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Apocynacea do Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil

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Academic year: 2017

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Apocynaceae do Parque Est adual do Ibit ipoca, Minas Gerais, Brasil

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Lia Monguilhot t

Apocynaceae do Parque Est adual do Ibit ipoca, Minas Gerais, Brasil

Dissert ação apresent ada ao Inst it ut o de Biociências da Universidade de São Paulo, para a obt enção de Tít ulo de Mest re em Ciências, na Área de Bot ânica.

Orient ador: Prof . Dr. Renat o de Mello-Silva

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Monguilhot t , Lia

Apocynacea do Parque Est adual do Ibit ipoca, Minas Gerais, Brasil

87 páginas

Dissert ação (Mest rado) - Inst it ut o de Biociências da Universidade de São Paulo. Depart ament o de Bot ânica.

1. Apocynaceae 2. Ibit ipoca 3. Flora I. Universidade de São Paulo. Inst it ut o de Biociências. Depart ament o de Bot ânica.

Comissão Julgadora:

________________________ _______________________

Prof (a). Dr(a). Prof (a). Dr(a).

______________________

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Índice

Resumo Abstract ____________________________________________________________ 4 Introdução ___________________________________________________________________ 5 Material e Métodos ____________________________________________________________ 6 Resultados e Discussão _________________________________________________________ 9

Apocynaceae Adans. _______________________________________________________________ 10 Chave para os gêneros de Apocynaceae do Parque Estadual do Ibitipoca ______________________ 10

1.AspidospermaMart. & Zucc. _______________________________________________________ 12 1.1. Aspidosperma olivaceum_____________________________________________________ 13 1.2. Aspidosperma spruceanum___________________________________________________ 14

2.Blepharodon Decne.______________________________________________________________ 15 2.1. Blepharodon ampliflorum____________________________________________________ 16

3.Condylocarpon Desf. _____________________________________________________________ 20 3.1. Condylocarpon isthmicum____________________________________________________ 20

4. DitassaR.Br. ___________________________________________________________________ 22 4.1. Ditassa acerosa ____________________________________________________________ 24 4.2. Ditassa bicolor_____________________________________________________________ 25 4.3. Ditassa comceptionis ________________________________________________________ 25 4.4. Ditassa cordata_____________________________________________________________ 29 4.5. Ditassa laevis______________________________________________________________ 31 4.6. Ditassa linearis_____________________________________________________________ 33 4.7. Ditassa mucronata__________________________________________________________ 35 4.8. Ditassa tomentosa __________________________________________________________ 37

5. Forsteronia G.Mey. ______________________________________________________________ 41 5.1 Forsteronia australis ________________________________________________________ 41 5.2. Forsteronia velloziana_______________________________________________________ 43

6. Jobinia E.Fourn._________________________________________________________________ 45 6.1. Jobinia lindbergii___________________________________________________________ 46

6. Jobinia E.Fourn. _____________________________________________________________ 45

7. Mandevilla Lindl. ________________________________________________________________ 45 7.1. Mandevilla atroviolacea _____________________________________________________ 50 7.2. Mandevilla illustris _________________________________________________________ 52 7.3. Mandevilla pohliana ________________________________________________________ 54 7.4. Mandevilla sellowii _________________________________________________________ 55 7.5. Mandevilla tenuifolia________________________________________________________ 59

8. Oxypetalum R.Br. _______________________________________________________________ 60 8.1. Oxypetalum appendiculatum__________________________________________________ 62 8.2. Oxypetalum insigne_________________________________________________________ 64 8.3. Oxypetalum lanatum________________________________________________________ 67 8.4. Oxypetalum minarum _______________________________________________________ 68 8.5. Oxypetalum patulum________________________________________________________ 71 8.6. Oxypetalum strictum________________________________________________________ 72

9.PeploniaDecne. _________________________________________________________________ 75 9.1. Peplonia organensis_________________________________________________________ 76

10. Tassadia Decne. ________________________________________________________________ 77 10.1. Tassadia subulata _________________________________________________________ 78

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Resumo – (Apocynaceae do Parque Est adual do Ibit ipoca, Minas Gerais, Brasil). Est e t rabalho apresent a o levant ament o das Apocynaceae do Parque Est adual do Ibit ipoca. O Parque est á sit uado na Cadeia da Mant iqueira, ent re os paralelos 21° 40’ 15” a 21° 43’ 30” S e 43° 52’ 35” a 43° 54’ 15” W. Abriga diversas f ormações veget ais como cerrados de alt it ude, f lorest as mont anas e principalment e campos rupest res. A f amília Apocynaceae, incluindo Asclepiadaceae, é cosmopolit a, com ca. de 415 gêneros e 4550 espécies, das quais ca. 870 ocorrem no Brasil, em dif erent es hábit at s. No Parque ocorrem 10 gêneros e 28 espécies: Aspi dosper ma ol i vaceum, A. spr uceanum, Bl ephar odon ampl i f l or um, Condyl ocar pon i st hmi cum, Di t assa acer osa, D. bi col or , D. concept i oni s, D.

cor dat a, D. l aevi s, D. l i near i s, D. mucr onat a, D. t oment osa, For st er oni a aust r al i s, F.

vel l ozi ana, Jobi ni a l i ndber gi i , Mandevi l l a at r ovi ol acea, M. i l l ust r i s, M. pohl i ana, M.

sel l owi i , M. t enui f ol i a, Oxypet al um appendi cul at um, O. i nsi gne, O. l anat um, O. mi nar um, O. pat ul um, O. st r i ct um, Pepl oni a or ganensi s e Tassadi a subul at a. São apresent ados chaves de ident if icação para os gêneros e espécies, descrições, ilust rações e coment ários sobre dist ribuição e f enologia.

Abstract –(Apocynaceae f rom t he Ibit ipoca St at e Park, Minas Gerais, Brasil).

The Apocynaceae species invent ory of t he Ibit ipoca St at e Park is present ed. The Park is locat ed in Mant iqueira Range, bet ween 21° 40’ 15” - 21° 43’ 30” S and 43° 52’ 35” - 43° 54’ 15” W. Wit hin t he Park t here are several t ypes of veget at ion, such as alt it ude savannas, mont ane f orest s and most ly campos rupest res. The Apocynaceae, including Asclepiadoideae, has a cosmopolit an dist ribut ion, wit h about 415 genera and 4550 species, f rom which about 870 occur in Brazil, in a great range of habit at s. 10 genera and 28 species occur in t he Park. : Aspi dosper ma ol i vaceum, A. spr uceanum, Bl ephar odon ampl i f l or um, Condyl ocar pon i st hmi cum, Di t assa acer osa, D. bi col or , D. concept i oni s, D.

cor dat a, D. l aevi s, D. l i near i s, D. mucr onat a, D. t oment osa, For st er oni a aust r al i s, F.

vel l ozi ana, Jobi ni a l i ndber gi i , Mandevi l l a at r ovi ol acea, M. i l l ust r i s, M. pohl i ana, M.

sel l owi i , M. t enui f ol i a, Oxypet al um appendi cul at um, O. i nsi gne, O. l anat um, O. mi nar um,

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Introdução

A América Lat ina é a região t ropical mais rica em biodiversidade, concent rando aproximadament e um t erço das espécies de plant as, muit as delas endêmicas (Raven 1976). O cresciment o populacional e a ut ilização da t erra vêm causando a dest ruição de hábit at s nat urais, acarret ando a ext inção de espécies nat ivas num rit mo acelerado (Raven 1976, Wilson 1988, Pimm & Raven 2000). Por esse mot ivo, a document ação da biodiversidade veget al e a promoção de pesquisas em sist emát ica e t axonomia t êm sido consideradas muit o necessárias (e. g. Janzen 1997, Heywood 2001, Schat z 2002, GSPC 2002). É at ravés dest e t ipo de invest igação que as comunidades cient íf ica e não cient íf ica t êm acesso a t odo o conheciment o básico acerca das espécies veget ais.

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Sennblad & Bremer 1996, Endress & St evens 2001, Pot giet er & Albert 2001). Apocynaceae inclui agora as Asclepiadaceae e pode ser caract erizada por possuir lát ex, endosperma abundant e, limbo da corola cont orcido e f rut os bif oliculares (Endress & Bruyns 2000). Com est a delimit ação ela é considerada nest e t rabalho.

Material e Mét odos

O Parque Est adual de Ibit ipoca, criado em 1973, est á localizado no sudest e do Est ado de Minas Gerais, e sit ua-se ent re a Serra da Mant iqueira e o Planalt o de Andrelândia, no município de Lima Duart e, ent re os paralelos 21° 40’ 15” a 21° 43’ 30” S e 43° 52’ 35” a 43° 54’ 15” W. A área de 1. 488 ha abriga um mosaico veget acional, com cerrados de alt it ude, campos rupest res, mat as ciliares, ombróf ilas e alt o-mont anas (Fig. 1). O relevo é mont anhoso, com alt it udes ent re 1200 a 1784 m, de mat riz quart zít ica. A maior part e da área do Parque é compost a por af lorament os rochosos, mas exist em t ambém manchas de lit osolos e solos orgânicos. O clima é t ropical de alt it ude mesot érmico, com t emperat uras amenas e uma precipit ação anual média de 2200 mm (Rodela 2002).

Foram realizadas cinco expedições de colet a, de caminhadas assist emát icas pela maior área possível, nos meses de novembro a março e j ulho. As amost ras colet adas e as demais coleções est udadas est ão deposit adas nos herbários cit ados no it em "mat erial examinado", que é apresent ado em ordem cronológica (siglas segundo Holmgren et al. 1990). Mat eriais de out ras localidades f oram ut ilizados para complet ar as descrições de B. ampli f l or um, C. i st hmi cum, D. bi color , D. laevi s, D. t oment osa, J. li ndber gi i , M. i ll ust r i s

e O. appendi cul at um. A f enologia, hábit o, dist ribuição, hábit at , e out ras caract eríst icas não mensuráveis f oram baseadas nas inf ormações das et iquet as das exsicat as, da lit erat ura e de anot ações e observações de campo.

