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5. Aplicação de métricas contábeis e Ferramenta do VBM

5.1 Métricas Contábeis

Será calculada e apresentada nesse tópico uma série de medidas contábeis que são utilizadas para medir o desempenho. Mesmo já tendo explicado nesse estudo que pela análise dessas medidas não é possível chegar a conclusões quanto a empresa estar ou não agregando valor ao acionista, elas são muito utilizadas no mercado de capitais para avaliar a performance das empresas.

O período base de análise é dos anos de 2010, 2011 e 2012 em alguns casos ocorreram extensões.

Tabela 11 - Métricas de Lucro

2012 2011 2010

Lucro Operacional (milhares de R$) 31.476.031 44.228.720 45.288.154

2012 2011 2010

Lucro Líquido (milhares de R$) 20.959.362 33.109.612 35.881.332

2012 2011 2010

Lucro por Ação 1,62000 2,55000 3,57000

Fonte: Elaboração dos autores com dados disponibilizados pela Petrobrás e BM&FBovespa

Pode-se observar que as três medidas acima: lucro operacional, lucro líquido e lucro por ação tiveram redução ano a ano no período analisado.

Gráfico 35 - Lucro/Ação Consolidado

Fonte: Elaboração dos autores com dados disponibilizados pela Petrobrás

Estendendo o período do lucro por ação até 2008, empresa teve esse indicador reduzido em 57% de 2008 para 2012.

Tabela 12 - Fluxo de Caixa das operações

2012 2011 2010

Fluxo de Caixa das Operações (FCO)

(milhares de R$) 54.145.734 56.322.101 52.870.686

Fonte: Elaboração dos autores com dados disponibilizados pela Petrobrás e BM&FBovespa

O fluxo de caixa das operações é uma medida que apresenta comportamento diferente ao dos lucros tradicionais. Teve um aumento de 2,4%, do ano de 2010 para o ano de 2012.

Tabela 13 - Métricas de Liquidez

Fonte: Cálculos feitos pelos autores com uso das fórmulas do livro: Princípios de

Administração Financeira com dados disponibilizados pela Petrobrás e BM&FBovespa

No período, a liquidez corrente e a liquidez seca apresentaram resultados decrescentes. A queda da liquidez indica a redução da disponibilidade de recursos e da capacidade de pagamento. A liquidez corrente reduziu em 10,5% de 2010 para 2012, enquanto a liquidez seca reduziu 17,65% no mesmo período. O capital circulante líquido aumentou de 2010 para 2011, mas chegou ao menor valor dos três

3,76 3,43 3,57 2,55 1,62 2008 2009 2010 2011 2012

Lucro/Ação Consolidado

(R$/ação)

Tabela 14 - Métrica de Atividade

Fonte: Cálculos feitos pelos autores com uso das fórmulas do livro: Princípios de

Administração Financeira com dados disponibilizados pela Petrobrás e BM&FBovespa

O giro do ativo total e o giro do ativo permanente se mantiveram praticamente constantes nesses três anos. Apontam que a eficiência global com os ativos da empresa permaneceu quase que constante.

Tabela 15 - Métricas de Endividamento

Fonte: Cálculos feitos pelos autores com uso das fórmulas do livro: Princípios de Administração Financeira com dados disponibilizados pela Petrobrás e BM&FBovespa

O endividamento geral está aumentando no período, justificado pelo maior número de investimentos feitos, esse índice avalia o grau de alavancagem e quanto maior significa maior é o risco dos credores. Sendo que a estratégia adotada está na redução do endividamento de curto prazo e no aumento do endividamento de longo prazo em relação ao total do endividamento. Ou seja, a Petrobrás está utilizando uma política de contrair dívidas de longo prazo.

A taxa de composição do endividamento reduziu, mostrando que o passivo de curto prazo financiado por terceiros está diminuindo, como também foi apresentado pelos indicadores de endividamento no último parágrafo.

A cobertura de juros está tendo quedas expressivas no período. Essa métrica mede a capacidade de atender ao pagamento de juros pela geração de lucro. Como o lucro operacional da Petrobrás está diminuindo no período analisado e as despesas

financeiras estão aumentando, o resultado dessa métrica é decrescente e teve uma redução de 80% de 2010 para 2012.

