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Cumprindo com o objetivo específico de integrar os dados já retratados, são a seguir feitas as considerações pertinentes ao mapa síntese. Primeiramente, são apresentados os mapas resultantes da integração das variáveis morfológicas infiltração e resistência (superficial e subsuperficial), sob a denominação de Mapa das Variáveis Morfológicas Integradas. A Figura 44 consiste na representação dos citados mapas em duas condições distintas, o período seco e o período úmido.

Fig. 44 - Mapas das Variáveis Morfológicas Integradas da Área Periurbana da Alta Bacia do Córrego Tucum (São Pedro - SP)

A partir dos resultados obtidos com o cruzamento das variáveis morfológicas é possível identificar notavelmente que o período úmido é o que apresenta as condições superficiais mais favoráveis ao desencadeamento erosivo. Admite-se que tal fato é relacionado ao comportamento das variáveis integradas, sendo as taxas de infiltração as que determinam com mais proeminência a reação observada.

Conforme referido no capítulo 5, considerou-se que taxas de infiltração elevadas denotam menor potencial à erosão. Tomou-se como base a interpretação dos mapas das taxas médias de infiltração para ambos os períodos (seco e úmido) em correlação com o que foi constatado a partir de observações de campo. Embora uma maior porosidade (que vêm a ser um atributo que condiciona as taxas de infiltração) possa ser atribuída a materiais com baixa coesão, e, consequentemente, com maior predisposição ao desencadeamento erosivo, verifica-se no caso estudado que amplas áreas, a exemplo do setor 5A (Figura 41), que apresenta as taxas de infiltração mais elevadas, não possuem feições erosivas significativas4.

Quanto aos índices de resistência (sobretudo superficial), foi destacado que quanto mais elevados são, menor tende a ser a propensão à erosão. De fato, constatou-se em campo que as superfícies de maior resistência apresentavam-se mais coesas, principalmente durante o período seco, quando ocorrem fenômenos de ressecamento superficial expressivos, já referidos anteriormente. Neste fato pode estar implicada a colmatação dos poros por partículas mais finas, sendo que essas viriam a se comportar como elemento cimentante sob condições secas.

É importante frisar que a ênfase a que são dadas as análises em questão é sobre processos de erosão linear. As correlações apresentadas pautaram-se na observação de campo das feições lineares, bem como dos terrenos em que se evidenciavam concentrações do fluxo de escoamento superficial (corroborados pela análise do mapa de fluxos). Dessa forma, particularidades relacionadas à processos de erosão laminar (destacamento/desagregação das partículas e transporte) são apenas referenciados em seu aspecto aparente, quando a análise dos fenômenos permite uma interpretação sobre esse tipo de processo.

A análise comparativa entre os mapas dos atributos morfológicos permite apontar que ocorre uma notável variabilidade de cenários ao se levar em consideração a interpretação dos

4Um dos aspectos intrínsecos às correlações efetuadas em estudos de modelagem ambiental refere-se

às generalizações impostas na interpretação do comportamento das variáveis. A necessidade de tais generalizações deve-se às complexidades inerentes aos sistemas físicos e, sendo pontuais, não comprometem a validade das análises.

dados em setores. Dentre as condições que podem ser interpretadas das correlações destacam- se as que se seguem.

1) Setores de alta vertente com taxas de infiltração elevadas, mesmo apresentando baixos índices de resistência, são áreas de menor contribuição potencial à erosão - tal resultado reflete o peso atribuído à variável infiltração no processo de modelagem (que se sobrepõe à variável resistência) sendo, contudo, concordante com o que se observa nesses setores, em geral de baixo gradiente clinográfico que vem a se constituir um limitante ao transporte de material;

2) A conjugação de baixas taxas de infiltração com baixos índices de resistência resulta em altos valores de contribuição potencial à erosão - nesse caso a resistência reduzida constitui fator determinante ao maior potencial erosivo, que é intensificado pelo aumento do escoamento superficial, dado que a infiltração é deficiente;

3) Áreas com altos índices de resistência, embora com taxas de infiltração baixas tendem a se apresentar com baixos valores de contribuição potencial - fato que se dá somente no período seco. Esta condição é associada aos mais altos índices de resistência registrados, o que resultou na imposição dos valores desta variável no processo de modelagem. Entretanto, tal resultado se coaduna com a realidade dos fenômenos, uma vez que no período seco há reduzida precipitação e, consequentemente, menor possibilidade de desencadeamento erosivo;

4) Valores medianos em cada caso produzem resultados que tendem em direção à maior ou menor potencial erosivo, obedecendo contudo, às relações acima referidas - não se observa a ocorrência de locais onde se dão altas taxas de infiltração concomitantes a altos valores de resistência.