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est rut ura. Est rut uras de pequenas dimensões f oram medidas com o auxílio de uma escala acoplada a est ereomicroscópio. Medidas superiores a 0, 06 mm com mais de duas casas decimais f oram arredondadas.

Em Oxypet al um a medida do gineceu exclui o apêndice rost rado, que f oi medido separadament e.

O t ermo “ cabeça est igmát ica” f oi ut ilizado para a região espessada no ápice do est ilet e por ser o mais amplament e ut ilizado nos t rabalhos sobre Apocynaceae. Nas espécies onde o t ubo da corola apresent a duas part es, uma proximal dist int a da dist al, f oi adot ada a t erminologia t ubo inf erior e superior (Morales 1998, Morales & Fuent es 2004, Simões & Kinoshit a 2002) em det riment o de t ubo e gargant a (Woodson 1933).

As descrições dos gêneros f oram baseadas t ambém na lit erat ura (Ezcurra et al . 1992, Fallen 1983, Font ella-Pereira 1977, Font ella-Pereira & Ferreira 2005, Koch & Kinoshit a 2005, Konno 2005, Marcondes-Ferreira 1988, Marquet e 2003, Morillo 1997, Rapini et al . 2004, Sales 1993, Schwarz & Font ella-Pereira 1995, Woodson 1932, Woodson 1951).

Resultados e Discussão

Trat ament o Taxonômico

Apocynaceae t em dist ribuição ampla, ocorrendo nas regiões t ropicais, subt ropicais e, alguns gêneros, t ambém em áreas t emperadas. Cont a com ca. de 415 gêneros e 4550 espécies. No Brasil são ca. de 870 espécies. No Parque Est adual do Ibit ipoca, as Apocynaceae est ão represent adas por 10 gêneros e 28 espécies: Aspi dosper ma ol i vaceum, A. spr uceanum, Bl ephar odon ampl i f l or um, Condyl ocar pon i st hmi cum, Di t assa acer osa, D.

bi col or , D. concept i oni s, D. cor dat a, D. l aevi s, D. l i near i s, D. mucr onat a, D. t oment osa,

For st er oni a aust r al i s, F. vel l ozi ana, Jobi ni a l i ndber gi i , Mandevi l l a at r ovi ol acea, M.

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Apocynaceae Adans.

Ervas, lianas, arbust os e árvores. Lát ex leit oso, rarament e t ransparent e, amarelo ou vermelho, colét eres nodais present es ou ausent es. Folhas simples, pecioladas ou sésseis, opost as, às vezes vert iciladas ou alt ernas, sem est ípulas, colét eres f reqüent ement e present es na base das f olhas e/ ou do pecíolo, às vezes ao longo da nervura primária. Inf lorescência cimosa ou racemosa, ou em sinf lorescências t irsoidais, com inf lorescências parciais cimosas, rarament e f lores solit árias. Flores pent âmeras, bissexuais; cálice gamossépalo, colét eres axilares present es ou não; corola gamopét ala, act inomorf a, rarament e levement e zigomorf a, pref loração cont orcida, sinist rorsa ou dext rorsa, t ubulosa, inf undibulif orme, hipocrat erif orme ou rot ácea. Corona corolina ou ginost egial muit as vezes present e. Est ames epipét alos; f ilet es curt os, livres ent re si ou f ormando um t udo est aminal, ou ant eras sésseis. Ant eras simples ou elaboradas com part es lignif icadas e est éreis, às vezes com conect ivo prolongado em apêndice membranáceo, livres ou aderidas à cabeça est igmát ica f ormando um ginost égio. Pólen disperso em grãos livres, em t ét rades, t ét rades agregadas por uma secreção viscosa ou em polínios. Nect ários, quando present es, na base do ovário. Gineceu bicarpelar; ovário apocárpico, rarament e sincárpico, súpero ou semi-ínf ero, est ilet e e est igma f undidos, ápice dos est ilet es espessado f ormando uma cabeça est igmát ica, secreção produzida pela cabeça muit as vezes agregando o pólen ou f ormando o t ranslador dos polinários, região est igmát ica geralment e localizada na part e inf erior da cabeça est igmát ica. Frut o f olículo, mais rarament e drupa, baga ou cápsula. Sement es nuas, comosas, ariladas ou aladas.

Chave para os gêneros de Apocynaceae do Parque Est adual do Ibit ipoca

1. Corola com pré-f loração sinist rorsa, rarament e valvar, ant eras int eirament e f ért eis, livres da cabeça est igmát ica, sement es nuas, ariladas ou aladas, rarament e comosas

2. Árvores, f olhas alt ernas, sement es aladas ………. . . …………. . . 1. Aspidosper ma

2. Lianas ou arbust os escandent es, sement es nuas ……. …. . . 3. Condylocar pon

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3. Grãos de pólen livres ou agregados por secreção viscosa, t ransladores do pólen ausent es

4. Flores menores que 1 cm compr. , creme, ant eras exclusas

. . . .. . . .. . . .. . . . .. . . .. . . .. . . .. . . .. . . . .. . . .. . . .. . . .. . . 4. Forst eronia

4. Flores maiores que 1, 5 cm compr. , de cores variadas, ant eras inclusas . . . . ………. . . ……. ………. 7. Mandevilla

3. Grãos de pólen em polínios envolvidos por parede cerosa, t ransladores de pólen present es

5. Corola com lacínias geralment e t orcidas, gineceu rost rado, caudículas do polinário apresent ando um dent e lat eral ………. ……… 8. Oxypet alum

5. Corola com lacínias não t orcidas, gineceu não rost rado, caudículas desprovidas de dent es lat erais

6. Inf lorescências parciais axilares e opost as

7. Corola com lacínias conivent es no ápice, segment os da corona t rilobados, f undidos lat eralment e ent re si quase t ot alment e ………. . . .. . . .. . . .. . 6. Jobinia

7. Corola com lacínias eret as a recurvadas, segment os da corona não lobados, f undidos ent re si só na base

8. Inf lorescências parciais bract eosas, f lores menores ou iguais a 2 mm . . . ………. . . …. 10. T assadia

8. Inf lorescências parciais f rondosas, f lores maiores que 2 mm ………. ………. . . .. . . . .. . . . .… 9. Peplonia

6. Inf lorescências parciais ext ra-axilares e alt ernas

9. Segment os da corona cot ilif ormes ou cimbif ormes

. . . .. . . .. . . .. . . . .. . . .. . . .. . . .. . . .. . . . .. . . .. . . . 2. Blepharodon

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1. Aspidosper maMart . & Zucc.

Árvores, lát ex leit oso, t ransparent e ou vermelho, ramos glabros a t oment osos, sem colét eres. Folhas alt ernas, rarament e opost as, pecioladas ou sésseis, lâminas elípt icas, obovadas, ovadas ou oblongas, colét eres ausent es, nervação eucampt ódroma, craspedódroma, broquidódroma, ret iculódroma ou hif ódroma. Inf lorescência geralment e axilar, alt erna, cimosa ou t irsóide. Cálice com lobos iguais ou subiguais, imbricados. Corola t ubular, t ubular-inf undibulif orme ou inf undibulif orme. Est ames inclusos, f ilet es curt os, ant eras compost as por duas t ecas biloculares, complet ament e f ért eis, geralment e ovóides, base cordada. Ovários súperos, rarament e semi-ínf eros, apocárpicos, glabros a pilosos, est ilet e único, est igma f usif orme ou capit ado. Folículo lenhoso, cilíndrico, dolabrif orme ou pirif orme. Sement es aladas.

Aspi dosper ma inclui ca. de 43 espécies neot ropicais, ocorrendo do México à Argent ina. A maioria ocorre no Brasil, em f lorest as, mas t ambém em caat ingas, cerrados, campos de alt it ude e rest ingas, e no Chaco, na Argent ina e Paraguai (Marcondes-Ferreira & Kinoshit a 1996). É um gênero de espécies arbóreas, na sua grande maioria de f olhas alt ernas e com f lores geralment e pequenas. Algumas espécies, conhecidas como perobas e guat ambus, f ornecem madeiras para a const rução civil, de f errament as e mobiliári o (Rizzini & Mors 1976, Sant os 1987).

Chave para as espécies de Aspidosper ma

1. Folhas membranáceas a cart áceas, f ace abaxial glabra a pubérula, lát ex branco, f lores creme a esverdeadas . . . .. . . .. . . .. . . .. . . . .. . . .. . . .. . . .. . . . .. . . 1. 1. A. olivaceum

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1. 1. Aspidosperma olivaceum Müll. Arg. i n Mart . , Fl. bras. 6(1): 57. 1860. Figs. 3 A-C, 4 A-D.

