• Nenhum resultado encontrado

5 – Discussão dos resultados

Questão 5: a máxima lactatemia pós-esforço a 80% 1-RM reflete o DOA nos 4 exercícios?

No exercício extensão de pernas o coeficiente de correlação entre a máxima lactatemia pós-esforço e o DOA foi praticamente nula e sem significado estatístico. No exercício do supino inclinado foi de 0,55 (p = 0,128). Nos outros dois exercícios analisados na presente tese, não foi possível conseguir concordância de alguns sujeitos para recolha de sangue capilar, pelo que não pode ser efectuada esta análise. O valor de 0,55 até poderia ser considerado como indicador de uma correlaçao boa no caso de ser observado numa amostra mais alargada e com significado estatístico. Não obstante, tratando-se de correlação entre variáveis de cariz fisiológico, exigir-se-iam valores mais elevados (acima de 0,80) para merecer realce. Ou seja, estes resultados indicam que a lactatemia não reflete o DOA.

Todavia, para melhor responder à questão enunciada, seria também útil confrontar o DOA com a estimativa de energia anaeróbia expressa pelo equivalente energético do lactato. Com efeito, um método para a análise do CE na musculação é a combinação da análise respiratória com a análise bioquímica sanguínea (Scott, 2006 e 2009). Esta última, apesar de algumas margens de erro por quantificar, tornou-se no processo comum de mensurar a energia anaeróbia libertada, e requer a conversão das concentrações de lactato no sangue em equivalentes de O2 (Margaria et al., 1963;

DiPrampero et al., 1978; Zamparo et al., 2000; Laffite et al., 2004; Reis et al., 2010a),

conforme descrito anteriormente (ver 3.4). Mas essa estimativa limita-se à fracção de energia obtida por via láctica. Para estimativas do CE total, é normalmente adicionado um valor assumido como correspondendo ao total de energia aláctica utilizada num exercício que segundo DiPrampero et al. (1981) pode atingir 36.8 mlO2.kg-1. Ora, a soma desse valor ao equivalente de lactato estimado apresenta-se como um potencial equivalente do DOA. Para verificarmos a proximidade dos cálculos pelos 2 métodos, fizemos os cálculos para o nosso estudo. No exercício de extensão de pernas, essa soma apresentou o valor de ≈ 39 ml/kg que foi superior ao valor da taxa de produção anaeróbia calculado pelo DOA (≈ 31 ml/kg). No exercício do supino inclinado, essa soma apresentou o valor de ≈ 43 ml/kg que foi também superior ao valor da taxa de produção anaeróbia calculado pelo DOA (≈ 28 ml/kg). As diferenças entre métodos de

cálculo foram significativas em ambos os exercícios. A mesma tendência de resultados

havia sido reportada num estudo anterior com desenho semelhante ao do nosso estudo. No estudo de Vianna (2010), a produção de energia anaeróbia medida pelo DOA para o exercício de supino horizontal foi de ≈ 18 ml/kg. Calculando a energia anaeróbia através do equivalente de lactato e somando o valor assumido na literatura para a contribuição anaeróbia aláctica (DiPrampero et al., 1981), Vianna (2010) obteve o valor de ≈ 37 ml/kg.

A literatura anuncia que os valores de energia anaeróbia obtidos pelo método do DOA encontram-se em concordância com os calculados a partir da medição de metabólitos musculares (Medbø e Tabata, 1989; Bangsbo et al., 1990; Medbø, 1991; Withers et al.,

