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Arbust os, subarbust os ou lianas, lát ex branco, xilopódio às vezes present e, ramos glabros ou pilosos, colét eres nodais present es. Folhas opost as, rarament e vert iciladas, pecioladas ou sésseis, glabras a pilosas, colét eres present es na base da nervura primária ou dist ribuídos ao longo dela. Inf lorescências lat erais e axilares ou t erminais, racemos simples, rarament e compost os, bract eados, mult i a paucif loros. Cálice prof undament e 5- part ido, com colét eres axilares opost os às sépalas ou dispersos ao longo da axila. Corola inf undibulif orme a hipocrat erif orme, act inomorf a a levement e zigomorf a, vist osa, de cores variadas, glabra a pilosa, t ubo inf erior cilíndrico a giboso, t ubo superior cilíndrico a obcônico. Est ames inclusos, ant eras aderidas à cabeça est igmát ica, base t runcada a cordada. Ovário súpero, apocárpico, 2 a 5 nect ários ou disco 5-lobado, est ilet e longo, cabeça est igmát ica cônica. Folículos 2, cilíndricos a levement e monilif ormes. Sement es comosas.

Mandevil la é o maior gênero neot ropical da subf amília Apocynoideae e inclui ca. de

150 espécies, muit o variáveis, que ocorrem do México à Argent ina nos mais diversos hábit at s (Sales 1993). Caract eríst icas diagnóst icas são as inf lorescências em racemos, as ant eras com bases t runcadas ou cordadas, nunca sagit adas, e a cabeça est igmát ica umbraculif orme.

Na circunscrição de Woodson (1933), a mais amplament e ut ilizada, Mandevi ll a é paraf ilét ico. Com a inclusão de Macrosiphonia, propost a por Pichon (1948), e de Qui ot ani a

e Telosi phonia, descrit os em 1991 e 1995 respect ivament e, passaria a ser monof ilét ico

(Simões et al. 2004). As dif erenças ent re Mandevilla e Macrosiphonia são t ênues, baseadas no hábit o, t empo de f loração e est rut ura da cabeça est igmát ica (Woodson 1932);

Telosi phonia f oi um subgênero de Macr osi phonia elevado a gênero e Quiot ania

dif erenciar-se-ia de Mandevi l la pela ausência de t ubo da corola pronunciado (Zarucchi

1991).

Chave para as espécies de Mandevilla

1. Subarbust os eret os ou ramif icados, nunca lianas

2. Folhas lineares a est reit o-oblongas, t ubo f loral at é 2 cm compr. . . . .. . . .. . . .. . . ………. . 7. 5. M. t enuifolia 2. Folhas oblongas, elípt icas, orbiculares ou obovadas, t ubo f loral maior que 2, 5 cm

3. Tubo superior cilíndrico, maior que o t ubo inf erior, maior que 3 cm compr. , f auce sem manchas ………. . 7. 3. M. pohliana 3. Tubo superior obcônico, e do mesmo compriment o que o t ubo inf erior, ca. 1, 5 cm compr. , f auce com manchas arroxeadas ……… 7. 2. M. illust ris 1. Lianas

4. Flores vináceas a at rovioláceas, t ubo superior de mesmo compriment o ou maior que o inf erior, ovário ca. 1 mm compr. ………. ……… 7. 1. M. at roviolacea

4. Flores róseas, t ubo superior geralment e menor que o inf erior, ovário ca. 2 mm compr. ……… 7. 4. M. sellowii

7. 1. Mandevilla at roviolacea (St adelm. ) Woodson, Ann. Missouri Bot . Gard. 20(4): 724.

1933.

Figs. 10 A-E, 13 A-B.

