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6) Análise quantitativa: Os programas podem ser dotados de ferramentas para

4.3.3 Método Fotográfico Digital

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Seguimos os princípios básicos da técnica de análise morfométrica com 10

modificações apropriadas a características de nossa amostra de uma população de 11

pacientes estrábicos. 12

Nesse grupo encontramos o problema da fixação de ambos os olhos em posição 13

primária de olhar e em estado de alerta, fixando um ponto numa distância pré- 14

estabelecida. Pacientes estrábicos fixam alternadamente um alvo. Sob oclusão, é 15

possível simular a posição primária do olhar esperada para um paciente ortotrópico. 16

Quando retirada à oclusão, o olho preferencial domina a atenção e o olho contralateral 17

permaneceria desviado até que ocluíssemos novamente o olho fixador. 18

Compreendemos que seria necessário obtermos a medida da rima palpebral; com 19

a oclusão de um olho; enquanto o outro fixa o alvo pré-estabelecido. Desde modo; 20

obtemos uma referencia importante para a medida vertical da rima palpebral que é o 21

reflexo corneano no centro da pupila. 22

O paciente era devidamente posicionado no suporte para o queixo e fronte de 23

uma lâmpada de fenda. Como referencia para alinhamento vertical da cabeça ou para 24

mantê-la sem torcicolo, realizamos o alinhamento através de uma linha imaginária que 25 Reflexo Corneano Bulbo Ocular Pálpebr a Pálpebra Superior RP (mm)

atravessava as comissuras laterais das pálpebras até os marcadores de nível lateral da 1

haste de suporte do queixo e fronte (figura 4.3) 2

3 4

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Figura 4.3 – fotografia da posição padrão para parametrização. Paciente com a face apoiada no

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suporte de queixo e fronte, mantendo alinhamento horizontal e fixando o alvo. No canto superior

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direito, a janela do programa ImageJ está aberta.

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Com a máquina fotográfica sobre um tripé, posicionada no mesmo nível da face 11

do paciente. Uma régua era necessária em cada campo fotográfico para que fosse 12

possível; no momento do PDI; servir a escala de pixel/mm no ImageJ (Foto 4.1). 13

Durante a configuração do programa, é possível escolher a unidade que se deseja 14

trabalhar, seja em centímetros ou milímetros. Por padronização; o milímetro é a unidade 15

de escolha para a morfometria palpebral. 16

Cuidado especial era dado para que o paciente não tivesse a região da fronte 17

tracionada, próximo ao supercílio; no sentido superior, de modo a não transferir força 18

suficiente para pálpebra superior e influenciar a medida da rima. 19

Para fotografia de crianças pequenas; estas eram mantidas no colo dos pais e 1

posicionadas na sob a haste da forma descrita anteriormente. Os pacientes fixavam um 2

alvo a 50 cm. A máquina fotográfica era mantida num tripé, na mesma linha dos olhos, 3

30 cm do paciente e permitindo a fixação de alvo. 4

A máquina fotográfica era programada no modo automático para fotografia de 5

faces. O flash era programado para disparar de modo temporizado, alguns segundos 6

após o aperto do disparador, para evitar o fechamento palpebral reflexo. O foco era para 7

captura do centro da pupila. A resolução padrão era de 4.0 Megapixels. A sala era 8

mantida em condições fotópicas de luminosidade ambiente. Um total de 3 fotografias 9

por olho eram obtidas em cada momento do pré e pós-operatório. 10

O posicionamento do flash da máquina era adequado e minimizava o efeito de 11

deslocamento vertical do reflexo corneano, um artefato provocado entre o ponto de 12

fixação e o posicionamento do flash da maquina fotográfica. (HUNTER, et al., 1998) 13

Para captura de imagens utilizamos a máquina fotográfica Câmera Digital com 14

zoon Kodak EasyShare Z700. Suas especificações incluem: Resolução de imagem de 15