1991; Medbø e Tabata, 1993; Bogdanis et al., 1996), mas apenas em estudos em corrida e ciclismo. No presente estudo, em ambos os exercícios analisados as diferenças entre os dois métodos foram significativas, pelo que somos levados a concluir que o racional teórico acima exposto não se aplica à musculação. Em ambos os exercícios seria possível equivaler os valores dos dois métodos se a energia aláctica assumida fosse inferior ao valor máximo proposto por DiPrampero et al. (1981). Com efeito o valor proposto por estes autores é um valor máximo. Um valor de energia aláctica de ≈ 29 ml/kg no exercício de extensão de pernas e de ≈ 22 ml/kg no exercício de supino inclinado, parece ser possível. Todavia, tendo em consideração que o esforço foi exaustivo, com uma carga elevada (80% 1-RM) e com duração acima de 30s, seria de esperar que se esgotasse o máximo de energia aláctica disponível. Outra possível explicação para a discrepância de valores seria o facto do equivalente energético do lactato no sangue poder ser, na musculação, diferente do valor proposto na literatura. Com efeito, o equivalente energético de lactato de 3 mlO2 por mM de lactato validado por DiPrampero e Ferretti (1999) não se refere a exercícios de musculação, mas sim em corrida. Uma vez que o referido autor demonstrou que entre natação, corrida e ciclismo existem variações no valor deste equivalente (de 2,7 a 3,3 mlO2/kg/mM de lactato), é de esperar que existam igualmente diferentes equivalentes em exercícios de musculação e que o mesmo possa variar entre diferente exercícios, conforme aqueles que foram analisados no presente estudo. No estudo de Vianna (2010), no exercício de meio agachamento, o DOA foi de ≈ 63 ml/kg. Calculando a energia anaeróbia através do equivalente de lactato e somando o valor assumido na literatura para a contribuição anaeróbia aláctica (DiPrampero et al., 1981), o autor obteve o valor de ≈ 40 ml/kg, valor esse inferior à taxa de produção de energia anaeróbia calculada pelo método DOA para esse mesmo exercício. Estes resultados, que diferem do nosso estudo, poderiam suportar uma eventual imprecisão no equivalente energético do lactato no sangue.

Em síntese, tanto os nosso resultados quanto os dados existentes na literatura recomendam estudos para identificação mais precisa do equivalente energético do lactato em exercícios de musculação bem como para quantificação da energia aláctica envolvida neste tipo de exercícios.

Conclusões

O CE a baixas intensidades (até 30% 1-RM) variou entre 5 a 9 kcal/min nos exercícios de extensão de pernas, supino inclinado e extensão de pernas na prensa; no exercício de flexão de antebraços foi menor (2 a 5 kcal/min). À carga de 80% 1-RM o CE atingiu 17 a 26 kcal/min e foi igualmente menor na flexão de antebraços (9 kcal/min).

O erro das regressões entre VO2 e carga variou entre 7 e 20%, valor que pode ser considerado desde bom (limite inferior) até dificilmente aceitável (limite superior). Como o erro foi maior quando se usou a potência mecânica como preditor do VO2, é preferível o uso da carga ou do trabalho mecânico para estudar exercícios de musculação.

Em esforço de alta intensidade (80% 1-RM) a energia anaeróbia foi predominante (entre 70 e 80% da energia total) com excepção do exercício de flexão de antebraços, em que predominou a energia aeróbia.

O défice de oxigénio a 80% 1-RM variou entre 31 e 55 ml/kg/min nos exercícios extensão de pernas, supino inclinado e extensão de pernas na prensa, com um menor valor no exercício de flexão de antebraços próximo de 10 ml/kg/min.

O erro no DOA foi elevado (acima de 20%) nos exercícios de extensão de pernas, supino inclinado e flexão de antebraços, sendo menor e aceitável no exercício de extensão de pernas na prensa (8,5%).

O erro da extrapolação linear do CE para a carga de 80% 1-RM variou entre 8 e 20%, valor que pode ser considerado desde aceitável (limite inferior) até dificilmente aceitável (limite superior).

O CE pode ser predito pela PSE à 5ª repetição em esforços exaustivos com baixa intensidade (até 30%) nos quatro exercícios aqui estudados, com erros de 6 a 8%.

O somatório do equivalente energético do lactato no sangue com a energia aláctica assumida, não reflete o DOA.