Árvores a arvoret as, 3-15 m alt . , lát ex branco, ramos lent icelados, pubescent es nas part es mais j ovens. Folhas pat ent es a ascendent es; pecíolo semi-cilíndrico, 0, 5-1, 7 cm compr. , glabrescent e; lâmina discolor, elípt ica a est reit o-obovada, 5, 2-9 cm compr. , 1, 2-4 cm larg. , membranácea a cart ácea, glabra a esparsament e pubérula em ambas as f aces, ápice agudo a obt uso, base aguda, margem levement e revolut a; nervação broquidódroma. Cimeiras mult if loras; pedúnculo 1-1, 5 cm compr. , pubérulo, sem bráct eas. Pedicelo 1-4 mm compr. , pubescent e. Cálice creme-esverdeado; sépalas ovais a t riangulares, lanceoladas, 1, 5-2, 6 mm compr. , 0, 6-1 mm larg. , f ace adaxial com pilosidade rest rit a à porção t erminal, f ace abaxial pubescent e a pubérula, ápice agudo, sem colét eres. Corola creme, t ubular; t ubo 4-5, 5 mm compr. , f ace adaxial pilosa abaixo da inserção dos est ames at é quase a base da corola, f ace abaxial pubescent e a pubérula; lacínias ref lexas a pat ent es, oblíquo-ovadas, 2-2, 7 mm compr. , 1, 4-1, 6 mm larg. , f ace adaxial pubérula a esparsament e pilosa, f ace abaxial pubérula, ápice redondo a agudo. Ant eras ovóides, 1-1, 1 mm compr. , ca. 0, 5 mm larg. , ápice agudo. Gineceu 2, 6-2, 9 mm compr. ; ovário ovóide, ca. 0, 8 mm compr. , seríceo; est ilet e 1, 2-1, 3 mm compr. ; cabeça est igmát ica f usif orme, 0, 4-0, 7 mm compr. , ápice agudo. Folículo verde quando imat uro, madur o cast anho, lent icelado, est ipit ado, 4-5 cm compr. , 2, 1-2, 5 cm larg. , minut ament e pubérulo a glabro. Sement es elípt icas, 3-3, 5 cm compr. , ca. 2 cm larg. , aladas.

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Aspi dosper ma oli vaceum est á inserida na seção Aspi dosper ma, que inclui espécies com gemas prot egidas por cat af ilos, lobos da corola ref lexos na ant ese (Fig. 2B) e f rut os dolabrif ormes biconvexos (Fig. 2D) (Marcondes-Ferreira 1996). Já f oi considerada sinônimo de A. pyricol l um Müll. Arg. , na série Pyricol la (Woodson 1951), na qual t ambém est ão incluídas A. par vif ol ium A. DC. e A. aust rale Müll. Arg, muit o semelhant es a A. oli vaceum. A primeira dif erencia-se de A. olivaceum por possuir pilosidade f erruginea nos ramos j ovens, e a segunda por apresent ar f lores maiores, com pilosidade serícea e lent icelas dispost as em f aixas horizont ais (Marcondes-Ferreira 2005). Apesar dest as dist inções, as t rês espécies são bast ant e semelhant es, j á havendo sido sinonimizadas por Marcondes-Ferreira (1988) sob A. parvi f oli um. Marcondes-Ferreira (2005) reconsiderou essas sinonimizações, volt ando a aceit ar A. parvi f oli um, A. oli vaceum e A. aust ral e. Tant o Woodson (1951) como Marcondes-Ferreira (com. pess. ) acredit am que haj a hibridação ent re essas espécies. Apesar de t er sido incluída em duas sinonímias dif erent es, A. oli vaceum é aceit o por Simões & Kinoshit a (2002) e Marcondes-Ferreira (2005).

Ocorre na Bahia e no sudest e do Brasil. Em Ibit ipoca ocorre em mat as ciliares e no cerrado arbust ivo. Na mat a ombróf ila alcança maior port e. Marcondes-Ferreira (2005) indica f loração em out ubro e novembro e f rut if icação em j ulho e agost o. Em Ibit ipoca f oi colet ada com f lores em j ulho, set embro e out ubro e com f rut os em j aneiro, março, j ulho e out ubro.

1. 2. Aspidosper ma sprucea numBent h. ex Müll. Arg. in Mart . , Fl. bras. 6(1): 52. 1860. Figs. 3 D-H, 4 E-H.

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esverdeado; sépalas ovadas, 2-2, 6 mm compr. , 1-1, 5 mm larg. , f ace adaxial glabra, f ace abaxial vilosa, ápice agudo, sem colét eres. Corola amarela, t ubular; t ubo 3, 8-4, 5 mm compr. , f ace adaxial pubescent e abaixo da inserção dos est ames at é quase a base, f ace abaxial glabra; lacínias eret as, lanceoladas 2, 2-2, 7 mm compr. , 0, 1-1, 4 mm larg. , glabra em ambas as f aces, ápice agudo. Ant eras ovóides, 0, 9-1 mm compr. , 0, 4-0, 6 mm larg. , ápice agudo. Gineceu ca. 2, 8 mm compr. ; ovário ovóide, ca. 0, 6 mm compr. , 1/ 4 a 1/ 5 do compr. , imerso no recept áculo, glabro; est ilet e ca. 1, 1 mm compr. ; cabeça est igmát ica f usif orme, ca. 1, 1 mm compr. , ca. 0, 4 mm diâm. , ápice agudo. Folículo verde escuro a cast anho, largament e dolabrif orme, est ipit ado, 10-13 cm compr. , 5, 5-7 cm larg. , densament e pubérulo. Sement es creme, circulares, ca. 6, 5 cm diâm. , aladas.

Mat er ial examinado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca, Mat a Grande, 18/ I/ 2005 (f l), L. M. Bezer r a et al. 80 (CESJ, RB, SPF); Mat a Grande, 15/ VII/ 2005 (f r), L. Mongui l hot t et al. 129 (CESJ, R, RB, SP, SPF, UEC).

Aspi dosper ma spr uceanum é f acilment e ident if icada pelo lát ex vermelho, f olhas coriáceas com pilosidade argênt ea na f ace abaxial e f lores amareladas (Fig. 3D). Pert ence à secção Nobi lia (Marcondes-Ferreira 1996) ou à série Nobi le (Woodson 1951), caract erizadas por possuir lát ex vermelho, inf lorescências t irsif ormes e lobos da corola eret os e lineares a lanceolados (Fig. 2F). Dent re as espécies incluídas no grupo, a maioria com dist ribuição amazônica, apenas A. spr uceanum ocorre em Minas Gerais.

Ocorre do México a São Paulo, em ambient es f lorest ais (Marcondes-Ferreira 2005). Em Ibit ipoca, ocorre na Mat a Grande, bem como nas mat as ao redor do Parque. É colet ada com f lores o ano t odo, principalment e de j ulho a set embro (Marcondes–Ferreira 1988). No Parque f oi colet ada com f lores em j aneiro e com f rut os em j ulho.

2. Bl ephar odon Decne.

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nervação broquidódroma. Tirsóides f rondosos, inf lorescências parciais ext ra-axilares, alt ernas, cimosas, umbelif ormes a corimbif ormes ou cimeiras t erminais. Cálice prof undament e 5-part ido com at é 4 colét eres axilares present es, alt ernos às sépalas. Corola rot ácea, subglobosa a campanulada, int ernament e glabra a pilosa, ext ernament e glabra, lacínias ovais, pat ent es ou eret as. Corona simples, segment os 5, livres ent re si, conect ados à base das ant eras, cot ilif ormes a cimbif ormes. Est ames exclusos, com apêndice membranáceo, aderidos à cabeça est igmát ica f ormando ginost égio. Corpúscul o lanceolado, oblongo a ovado, caudículas horizont ais a ascendent es, polínios polimorf os. Ovário súpero, apocárpico, cabeça est igmát ica globosa. Folículos cilíndricos, glabros, lisos ou muricados. Sement es comosas.

Blephar odon possui dist ribuição neot ropical, excet o no Chile e Uruguai, e inclui ca. de 20 espécies, das quais 10 ocorrem no Brasil (Morillo 1997). São subarbust os ou lianas, possuem geralment e f lores grandes e é def inido principalment e pelos segment os da corona, cada um com dois segment os f undidos f ormando uma est rut ura cot ilif orme ou cimbif orme (Fig. 2L) (Farinaccio & Mello-Silva 2004a, Rapini et al. 2001).

2. 1. Blepharodon amplif lorum E. Fourn. in Mart . & Eichler, Fl. bras. 6(4): 304. 1885. Fig. 4 I-O.

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abaxial, ápice agudo. Corona creme, ult rapassando levement e o ginost égio em alt ura, segment os livres ent re si, cimbif ormes, ca. 4, 5-5 mm compr. , 4, 5-5 mm larg. , apêndice proximal linear, ca. 4 mm compr. , às vezes bíf ido. Ant eras ret angulares, 2, 8-3 mm compr. , 2, 4-2, 6 mm larg. , asas maiores que o dorso, apêndice membranáceo depresso-oval, ca. 1 mm compr. , ca. 2 mm larg. Corpúsculo elípt ico ca. 0, 7 mm compr. , ca. 0, 3 mm larg. , caudículas ascendent es, ca. 0, 2 mm compr. , polínios oblíquo-obovados, 0, 8-0, 9 mm compr. , 0, 4-0, 5 mm larg. Gineceu ca. 3 mm compr. ; ovário ovóide, ca. 1 mm compr. , glabro; est ilet e ca. 1, 3 mm compr. ; cabeça est igmát ica discóide, ca. 0, 7 mm compr. , ca. 3, 5 mm diâm. , ápice t runcado. Folículo verde, lanceolado, ca. 8 cm compr. , ca. 8 mm larg. , glabro. Sement es não vist as.

Mat er i al exami nado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca, próximo ao Monj olinho, 3/ II/ 1993 (f l), M. Ei t er er 134 (CESJ).

Mat er i al adi ci onal : MINAS GERAIS: AIURUOCA, 13/ III/ 1989 (f l), L. Kr i eger & M. C. Br ügger 2402 (CESJ, SPF). SÃO ROQUE DE MINAS, Parque Nacional da Serra da Canast ra, 21/ II/ 1997 (f l), R. Romer o et al . 3911 (HUFU, SPF); id. , id. , 21/ III/ 1998 (f r), M. A. Far i nacci o et al . 141 (SPF).

