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ANEXO XI GRÁFICOS DAS FLECHAS NAS TRILHAS DE RODAS RODOVIA

MALHA RODOVIÁRIA BRASILEIRA PNV

EXTENSÃO (km) PAVIMENTADA NÃO

PAVIMENTADA TOTAL

Federal 61.961,3 13.751,6 118.873,2

Estadual 106.547,9 113.450,6 254.136,6

Municipal 26.826,7 1.234.918,3 1.339.126,9

Estadual coincidente (Planejadas) - - 131.328,1

técnico e operacional do segmento da rodoviário pertencente a MG-232, trecho: Mesquita - Santana do Paraíso, com 20 km de extensão, pertencente à malha rodoviária do estado de Minas Gerais, composto por seis SH "segmentos homogêneos", ou seja, subtrecho com estrutura do pavimento constituída por duas camadas intermediárias, sub-base e base e outros somente com a camada de base; os materiais empregados para confecção das camadas de base variam: executada em cascalho, em escória de aciaria pura (Figura 1.1) e em escória com adição de 20% de argila. O revestimento também é composto por modalidade diferentes, alguns segmentos foram construídos utilizando-se o pré-misturado a frio e outros foram confeccionados em tratamento superficial duplo. A analise do comportamento das diversificadas camadas de base estabilizadas, utilizando agregados diferentes, se apresenta como um valioso exemplar para avaliar a eficiência e eficácia do uso deste coproduto como agregado para confecção de bases dos pavimentos rodoviários, principalmente pela possibilidade compará-las dentro do contexto exposto.

Figura 1.1 – Rodovia MG-232 – Confecção da camada de base em escória de aciaria - Trecho: Mesquita - Santana do Paraíso - Estaca 46 (DER/MG, 2006).

1.3 OBJETIVO DA DISSERTAÇÃO

Este estudo visa analisar o segmento rodoviário, retrorreferenciado na seção 1.2, constituinte da rodovia MG-232, totalmente implantado e pavimentado através de seis

segmentos homogêneos e geotecnicamente diferenciados, as camadas de base foram executadas por estabilização granulométrica, porém com a utilização de agregados diversificados, (escória, argila e cascalho) conforme já especificado na seção anterior.

Para isso foi necessário viabilizar o estudo do comportamento técnico do pavimento, e de maneira singular, promover, após os devidos estudos, subordinado aos rígidos preceitos epistemológicos, a verificação da eficiência e eficácia da utilização da escória de aciaria pura e com mistura na proporção de 20% (Figura 1.2) de argila para construção de bases rodoviárias. Assim sendo, através da analise da viabilidade, ou não, em utilizar-se este coproduto para a referida finalidade, investigar a possibilidade do equacionamento dos interesses do setor rodoviário, tão carente de materiais alternativos de boa qualidade e de baixo custo, aos das siderúrgicas, que necessitam mitigar os passivos ambientais, como no caso, os depósitos a céu aberto de escória de aciaria.

Figura 1.2 - Base de escória + 20% de argila em execução - MG-232 - Trecho: Mesquita - Santana do Paraíso - estaca 424 (ACERVO TÉCNICO 40a CRG - DER/MG, 2007).

1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

A metodologia utilizada está embasada inicialmente, em um estudo das propriedades e características dos agregados empregados nas respectivas camadas do pavimento e do subleito rodoviário, através de um universo amostral, obtido em jazidas, depósitos e, em

coletas in loco; ou seja, retiradas do próprio pavimento, ora analisado, após a sua conclusão e posterior liberação ao tráfego. Assim sendo, visando-se analisar a viabilidade da utilização da escória de aciaria como camada de base em pavimentação rodoviária, promoveu-se uma análise físico-química e mecanística em laboratório e no campo pela retroanálise. No intuito de verificar o comportamento da estrutura sob o efeito das cargas e do tempo, realizou-se também um projeto de dimensionamento para uma vida útil de dez anos.

Desta forma, foi imperativo a realização de ensaios de: granulometria antes e após compactação; California Bearing Ratio (CBR); limites de liquidez (wL) e limite de

plasticidade (wP), para definição do índice de plasticidade (IP); permeabilidade;

equivalência da mistura do PMF; Abrasão Los Angeles; análise química da escória de aciaria; Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV); Difração de Raios-X (DRX); Pennsylvania Testing Method (PTM-130), para definição da expansão da escória de aciaria; Módulo de Resiliência (MR) - ensaio Triaxial Dinâmico e, no revestimento a Compressão Diametral em corpos-de-prova cilíndricos; classificação do solo pelo Método Miniatura Compactado e Tropical (MCT) para caracterização da poção fina do solo. Utilizando-se a viga Benkelman como instrumento coletador dos dados defletométricos em campo, conjugado com a medição das bacias de deflexões, para obtenção dos elementos para análise, proporcionando posicionamento sobre o comportamento deste pavimento, através da Retroanálise; posteriormente, estes valores de MR também foram definidos e avaliados em laboratório.

Com o objetivo de verificar o comportamento das diversas camadas do pavimento quando submetidas ao incremento das cargas e dos efeitos do tempo, o trecho em referência, objeto deste estudo, foi dimensionado para uma vida útil de 10 anos, utilizando-se a metodologia da retroanálise - programa RETRANS5-L e ELSYM5.

Com estes referenciais técnicos, se tornou possível promover uma síntese conclusiva sobre a utilização da escória de aciaria neste segmento rodoviário. Desta maneira os capítulos foram distribuídos e enumerados, conforme a seguinte discriminação:

1. Capítulo 1. Introdução, com as considerações iniciais, justificativa, objetivo e estrutura da dissertação.

2. Capítulo 2. Referência bibliográfica sobre o tema em enfoque, relatando um paralelo referente a fabricação do aço e geração da escória de aciaria, desde os primórdios tempos, até os dias de hoje, transcorrendo sobre a produção, aplicação, os problemas e atributos positivos em utilizar-se a escória de aciaria em pavimentações viárias com ênfase para a especificidade rodoviária. Foram ainda relatados neste capítulo os requisitos mínimos, determinados pela Norma Técnica ES 303 (DNER, 1997) para que à escória de aciaria possa ser utilizada em pavimentação rodoviária. Alguns ensaios inerentes ao controle da expansão escória de aciaria, ao módulo de resiliência dos solos e material betuminoso, a avaliação estrutural por retroanálise e ensaios ambientais, tais como: a lixiviação e a solubilização de resíduos, realizados especificamente para escória de aciaria da USIMINAS, também constam das referências.

3. Capítulo 3. Descrição dos materiais e métodos de ensaios físico-químicos e mecânicos (campo e laboratório); os ensaios mecanísticos de retroanálise, além da avaliação dos materiais e da estrutura do pavimento nas condições atuais, subsidiaram a base de dados do projeto de dimensionamento do reforço estrutural para uma vida útil de dez anos - (2010 - 2020), realizados com a utilização do programa RETRANS5-L.

4. Capítulo 4. Resultados e análise dos ensaios e demais estudos de campo e laboratoriais.

5. Capítulo 5. Conclusões finais, incluindo, sugestões para futuros estudos. 6. Referências bibliográficas.

CAPÍTULO 2