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4.2 Instala¸c˜ ao subterrˆ anea

4.2.1 M´ etodo destrutivo

O m´etodo destrutivo (MD) trata-se da forma tradicional da implementa¸c˜ao das re- des subterrˆaneas. Sua execu¸c˜ao ´e conhecida como m´etodo de abertura de trincheiras onde s˜ao realizadas escava¸c˜oes por toda a extens˜ao territorial da rede proposta, assentamento do material no interior da vala, reaterramento e compacta¸c˜ao.

Apesar de ser utilizada h´a v´arios anos e por tal motivo transferir credibilidade na instala¸c˜ao, de um modo geral ´e a op¸c˜ao com melhor custo benef´ıcio n˜ao havendo fatores relevantes para serem levados em considera¸c˜ao como: obst´aculos naturais (riachos, rios etc) e n˜ao-naturais (cruzamento de vias com grande fluxo). A infraestrutura de uma zona urbana n˜ao atendem todas as demandas do m´etodo em si, apresentando desvantagens em rela¸c˜ao `a outros como: danos aos pavimentos, congestionamentos, impacto ambiental, e etc.

Sendo assim, muitas vezes pequenas instala¸c˜oes acabam se tornando invi´avel de- vido ao custo que n˜ao se justifica aliado aos problemas ocasionados. Outra observa¸c˜ao importante, ´e quanto `a evolu¸c˜ao da pr´atica que desde quando se iniciou n˜ao apresentou nenhum desenvolvimento tecnol´ogico not´orio. Seus equipamentos principais continuam sendo: retroescavadeiras, valetadeiras, p´as, compactadoras, caminh˜oes.

Figura 4.11: Intala¸c˜ao subterrˆanea - m´etodo destrutivo. [53]

Figura 4.12: Intala¸c˜ao subterrˆanea - m´etodo destrutivo. [54]

A infraestrutura das instala¸c˜oes consistem em embutir dutos de Polietileno de alta densidade (PEAD), ou os pr´oprios cabos, `a uma determinada profundidade em valas que foram abertas previamente. Durante a extens˜ao do percurso s˜ao instaladas caixas de passagem em diversas posi¸c˜oes e dimens˜oes dependendo da necessidade de realizar alguma transforma¸c˜ao ou deriva¸c˜ao. Portanto, como material utilizado para a instala¸c˜ao subterrˆanea, temos:

metro, devem atender aos requisitos da NBR 15.551-1 – Sistemas de Dutos de Polietileno Subterrˆaneos de Energia El´etrica ou Telecomunica¸c˜oes.

- Sub-Duto: tubula¸c˜ao de menor diˆametro (32, 40, 50mm e devem atender aos requisitos t´ecnicos da NBR 14.683-1 - Sistemas de Subdutos de Polietileno para Teleco- munica¸c˜oes ) instalada no interior do duto para aumento da capacidade da rede existente, muito utilizado nas redes urbanas e atualmente implementou-se em longas distˆancias.

- Caixa de Passagem: local de abrigo implementado abaixo do n´ıvel do solo com o objetivo de armazenar sobras t´ecnicas dos cabos.

- Reserva T´ecnica: reserva de cabo pronto para ser utilizado em caso de emergˆencia ou para ser usado futuramente.

- Caixa de Emenda Subterrˆanea: local semelhante a caixa de passagem, no entanto abriga a caixa de emenda ´optica. [58] [59]

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E importante informar que a avalia¸c˜ao do m´etodo, do percurso, do custo e do prazo s˜ao diretamente influenciadas de acordo com a complexidade de algumas vari´aveis como a profundidade da Vala, que determinar´a a que distˆancia da superf´ıcie as valas ser˜ao feitas, e o tipo de solo, onde cada um deles apresenta peculiaridades.

A escolha m´etodo adotado, seja destrutivo ou n˜ao destrutivo, tamb´em ´e influen- ciado pelo estudo do solo como normal, rochoso, pantanoso. Abaixo algumas solu¸c˜oes padr˜oes do MD:

- Solo Normal: dutos acomodados `a uma profundidade de 1,20m da superf´ıcie do solo normal e a fita de aviso a 0,80m.