Liana, ramos glabros, colét eres nodais present es. Folhas ascendent es a pat ent es; pecíolo canaliculado, 0, 9-1, 5 cm compr. , glabro, colét eres na axila do pecíolo; lâmina discolor, elípt ica a levement e obovada, 4, 2-5, 7 cm compr. , 1, 4-2, 5 cm larg. , f irmement e membranácea, glabra em ambas as f aces, ápice acuminado a agudo, base aguda a obt usa, margem revolut a, 2 colét eres na base da nervura primária; nervação broquidódroma. Racemo lat eral, 1-5-f loro; pedúnculo 1, 6-2, 7 cm compr. , glabro; bráct eas caducas, vináceas, lanceoladas, 1, 6-2, 1 mm compr. , 0, 8-1 mm larg. , glabras em ambas as f aces, colét eres adj acent es à base da bráct ea. Pedicelo 0, 9-1, 3 cm compr. , glabro. Cálice vináceo; sépalas lanceoladas, 7-8 mm compr. , 1, 7-2, 7 mm larg. , glabras em ambas as f aces, ápice agudo, colét eres em 2 grupos na axila das sépalas. Corola vinácea a at roviolácea, inf undibulif orme; t ubo inf erior 2-2, 5 cm compr. , t ubo superior 2, 2-2, 7 cm compr. , f ace adaxial serícea apenas na região de inserção dos f ilet es, glabro na f ace abaxial; lacínias suberet as a ascendent es, dolabrif ormes, 2, 1-3, 3 cm compr. , 1, 9-2, 7 larg. , glabras em ambas as f aces, ápice obt uso. Ant eras oblongas 8-9 mm compr. , 1, 2-1, 5 mm larg. , ápice agudo, base t runcada, f ilet es seríceos na porção vent ral. Gineceu 2, 3-2, 7 cm compr. , ovário ovóide 2, 7-3 mm compr. , glabro; est ilet e 1, 9-2, 4 cm compr. ; cabeça est igmát ica cônica, 2-2, 5 mm compr. , ápice agudo; nect ários 2, compresso-ovóides, 0, 9-1 mm compr. Folículo cast anho, cilíndrico, 14-18 cm compr. , ca. 3 mm diâm. , glabro. Sement es não vist as.

Mat er i al exami nado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca, est rada

para Lagoa Seca, 23/ I/ 1996 (f l), N. W. V. Perei ra 25 (CESJ); margem da est rada em direção à pont a do Parque, 5/ II/ 2004 (f l), B. R. Sil va 1276 (RB, SPF); próximo à Grut a dos Coelhos, 2/ XII/ 2004 (f l), L. M. Bezerra et al 65 (SPF); Subida para o Pico do Pião, 20/ I/ 2005 (f l),

L. M. Bezer r a 92 (CESJ, SPF); iníci o da t rilha para a Lagoa Seca, 15/ III/ 2005 (f l, f r), L. Mongui l hot t et al . 112 (SPF).

Mandevi l l a at r ovi ol acea e M. sel l owi i são espéci es muit o semelhant es. Sales (1993)

as dist ingue pela coloração da corola, vinácea a at roviolácea (Fig. B) na primeira e rósea na segunda, mas t ambém pela corola com lobos eret os a suberet os e t ubo cilíndrico em M.

at r ovi ol acea (Fig. 8M) e l obos amplament e recurvados e t ubo campanulado a

inf undibulif orme em M. Sel lowii (Fig. 10P), assim como pela relação ent re os t ubos, o inf erior geralment e menor que o superior em M. at rovi olacea e o inverso em M. sel l owii. Em Ibit ipoca, no ent ant o, a coloração da corola, que pode ser rósea a magent a em M.

sel l owi i , é o melhor carát er para dist ingui-las, j á que os demai s podem variar ent re as

populações das duas espécies. O t amanho do ovário parece ser const ant e nas f lores em ant ese colet adas em Ibit ipoca, porém isso não f oi observado por Sales (1993).

Mandevi l l a at r ovi ol acea ocorre nas serras de Mi nas Gerai s, Espírit o Sant o, Rio de

Janeiro, São Paulo e Paraná. É colet ada com f lores de novembro a março, e com f rut os de março a j unho (Sales 1993). Em Ibit ipoca f oi encont rada em mat as e em locais abert os com af lorament os rochosos, e f oi colet ada com f lores em dezembro, j aneiro e março e com f rut os em março.

7. 2. Mandevilla illust ris(Vell. ) Woodson, Ann. Missouri. Bot . Gard. 20(4): 727. 1933.

