. Para isso, o projeto capacita atores nas áreas temáticas de: Identificação de Árvores e Madeiras do Bioma Cerrado; Seleção e Marcação de Árvores Matrizes; Coleta, Manejo e Beneficiamento de Sementes; Viveiros e Produção de Mudas Florestais Nativas e, re- centemente, nos temas de Capacitação Continuada em Restauração de Áreas Degradadas e Comercialização de Sementes e Mudas Florestais.
Além disso, atua na demarcação de Áreas de Coleta de Sementes - ACS (cerca de 10 ha/cada), preferencialmente em fragmentos bem conservados de vegetação nativa. Em cada área são selecionadas, marcadas e identificadas cerca de 60 árvores matrizes georreferenciadas para obtenção de sementes e, neste ato, o produtor assina um Termo de Compromisso com a Rede de Sementes do Cerrado se responsabilizando pela manutenção da ACS e das Árvores Matrizes georreferenciadas. Para suporte a produção de sementes e mudas foram instaladas Unidades de Capacitação e Apoio a Produção de Sementes e Mudas Florestais em pontos estratégicos. Complementarmente, na segunda etapa do projeto foi iniciado trabalho com diversas modalidades de plantio de mudas e semeadura de sementes para Recuperação de Áreas Degradadas.