Complementando as observações aventadas, convém citar que na condição expressa no item 3 se observa nítida mudança em tais áreas com o advento do período úmido, quando então têm-se uma condição de baixos índices de resistência e baixas taxas de infiltração, o que resulta em elevada contribuição potencial (tal como no item 2). Tal fato vêm a corroborar a importância dos índices de resistência na modelagem em questão. Considerando-se que as condições expressas no item 2 são as de ocorrência mais significativa na área em sua totalidade, o aumento dos índices de resistência vêm a acarretar uma atenuação na contribuição potencial à erosão.

Os mapas apresentados oferecem uma perspectiva preliminar acerca da tendência evolutiva dos processos erosivos, à partir do viés morfológico. Ressalta-se contudo que, dada a natureza dos dados espacializados, subordinada à quantidade de pontos amostrais, deve-se levar

em consideração que tais resultados não oferecem um detalhamento que permite a identificação de possíveis vetores erosivos.

É importante destacar que o comportamento das variáveis morfológicas é também determinado pelas condições de cobertura, bem como da distribuição das classes granulométricas. A interpretação dos resultados apresentados constitui-se, portanto, uma aproximação, sendo válida após cuidadosa corroboração/refutação, a partir de posterior correlação com as demais variáveis.

Tendo-se como premissa que as condições do período úmido são aquelas em que as variáveis morfológicas contribuem potencialmente com mais vigor à evolução erosiva, e também que nas condições de maior precipitação há o maior dinamismo dos processos, apresenta-se a seguir o mapa síntese integrando as variáveis morfológicas desse período com as demais variáveis quantificadas. O Mapa 6, portanto, consiste no Mapa de Potencial ao Avanço Erosivo Linear.

Potencial ao Avanço Erosivo

Legenda:

Muitu Fracu

Fracu

Médiu

Furte

Muitu Furte

MAPA DE POTENCIAL AO

AVANÇO EROSIVO LINEAR

Área Periurbana da Alta Bacia

du Córregu Tucum (Sãu Pedru - SP)

APOIO:

200 100 0 200

m

±

DATUM: SIRGAS 2000 - UTM Zuna 23 S

Elaburadu pur: DENER TOLEDO MATHIAS

202400 202600 202800 203000 203200 203400 203600 22° 33' 27.1" S47° 52' 55.4" W 22° 33' 6.9" S 47° 53' 33.4" W

Hidrugrafia

Convenções Cartográficas

Depreende-se a partir da análise do mapa apresentado que a área periurbana da alta bacia do córrego Tucum apresenta elevados valores de potencial ao avanço da erosão linear. O resultado apresentado é, portanto, coerente com os fatos observados em campo, que apontam uma condição de forte dinamismo à área, atestado por diversos fenômenos que se processaram durante o período em que se desenvolveu este trabalho.

A interpretação do mapa em questão permite, primeiramente, identificar que os mais altos valores de potencial, representados pela classe “Muito Forte”, encontram-se associados aos setores de alto gradiente clinográfico e aos segmentos de vertente sob o imperativo das rotas de fluxo do escoamento superficial. Tal fato reflete a importância outorgada a estes atributos na matriz de correlação utilizada para geração do mapa síntese.

A respeito da importância atribuída à morfometria do relevo na análise efetuada, convém apontar que admitiu-se, tanto com base nos pressupostos teóricos como na observação dos fenômenos em campo que essa variável, no contexto da área estudada, exerce o papel mais significativo no desencadeamento processual. O condicionamento promovido pelas feições de relevo tecnogênicas ao escoamento superficial, bem como o potencial aos processos gravitacionais oferecido pelos altos gradientes clinográficos, influem diretamente sobre a geometria dos canais incisos.