Fig. 11 A-G.

Subarbust o eret o, 25-40 cm alt . , ramos pilosos a seríceos. Folhas ascendent es, sésseis a pecioladas; pecíolo canaliculado, 1-2 mm compr. , viloso, colét eres na axila do pecíolo, às vezes ao longo dele; lâmina concolor, orbicular a obovada, 4, 7-6, 5 cm compr. , 3, 4-5, 7 cm larg. , cart ácea, pilosa a serícea, ápice curt o-cuspidado, base obt usa a levement e cordada, margem lisa a levement e revolut a, 2 colét eres na base da nervura

primária; nervação broquidódroma. Racemo t erminal 1-8-f loro; pedúnculo 2, 5-4 cm compr. , piloso; bráct eas vináceas, lanceoladas, 3, 3-4, 2 mm compr. , 0, 7-1, 3 mm larg. , t ricomas esparsos na f ace adaxial, viloso na f ace abaxial. Pedicelo 1-1, 5 cm compr. , piloso a viloso. Cálice vináceo; sépalas lanceoladas, 8, 3-9 mm compr. , 1, 5-2, 2 mm larg. , f ace adaxial glabra, f ace abaxial pubescent e a glabra, ápice agudo, colét eres axilares opost os às sépalas. Corola rosa, com borda da f auce mais escura ou roxa, hipocrat erif orme; t ubo inf erior 1, 3-1, 5 cm compr. , t ubo superior ca. 1, 5 cm compr. , f ace adaxial serícea na f aixa de inserção dos est ames, rest ant e glabra, f ace abaxial glabra; lacínias pat ent es, dolabrif ormes, 3, 1-3, 5 cm compr. , 2, 4-2, 7 cm larg. , glabras em ambas as f aces, ápice agudo a obt uso. Ant eras oblongas, ca. 6, 6 mm compr. , ca. 1, 1 mm larg. , ápice agudo, base cordada, f ilet es seríceos na porção vent ral. Gineceu ca. 4, 2 mm compr. ; ovário ovóide, ca. 1 mm compr. , glabro; est ilet e ca. 1, 5 cm compr. ; cabeça est igmát ica cônica, ca. 1, 7 mm compr. , ca. 1, 8 mm diâm. , ápice agudo; nect ários 2, compresso-ovóides , ca. 0, 7 mm compr. Frut os não vist os.

Mat er i al exami nado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca,

ent rada do Parque, na est rada principal, XII/ 1994 (f l), N. W. V. Per eira & M. V. Auad s. n. (CESJ 28427).

Mat er i al adi ci onal : MINAS GERAIS: CARRANCAS, caminho para a Cachoeira da Fumaça, 11/ XI/ 1997 (f l), A. O. Si mões et al. 14 (SPF, UEC).

Mandevi l l a i l l ust r i s é um subarbust o f acilment e reconhecido pela corola vist osa,

rosa com mancha arroxeada na f auce. O t amanho e pilosidade das f olhas pode variar bast ant e, assim como o t amanho das f lores, cuj as maiores ocorrem em Goiás (Sales 1993). É comum em cerrados, e um pouco menos em campos rupest res. Foi colet ada uma única vez em Ibit ipoca, o que é surpreendent e dadas a vist osidade das f lores e sua f reqüência, geralment e alt a. No ent ant o, f oi colet ada t ambém na localidade próxima de Carrancas (Simões 2002). Mandevi ll a pohliana é a espécie morf ologicament e mais próxima de M.

i l l ust r i s. Elas se di st inguem pela corola, em M. i l l ust r i s é menor e o t ubo superior é

Ocorre no Dist rit o Federal, Goiás, Minas Gerais, Mat o Grosso, Mat o Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. É colet ada com f lores de out ubro a j aneiro, mas não há inf ormações sobre o período de f rut if icação (Sales 1993).

7. 3. Mandevilla pohliana (St adelm. ) A. H. Gent ry, Ann. Missouri Bot . Gard. 71(4): 1079. 1984.

Figs. 12 H-O, 13 C-D.