4.0 Megapixels; de 2304 x 1728 pixels; zoon óptico de 5X e zoon digital de 4X (total 16

de 20X); foco automático; lente de 35 a 175 mm (equivalente a 35 mm); modo close-up 17

de 10 cm; flash embutido. 18

Requisitos mínimos do Sistema Windows: Windows 98, 98SE, ME 2000 SP1 ou 19

XP; processador de 233 MHz ou superior; memória RAM de 128; 200 MB de espaço 20

em disco rígido, unidade de CD ROM e porta USB. 21 22 23 4.3.4 Digitalização 24 25 26

A escolha do ImageJ (Imaging processing and analysis in Java) neste estudo 27

deveu-se ao fato de sua obtenção ser livre, por ser um programa de domínio público ao 28

mesmo tempo ser uma extensão em linguagem Java8 do original NIH Image 29

desenvolvido pelo Research Services Branch (RSB) do National Institutes of Health9

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(NIH), órgão do governo dos EUA. Outra vantagem é sua compatibilidade sistemas

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8 Linguagem de programação criada na década de 90, por James Gosling, na empresa Sun Microsystems. 9 National Institutes of Health – Principal agência de pesquisa biomédica do United States Department of Health and Human Services. Engloba vários institutos de pesquisa, entre eles o National Eye Institute.

operacionais Windows/PC, permitindo assim sua melhor acessibilidade e redução de 1

custos da pesquisa. 2

Após a transferência das fotografais digitais obtidas no pré-operatório e no pós- 3

operatório para o PC; abrimos o programa ImageJ. Neste, selecionamos (COMANDO: 4

FILE > CTRL + O) a fotografia na pasta contendo no nome do paciente e sua condição 5

pré ou pós-operatória, conforme ilustramos na figura 4.4. 6 7 8 9 10 11

Figura 4.4 Seleção na régua de 100 mm para o ajuste pixel/mm. O recurso de Zoon foi aplicado

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anteriormente para permitir maior detalhamento.

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Com o arquivo fotográfico aberto; selecionamos o cursor de linha - STRAIGTH 16

LINE - e traçamos sobre a régua contida no arquivo fotográfico, uma linha de cem 17

milímetros da imagem virtual da régua (Foto 4.4). Neste momento; o programa faz uma 18

leitura que traduz a quantidade de píxel por milímetro. Ao abrir a função: ANALYSE > 1

SET SCALE; uma janela se abre para realizarmos o ajuste do programa para aquele 2 arquivo (Figura 4.5). 3 4 5 6

Figura 4.5 Recurso de analise do programa sendo ativado abre-se uma cascata de opções.

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Selecionamos <SET SCALE>.

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Na primeira caixa temos a leitura de valor da distância marcada na régua em 11

píxel. A segunda caixa pede para inserirmos o valor escolhido (100 milímetros). A 12

terceira caixa informa a razão de trabalho (1.0). A quarta e última caixa solicita a 13

unidade de comprimento de estudo – o milímetro – que devemos substituir o centímetro 14

já pré-configurado no programa. Finalizamos com OK. O programa é capaz agora de 15

medir dois pontos com o cursor de linha no arquivo selecionado. (Figura 4.5) 16

17 18

1

Figura 4.6 Momento do ajuste da escala de leitura pixel/mm do ImageJ. É preciso que a

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função <STRAIGTH LINE> esteja ativa em segundo plano.

3 4 5

Escolhemos novamente a função “STRAIGTH LINE”, traçamos uma linha reta, 6

perpendicular ao plano horizontal, iniciando-se na margem palpebral superior até 7

margem palpebral inferior; passando pelo centro da pupila. Finalizada o curso da linha; 8

aplicamos o comando CTRL + M; a janela “RESULTS” se abre com a medida 9

comprimento correspondente a linha traçada no arquivo no arquivo. (Figura 4.7) 10

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Figura 4.7 Com a linha traçada manualmente entre as extremidades da rima, passando pelo centro

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da pupila, aplicamos o comando <CTRL + M>, e a janela RESULTS é ativada em primeiro plano,

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