Implicações práticas

Com base nos resultados parece possível que em sessões de musculação com cargas baixas (até 30% 1-RM) e com um rácio de 1:1 entre esforço e recuperação, acumular um gasto de mais de 400 kcal, desde que a sessão tenha uma duração próxima de 2h. O exercício de extensão de pernas na prensa foi o que demonstrou menor erro a todas as intensidades, o que recomenda a utilização deste exercício para estudos sobre o CE na musculação.

Propostas para estudos futuros

1) Determinar o pico de oxigénio para cada exercício de musculação;

2) Analisar a inclusão de mais intensidades e de intensidades mais próximas do pico de oxigénio de cada exercício, na recta de regressão entre VO2 e carga;

3) Estudar a bioenergética de outros exercícios de musculação, nomeadamente no que diz respeito à contribuição aeróbia e anaeróbia;

4) Determinar a precisão da PSE em predizer o CE em outros exercícios de musculação; 5) Identificar o equivalente energético do lactato em exercícios de musculação e

1. AACPR - American Association of Cardiovascular and Pulmonary Rehabilitation (1999):

“Modifiable cardiovascular disease risk factors. Guidelines for cardiac rehabilitation and

secondary prevention programs”. 3rd

Edition, Human Kinetics, 85-130.

2. ACSM (1998): “The recommended quantity and quality of exercise for developing and

maintaining physical fitness and flexibility in healthy adults”. Medicine Science in Sports Exercise, 30(6), 2156-2164.

3. ACSM (2000): “Guidelines for exercise testing and prescription”. 6th

Edition. Philadelphia, PA: Lippincott Williams and Wilkins.

4. ACSM (2001): “Appropriate intervention strategies for weight loss and prevention of weight

regain in adults”. Medicine Science in Sports Exercise, 33(12), 2145-2156.

5. ACSM (2002): “Progression Models in Resistence Training for Healthy Adults”. Medicine

Science in Sports Exercise, 34(2), 364-380.

6. ACSM (2006): “Guidelines for exercise testing and prescription”. 7th Edition. Philadelphia, PA:

Lippincott Williams and Wilkins.

7. ACSM (2007): “Directrizes de ACSM para testes de esforço e sua prescrição”. 7ª edição, Editora

Nova Guanabara, Rio de Janeiro.

8. ACSM (2009): “Position Stand. Progression models in resistance training for healthy adults”.

Medicine Science in Sports Exercise, Mar, 41(3), 687-708.

9. Allen, P.; Pandolf, K. (1977): “Perceived Exertion associated with breathing hyperoxic mixtures

during submaximal work”. Medicine and Science in Sports and Exercise, 9(2), 122-127.

10.

Almuzaini, K.; Potteiger, J.; Green, S. (1998): “Effect of split exercise sessions on excess postexercise Oxygen consumption and resting metabolic rate”. Canadian Journal Applied Physiology, 23, 433-443.

11.

Altman, D.; Gardner, M.; et al. (2000): “Statistics with confidence intervals and statistical guidelines”. Great Britain: BMJ Books. Available from: http://www.columbia.edu/cgi- bin/cul/resolve?clio5384716.

12.

Ammons, R.; Byrd, R.; Moras, S.; Boatwright, D.; Dobbs, P. (1984): “Metabolic cost of weight training”. Research Council Proceedings. Southern Distric American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance, 16.

13. Appenzeller, O. (1988): “Sports Medicine”. 3rd Edition. Urban & Schwarzenberg, Baltimore-

Munich.

14. Astrand, P. (2003): “Textbook of work physiology: physiological bases of exercise”. IL: Human

Kinetics. 4th Edition. Champaign.

15. Astrand, P.; Rodahl, K. (1980): “Tratado de fisiologia do exercício”. 2ª edição. Editora

Interamericana Ltda., Rio de Janeiro.

strength and conditioning association, 3th Edition, Human Kinetics.

17. Bahr, R.; Inges, I.; Newsholme, E.; Sejersted, O.; Vaage, O. (1987): “”Effect of duration of

exercise on excess postexercise oxygen consumption”. Journal of Applied Physiology, 62, 485- 490.

18. Bahr, R.; Sejersted, O. (1991a): “Effect of intensity of exercise on excess postexercise oxygen

consumption”. Metabolism, 40, 836-841.