A relação “Debt/Equity” é usada para analisar a relação entre as dívidas e o capital próprio, o que demonstra que o capital vem sendo reduzido pelo crescente endividamento.

Gráfico 36 - Investimento Consolidado

Fonte: Elaboração dos autores com dados calculados com base nos resultados divulgados pela Petrobrás e BM&FBovespa

Pelo gráfico 36, pode-se perceber que a dívida de curto prazo da Petrobrás tem se mantido praticamente patamar nos últimos cinco anos, enquanto a de longo prazo apresentou grande crescimento, principalmente a partir de 2010. O endividamento líquido acompanha o comportamento da dívida de LP e cresceu muito.

Tabela 16 - Métricas de Rentabilidade

Fonte: Cálculos feitos pelos autores com uso das fórmulas do livro: Princípios de

Administração Financeira com dados disponibilizados pela Petrobrás e BM&FBovespa

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 2008 2009 2010 2011 2012

Endividamento Consolidado (R$ Bilhões)

Dívida LP Dívida CP

As margens (bruta, operacional e líquida) diminuíram de 2010 para 2011 e novamente em 2012, porque os lucros desse período foram decrescentes.

O Retorno sobre Ativos Totais (ROA) reduz no período e mostra que está diminuindo a eficiência operacional em gerar lucros a partir dos ativos após os efeitos dos financiamentos.

O Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) também está reduzindo, mostra que diminui o retorno obtido com o capital provido pelos acionistas no período.

O multiplicador do capital próprio está aumentando no período analisado, ele mede o grau de cobertura dos ativos em termos dos recursos aportados pelos acionistas. Quanto maior o índice maior o uso de capital de terceiros.

Tabela 17 - Métricas de Mercado

Fonte: Cálculos feitos pelos autores com uso das fórmulas do livro: Princípios de

Administração Financeira com dados disponibilizados pela Petrobrás e BM&FBovespa

Para o preço de mercado foi utilizada à cotação de fechamento de cada dia útil dos respectivos anos analisados. As amostras são resultados decrescentes de 2010 para 2012.

O índice Preço/Lucro (P/L) é um indicador muito usado pelos investidores para se medir o número de anos que se levaria para reaver o capital aplicado. É também um índice que o mercado avalia para comparar ações e identificar as atrativas (possibilidade de ganhos) e as caras.

Como a cotações do papel muda a cada fração de minuto, o P/L também vai se alterando nesse ritmo, especialmente em relação às ações mais líquidas que são as mais negociadas.

No período de 2010 a 2012, esse valor está crescendo, tendo tido um aumento expressivo de 2011 para 2012. Ou seja, está aumentando o número de anos para recuperar o capital investido, mas uma análise desses valores pode indicar apenas que a empresa estava usando todo seu capital disponível para crescer, mesmo que tenha que apresentar resultados ruins no fim do exercício contábil.

O múltiplo preço/ valor patrimonial também apresentou resultados em queda. A Petrobrás está negociando com múltiplo P/VPA bastante baixo, o valor de 0,70

significa que o valor de mercado da companhia representa 70% dos seus ativos líquidos.

Tabela 18 - Cálculo do Valor de Mercado

28/12/2012 30/12/2011 30/12/2010 Número de ações ON 7.442.454.142 7.442.454.142 7.442.454.142 Número de ações PN 5.602.042.788 5.602.042.788 5.602.042.788 Cotação ON * 19,27 22,14 28,47 Cotação PN * 18,77 20,17 24,69 Valor de Mercado 248.566.434.447,10 277.769.137.737,84 350.201.105.858,46

* Valores de Fechamento do último pregão do ano

Fonte: Elaboração dos autores com dados calculados com base nos resultados divulgados pela Petrobrás e BM&FBovespa

Valor de mercado é a multiplicação da quantidade de ações da empresa pela sua cotação. É uma referência para avaliar o valor da companhia. No caso da Petrobrás ele vem caindo, reflexo da queda das cotações. Do fechamento último pregão de 2010 para o último de 2012 houve uma redução de 29,02% do valor da empresa.