Morillo (1976) propôs a sinonimização de B. ampl i f l or um a B. l i near e (Decne. ) Decne. e f oi seguido por Font ella (1980a) e Ferreira & Pereira (2005). No ent ant o, out ros aut ores mant êm a circunscrição original (e. g. Rapini et al. 2001, Farinaccio & Mello-Silva 2004a), reconhecendo duas espécies que, apesar de muit o semelhant es por apresent arem f olhas lanceoladas e f lores grandes, dif erenciam-se pelo hábit o, sendo B. l i near e um subarbust o eret o e B. ampl i f l or um volúvel. Em ambas o hábit o parece ser uma caract eríst ica const ant e, sendo dif ícil encont rar f ormas int ermediárias (Rapini et al. 2001). Out ra caract eríst ica dif erencial é a posição das inf lorescências, t erminal em B. l i near e e lat eral em B. ampl i f l or um (Fig. 2I) (Farinaccio & Mello-Silva 2004a).

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3. Condyl ocar pon Desf .

Lianas lenhosas, lat escent es. Folhas opost as ou vert iciladas, polimorf as, glabras a pilosas, sem colét eres, nervação broquidódroma. Inf lorescências t erminais ou subt erminais e axilares, t irsóides a corimbif ormes, mult if loras. Bot ão em geral globoso. Cálice regular, sem colét eres. Corola geralment e creme, provida ou não de manchas coloridas, inf undibulif orme a hipocrat erif orme, menos de 1 cm compr. Est ames complet ament e f ért eis, inseridos na met ade do t ubo ou um pouco acima, ant eras ovóides ou lanceoladas, base cordada. Ovário apocárpico, est ilet e único, est igma globoso, levement e bíf ido, subséssil, nect ários ausent es. Carpídios pêndulos, indeiscent es.

Condylocarpon inclui set e espécies. Ocorre no Brasil e nas Guianas, com cent ro de diversidade na Amazônia (Fallen 1983). C. int er medium Müll. Arg. ocorre t ambém na América Cent ral. São plant as volúveis e lenhosas, com corolas pequenas, amareladas, e f rut os secos indeiscent es. São encont radas em f lorest as úmidas ou mat as ciliares.

3. 1. Condylocarpon ist hmicum (Vell. ) A. DC. , Prodr. 8: 381. 1844. Fig. 5 A-E.

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lobos, inf undibulif orme, bot ão globoso; t ubo ca. 3-4 mm compr. , piloso abaixo da inserção dos est ames; lacínias ovais providas de apêndices oblongos, ca. de 3, 5 mm compr. , ca. 1 mm larg. , glabras em ambas as f aces. Ant eras ovóides, ca. 0, 5 mm compr. , ca. 0, 3 mm larg. , ápice agudo, inseridas um pouco abaixo da met ade do t ubo. Gineceu 0, 7-0, 8 mm compr. ; ovário cônico, ca. 0, 6-0, 7 mm compr. ; cabeça est igmát ica subséssil, globosa, ca. 0, 5 mm compr. , ca. 0, 3 mm diâm. Carpídios cast anhos, lenhosos, monilif ormes, ca. 13 cm compr. , segment os elipsóides, 2–2, 5 cm compr. , 1–1, 3 cm larg. , glabros. Sement es negras, est reit o-elipsóides, 1, 3-1, 5 cm compr. , ca. 2 mm diâm. , uma por segment o.

Mat er i al exami nado: MINAS GERAIS, LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca, na

Mat a Grande, pert o de um bambuzal, 18/ I/ 2005 (st ), L. M. Bezer r a et al . 78 (SPF).

Mat er i al adi ci onal: MINAS GERAIS, SANTANA DO RIACHO, Serra do Cipó, Córrego Indequicé, 19/ IV/ 1981 (f r), A. Fur l an et al . CFSC7247 (SPF); São Tomé das Let ras, Serra de São Tomé, 30/ X/ 1984 (f l), R. Mel l o-Si l va et al . CFCR5702 (SPF); Sant ana do Riacho, Est rada da Usina, 1/ XI/ 1985 (f l), N. M. Cast r o et al . CFSC9409 (SPF); LAVRAS, Reserva

Biológica do Poço Bonit o, beira de mat a ciliar, 14/ X/ 1989 (f l), F. F. Azevedo & R. J. Al mei da 31 (ESAL, SPF); CARRANCAS, f azenda Grão-Mogol, 6/ X/ 1998 (f l), L. S. Ki noshi t a et al . 98-267 (SPF, UEC).

Condyl ocar pon i st hmi cum é f acilment e ident if icada pelas lacínias da corola apendiculadas e com manchas marrom-avermelhadas ao longo dos apêndices (Fig. 4B). O hábit o de liana, a f ilot axia vert icilada, os 6 a 9 pares de nervuras secundárias e as domácias t ambém são caract eríst icos.

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4. Dit assaR. Br.

Lianas, arbust os ou subarbust os, ramos glabros a t oment osos, pilosidade em f aixas uni ou bi-lat erais ou unif ormement e dist ribuída, colét eres nodais present es. Folhas polimorf as, glabras a variadament e indument adas, sésseis ou pecioladas, 2-3 colét eres na nervura primária, nervação broquidódroma, rarament e campt ódroma ou act inódroma. Tirsóides f rondosos, inf lorescências parciais ext ra-axilares, alt ernas, cimosas, mult if loras. Cálice com 1-2 colét eres axilares, alt ernos às sépalas. Corola campanulada, rot ácea a urceolada, de cores variadas, na maioria de cores claras, f ace adaxial glabra ou papilosa, muit as vezes barbelada, f ace abaxial glabra ou pilosa. Corona dupla ou simples, segment o ext erno polimorf o, aderido ao t ubo da corola e ao segment o int erno na porção basal, segment os int ernos geralment e menores que os ext ernos, aderidos à base da ant era e à base do segment o ext erno. Ant eras com asas geralment e maiores que o dorso, apêndice membranáceo geralment e oval ou depresso-orbicular, aderidas à cabeça est igmát ica, f ormando o ginost égio. Corpúsculo oblongo a elípt ico, caudículas horizont ais ou descendent es, polínios oblongos, ovais, obovais, elípt icos, rarament e globosos. Ovário súpero, apocárpico, glabro, cabeça est igmát ica globosa, ápice geralment e mamilado ou capit ado. Folículos lanceolados a f usif ormes, glabros a velut inos. Sement es comosas.

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Chave para as espécies de Dit assa

1. Arbust os ou subarbust os eret os

2. Folhas geralment e vert iciladas, 3 por nó, lâmina linear a oblonga, base cuneada a obt usa, segment o int erno da corona parcialment e visível por baixo do segment o ext erno ………. . ……… 4. 1. D. acerosa

2. Folhas decussadas, lâmina oval a linear, base cordada, segment o int erno da corona não visível por baixo do segment o ext erno ………. . ………. 4. 4. D. cordat a

1. Lianas

3. Segment o int erno da corona ausent e ou inconspícuo

4. Folhas buladas, pilosas a t oment osas, lacínias da corola ascendent es a eret as . . . ………. ………. . . ………. 4. 8. D. t oment osa

4. Folhas não buladas, glabras, lacínias subpat ent es . . ………. 4. 3. D. concept ionis

3. Segment o int erno da corona present e e conspícuo

5. Ramos com indument o bilat eralment e dist ribuído, f rut os alados

. . . .. . . .. . . .. . . . .. . . .. . . .. . . .. . . .. . . . .. . . .. . . .. . . .. . . .. 4. 2. D. bicolor

5. Ramos com indument o unif ormement e dist ribuído, f rut os não alados

6. Segment os da corona não ult rapassando em alt ura o ginost égio . . . .. . . .. . . ………. 4. 5. D. laevis

6. Segment os da corona ult rapassando em alt ura o ginost égio

7. Face abaxial da f olha pubescent e, lacínias da corola recurvadas, caudículas geniculadas ……… 4. 7. D. mucronat a

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4. 1. Dit assa acerosaMart . in Mart . & Zucc. , Nov. Gen. sp. pl. 1: 53. 1824. Figs. 5 F-N, 8 A-B.

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Mat er i al exami nado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, Serra de Ibit ipoca, Pico do Pião, 14/ V/ 1970 (f l, f r), D. Sucr e & L. Kr i eger 6828 (CESJ, RB, SPF); 15/ V/ 1970 (f r), L. Kr i eger 8626 (BHCB, CESJ, ESA, HUFU, MBM, RB, SP, SPF, UB); Praia do Ribeirão à Pont e de Pedra, 30/ IX/ 1970 (f r), D. Sucr e et al . 7264 (CESJ, RB); Parque Est adual do Ibit ipoca, 25/ II/ 1977 (f l, f r), L. Kr i eger 14586 (CESJ, RB, SPF); Pico do Pião, 21/ I/ 1987 (f l), H. C. Souza s. n. (BHCB 11270); caminho para a Grut a da Cruz, 23/ II/ 2001 (f l, f r), A. Rapi ni et al . 916 (SPF); 25/ III/ 2001 (f l, f r), R. M. Cast r o & M. A. Hel uey 193 (CESJ, SPF); caminho para o Pico do Pião, 25/ IX/ 2001 (f r), N. Mar quet e et al . 337 (RB); t rilha ent re a Lombada e a Grut a do Cruzeiro, 11/ III/ 2004 (f l), R. C. For zza et al . 3219 (K, RB, SPF); caminho para a Cachoeirinha, 30/ XI/ 2004 (f l), L. M. Bezer r a et al . 38 (SPF, UEC); ent re a Lombada e a Cachoeirinha, 16/ III/ 2005 (f l, f r), L. Mongui l hot t et al . 117 (CESJ, MO, RB, SPF).