19. Bahr, R.; Sejersted, O. (1991b): “Effect of feeding and fasting on excess postexercise oxygen

consumption”. Journal of Applied Physiology, 71, 2088-2093.

20. Ballor, D.; Becque, M.; Katch, V. (1987): “Metabolic Responses during hydraulic resistance

exercise”. Medicine Science in Sports Exercise, 19(4), 363-367.

21. Ballor, D.; Becque, M.; Katch, V. (1989): “Energy output during hydraulic resistance circuit

exercise for males and females”. The Journal of Applied Sports Science Research, 3(1), 7-12.

22. Bangsbo, J.; Gollnick, P.; Graham, T.; Juel, C.; Kiens, B.; Mizuno, M.; Saltin, B. (1990):

”Anaerobic energy production and the O2 deficit-debt relationship during exhaustive exercise in

humans”. Journal Physiology, 422, 539-559.

23. Bangsbo, J.; Graham, T.; Kiens, B. (1992): “Elevated muscle glycogen and anaerobic energy

production during exhaustive exercise in man.” Journal of Physiology, 451, 205-222.

24. Bangsbo, J.; Michalsik, L.; Petersen, A. (1993): “Accumulated O

2 Deficit during intense exercise

and muscle characteristics of elite athletes”. International Journal Sports Medicine, 14, 207-213.

25. Beckham, S.; Earnest, C. (2000): “Metabolic cost of free weight circuit weight training”. Journal

of Sports Medicine and Physical Fitness, Jun, 40(2), 118-125.

26. Bell, O.; Jacobs, I.; Ellerington, K. (2001): “Effect of caffeine and ephedrine ingestion on

anaerobic exercise performance”. Medicine Science in Sports Exercise, 33, 1399-1403.

27. Berg, K.; Buresh, R.; Parks, L.; Kissinger, K.; Karasek, D.; Sinnett, A.; Trehearn, T. (2010):

“Oxygen cost of sprint training”. The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, 50, 25- 31.

28. Bergman, B.; Brooks, G. (1999): “Respiratory gas-exchange ratios during graded exercise in fed

and fasted trained and untrained men”. Journal of Applied Physiology, 86(2), 479-487.

29. Bergström, J. (1962): “Muscle electrolytes in man”. Scandinavian Journal of Laboratory

Investigation, Suppl. 68.

30. Bergström, J. (1975): “Percutaneous needle biopsy of skeletal muscle in physiological and

clinicalresearch”. Scandinavian Journal of Laboratory Investigation, 35, 609-616.

31. Bertram, J.; Ruina, A. (2001): “Multiple walking speed-frequency relations are predicted by

constrained optimization”. Journal of Theoretical Biology, 209, issue 4, 445-453.

32. Bickham, D.; Le Rossignol, P.; Gibbons, C.; Russell, A. (2001): “Re-assessing accumulated

oxygen deficit in middle-distance runners”. Journal Science Medicine Sports, 5, 336-340.

after resistance exercise in women”. Medicine and Science in Sports Exercise, 33(6), 932-938.

34. Bishop, D. (2000): “Physiological predictors of flat-water kayak performance in women”.

European Journal of Applied Physiology, 82, 91-97.

35. Bishop, D.; Darrell, B.; Dawson, B. (2002): “The influence of pacing strategy on VO

2 and

supramaximal kayak performance”. Medicine Science Sports Exercise, 34(6), 1041-1047.

36. Black, P.; Manfredi, T.; Sweener, J. (1994): “Energy cost during lateral movement training and

exercise intensity prescription”. Medicine and Science in Sports Exercise, 26, S104.

37. Blair, S.; Kohl, H.; Paffenbarger, R.; Clark, D.; Cooper, K.; Gibbons, L. (1989): “Physical

Fitness and All-Cause Mortality: a prospective study of healthy Men and Women”. Journal of American Medical Association, 262, 2395-2401.

38. Bland, J.; Altman, D. (1996): “Measurement error and correlation coefficients”. BMJ, Jul, 6,

313(7048), 41-2.