- Solo Pedregoso ou Misto: dutos acomodados `a 1,00m de profundidade e existe uma recomposi¸c˜ao de terra peneirada entre o duto e a fita de aviso que se encontra a 0,60m de profundidade.

Figura 4.13: Acomoda¸c˜ao do duto em solo normal. [58]

Figura 4.14: Acomoda¸c˜ao do duto em solo pedregoso/misto. [58]

- Solo Rochoso: dutos acomodados a uma profundidade de 0,50m e existe uma camada de concreto de 0,20m de espessura ao redor.

- Solo Pantanoso: dutos acomodados a 1,50m de profundidade e sobre eles s˜ao colocados sacos de areia para que n˜ao exista flutua¸c˜ao. Fita de aviso a uma profundidade de 1,10m.

Figura 4.15: Acomoda¸c˜ao do duto em solo rochoso. [58]

Figura 4.16: Acomoda¸c˜ao do duto em solo pantanoso. [58]

A distˆancia entre as caixas de emenda subterrˆaneas ´e diretamente ligada ao com- primento da bobina em quest˜ao e ao terreno que se aplica, ou seja, para que calcularmos a distˆancia ´e feito somat´orio de todas as reservas no percurso (incluindo emendas a serem realizadas), e as diferen¸cas no relevo e ´e subtra´ıdo do comprimento da bobina. A partir do resultado, escolhe-se o melhor local para instala¸c˜ao que normalmente n˜ao ultrapassam a distˆancia de 1000m.

Isso acontece devido `a precau¸c˜ao e ao m´etodo que as fibras ir˜ao ser instaladas. Existem diversas no mercado, mas como dimens˜ao padr˜ao temos as mais utilizadas sendo

tubulares com 1,0m de diˆametro por 1,20m de altura.

Outras considera¸c˜oes que devem ser feitas s˜ao as interferˆencias, obst´aculos encon- trados no caminho da rede subterrˆanea, como exemplo: bueiros, rios, pontes, brejos, edifica¸c˜oes, etc.

Para solucionar tais problemas, pode-se combinar MD e MND. As condi¸c˜oes de chegada ao local de destino da obra, observando todas as dificuldades para o transporte dos equipamentos, materiais e profissionais tamb´em ´e um fator importante para a aplica¸c˜ao dos m´etodos. [58] [59]

4.2.2

M´etodo n˜ao destrutivo

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E sabido que obras de infraestrutura geram grandes transtornos, pensando nisso o m´etodo n˜ao destrutivo (MND) foi criado com o objetivo de minimizar tais transtornos. Trata-se de um tecnologia que promete uma menor influˆencia ambiental, mais seguran¸ca, mais produtividade, acesso `a pontos n˜ao acess´ıveis em rela¸c˜ao `a outros m´etodos, m´ınima influˆencia no tr´afego local, entre outros. A t´ecnica garante que durante a instala¸c˜ao utilizam minimamente ou eliminam a necessidade de fazer uma grande escava¸c˜ao. Sendo assim, essa vantagem ´e vista com bons olhos quando aplicada `a grandes centros urbanos onde evitar a abertura de grandes valas se torna quase imperativo.

Levando em considera¸c˜ao que ao utilizar o m´etodo tradicional de abertura de valas, o or¸camento de qualquer prestadora de servi¸cos oneraria com gastos como: tempo de execu¸c˜ao, maior preocupa¸c˜ao com outras instala¸c˜oes, pavimenta¸c˜ao do local e etc.

Dessa forma, o m´etodo n˜ao destrutivo se aplica a ´areas urbanas, vias p´ublicas, rodovias, ferrovias, mas tamb´em em leitos de rios, lagos, e outros grandes ambientes `a c´eu aberto.

S˜ao diversos os tipos de MND, entre o mais utilizado est´a o m´etodo direcional. Nesse m´etodo pode-se guiar uma esp´ecie de sonda durante a perfura¸c˜ao com o objetivo de direcionar o furo para que seja poss´ıvel desviar de barreiras existentes ou de redes que j´a existam no local. O processo em si utiliza um equipamento conhecido como perfuratriz, que ´e um equipamento hidrost´atico de alta press˜ao que possui em sua extremidade a broca de perfura¸c˜ao juntamente com um dispositivo eletrˆonico em seu interior, citado anteriormente.

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