Subarbust o eret o, às vezes ramif icado na base, 30-40 cm alt . , ramos hirt elos a pilosos, colét eres caducos na região nodal. Folhas ascendent es; lâmina séssil, levement e discolor, oblonga, elípt ica a levement e obovada, 5, 5-7 cm compr. , 3, 5-5, 5 cm larg. , f irmement e membranácea, pubérula a glabrescent e em ambas as f aces, ápice abrupt ament e acuminado, base arredondada a cordada, margem levement e revolut a, 2 colét eres na base da nervura primária; nervação broquidódroma. Racemo subt erminal a lat eral, 2-8-f loro; pedúnculo 3, 5-7, 5 cm compr. , às vezes séssil, hirsut o a hirt elo; bráct eas vináceas a róseas, lanceoladas, 0, 4-1 cm compr. , ca. 1, 5 mm larg. , f ace adaxial glabrescent e, f ace abaxial hirt ela, colét eres agrupados na axila das bráct eas. Pedicelo 1, 5-2 cm compr. , hirt elo. Cálice avermelhado a rosado; sépalas lanceoladas, 0, 7-1 cm compr. , 1, 8-2, 7 mm larg. , f ace adaxial glabra, f ace abaxial glabrescent e, ápice agudo, colét eres dispost os aleat oriament e na axila das sépalas. Corola rósea, int ernament e roxa dist alment e, e amarelo proximalment e, inf undibulif orme; t ubo inf erior 1, 2-1, 4 cm compr. , t ubo superior 3, 4-4 cm compr. , f ace adaxial pilosa na região de inserção dos f ilet es rest ant e glabro, f ace abaxial pubérula; lacínias pat ent es ou quase, dolabrif ormes, 2, 6-3 cm compr. , 2, 1-2, 4 cm larg. , glabras em ambas as f aces, ápice arredondado. Ant eras oblongas, ca. 8 mm compr. , ca. 1, 5 mm larg. , ápice agudo, base t runcada, f ilet es seríceos na porção vent ral. Gineceu 1, 3-1, 5 mm compr. ; ovário ovóide, ca. 1 mm compr. , glabro; est ilet e ca. 1, 3 cm compr. ; cabeça est igmát ica cônica, 1, 5-2 mm compr. , ca. 2 mm diâm. , ápice bilobado; nect ários 2, envolvendo o ovário, 0, 6-0, 9 mm compr. Folículo cast anho, cilíndrico, eret o, 21 cm compr. , ca. 3 mm diâm. , glabro. Sement es cast anhas, est reit o- elípt icas, 0, 9-1 cm compr. , 1, 5-1, 7 mm larg. , comosas.

Mat er i al exami nado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca, 11/ XI/ 1987 (f l), H. C. Souza & R. Feio s. n. (BHCB 13905); t rilha para o Monj olinho, 3/ II/ 1993 (f l), R. C. Oliveir a s. n. (CESJ 26361); ent rada da Grut a das Bromélias, 16/ XII/ 1995 (f l, f r), N. W. V. Per ei r a s. n. (CESJ 28764); subida para a Grut a do Monj olinho, 17/ XII/ 1995 (f r), N. W. V. Per ei r a s. n. (CESJ 28769); t rilha para a Grut a das Bromélias, 30/ XI/ 2004 (f l), L. M. Bezer r a et al. 29 (SPF); subida da Prainha em direção ao Lago dos Espelhos, 18/ I/ 2005 (f l), L. M. Bezer r a et al. 74 (SPF); subida para o Morro do Cruzeiro, 20/ I/ 2005 (f l), L. M. Bezer r a et al. 91 (SPF); subida para o Morro da Lombada, 17/ III/ 2005 (f r), L. Mongui l hot t et al. 119 (SPF); subida para o Cruzeiro, 23/ XI/ 2005 (f l), L.

Mongui l hot t & G. E. Kanet o 141 (RB).

Mandevi l l a pohl i ana assemelha-se a M. i ll ust r is pelo hábit o, e dif erenciam-se pela

corola, cuj o t ubo superior é maior e mais t ubular em M. pohliana (Fig. 10H) e menor e mais obcônico em M. il l ust r is. O nome Mandevi lla velut ina (Mart . ex St adelm. ) Woodson (non K. Schum. ), muit as vezes usado para nomear est a espécie, é ilegít imo (Gent ry 1984, Simões & Kinoshit a 2002).