39. Blessing, D.; McMillan, J.; Rozeneck, R.; Scala, D.; Stone, M. (1987): “Metabolic cost of a

preparatory phase of training in weightlifting: a practical observation”. Journal of Applied Sports Science Research, 1, 48-52.

40. Bloomer, R. (2005): “Energy coast of moderate-duration resistance and aerobic exercise”. The

Journal of Strength and Conditioning Research, 19(4), 878-882.

41. Bogdanis, G.; Nevill, M.; Boobis, L.; et al. (1996): “Contribution of phosphocreatine and aerobic

metabolism to energy supply during repeated sprint exercise”. Journal of Applied Physiology, 80 (3), 876-884.

42. Bogdanis, G.; Nevill, M.; Lakomy, H.; Boobis, L. (1998): “Power output and muscle metabolism

during and following recovery from 10 and 20 s of maximal sprint exercise in humans.” Acta Physiology Scandinavian, 163, 261-172.

43. Bolgar, M.; Baker, C.; Goss, F.; Nagle, E.; Robertson, R. (2010): “Effect of exercise intensity on

differentiated and undifferentiated active and trained women”. Journal of Sports Science and Medicine, 9, 557-563.

44. Borg, G. (2000): “Escalas de Borg para a dor e esforço percebido”. São Paulo. Editora Manole.

45. Borg, G.; Dahlstrom, H. (1962): “The reliability and validity of a physical work test”. Acta

Physiologica Scandinavica, 55, 353-361.

46. Borg, G.; Ljunggren, G.; Ceci, R. (1985): “The increase of perceived exertion, aches and pain in

the legs, heart rate and blood lactate during exercise on a bycicle ergometer”. European Journal of Applied Physiology, 54, 343-349.

47. Borsheim, E.; Bahr, R. (2003): “Effect of intensity, duration and mode on post-exercise oxygen

consumption”. Sports Medicine, 33(14), 1037-1060.

48. Bosco, C.; Cardinale, M.; Tsarpela, O.; Colli, R.; Tihanyi, J.; Duvillard, S.; Viru, A. (1998):

“The influence of whole body vibration on jumping performance.” Biology Sport, 15, 157-164.

(1999): “Adaptive responses of human skeletal muscle to vibration exposure.” Clinical Physiol., 16, 317-322.

50. Bosco, C.; Iacovelli, M.; Tsarpela, O.; Cardinale, M.; Bonifazi, M.; Tihanyi, J.; Viru, M.;

Lorenzo, A.; Viru, A. (2000): “Hormonal responses to whole-body vibration in men”. European Journal of Applied Physiology, 81, 449-454.

51. Bouchard, C. (2003): “Actividade Física e Obesidade”. Editora Manole.

52.

Braun, W.; Hawthorne, W.; Markofski, M. (2005): “Acute EPOC response in women to circuit training and treadmill exercise of matched oxygen consumption”. European Journal of Applied Physiology, 94, 500-504.

53.

Brito, J. (2006): “Determinação do dispêndio energético na marcha em percurso natural: comparação com o dispêndio energético na marcha em tapete rolante”. Tese de Doutoramento. Universitat de lleida. Institute Nacional d’Educació Física de Catalunya. LLeida. Espanha.

54.

Brockman, L.; Berg, K.; Latin, R. (1993): “Oxygen uptake during recovery from intense intermittent running and prolonged walking”. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, 33, 330-336.

55. Brooks, G.; Donovan, C.; White, T. (1984): “Estimation of anaerobic energy production and

efficiency in rats during exercise. Journal of Applied Physiology, 56, 520

56. Brooks, G.; Fahey, T. (1984): “Exercise Physiology”. Macmillan Publishing Company, New

York.

57. Buck, D.; McNaughton, L. (1999b): “Changing the number of submaximal exercise effects

calculation of MAOD”. International Journal of Sports Medicine, 20, 28-33.