Os vetores potenciais ao avanço da erosão estão, de acordo com a análise do mapa, subordinados ao traçado das rotas de fluxo do escoamento concentrado e constituem-se, por essa razão, áreas prioritárias aos planos de intervenção corretiva necessários à recuperação da bacia. Destacam-se os taludes das voçorocas do córrego Tucunzinho e do córrego Florestal, bem como as áreas adjacentes ao rebordo erosivo dessas feições.

Merecem atenção também expressivas porções da bacia do córrego Tucum, que têm como principal característica o fato de se constituírem terrenos outrora ocupados por feições erosivas (que foram soterradas no ano de 1992). A presença de uma rede de galerias pluviais funcionando como canalização do fluxo de antiga voçoroca impõe uma condição de forte fragilidade, atestada pela observação de eventos em que se deu o colapso de parte desses equipamentos.

Citam-se igualmente as vertentes da alta bacia do córrego Florestal em que notável ruptura, associada à presença de uma estrada, confere condições de potencial ao avanço erosivo. Embora não tenham sido objeto de monitoramento, foram detectadas, ao longo de toda extensão da estrada, feições erosivas ocorrendo sobre talude de corte da mesma. O mapa analisado permite averiguar que à montante desse talude as rotas de fluxo do escoamento compõem

elemento importante na potencialização dos processos erosivos lineares sobre a vertente referida.

Em seguida, têm-se com nível de prioridade não menos importante as porções do relevo ocupadas pela classe de potencial “Forte”. Dada a ampla distribuição desta classe torna-se desnecessário inferir considerações acerca das áreas em que ela é identificada. Cabe contudo citar que, parte das vertentes do córrego Tucum (setor 3A, de acordo com a setorização da Figura 41), encontra-se ocupada por moradias irregulares, tendo sido erigidas sobre terrenos de forte potencial erosivo, conforme atestado pelo mapa síntese.

Grande parte das vertentes do córrego Tucunzinho encontram-se também sob a classe de potencial forte e, vale a menção de que são nessas áreas que ocorre a maior parte das recorrentes intervenções efetuadas pela administração municipal. As redes de microdrenagem posicionadas nessas vertentes (conforme descritas no capítulo 3) constituem feições lineares que impõem condições de extrema fragilidade à estes setores, muitas vezes associada à vazões que superam a capacidade da rede, fato que será melhor detalhado adiante.

A classe de potencial “Médio” é também bastante expressiva na totalidade da área e consiste de terrenos que não deixam de merecer atenção no tocante à planos de recuperação, uma vez que estão amplamente distribuídos em permeio às áreas de potencial mais elevado.

Por fim resta mencionar que as classes de potencial “Baixo” e “Muito Baixo” são as menos notáveis na área. Entretanto, pode-se constatar que estão diretamente associadas aos terraços tecnogênicos e, portanto, atestam o papel que estes desempenham na minimização dos processos, à medida que oferecem uma barreira aos fluxos do escoamento. Convém ressaltar, contudo que, embora tenham esta função tais terraços podem, em determinadas circunstâncias, estar contribuindo ao avanço erosivo, mediante o condicionamento das rotas de fluxo do escoamento, fato que é atestado pela observação em campo e que é corroborado pela análise do Mapa de Fluxo Acumulado, conforme referido anteriormente.

Para além dos aspectos descritivos que a interpretação deste documento cartográfico oferece, considera-se como resultado de grande importância o subsídio oferecido pelo mesmo aos planos de recuperação que possam ser aplicados à área da alta bacia do córrego Tucum. Cabe como ressalva, contudo, que em se tratando de um produto de modelagem, muitos ajustes podem ainda ser feitos visando a correção de eventuais distorções. Como qualquer aproximação da realidade, o documento apresentado deve ser interpretado sobretudo à luz da observação dos fenômenos em campo.

Como exemplo de limitação do modelo, podem ser apontados os setores do mapa síntese que representam os fundos de vale. À exceção das porções de alto e médio curso dos córregos

nos quais há voçorocas (onde os vales apresentam fundo chato, característico de deposição por carga excessiva de material), têm-se na área cursos d’água cujos leitos possuem perfil em “V”, evidenciando o entalhamento da rede de drenagem. Nesses vales não se identificam valores altos de potencial erosivo, embora se constatem condições de forte instabilidade dos terrenos, haja vista processos de solapamento marginal associadas ao aumento da vazão dos córregos em eventos de precipitação.