Ocorre na Bolívia, Paraguai, Argent ina e é amplament e dist ribuída nos planalt os e mont anhas do cent ro-oest e, sudest e e sul do Brasil, em cerrado e campos rupest res, e em Sant a Cat arina e no Rio Grande do Sul, em rest ingas (Sales 1993). É colet ada com f lores de set embro a j ulho, com mais int ensidade em novembro e dezembro e com f rut os de março a j ulho (Sales 1993). Em Ibit ipoca f oi colet ada nas áreas menos elevadas, em cerrado, e f oi colet ada com f lores de novembro a f evereiro e com f rut os em dezembro e março.

7. 4. Mandevilla sellowii (Müll. Arg. ) Woodson, Ann. Missouri Bot . Gard. 20(4): 719-720. 1933.

Figs. 12 P-S, 13 E-F.

Liana, ramos glabros, 2-4 colét eres present es na região nodal. Folhas ascendent es; pecíolo canaliculado, 0, 8-1, 5 cm compr. , colét eres na axila do pecíolo; lâmina levement e discolor, elípt ica, às vezes levement e oboval ou oblonga, 4-7 cm compr. , 1, 2-2, 8 cm larg. ,

membranácea, glabra em ambas as f aces, ápice acuminado, base aguda a obt usa, margem levement e revolut a, 1 par de colét eres na base da nervura primária; nervação broquidódroma. Racemo lat eral, 2-5-f loro; pedúnculo 2, 2-3, 2 cm compr. , glabro, bráct eas caducas, não vist as, colét eres na axila das bráct eas. Pedicelo 1, 2-1, 8 cm compr. Cálice vináceo, sépalas lanceoladas, 5-6, 5 mm compr. , 1, 5-2, 2 mm larg. , glabra em ambas as f aces, ápice agudo, colét eres dist ribuídos em dois grupos na axila das sépalas. Corola rosa, inf undibulif orme; t ubo inf erior 2, 2-3 cm compr. , t ubo superior 1, 8-2, 3 cm compr. , seríceo na f ace adaxial apenas na região da inserção dos est ames rest ant e glabro, f ace abaxial glabra; lacínias pat ent es a ascendent es, dolabrif ormes, 2-2, 7 cm compr. , 1, 7-2, 4 cm larg. , glabras em ambas as f aces, ápice obt uso. Ant eras oblongas 8, 2-8, 9 mm compr. , 1, 3-1, 5 mm larg. , sem apêndice, ápice acuminado, base t runcada, f ilet es seríceos na porção vent ral. Gineceu 2, 5-3 cm compr. ; ovário ovóide 2-2, 3 mm compr. , glabro; est ilet e 2-2, 5 cm compr. ; cabeça est igmát ica cônica, 2, 3-3 mm compr. , ápice agudo; nect ários 2, compresso-ret angulares, ca. 0, 8 mm compr. Folículo cast anho-vináceo, cilíndrico, 15-18 cm compr. , ca. 2 mm diâm. , glabro. Sement es não vist as.

Mat erial examinado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca, margem do rio que f orma a Cachoeirinha, 30/ XI/ 2005 (f l, f r), L. M. Bezer ra 40 (CESJ, SPF);

início da t rilha para a Lagoa Seca, 15/ III/ 2005 (f l, f r), L. Monguil hot t et al. 111 (SPF); t rilha ent re a Lagoa Seca e a Janela do Céu, 15/ III/ 2005 (f l), L. Monguil hot t et al. 118

(RB, SP, SPF).

Mandevil la sel lowii assemelha-se a M. at roviolacea e a M. i mmaculat a Woodson, podendo dist inguir-se da primeira pela coloração rosa a magent a das f lores (vide coment ários de M. at r oviolacea) e da segunda pelos colét eres, inconspícuos nos nós e ausent es nas f olhas de M. i mmacul at a. Além disso, est a últ ima ocorre soment e no Paraná

e em Sant a Cat arina (Sales 1993). M. sel lowii é liana, mas em ambient es abert os f orma t ouceira arbust iva.