58. Buck, D.; McNaughton, L. (1999a

): “Maximal Accumulated Oxygen Deficit must be calculated using 10-min periods. Medicine Science in Sports Exercise. 31, 1346-1349.

59. Burgess, M.; Robertson, R.; Davis, J.; Norris, J. (1991): “RPE, blood glucose and carbohydrate

oxidation during exercise: effects of glucose feedings”. Medicine and Science in Sports and Exercise, 23(3), 353-359.

60. Byrd, R.; Hopkins-Price, P.; Boatwright, J.; Kinley, K. (1988): “Prediction of the caloric cost of

the bench press”. The Journal of Applied Sport Science Research, 2(1), 7-8.

61. Byrd, R.; Pierce, K.; Gentry, R.; Swisher, M. (1996): “Predicting the caloric cost of the parallel

back squat in women”. The Journal of Strength and Conditioning Research, 10(3), 184-185.

62. Byrnes, W.; Frey, G.; Mazzeo, R. (1993): “Factors influencing excess postexercise oxygen

consumption in trained and untrained women”. Metabolism, 42, 822-828.

63. Cafarelli, E. (1977): “Peripheral and central inputs to the effort sense during cycling exercises”.

European Journal of Applied Physiology and Occupational Physiology, 37 (3), 181-189.

64. Calvo, M.; Rodas, G.; Vallejo, M.; Arcas, A.; Javierre, C.; Viscor, G.; Ventura, J. (2002):

“Heritability of explosive power and anaerobic capacity in humans. European Journal of Applied Physiology, 86, 218-225.

65. Carr, A.; Dawson, B.; Schneiker, K.; Goodman, C.; Lay, B. (2008): “Effect of caffeine

supplementation on repeated sprint running performance”. Journal of Sports Medicine Physiology Fitness, 48, 472-478.

66. Carter, H.; Jones, A.; Barstow, T.; Burnley, M.; Williams, C.; Doust, J. (2000): “Effect of

endurance training on oxygen uptake kinetics during treadmill running”. Journal of Applied Physiology, 89(5), 1744-1752.

67. Caruso, J.; Hernandez, D.; Saito, K.; Cho, M.; Nelson, N. (2003): “Inclusion of eccentric Actions

on net caloric cost resulting from isoinertial resistance exercise”. Journal of Strength and Conditioning Association, 17(3), 549-555.

68. Carvalho, S.; Leite, N.; Rodominski, R. (2005): “Exercícios Físicos estruturados e estilo de vida

ativo em adolescentes obesos participantes de um programa de redução de peso corporal”. Journal of Exercise and Sport Sciences, 1(1), 12-13.

69. Cazorla, G.; Léger, L.; Marini, J. (1984): “Les épreuves d’effort en physiologie – évaluation du

potentiel anaérobie”. Travaux et Recherches en E.P.S. n.º 7, Evaluation de la Valeur Physique, 82-94. INSEP, Paris.

70. Chad, K.; Quigley, B. (1991): “Exercise intensity: effect on postexercise O2 uptake in trained

and untrained women”. Journal of Applied Physiology, 70, 1713-1719.

71. Chad, K.; Wenger, H. (1988): “The effect of exercise duration on the exercise and post-exercise

oxygen consumption”. Canadian Journal of Sports and Science, 13, 204-207.

72. Chatagnon, M.; Busso, T. (2006): “Modelling of aerobic and anaerobic energy production during

exhaustive exercise on a cycle ergometer”. European Journal Applied Physiology, 97, 755-760.

73. Church, T.; Earnest, C.; Morss G. (2002): “Field-testing of physiological responses associated

with Nordic Walking”. Research Quarterly for Exercise and Sport, 73(3), 296-300.

74. Coast, J.; Cox, R.; Welch, H. (1986): “Optimal pedaling rate in prolonged bouts of cycle

ergometry”. Medicine and Science in Sports and Exercise, 18, 225-230.

75. Cochrane, D.; Legg, .; Hooker, M. (2004): “The short-term effect of whole body vibration

training on vertical jump, sprint, and agility performance”. Journal of Strength & Conditioning Research, 18, 828-832.