Há que se considerar, ainda no que concerne à condição referida, o papel exercido pela rede de microdrenagem, a qual confere forte potencial de avanço erosivo aos pontos exutórios. Esses locais se caracterizam por conter feições que evidenciam a forte energia proveniente das vazões de escoamento do meio urbano. A concentração desses fluxos canalizados provoca efeitos erosivos de grande monta, conforme será detalhado mais adiante.

No processo de modelagem, em que se atribuíram pesos às variáveis físicas envolvidas na dinâmica erosiva, conferiu-se efeito atenuante à vegetação mais adensada (remanescente florestal de mata nativa). Dado que a maior concentração dessas matas está confinada às baixas vertentes que bordejam os canais fluviais, estas porções da área apresentarão potencial erosivo reduzido. Tal fato não se coaduna com a realidade que se atesta nas margens dos córregos, o que se constitui, em conjunto com a ausência de um índice de erosividade do fluxo hídrico, outro fator limitante do modelo.

Resta ainda mencionar que a dinâmica erosiva linear constitui um processo de grande complexidade, no qual há muitas variáveis envolvidas, seja como condicionantes ou atenuantes ao desencadeamento da erosão. No modelo adotado por este estudo foram elencadas algumas dessas variáveis, computadas segundo o nível de importância atribuído no processo de modelagem. Resultados com maior acurácia podem ser obtidos computando-se ainda outras variáveis, o que não se contemplou neste trabalho dadas as limitações de tempo e os estreitos objetivos definidos no projeto de pesquisa.

Visando oferecer aspectos complementares às correlações que tem parte neste estudo, o próximo tópico apresenta uma série de resultados obtidos por meio da observação e monitoramento dos processos, cujos dados, de caráter qualitativo vêm a oferecer suporte útil no contexto da contribuição metodológica objetivada por este estudo.

6.5 6bservações de campo

Não cabem no escopo da tese todas as observações efetuadas sobre a área de estudo ao longo do período de realização desta pesquisa. Serão apresentados, contudo, uma série de apontamentos considerados como mais significativos para as propostas deste trabalho.

Com o intuito de oferecer uma exposição objetiva, foram organizadas figuras contemplando um conjunto de fotografias tomadas em trabalhos de campo efetuados no período que compreende os anos de 2012 a 2015. Também foram utilizadas, à título de comparação temporal, fotografias de anos anteriores pertencentes ao acervo do autor. Buscou-se tratar dos aspectos processuais da dinâmica erosiva e dos fatores antrópicos e sociais atrelados aos fenômenos.

A seleção das fotografias priorizou (com exceção daquelas utilizadas para propósito de comparação), as observações mais recentes efetuadas na área. Isso se deve ao fato de que ao longo do período de realização da pesquisa houve quantidade apreciável de incidentes processuais, com formação de novas feições, colapsos em estruturas de microdrenagem e intervenções corretivas. Dado que muitas das feições geradas foram posteriormente obliteradas por obras, seria fastidioso, ou mesmo desnecessário, citar as ocorrências que se fazem, no momento de conclusão deste estudo, obsoletas.

Questão de vital importância às análises refere-se à intensidade e frequência das transformações na paisagem da área estudada. Muitas dessas mudanças são motivadas pelo constante esforço por parte da administração municipal em realizar medidas corretivas nos locais em que a dinâmica erosiva se faz intensa. Por outro lado, tais obras possuem o caráter de medida paliativa, pois caso fossem projetadas e implantadas levando-se em consideração as características físicas da área, sobretudo os aspectos geotécnicos, não haveria a redinamização dos processos.

Ao longo do período referido pode-se observar que parte considerável das feições erosivas ganham intensidade a partir de condicionantes tecnogênicos, tais como terraços e outras obras, os quais se constituem interferências visando justamente à contenção de tais processos. De igual modo constata-se dinamização erosiva associada à inadequação dos dispositivos de microdrenagem.

A Figura 45 apresenta, portanto, as fotografias enfocando aspectos relacionados aos fatos citados. Em seguida são redigidas as explanações concernentes à análise dos fenômenos observados em campo.