Di t assa acer osa pode ser ident if icada pelo hábit o subarbust ivo e f olhas vert iciladas (Fig. 4E), geralment e t rês por nó, f ort ement e revolut as e acerosas. Sua dist ribuição corresponde à do gênero. Ocorre na Argent ina, Bolívia e, no Brasil, no Maranhão, Bahia, Mat o Grosso, Goiás, Dist rit o Federal, Espírit o Sant o, Minas Gerais, São Paulo e Paraná (Konno 2005). É uma espécie de grande amplit ude ecológica, ocorrendo em áreas campest res, rest ingas e em f lorest as ripárias (Konno 2005).

Em Ibit ipoca é bast ant e comum, principalment e no campo rupest re. Foi colet ada com f lores prat icament e o ano t odo, o que est á de acordo com Konno (2005), que indica ainda f loração mais int ensa de março a abril.

4. 2. Dit assa bicolor Decne. i n DC. , Prodr. 8: 575. 1844. Fig. 5 O-S.

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base da nervura primária ou colét eres ausent es; nervação broquidódroma. Cimeiras umbelif ormes, axilares e opost as, 1-3 f loras; pedúnculo 0, 4-1, 5 mm compr. , glabro; bráct eas t riangulares, ca. 0, 5 mm compr. , ca. 0, 4 mm larg. , glabras em ambas as f aces. Pedicelo 3, 5-5 mm compr. , glabro. Cálice verde; sépalas t riangulares a ovais, 0, 5-0, 6 mm compr. , 0, 3-0, 4 mm larg. , glabras em ambas as f aces, ápice agudo, 1-3 colét eres axilares alt ernos às sépalas. Corola branca, campanulada; t ubo 0, 3-0, 5 mm compr. , f ace adaxial f undida à corona, f ace abaxial glabra; lacínias eret as, lanceoladas, 2, 1-2, 2 mm compr. , 0, 7-0, 9 mm larg. , f ace adaxial pubescent e-papilosa, f ace abaxial glabra, ápice agudo. Corona creme, aproximadament e da mesma alt ura do ginost égio, segment os ext ernos espat ulares, 1-1, 1 mm compr. , ca. 0, 3 mm larg. , ápice agudo, segment os int ernos lineares, ca. 0, 5 mm compr. , ca. 0, 1 mm larg. Ant eras ret angulares, ca. 0, 5 mm compr. , ca. 0, 6 mm larg. , asas maiores que o dorso, apêndice membranáceo depresso-oval, ca. 0, 3 mm compr. , ca. 0, 3 mm larg. Corpúsculo cast anho, elipsóide, ca. 0, 2 mm compr. , ca. 0, 1 mm larg. , caudículos horizont ais, ca. 0, 06 mm compr. , polínios elipsóides, ca. 0, 2 mm compr. , ca. 0, 1 mm larg. Gineceu ca. 1, 1 mm compr. ; ovário ovóide, ca. 0, 3 mm compr. ; est ilet e ca. 0, 4 mm compr. ; cabeça est igmát ica depresso-cônica, ca. 0, 4 mm compr. , ca. 0, 7 mm diâm. , ápice curt ament e bilobado. Folículos cast anhos a negros, lanceolados, providos de expansão alada na porção seminíf era, 2, 8-3, 5 cm compr. , 0, 4-0, 6 cm diâm. , glabros. Sement es cast anhas, ovais, ca. 5 mm compr. , ca. 2 mm larg. , t est a verrucosa.

Mat erial examinado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca,

caminho para o Monj olinho, 7/ V/ 2002 (f r), N. Marquet e et al. 360 (RB); na borda da Mat a Grande, 13/ VII/ 2005 (st ), L. Mongui l hot t et al 128 (SPF).

Mat erial adici onal: RIO DE JANEIRO: RIO DE JANEIRO, est rada Alt o da Boa Vist a,

23/ II/ 1972 (f l), J. Al mei da 1262 (RB, SP).

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f eriria a delimit ação desse gênero e diminuiria os muit os polimorf ismos de Di t assa. O t ipo de D. bicol or (Clausen 40) f oi colet ado em Minas Gerais, em localidade não especif icada (Konno 2005). Desde ent ão a espécie t em sido encont rada no Rio de Janeiro e em São Paulo em áreas de mat a (Konno 2005). As coleções de Ibit ipoca são as únicas, além do t ipo, colet adas em Minas Gerais.

Foi colet ada com f lores de f evereiro a maio e de set embro a dezembro e com f rut os de set embro a dezembro (Konno 2005). Em Ibit ipoca f oi colet ada na borda da Mat a Grande, apenas com f rut os, no mês de maio.

4. 3. Dit assa concept ionis Font ella, Dusenia 12(1): 6. 1980. Figs. 6 A-D, 8 C-D.

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Gineceu ca. 1 mm compr. ; ovário ovóide, ca. 0, 3 mm compr. , glabro; est ilet e ca. 0, 2 mm compr. ; cabeça est igmát ica 0, 5 mm compr. , ca. 1 mm diâm. , ápice mamilado. Frut os e sement es não vist os.

Mat er ial examinado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca,

depois da pont inha para o Lago dos Espelhos, 1/ XII/ 2004 (f l), L. M Bezer r a et al. 55 (CESJ, SPF).

Dit assa concept ioni s é uma liana pouco f reqüent e e pode ser reconhecida pela corola com t ons rosados (Fig. 7D) e pela corona com os lobos f ort ement e unidos na base (Fig. 5A). Segundo Font ella (1980b), o segment o int erno da corona est aria reduzido a uma pequena prot uberância na base da ant era. No ent ant o, est a prot uberância é um sept o que conect a o segment o da corona à ant era (Fig. 5C) (Konno 2005), e sua nat ureza deve ser invest igada.

Ocorre em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, em ambient es f lorest ais (Konno 2005). É colet ada com f lores de dezembro a maio e com f rut os em março (Konno 2005). Em Ibit ipoca f oi encont rada em uma única área, próxima a riacho e mat a ciliar.

4. 4. Dit assa cordat a (Turcz. ) Font ella, Eugeniana 16: 24. 1989. Figs. 6 E-J, 7 E-F.

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hirt ela, ápice agudo, 1-2 colét eres axilares alt ernos às sépalas. Corola amarelo-esverdeada, campanulada; t ubo 0, 7-1 mm compr. , f ace adaxial glabra, f ace abaxial hirt ela; lacínias eret as a levement e recurvadas, ovais, 2-2, 3 mm compr. , 1, 3-1, 5 mm larg. , f ace adaxial papilosa na porção dist al e barbelada na mediana, f ace abaxial hirt ela, ápice agudo. Corona creme, não ult rapassando o ginost égio em alt ura, segment os livres ent re si, segment o ext erno est reit o oval, ca. 1 mm compr. , ca. 0, 5 mm larg. , segment o int erno inconspícuo reduzido a uma calosidade na base da ant era. Ant eras t rapezoidais, 0, 6-0, 7 mm compr. , ca. 0, 7 mm larg. , dorso maior que as asas, apêndice membranáceo depresso-oval, ca. 0, 2 mm compr. , ca. 0, 3 mm larg. Corpúsculo cast anho-claro, oblongo a elípt ico, ca. 0, 2 mm compr. , ca. 0, 1 mm larg. , caudícula hialina, horizont al, ca. 0, 1 mm compr. , polínios oblongos a obovais ca. 0, 2 mm compr. , ca. 0, 1 mm larg. Gineceu 1, 2-1, 3 mm compr. ; ovário ovóide, ca. 0, 5 mm compr. , glabro; est ilet e ca. 0, 4 mm compr. ; cabeça est igmát ica globosa, ca. 0, 4 mm compr. , ca. 0, 6 mm diâm. , ápice mamilado. Folículo verde, lanceolado, ca. 3 cm compr. , ca. 3 mm larg. , hirt elo. Sement es depresso-ovais, ca. 4 mm compr. , ca. 2 mm larg. , comosas.

Mat er i al exami nado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca,

20/ I/ 1987 (f l), H. C. Sousa s. n. (BHCB 11272, RB); subida para a Lombada, 17/ VIII/ 2005 (st ), L. Mongui l hot t et al . 132 (CESJ, SPF); próximo ao Lago dos Espelhos, 22/ XI/ 2005 (f l), L. Mongui l hot t & G. E. Kanet o 134 (SPF); próximo ao Pico do Pião, 23/ XI/ 2005 (f l, f r), L. Mongui l hot t & G. E. Kanet o 144 (CESJ, SPF).

Di t assa cor dat a é muit o semelhant e a D. di t assoi des (Silveira) Font ella e D. l our t ei gi ae Font ella. Dif erencia-se da primeira pela corola campanulada com lacínias hirsut as na f ace abaxial e, de ambas, pelas caudículas geniculadas (Fig. 5J), não ret as (Konno 2005).

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f rut os em novembro. Nas demais localidades é colet ada com f lor e f rut o ao longo do ano, com f loração mais int ensa de dezembro a abril e f rut if icação em agost o (Konno 2005).

4. 5. Dit assa laevis Mart . , Nov. Gen. sp. pl. 1: 53. 1824. Fig. 6 L-O.

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Mat er i al exami nado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, Serra de Ibit ipoca, 15/ V/ 1970, L. Kr i eger & Mar i l ene 9149 (CESJ, MBM).

Mat er i al adi ci onal: MINAS GERAIS: OURO PRETO, Serra do It acolomi, 14/ XI/ 1987 (f l),

J. Badi ni s. n. (OUPR 833, SPF).

Di t assa l aevi s assemelha-se a D. l i near i s mas dela se dist ingue pelas inf lorescências mais congest as, f lores menores, asas das ant eras menores que o dorso (Fig. 3O) e segment os ext ernos da corona mais curt os, não ult rapassando ou ult rapassando levement e o ginost égio (Fig. 3M) (Konno 2005). Const a da list a de espécies ameaçadas de Minas Gerais como vulnerável (Mendonça & Lins 2000).

