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3. MÉTODO DE PESQUISA

3.4. Método de Comparação

A proposta foi desenvolvida por meio de uma estrutura de abordagem de pesquisa em

design (Design Reserach Methodology - DRM) proposta por Blessin e Chakrabarti (2009).

Segundo os autores o uso dessa proposta, desde o início do projeto de pesquisa auxilia a fornecer uma direção para a pesquisa e identificar as áreas que precisam ser abordadas, tendo maior probabilidade de se unir a teoria e a prática.

A DRM consiste em 4 passos que os autores dividem em: Critério, Estudo Descritivo I, Estudo Prescritivo e Estudo Descritivo II. O primeiro passo é a identificação do objetivo da pesquisa, é deixar evidente qual o foco do trabalho e onde se quer chegar. No segundo passo por meio da fundamentação teórica caracteriza o tema da pesquisa. O terceiro passo é o desenvolvimento e proposta de aplicação do método a ser testado para alcançar os resultados esperados. O quarto passo é o estudo realizado para avaliar o impacto e os resultados obtidos com a aplicação do método desenvolvido.

O método proposto por esse trabalho é ilustrado da Figura 4.

Figura 4: Método de comparação. Fonte: Adaptada de Rosa e Rozenfeld (2015). 3.4.1 Selecionar os Programas de Pós-Graduação

Para a escolha dos programas de pós-graduação, população desse estudo (93 programas), foram selecionados 2 programas de mesmo conceito, fazendo com que todos os conceitos fossem abordados (de 3 a 7). Dentro da classificação de mesmo conceito, foram selecionados um programa com sua data de início de funcionamento mais atual e o outro com

data de início de funcionamento mais antiga. Optou-se por utilizar a data de parâmetro dos cursos de mestrado, pois é necessário que o programa tenha no mínimo o curso de mestrado com nota superior a 4 para abrir o curso de doutorado.

Os programas escolhidos a priori foram: • Conceito 3:

- Engenharia Mecânica, do IME, (01/01/73);

- Engenharia e Ciências Mecânicas, da UFSC (02/03/15). • Conceito 4:

- Engenharia Naval e Oceânica, da USP (01/01/70); - Ciências e Tecnologias Espaciais, do ITA (01/01/12). • Conceito 5:

- Engenharia Aeronáutica e Mecânica, do ITA (01/01/61); - Engenharia Industrial, da UFBA (01/01/08).

• Conceito 6:

- Engenharia Mecânica, da USP/SC (01/01/70); - Engenharia de Produção, da UFRGS (01/01/94). • Conceito 7:

- Engenharia Mecânica, da PUC-Rio (01/01/64); - Engenharia Mecânica, da UFU (01/01/85).

Porém, foi necessária a alteração de três cursos, pois as duas instituições a qual fazem parte (ITA e IME), não disponibilizam em seu site o regulamento da pós-graduação e de seus programas e não tiveram sucesso as várias tentativas de contato solicitando o acesso a esses regulamentos.

Obedecendo aos mesmos parâmetros acima descritos foram selecionados os próximos cursos da lista dos PPGs com o mesmo conceito, seguindo a ordem das datas de início do curso. Os novos cursos relacionados foram:

• Conceito 3:

- Substituindo Engenharia Mecânica, do IME, (01/01/73):

Engenharia de Produção, da UFSM, (01/01/1974).

• Conceito 4:

- Substituindo Ciências e Tecnologias Espaciais, do ITA (01/01/12): Engenharia de Produção, da UNINOVE (01/01/2009).

• Conceito 5:

- Substituindo Engenharia Aeronáutica e Mecânica, do ITA (01/01/61): Engenharia de Produção, da UFRJ (01/01/1967).

3.4.2 Identificar as funções dos coordenadores de Pós-Graduação

Para a definição das funções dos coordenadores dos PPGs consultou-se os regulamentos, listados no item 3.4.1, dos programas de pós-graduação e analisada a descrição das funções dos coordenadores.

Em uma primeira leitura percebeu-se que nos regulamentos dos programas em si pouco se define as funções dos coordenadores. É mais abordado o modo como o coordenador é posto no cargo, seu substituto (caso haja), quais as instâncias administrativas (colegiado, comissões) e como elas são formadas.

Foi constatado que as funções do coordenador são descritas mais explicitamente no regimento da pós-graduação da IES. Nele é possível encontrar uma seção, específica ao coordenador ou comissão de coordenação. Em alguns programas selecionados o Colegiado tem a função de coordenar o programa, sendo o coordenador seu presidente. Dessa forma, utilizamos também as funções do colegiado como sendo função do coordenador.

Portanto, as informações necessárias para a criação do quadro do apêndice I foram retiradas dos regulamentos e dos regimentos da pós-graduação da IES dos programas selecionados conforme descritos acima.

3.4.3 Decompor as funções dos coordenadores em atividades

Segundo Rosa e Rozenfeld (2015), é aconselhável que as funções encontradas na etapa anterior sejam definidas como atividades, utilizando como base semântica estruturas que apliquem o verbo e recusem a especificidade em excesso, impedindo também a comparação.

No caso desse estudo os regulamentos, na maioria dos casos, já traziam as funções dos coordenadores com a estrutura semântica baseada em verbo. Assim não houve necessidade de grandes ajustes.

3.4.4 Excluir sinônimos

Em alguns regulamentos foram encontradas funções semelhantes, porém com terminologias e estruturas de linguagem diferentes. Foi analisado item a item e os sinônimos e semelhanças foram substituídos por expressões que englobam ambos os significados em sua

amplitude. Atividades muito específicas que faziam parte de uma função mais global também foram conglomeradas em atividades mais genéricas.

As funções que não se pode definir como atividades equivalentes foram mantidas de forma diferenciada.

3.4.5 Montar Domain Mapping Matrix (DMM)

A matriz de mapeamento de domínio, segundo Eppinger et al. (2012 apud Rosa, Rozenfeld 2015), demonstra relação entre dois domínios, nesse estudo são as funções dos coordenadores dos PPGs, retiradas dos regulamentos, e as IES selecionadas para geração de tal definição.

A matriz foi construída, relacionando na horizontal as IES e na vertical as funções dos coordenadores. Foi colocado o valor 1(um) na posição em que a atividade era descrita no regulamento da IES especificada e o valor 0 (zero) quando não. Na última coluna do quadro, foi realizada a somatória dos valores, explicitando as funções mais recorrentes dentre as IES escolhidas. A matriz se encontra no apêndice II para consulta.

3.4.6 Analisar as atividades dos coordenadores e gerar o questionário da coleta de dados Após a criação da matriz descrita no item 3.4.5 foi possível gerar quadro do Apêndice I das funções dos coordenadores, fazendo um paralelo com as funções do PMO. Com o resultado do apêndice I foi construído o questionário utilizado como instrumento de medição para a coleta dos dados.

O questionário fundamentou-se na revisão bibliográfica acerca das funções do PMO resultante da pesquisa de Hobbs e Aubry (2007) envolvendo PMOs ao redor do mundo, derivando no agrupamento das funções do PMO e nas funções dos coordenadores dos PPGs retiradas dos regulamentos e dos regimentos da pós-graduação da IES dos programas selecionados.