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As empresas vêm se concentrando em menor número de negócios afi ns, aumentando a especialização. Esse também é o processo de crescimento escolhido pela Oxiteno: avançar para geografi as novas, em produtos e mercados similares ou complementares aos já dominados pela empresa, levando sua tecnologia e relacionamento com clientes para gerar valor à nova operação.
Para viabilizar a expansão internacional, há um trabalho regular de identifi cação de oportunidades estratégicas para alavancar o crescimento da companhia e posicioná-la como uma produtora global de especialidades químicas. Nessa linha, o processo de internacionalização teve início no fi nal de 2003 com a aquisição da Canamex, no México, onde foi possível demonstrar a portabilidade do modelo de gestão e do conhecimento de mercado diferenciados da Oxiteno. O EBITDA da Canamex em 2006 foi mais que o dobro do EBITDA de 2004. Ao longo da gestão da Oxiteno, foram introduzidos novos produtos no mercado mexicano, possibilitando a entrada em dois novos segmentos – agroquímico e de petróleo – e o aumento de vendas para os mercados já servidos anteriormente pela Canamex. Clientes globais da Oxiteno no Brasil passaram a ser atendidos pela Canamex no México, baseados na tecnologia de produtos e prestação de serviços diferenciadas da Oxiteno. Hoje, o sistema de desenvolvimento de novos produtos e o banco de dados tecnológico da Oxiteno no Brasil e de sua subsidiária mexicana é completamente integrado, permitindo a coordenação entre os
centros de P&D nas duas localidades. Uma segunda linha de atuação teve início em 2006, com o projeto de abertura de escritórios comerciais no exterior. O primeiro escritório comercial da Oxiteno fora do Brasil foi inaugurado na Argentina. O crescimento do mercado argentino e o aumento da demanda de seus clientes constituem os principais motivos da instalação neste país. Em 2007 e 2008, escritórios comerciais deverão ser abertos na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia. Além de ampliar a presença da Oxiteno nesses mercados – o que facilita os movimentos de exportação existentes, principalmente de produtos de maior valor agregado –, as representações permitem a prospecção de oportunidades mais amplas de negócios e aquisições.
Inovação para a sustentabilidade
Para o longo prazo, a Oxiteno desenha seu futuro procurando garantir o acesso à matéria-prima a custos competitivos. Uma iniciativa nesse sentido é o desenvolvimento, com a Petrobras, do projeto Comperj – futuro pólo petroquímico brasileiro em Itaboraí (RJ). O projeto foi idealizado pela Oxiteno, em 2002, apresentado à Petrobras, e traz a concepção inovadora do uso de petróleo pesado como matéria-prima para insumos petroquímicos básicos. Em outra frente, a empresa investe fortemente em pesquisa e desenvolvimento de fontes renováveis de matérias-primas – a chamada química verde. A primeira iniciativa já está sendo materializada, através da planta de álcoois
graxos. Em 2006, a Oxiteno avançou signifi cativamente nas análises de
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viabilidade da utilização de etanol para a obtenção de solventes oxigenados e glicóis. Adicionalmente, a Oxiteno lançou, em caráter pioneiro, uma chamada de projetos de pesquisa em química verde em aliança com a FAPESP e o BNDES. Um programa de nanotecnologia, que abrange áreas como catalisadores, agroquímicos e nanocompósitos de termoplásticos, também se encontra em andamento na unidade de P&D de Mauá (SP). Renomadas universidades como Unicamp, UFSCar, UFCG e UFRJ fazem parceria com a empresa nesse projeto. Cerca de 10% dos funcionários
desenvolvimento e engenharia – porcentagem signifi cativa em termos internacionais e inexistente em outra empresa química brasileira. Sempre à frente em seus desenvolvimentos, a empresa possui um Conselho de Científi co e Tecnológico que congrega os maiores especialistas internacionais na área de tensoativos. Eles se reúnem anualmente, para avaliar as tendências do mercado, e desenvolvem projetos e pesquisas de forma eletrônica. Na última reunião, ocorrida em outubro de 2006, os especialistas apontaram oportunidades de crescimento em tensoativos e oleoquímicos – que
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Ultracargo
Fundada em 1966, a Ultracargo completou, em 2006, 40 anos de atividades, defi nindo um novo posicionamento estratégico que irá orientar o crescimento da companhia ao longo dos próximos anos. O resultado desta reestruturação foi a defi nição de ampliar seu escopo de serviços para outros segmentos que não apenas químicos e combustíveis, ampliando também as opções de modais de transporte, disponibilizando serviços diferenciados. Optou-se, inclusive, pela descontinuidade de operações, em alguns casos, o que acarretou
momentânea redução de receitas, além de impactos com despesas extraordinárias. Paralelamente, trabalhou-se na consolidação das novas operações, em particular o Terminal Intermodal de Santos – TIS.
Em termos operacionais, a armazenagem média da Ultracargo no segmento de líquidos e gasosos foi de 240 mil metros cúbicos, 8% maior que em 2005. O resultado decorre da consolidação das novas operações, principalmente no TIS e no Terminal Intermodal de Montes Claros (TIM). O Terminal de Montes
Claros, por exemplo, bateu recorde com a movimentação de 21 milhões de litros de combustíveis, em outubro de 2006 – foram 309 vagões descarregados e 1.213 caminhões carregados.
O crescimento constante dessa operação consolida a Ultracargo na logística integrada de combustíveis. As operações do TIS apresentaram um crescimento gradual e signifi cativo, capitaneado principalmente pelo crescimento das operações de exportação de álcool, principal produto movimentado nesse terminal. As operações de produtos químicos atingiram a