Éendêmica de Minas Gerais, onde é mais comum na Cadeia do Espinhaço (Rapini et al . 2001). Em Ibit ipoca, a única colet a dat a de 1970 e t alvez t enha sido ext int a localment e. É encont rada com f lor de novembro a maio e com f rut o em abril (Konno 2005).

4. 6. Dit assa linearisMart. i n Mart . & Zucc. , Nov. Gen. sp. pl. 1: 53. 1824. Figs. 7 A-D, 8 G-H.

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f aces; lacínias pat ent es, est reit o-ovais, 3, 5-4, 5 mm compr. , 1, 5-2, 5 mm larg. , f ace adaxial barbelada no cent ro da porção proximal e pubescent e no rest ant e, f ace abaxial glabra, ápice agudo. Corona creme, ult rapassando o ginost égio em mais de 1 mm em alt ura, segment os unidos ent re si na base, segment os ext ernos orbiculares a obovados, ápice longament e acuminado, 3, 2-4, 5 mm compr. , 1, 3-1, 8 mm larg. , segment os int ernos lanceolados, 1, 3-1, 8 mm compr. , 0, 5-0, 6 mm larg. Ant eras quadrangulares a ret angulares, 0, 7-0, 9 mm compr. , 0, 6-0, 9 mm larg. , asas maiores que o dorso, apêndice membranáceo depresso-orbicular, ca. 0, 4 mm compr. , ca. 0, 7 mm larg. Corpúsculo cast anho, ovóide a elipsóide, 0, 2-0, 3 mm compr. , 0, 1-0, 2 mm larg. , caudículos horizont ais a descendent es, hialinos, 0, 06- 0, 1 mm compr. , polínios elipsóides a oblongos, 0, 3-0, 4 mm compr. , 0, 1-0, 2 mm larg. Gineceu ca. 2 mm compr. ; ovário ovóide, ca. 0, 6 mm compr. , glabro; est ilet e ca. 0, 6 mm compr. ; cabeça est igmát ica bilobada, ca. 0, 6 mm compr. , ca. 1 mm diâm. Folículo cast anho, f usif orme, 4, 7-5, 3 cm compr. , 5-7 mm larg. , piloso. Sement es cast anho-claras, compresso-ovóides, 4-4, 5 mm compr. , ca. 2 mm larg. , comosas.

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Dit assa lineari s assemelha-se a D. laevis mas possui inf lorescência um pouco mais laxa, f lores maiores e segment os ext ernos da corona ult rapassando bast ant e o ginost égio (Fig. 4B). Também se assemelha a D. insignis Farinaccio, mas dela se dif erencia por possuir f lores menores e inf lorescências com menos f lores (Farinaccio & Mello-Silva 2004b). Apresent a hábit o volúvel, mas em f ormações veget ais abert as cost uma ser decumbent e. As f olhas, na espécie, podem ser lineares, mas não no Parque.

É endêmica de Minas Gerais e mais f reqüent e na Cadeia do Espinhaço (Konno 2005). É bast ant e comum em Ibit ipoca, exclusivament e dos campos rupest res de maiores alt it udes. Apesar de abundant e no Parque, é considerada vulnerável em Minas Gerais (Mendonça & Lins 2000). É colet ada com f lor de novembro a abril e f rut os de f evereiro a maio (Konno 2005). Em Ibit ipoca f oi colet ada com f lores de novembro a maio e com f rut os de f evereiro a set embro.

4. 7. Dit assa mucronat a Mart . , Nov. Gen. sp. pl. 1: 52. 1824.

Figs. 7 E-J, 11 A-B.

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espat ulares, ápice longament e acuminado, ext remidades lat erais acuminadas, 1-1, 8 mm compr. , 0, 4-0, 7 mm larg. , segment o int erno lanceolado a linear, 0, 6-1, 1 mm compr. , 0, 06-0, 1 mm larg. Ant eras quadrangulares, 0, 3-0, 5 mm compr. , 0, 3-0, 4 mm larg. , asas maiores que o dorso, apêndice membranáceo depresso-oval, ca. 0, 2 mm compr. , 0, 2-0, 3 mm larg. Corpúsculo cast anho, elípt ico, ca. 0, 1 mm compr. , 0, 06-0, 1mm larg. , caudículos geniculados, ascendent es, hialinos, ca. 0, 06 mm compr. , polínios elípt icos a oblongos, ca. 0, 2 mm compr. , ca. 0, 06 mm larg. Gineceu 0, 8-1, 3 mm compr. ; ovário ovóide, ca. 0, 3 mm compr. , glabro; est ilet e 0, 3-0, 5 mm compr. ; cabeça est igmát ica mamilada, ca. 0, 1 mm compr. , ca. 0, 3 mm diâm. Folículo cast anho-claro, lanceolado, 1, 9-2, 5 cm compr. , 2-3 mm larg. , pubescent e. Sement es cast anhas, ovóides compressas, 3, 6-5 mm compr. , 1, 6-2, 2 mm larg. , comosas.

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Dit assa mucronat a apresent a f lores muit o pequenas com o segment o ext erno da corona com ápice longament e acuminado (Fig. 6F). O hábit o muit o ramif icado e as f olhas mucronadas são caract eríst icos (Fig. 6E). O t amanho das f olhas e dos ent renós pode variar. Dit assa mucr onat a assemelha-se a D. aequicymosa E. Fourn. , D. imbricat a E. Fourn. e D. nit ida E. Fourn. D. aequicymosa dif erencia-se de D. mucr onat a pelo polinário com corpúsculo campanulado e caudículas art iculadas e pelo segment o ext erno da corona não longament e acuminado (Konno 2005). Dit assa ni t ida e D. i mbricat a possuem a morf ologia f loral muit o semelhant e à de D. mucr onat a. A primeira dif erencia-se de D. mucr onat a por ser glabra e a segunda por apresent ar f olhas menores e imbricadas (Konno 2005).

Ocorre em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, em f lorest as, campos rupest res e campos de alt it ude (Konno 2005). Bast ant e comum em t odo o Parque, t ant o em bordas de mat as como em f ormações abert as. É colet ada com f lor de j aneiro a out ubro e com f rut o de maio a agost o (Konno 2005). No Parque f oi colet ada com f lores de j aneiro a maio e em novembro, e com f rut os em j ulho, agost o e novembro.

4. 8. Dit assa t oment osa(Decne. ) Font ella, Bol. Mus. Bot . Mun. Curit iba 39: 1. 1979.

Figs. 7 L-R, 11 C.

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compr. , 0, 3-0, 6 mm larg, segment os int ernos t riangulares, às vezes ausent es, ca. 0, 2 mm compr. , ca. 0, 1 mm larg. Ant eras ret angulares, 0, 7-0, 9 mm compr. , 0, 6-0, 7 mm larg. , asas maiores que o dorso, apêndice membranáceo t riangular, 0, 5-0, 7 mm compr. , 0, 4-0, 5 mm larg. Corpúsculo cast anho, elipsóide a ovóide, ca. 0, 2 mm compr. , ca. 0, 1 mm larg. , caudículos horizont ais a levement e ascendent es, hialinos, 0, 03-0, 05 mm compr. , polínios elipsóides, ca. 0, 2 mm compr. , ca. 0, 1 mm larg. Gineceu ca. 2 mm compr. ; ovário ovóide ca. 0, 3 mm compr. , glabro; est ilet e ca. 0, 9 mm compr. ; cabeça est igmát ica cônica, ca. 0, 8 mm compr. , ca. 0, 8 mm diâm. Frut os não vist os.

Mat er i al exami nado: MINAS GERAIS, LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca, próximo à Cachoeirinha, 23/ III/ 2001 (f l), A. Rapi ni et al. 921 (SPF); est rada de ent rada do Parque, 19/ I/ 2005 (f l), L. M. Bezer r a et al . 86 (CESJ, SPF).

Mat er i al adi ci onal: MINAS GERAIS, SANTA RITA DE IBITIPOCA, 19/ IV/ 1987 (f l), L. Kr i eger 21403 (CESJ, SPF); LIMA DUARTE, est rada para o Parque, próximo à Pousada dos

Manacás, 9/ V/ 2002 (f l), N. Mar quet e et al . 384 (RB).

Di t assa t oment osa possui f olhas buladas e a corona pode ser dupla ou simples, com segment os sempre inconspícuos, com ápice abaixo do apêndice membranáceo da ant era (Fig. 4P), e lobos da corola eret os (Fig. 6M). Forma um complexo de espécies af ins com D. ci poensi s (Font ella) Rapini, D. i t ambensi s Rapini, D. obscur a (E. Fourn. ) Farinaccio & T. U. P. Konno, D. l ongi caul i s (E. Fourn. ) Rapini e D. l ongi sepal a (Hua) Font ella & E. A. Schwarz (Rapini et al . 2001, Konno 2005).

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5. For st eronia G. Mey.

Lianas, lát ex branco, ramos lent icelados, colét eres nodais present es. Folhas opost as, rarament e vert iciladas, pecioladas, glabras a pilosas, às vezes com domácias nas f ace abaxial, colét eres present es na base da nervura primária, nervação broquidódroma, Inf lorescências t erminais ou lat erais e axilares, alt ernas; t irsif ormes, mult if loras, bract eadas. Cálice prof undament e 5-part ido, com colét eres axilares present es, alt ernos ou opost os às sépalas. Corola rot ácea a subcampanulada, branca a amarela, lacínias prof undament e 5-part idas, pequenas, glabras a pilosas. Ant eras sagit adas, aderidas à cabeça est igmát ica. Ovário súpero, apocárpico, nect ários 5, livres ent re si ou concrescidos, cabeça est igmát ica f usif orme. Folículos 2, cilíndricos a monilif ormes, lenhosos, lent icelados. Sement es comosas.