Ocorre na Cadeia do Espinhaço, nas serras f luminenses e na Serra da Bocaina, em São Paulo (Sales 1993) e em Ibit ipoca. Sales (1993) apont a f loração de novembro a f evereiro, sem inf ormações sobre o período de f rut if icação. Em Ibit ipoca f oi colet ada com f lores em novembro e março.

7. 5. Mandevilla t enuifolia (J. C. Mikan) Woodson, Ann. Missouri Bot . Gard. 20(4): 679.

1933.

Figs. 13 G-H, 14 A-E.

Subarbust o eret o, ramif icado ou não, ramos pubérulos, colét eres nodais present es. Folhas pat ent es a ascendent es, sésseis a subsésseis; lâmina discolor, linear a est reit o- oblonga, às vezes est reit o-elípt ica, 4-9 cm compr. , 2-6 mm compr. , cart ácea a subcoriácea, f ace adaxial esparsament e pubérula, adaxial glabra, ápice agudo, base at enuada, margem revolut a; nervação broquidódroma. Racemo lat eral a subt erminal, 3-6- f loro; pedúnculo 3-14 cm compr. , glabro; bráct eas vermelhas, lanceoladas, 2-4 mm compr. , 0, 7-0, 8 mm larg. , colét eres dent iculados, axilares, alt ernos às bráct eas. Pedicelo 0, 5-1 mm compr. , glabro. Cálice vináceo; sépalas lanceoladas, 3, 2 mm compr. , ca. 1 mm larg. , glabras em ambas as f aces, ápice agudo, vários colét eres axilares alt ernos às sépalas. Corola roxa com região da f auce amarelada a creme, hipocrat erif orme; t ubo 1, 6-2 cm compr. , f ace adaxial serícea na região de inserção dos est ames, rest ant e glabra, f ace abaxial glabra; lacínias pat ent es, dolabrif ormes, ca. 0, 9 cm compr. , 0, 6-1, 1 cm larg. , glabras em ambas as f aces, ápice t runcado. Ant eras oblongas, 2, 5-3 mm compr. , 0, 8-1 mm larg. , ápice acuminado, base t runcada, f ilet es seríceos na porção vent ral. Gineceu 1, 4-1, 6 cm compr. ; ovário ovóide, 0, 9 mm compr. , glabro; est ilet e 1, 2 cm compr. ; cabeça est igmát ica cônica, 1 mm compr. , 1-1, 2 mm diâm. , ápice bilobado; nect ários 2, ovóides compressos, 0, 5-0, 7 mm compr. Folículo cast anho, oblongo, nodoso, eret o, 4, 5-7 cm compr. , glabro. Sement es cast anhas, ovóide-compressas, 3, 9-4, 5 mm compr. , 1, 4-1, 7 mm larg. , comosas.

Mat er i al exami nado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, t recho ent re a praia do Ribeirão e

a Pont e de Pedra, 29/ IX/ 1970 (f l), D. Sucr e et al . 7235 (RB); Serra de Ibit ipoca, 30/ IX/ 1970 (f l), U. C. Câmar a s. n. (CESJ 9404); Serra de Ibit ipoca, 24/ II/ 1977 (f l, f r), L. Kr i eger s. n. (CESJ 14612); Parque Est adual do Ibit ipoca, na Grut a dos Viaj ant es, 2/ XI/ 1991 (f l, f r), M. E. Ei t er er s. n. (CESJ 25688); aceiro, t rilha para cachoeirinha, 23/ II/ 1992 (f r), M. E. Ei t er er & G. S. Fr ei t as 89 (CESJ); 22/ X/ 1994 (f l), N. W. V. Per ei r a & F. R. S. Pi r es s. n. (CESJ 28426); abaixo da Lombada, 16/ XII/ 1995 (f l), N. W. V. Per ei r a s. n. (CESJ 28765); em