76. Coelho, C.; Hamar, D.; Soares, D.; Araújo, C. (2003): ”Physiological responses using 2 high-

speed resistance training protocols”. The Journal of Strength & Conditioning Research, 17(2), 334-337.

77. Colado, J.; Triplett, N. (2008): “Effects of a short-term resistance program using elastic bands

versus weight machines for sedentary middle-aged women”. The Journal of Strength & Conditioning Research, Sept., 22(5), 1441-1448.

78. Craig, I.; Morgan, W. (1998): “Relationship between 800-m running performance and

accumulated oxygen deficit in middle-distance runners”. Medicine Science in Sports Exercise, 30, 1631-1636.

79. Davies, C.; Sandstrom, E. (1989): “Maximal mechanical power output and capacity of cyclists

80. Delecluse, C.; Roelants, M.; Verschueren, S. (2003): “Strength increase after Whole Body

Vibration compared with resistance training”. Medicine Science in Sports Exercise, 35, 1033- 1041.

81. DeVoe, D.; Miller, L.; Gotshall, R. (1998): “Energy expenditure of backpacking for women on

even and uneven terrain”. Research Quarterly for Exercise and Sport, 69(1), A32-33.

82. DHHS - Department of Health and Human Services (1996): “Physical Activity and health: a

report from the surgeon general”. Atlanta, GA.

83. Didier, J. (1997): “Calorimetria indirect”. Revista Ass Med Brasil, 43(3), 245-53

84. DiPrampero, P. (1981): “Energetics of muscular exercise”. Revista Physiol. Biochem.

Pharmaeol., Vol. 89, 143-222.

85. DiPrampero, P. (1986): “The energy cost of human locomotion on land and in water”.

International Journal of Sports Medicine, 7, 55-72.

86. DiPrampero, P.; Capelli, C.; Pagliari, P.; et al. (1993): “Energetics of best performances in

middle-distance running”. Journal of Applied Physiology, 74(5), 2318-2324.

87. DiPrampero, P.; Ferretti, G. (1999): “The energetics of anaerobic muscle metabolism: a

reappraisal of older and recent concepts”. Respiratory Physiology, 118, 103-115.

88. DiPrampero, P.; Pendergast, D.; Wilson, D.; Rennie, D. (1978): “Blood lactacid acid

concentrations in high velocity swimming”. In: Eriksson, B.; Furberg, B. (eds): “Swimming medicine IV”. University Park Press, Baltimore, 249-261.

89. Dobratz, R.; Sibley, S.; Beckman, T.; Valentine, B.; Kellogg, T.; Ikramuddin, S. (2007):

“Predicting energy expenditure in extremely obese women”. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition, 31(2), 17-27.

90. Doherty, M. (1998): “The effect of caffeine on the maximal accumulated oxygen deficit and

short-term running performance.” International Journal Sports Nutrition, 8, 95-104.

91. Doherty, M.; Smith, P.; Schroder, K. (2000): “Reproducibility of the maximum accumulated

oxygen deficit and run time to exhaustion during short-distance running”. Journal of Sports Science. 18, 331-338.

92. Dolezal, B.; Potteiger, J. (1998): “Concurrent resistance and endurance training influence basal

metabolic rate in nondieting individuals. Journal of Applied Physiology, 85(2), 695-700.

93. Dominelli, P.; Sheel, A.; Foster, G. (2011): “Effect of carrying a weighted backpack on lung

mechanics during treadmill walking in healthy men”. European Journal of Applied Physiology, DOI: 10.1007/s00421-011-2177-8

94. Donahoo, W.; Grunwald, G.; Hamilton, T.; Hill, J.; Melanson, E.; Peters, J.; Seagle, H.; Sharp,

T. (2005): “Twenty-four-hour Metabolic Responses to Resistance Exercise in Women”. Journal of Strength and Conditioning Research, 19(1), 61-66.

95. Duffield, R.; Dawson, B.; Goodman, C. (2004b): “Energy system contribution to 100-m e 200-m