Forst er onia compreende ca. de 46 espécies neot ropicais, do México e Ant ilhas ao Uruguai, no int erior e em bordas de mat as (Ezcurra 1981). Pode ser reconhecido pelo hábit o de liana f ort ement e lenhoso, pelas f lores pequenas, rot áceas a subrrot áceas, de cores claras, e pelos est ames, exclusos na maioria das espécies.

Chave para as espécies de Forst eronia

1. Folhas glabras, domáceas glabras na axila da nervura secundária, t irso cônico

……….F. aust ral is 1. Folhas indument adas, sem domáceas, t irsos congest os………F. vell oziana

5. 1 Forst eronia aust ralis Müll. Arg. , in Mart . , Fl. Bras. 6(1): 103. 1860. Figs. 9 A-E.

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levement e obovada, 3, 0-5, 6 cm compr. , 1, 7-2, 5 cm larg. , membranácea, glabra em ambas as f aces, ápice agudo a acuminado, base aguda, margem lisa, 2 colét eres na base da nervura primária, domáceas present es nas axilas das nervuras secundárias; nervação broquidódroma. Tirsos cônicos, mult if loros; pedúnculo 5 mm compr. a séssil, pubescent e; bráct eas verdes, t riangulares a ovais, 0, 6-1, 4 mm compr. , 0, 6-0, 8 mm larg. , f ace adaxial glabra, f ace abaxial pubescent e. Pedicelo 0, 4-0, 8 mm compr. , piloso. Cálice verde; sépalas ovais, 0, 9-1 mm compr. , 0, 5-0, 7 mm larg. , f ace adaxial glabra, f ace abaxial pubescent e, ápice agudo a obt uso, 1-3 colét eres na axila das sépalas, alt ernos à elas. Corola branca, rot ácea; t ubo 0, 7-1 mm compr. , f ace adaxial pilosa, abaxial glabra; lacínias pat ent es a ascendent es, oblongas, 2, 9-3, 3 mm compr. , 0, 8-1, 8 mm larg. , f ace adaxial pubescent e, f ace abaxial glabra, ápice redondo. Ant eras oblongas, a est reit o-elipsóoides, 2, 1-2, 3 mm compr. , 0, 5-0, 7 mm larg. , ápice curt ament e acuminado. Gineceu 2, 7-3, 5 mm compr. ; ovário ovóide, 0, 5-0, 6 mm compr. , 0, 4-0, 5 mm larg. , pubérulo; est ilet e 1, 2-1, 5 mm compr. ; cabeça est igmát ica f usif orme, 1, 0-1, 4 mm compr. , ca 0, 8 mm larg. , ápice acuminado, levement e bilobado; nect ários 5, ovóides, ca. 0, 5 mm compr. Folículos não vist os.

Mat er ial examinado: MINAS GERAIS. LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca,

mat a em f rent e à casa do pesquisador, 25/ XI/ 2004 (f l), R. For zza et al. 3716 (RB, SPF).

For st er oni a aust r ali s é uma liana com ramos glabros e lent icelados. Se assemelha a F. glabr escens Müll. Arg. , porém est a apresent a f olhas geralment e menores, inf lorescência com indument o menos denso e sépalas maiores (Koch & Kinoshit a 2005).

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5. 2. Forst eronia velloziana (A. DC. ) Woodson, Ann. Missouri Bot . Gard. 21: 622. 1934. Figs. 9 F-L, 11 D-E.

Arbust o escandent e ou liana, ramos t oment osos a glabrescent es nas part es mais velhas, 2 colét eres nodais adj acent es à base do pecíolo, caducos. Folhas ascendent es a pat ent es; pecíolo canaliculado, 2-4 mm compr. , hirsut os; lâmina levement e discolor, elípt ica, 2, 7-5, 1 cm compr. , 1, 5-2, 2 cm larg. , membranácea, pubescent e em ambas as f aces, t ricomas mais adensados ao longo das nervuras, ápice acuminado a agudo, base cordada, margem lisa, 2-5 colét eres na base da nervura primária, sem domáceas; nervação broquidódroma. Tirsos subcorimbosos ou glomerulif ormes, mult if loros; pedúnculo 4-9, 5 mm compr. , t oment oso a hirsut o; bráct eas verdes, est reit o-elípt icas a lanceoladas, 3-5 mm compr. , 0, 5-1, 2 mm larg. , pubescent es em ambas as f aces. Pedicelo 1, 3-1, 8 mm compr. , t oment oso. Cálice verde; sépalas est reit o-ovais, 4-5, 2 mm compr. , 1, 4-2, 1 mm larg. , f ace adaxial glabra, abaxial hirsut a, ápice agudo, colét eres dist ribuídos ao longo da axila da sépala. Corola creme, rot ácea a levement e campanulada; t ubo 1-1, 2 mm compr. , f ace adaxial serícea, abaxial pilosa; lacínias eret as a suberet as, elípt icas a ovadas, 3, 5-4 mm compr. , 1, 8-2 mm larg. , f ace adaxial serícea, abaxial pubescent e, ápice obt uso. Ant eras oblongas, 2, 3-2, 5 mm compr. , 0, 5-0, 6 mm larg. , ápice acuminado. Gineceu 2, 8-3, 1 mm compr. ; ovário depresso ovóide, 0, 4-0, 8 mm compr. , velut ino; est ilet e 1, 1-1, 3 mm compr. ; cabeça est igmát ica cônica, 1, 1-1, 2 compr. , 0, 6-0, 8 mm diâm. , ápice agudo, bíf ido; nect ários 5, ligulados, 0, 3-0, 5 mm compr. Folículo cast anho, lent icelado, ascendent e, lanceolado a linear, 8-11 cm compr. , 0, 3-0, 5 cm diâm. Sement es est reit o-elipsóides, 0, 6-1 cm compr. , 1-2 mm larg. , comosas.

Mat er i al exami nado: MINAS GERAIS. LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca,

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Forst er onia vell oziana é f acilment e ident if icada pelos ramos lenhosos, f olhas verde-claro com base cordada (Fig. 9D), f rut os não t ão longos quant o nas demais espécies do gênero e inf lorescências com eixo reduzido (Fig. 8A).

Ocorre em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Sant a Cat arina e é colet ada com f lores de out ubro a dezembro e com f rut os em agost o (Koch & Kinoshit a 2005). Em Ibit ipoca é muit o comum, mais f reqüent ement e nas áreas menos elevadas, em cerrado, mas t ambém em f lorest as, e f oi encont rada com f lores em novembro e dezembro e com f rut os em j ulho.

6. Jobi nia E. Fourn.

Plant as volúveis, não lenhosas na base, ramos glabros, colét eres nodais present es. Folhas opost as, pecioladas, lâmina oblonga, oval, elípt ica ou orbicular, 1-4 colét eres na base da nervura primária, nervação broquidódroma ou campdódromo-broquidódroma. Tirsóides f rondosos, inf lorescências parciais axilares, opost as, cimosas, bract eadas. Cálice polimorf o, glabro, 1-4 colét eres axilares alt ernos às sépalas. Corola rot ácea, campanulada a globosa, glabra a pilosa, lacínias eret as a ref lexas. Corona simples, segment os t rilobulados, conat os ent re si, conect ada à base das ant eras. Ant eras aderidas à cabeça est igmát ica f ormando um ginost égio. Corpúsculo ovado, oblongo ou elípt ico, caudículas horizont ais ou levement e descendent es, polínios elipsóides, clavados a oblongos. Ovário súpero, est ilet e curt o, cabeça est igmát ica globosa, ápice geralment e mamilado. Folículos f usif ormes, glabros. Sement es ovais, verrucosas, comosas.

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6. 1. Jobinia lindbergii E. Fourn. i n Mart . & Eichler, Fl. bras. 6(4): 327. 1885. Figs. 10 A-E, 11 G-H.

Liana, ramos glabros, 2 colét eres nodais adj acent es à base do pecíolo. Folhas ref lexas; pecíolo canaliculado, 0, 8-1, 5 cm compr. , glabro, colét eres axilares present es; lâmina discolor, oval, 3, 5-6 cm compr. , 2, 7-3, 7 cm larg. , membranácea a cart ácea, glabra em ambas as f aces, ápice agudo a acuminado, base redonda a levement e cordada, margem levement e revolut a, às vezes com t ricomas esparsos, 2 colét eres na base da nervura; nervação broquidódroma. Inf lorescências parciais dicásios laxos, 3-mult if loros; pedúnculo 0-1, 6 cm compr. , glabro; bráct eas verdes, 3 por f lor, lineares a est reit o-t riangulares, 1-1, 6 mm compr. , 0, 2-0, 4 mm larg. , glabras em ambas as f aces, às vezes esparsament e ciliadas, sem colét eres. Pedicelo 3, 5-5 mm compr. , glabro. Cálice verde; sépalas ovais, 1, 4-1, 6 mm compr. , 0, 6-0, 7 mm compr. , glabras em ambas as f aces, ápice agudo, 2 colét eres axilares alt ernos às sépalas. Corola creme, globosa; t ubo 0, 7-1 mm compr. , glabro em ambas as f aces; lacínias incurvadas, est reit o-ovais, f ace adaxial pilosa a pubescent e, abaxial glabra, ápice agudo. Corona creme, ult rapassando o ginost égio em alt ura, segment os f undidos lat eralment e ent re si, t rilobados, 0, 6-0, 7 mm compr. , 1-1, 1 mm larg. , lobo mediano maior, t riangular, ca. 0, 6 mm compr. Ant eras t rapezoidais, ca. 0, 5 mm compr. , ca. 0, 6 mm larg. , asas maiores que o dorso, apêndice membranáceo oval a t riangular, 0, 2-0, 3 mm compr. , 0, 3-0, 4 mm larg. Corpúsculo oblongo, ca. 0, 1 mm compr. , ca. 0, 05 mm larg. , caudícula hialina, horizont al sinuosa, ca. 0, 02 mm compr. , polínios largament e elipsóides, ca. 0, 1 mm compr. , ca. 0, 06 mm larg. Gineceu ca. 1, 2 mm compr. ; ovário ovóide, ca. 0, 5 mm compr. , glabro; est ilet e ca. 0, 4 mm compr. ; cabeça est igmát ica lent icular, ca. 0, 3 mm compr. , ca. 0, 6 cm diâm. , ápice arredondado. Folículo esverdeado a cast anho, lanceolados, 7-9 cm compr. , 5-6 mm diâm. , glabro. Sement es não vist as.