cima da Grut a das Bromélias, 16/ XII/ 1995 (f l), N. W. V. Per eira s. n. (CESJ 28763); pert o da ent rada da Grut a dos Viaj ant es, 16/ XII/ 1995 (f l), N. W. V. Per eir a s. n. (CESJ 28765); descida do Pião, 17/ XII/ 1995 (f l), N. W. V. Per eir a s. n. (CESJ 28770); próximo ao Morro da Cruz, 8/ II/ 1996 (f r), L. G. Rodela Q2-40 (CESJ); 8/ XII/ 2000 (f l, f r), F. R. Sali mena s. n. (CESJ 32710); caminho para a Grut a das Bromélias, 30/ XI/ 2004 (f l), L. M. Bezer r a et al. 30 (SPF); caminho para o Morro da Cruz, 30/ XI/ 2004 (f l), L. M. Bezer r a et al. 47 (SPF); caminho para o Morro da Cruz, 1/ XII/ 2004 (f l), L. M. Bezer r a et al. 54 (SPF).

Mandevi l l a t enui f ol i a é f áci l de ser reconheci da pel o hábit o subarbust ivo e f olhas

lineares (Fig. 12A). Apesar disso, apresent a muit a plast icidade nos caract eres veget at ivos, o que levou à descrição de muit as espécies af ins e de t áxons inf raespecíf icos, mais t arde sinonimizadas por Woodson (1933) e Sales (1993), que acrescent ou ainda M. barr et oi Markgr. à sinonímia. A espécie morf ologicament e mais próxima a M. t enui f olia é M.

myr i ophyl l um (Taub. ) Woodson, mas est a apresent a f olhas f ilif ormes com at é 1, 5 cm

compr. e ramos prof usament e ramif icados (Sales 1993).

É a espécie de mais ampla dist ribuição do gênero, ocorrendo nos cerrados e campos rupest res do Brasil Cent ral, nas caat ingas do Nordest e e nas campinas e campinaranas da região Nort e e Suriname (Sales 1993). Em Ibit ipoca Mandevi ll a t enuif oli a geralment e ocorre em populações com muit os indivíduos agregados, e é mais comum nas part es menos elevadas, em cerrado e campo rupest re. É colet ada com f lores de out ubro a março e com f rut os de dezembro a maio.

8. Oxypet al um R. Br.

Ervas, arbust os, subarbust os e lianas, ramos glabros a variadament e indument ados, colét eres nodais geralment e present es. Folhas opost as, pecioladas ou sésseis, glabras a f ort ement e indument adas, 2-5 colét eres na base da nervura primária. Tirsóides f rondosos, inf lorescências parciais ext ra-axilares, alt ernas, cimosas, bract eadas. Sépalas ovais a lanceoladas, f ace adaxial glabra, f ace abaxial indument ada, 1-2 colét eres axilares, alt ernos às sépalas. Corola campanulada a rot ácea, lacínias de f ormas variadas, geralment e ret orcidas, indument o variado. Corona simples, segment os livres ent re si, às

vezes providos de pregas, sulcos ou apêndices conect ados à base das ant eras. Ant eras com asas maiores ou menores que o dorso, apêndice membranáceo de f ormas e t amanhos variados, aderidas à cabeça est igmát ica f ormando um ginost égio. Corpúsculo de f ormas variadas, geralment e maiores que os polínios, caudículas horizont ais ou descendent es, com dent e lat eral na porção t erminal, membrana ret iculada f reqüent ement e present e, polínios pendent es, polimorf os. Ovário súpero, glabro, rarament e indument ado, cabeça est igmát ica globosa ou cônica, rost rada, rost ro leve a prof undament e bíf ido, int eiro ou ciat if orme. Folículos lanceolados ou f usif ormes, lisos a indument ados. Sement es verrucosas, comosas.

Oxypet alum é neot ropical, ocorrendo do México e Ant ilhas à Argent ina. A maioria das espécies, ca. 115, ocorre no Brasil, principalment e em Minas Gerais e São Paulo (Farinaccio & Mello-Silva 2004a). É def inido pela cabeça est igmát ica com prolongament o rost rado e caudículas horizont ais providas de dent e lat eral conspícuo. Além disso, muit as

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