Mat er i al exami nado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca,

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Mat erial adici onal: MINAS GERAIS: SÃO ROQUE DE MINAS, Parque Nacional da Serra da

Canast ra, t rilha da part e de baixo da cachoeira Casca d'Ant a, 21/ II/ 1997 (f r), R. Romer o et al. 3933 (HUFU, SPF); nascent e do Córrego do Barroso, 25/ VI/ 1997 (f r), R. Romero et al. 4280 (HUFU, SPF)

Jobinia lindbergii assemelha-se a J. conni vens Malme pelo hábit o e f orma da corola. Dif erem pelos lobos dos segment os da corona, t riangulares (Fig. 8I) versus lineares, pelas asas da ant era, maiores ou de mesmo compriment o que o dorso (Fig. 8J) versus menores que o dorso, e pela superf ície dos polínios, lisa versus armada (Schwarz & Font ella-Pereira 1995).

Ocorre na Bahia, Goiás, Dist rit o Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Sant a Cat arina (Farinaccio & Mello-Silva 2004a, Schwarz & Font ella-Pereira 1995). É a espécie com dist ribuição mais ampla do gênero e é colet ada com f lor de j unho a f evereiro (Schwarz & Font ella-Pereira 1995). Em Ibit ipoca é encont rada com f reqüência em mat as de galeria, onde f loresce rarament e, e f oi colet ada com f lor em novembro.

7. Mandevi ll a Lindl.

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Mandevil la é o maior gênero neot ropical da subf amília Apocynoideae e inclui ca. de 150 espécies, muit o variáveis, que ocorrem do México à Argent ina nos mais diversos hábit at s (Sales 1993). Caract eríst icas diagnóst icas são as inf lorescências em racemos, as ant eras com bases t runcadas ou cordadas, nunca sagit adas, e a cabeça est igmát ica umbraculif orme.

Na circunscrição de Woodson (1933), a mais amplament e ut ilizada, Mandevi ll a é paraf ilét ico. Com a inclusão de Macrosiphonia, propost a por Pichon (1948), e de Qui ot ani a e Telosi phonia, descrit os em 1991 e 1995 respect ivament e, passaria a ser monof ilét ico (Simões et al. 2004). As dif erenças ent re Mandevilla e Macrosiphonia são t ênues, baseadas no hábit o, t empo de f loração e est rut ura da cabeça est igmát ica (Woodson 1932); Telosi phonia f oi um subgênero de Macr osi phonia elevado a gênero e Quiot ania dif erenciar-se-ia de Mandevi l la pela ausência de t ubo da corola pronunciado (Zarucchi 1991).

Chave para as espécies de Mandevilla

1. Subarbust os eret os ou ramif icados, nunca lianas

2. Folhas lineares a est reit o-oblongas, t ubo f loral at é 2 cm compr. . . . .. . . .. . . .. . . ………. . 7. 5. M. t enuifolia 2. Folhas oblongas, elípt icas, orbiculares ou obovadas, t ubo f loral maior que 2, 5 cm

3. Tubo superior cilíndrico, maior que o t ubo inf erior, maior que 3 cm compr. , f auce sem manchas ………. . 7. 3. M. pohliana 3. Tubo superior obcônico, e do mesmo compriment o que o t ubo inf erior, ca. 1, 5 cm compr. , f auce com manchas arroxeadas ……… 7. 2. M. illust ris 1. Lianas

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4. Flores róseas, t ubo superior geralment e menor que o inf erior, ovário ca. 2 mm compr. ……… 7. 4. M. sellowii

7. 1. Mandevilla at roviolacea (St adelm. ) Woodson, Ann. Missouri Bot . Gard. 20(4): 724. 1933.

Figs. 10 A-E, 13 A-B.

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Mat er i al exami nado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca, est rada

para Lagoa Seca, 23/ I/ 1996 (f l), N. W. V. Per ei r a 25 (CESJ); margem da est rada em direção à pont a do Parque, 5/ II/ 2004 (f l), B. R. Si l va 1276 (RB, SPF); próximo à Grut a dos Coelhos, 2/ XII/ 2004 (f l), L. M. Bezer r a et al 65 (SPF); Subida para o Pico do Pião, 20/ I/ 2005 (f l), L. M. Bezer r a 92 (CESJ, SPF); início da t rilha para a Lagoa Seca, 15/ III/ 2005 (f l, f r), L. Mongui l hot t et al . 112 (SPF).

Mandevi l l a at r ovi ol acea e M. sel l owi i são espécies muit o semelhant es. Sales (1993) as dist ingue pela coloração da corola, vinácea a at roviolácea (Fig. B) na primeira e rósea na segunda, mas t ambém pela corola com lobos eret os a suberet os et ubo cilíndrico em M. at r ovi ol acea (Fig. 8M) e lobos amplament e recurvados e t ubo campanulado a inf undibulif orme em M. Sel l owi i (Fig. 10P), assim como pela relação ent re os t ubos, o inf erior geralment e menor que o superior em M. at r ovi ol acea e o inverso em M. sel l owi i. Em Ibit ipoca, no ent ant o, a coloração da corola, que pode ser rósea a magent a em M. sel l owi i, é o melhor carát er para dist ingui-las, j á que os demais podem variar ent re as populações das duas espécies. O t amanho do ovário parece ser const ant e nas f lores em ant ese colet adas em Ibit ipoca, porém isso não f oi observado por Sales (1993).

Mandevi l l a at r ovi ol acea ocorre nas serras de Minas Gerais, Espírit o Sant o, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. É colet ada com f lores de novembro a março, e com f rut os de março a j unho (Sales 1993). Em Ibit ipoca f oi encont rada em mat as e em locais abert os com af lorament os rochosos, e f oi colet ada com f lores em dezembro, j aneiro e março e com f rut os em março.

7. 2. Mandevilla illust ris(Vell. ) Woodson, Ann. Missouri. Bot . Gard. 20(4): 727. 1933. Fig. 11 A-G.

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primária; nervação broquidódroma. Racemo t erminal 1-8-f loro; pedúnculo 2, 5-4 cm compr. , piloso; bráct eas vináceas, lanceoladas, 3, 3-4, 2 mm compr. , 0, 7-1, 3 mm larg. , t ricomas esparsos na f ace adaxial, viloso na f ace abaxial. Pedicelo 1-1, 5 cm compr. , piloso a viloso. Cálice vináceo; sépalas lanceoladas, 8, 3-9 mm compr. , 1, 5-2, 2 mm larg. , f ace adaxial glabra, f ace abaxial pubescent e a glabra, ápice agudo, colét eres axilares opost os às sépalas. Corola rosa, com borda da f auce mais escura ou roxa, hipocrat erif orme; t ubo inf erior 1, 3-1, 5 cm compr. , t ubo superior ca. 1, 5 cm compr. , f ace adaxial serícea na f aixa de inserção dos est ames, rest ant e glabra, f ace abaxial glabra; lacínias pat ent es, dolabrif ormes, 3, 1-3, 5 cm compr. , 2, 4-2, 7 cm larg. , glabras em ambas as f aces, ápice agudo a obt uso. Ant eras oblongas, ca. 6, 6 mm compr. , ca. 1, 1 mm larg. , ápice agudo, base cordada, f ilet es seríceos na porção vent ral. Gineceu ca. 4, 2 mm compr. ; ovário ovóide, ca. 1 mm compr. , glabro; est ilet e ca. 1, 5 cm compr. ; cabeça est igmát ica cônica, ca. 1, 7 mm compr. , ca. 1, 8 mm diâm. , ápice agudo; nect ários 2, compresso-ovóides , ca. 0, 7 mm compr. Frut os não vist os.

Mat er i al exami nado: MINAS GERAIS: LIMA DUARTE, Parque Est adual do Ibit ipoca,

ent rada do Parque, na est rada principal, XII/ 1994 (f l), N. W. V. Per ei r a & M. V. Auad s. n. (CESJ 28427).

Mat er i al adi ci onal : MINAS GERAIS: CARRANCAS, caminho para a Cachoeira da Fumaça, 11/ XI/ 1997 (f l), A. O. Si mões et al . 14 (SPF, UEC).

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Ocorre no Dist rit o Federal, Goiás, Minas Gerais, Mat o Grosso, Mat o Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. É colet ada com f lores de out ubro a j aneiro, mas não há inf ormações sobre o período de f rut if icação (Sales 1993).

7. 3. Mandevilla pohliana(St adelm. ) A. H. Gent ry, Ann. Missouri Bot . Gard. 71(4): 1079.

1984.

Figs. 12 H-O, 13 C-D.

Referências

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