A1

B1

D1

F1

H1

C1

E1

G1

DATAS DAS FOTOGRAFIAS: A1, A2, A3 e B1 (Fevereiro de 2011); B2 (Dezembro de 2014); C1 (Abril de 2013); C2 e C3 (Novembro de 2014); D1 (Junho de 2010*); D2 (Dezembro de 2014); E1 (Novembro de 2014); E2 e E3 (Janeiro de 2011); F1 e F2 (Fevereiro de 2011); G1 (Outubro de 2011); G2 (Dezembro de 2014); G3 (Agosto de 2014); H1 e H2 (Julho de 2011). * Foto proveniente de pesquisa anterior do mesmo autor.

A2

B2

D2

F2

H2

C2

E2

G2

A3

C3

E3

G3

JUNHO 2010

DEZEMBRO 2014

Sentido do fluxo

Ø 0,80 m

Ø 0,60 m

As fotos A1, A2 e A3, conteoplao cenários representativos da dinâoica plúvioerosiva concernente ao contexto das feições erosivas da área. Eo A1 têo-se uoa queda d’água eo talude da voçoroca do córrego Tucunzinho. Esta feição erosiva caracteriza-se por apresentar grande profusão de foroas de retrabalhaoento associadas à erosão por quedas d’água, coo destaque para as alcovas de regressão foroadas no sopé do talude. Na foto A2 é dado enfoque à turbidez característica dos fluxos de escoaoento concentrado ocorrentes no interior dos canais incisos. A turbidez pode ser atribuída à carga de sedioentos eo suspensão e se constitui fator intensificador à erosão, via abrasividade.

A foto A3 contéo expressivo fluxo de escoaoento ocorrendo sobre a “face” do depósito tecnogênico. Eobora o setor urbanizado da área contenha dispositivos coletores do escoaoento superficial, constata-se incapacidade da rede de oicrodrenageo eo alguns pontos, tais cooo na porção de cabeceira ocupada pelo citado depósito. O fluxo observado é contribuinte ao auoento da carga de fundo da voçoroca oediante o arraste de oaterial inconsolidado, beo cooo de artefatos diversos que confereo aspecto repulsivo às várzeas do córrego (pneus, plásticos, sofás, carcaças de anioais, etc).

Nas fotos B1 e B2 é possível constatar o controle exercido pelos terraços sobre os fluxos do escoaoento. A foto B1, tooada sob evento de forte precipitação, evidencia uoa rota de fluxo foroada no eobaciaoento anterior de extenso terraço eo vertente do córrego Tucunzinho. Após as precipitações, há a foroação de bacias de decantação eo porções de eobaciaoento dos terraços, a exeoplo do que pode ser observado na foto B2. Têo-se cooo hipótese que a posterior infiltração/percolação das águas assio estagnadas vêo a ser contribuinte aos fluxos de escoaoento subsuperficial, fato que pode estar associado à presença de dutos e franjas de capilaridade contidas no sopé do talude erosivo.

Conforoe já apontado anterioroente, a inadequação das estruturas de oicrodrenageo face às características físicas da área, beo cooo a ausência de uo planejaoento efetivo na concepção e oanutenção de tais estruturas vêo a ocasionar efeitos de grande oonta na dinaoização dos processos. Na foto C1 nota-se parte danificada da rede de galerias existente na vertente SW do córrego Tucunzinho. A ausência de oanutenção, associada à ocorrência de intensas chuvas no final do ano de 2014 veio a ocasionar, exataoente no local apontado, o colapso da rede, resultando no cenário apresentado nas fotos C2 e C3. Houve a foroação de expressiva ravina conectada à voçoroca principal e dano oaterial considerável pela perda das galerias pluviais.

O auoento da carga de oaterial transportado tanto pela progressão erosiva dos taludes, cooo pela ocorrência de fatos excepcionais, a exeoplo do caso oencionado, vêo a conferir

notável feição deposicional ao fundo da voçoroca do córrego Tucunzinho. Eobora haja o transporte desse oaterial via o fluxo do córrego, considera-se que a coopetência do oesoo não é suficiente para a carga advinda de oontante, o que resulta na sua deposição. As fotos D1 e D2 apresentao parte da voçoroca eo questão (oédio curso do córrego Tucunzinho) eo dois oooentos distintos, no ano de 2010 e 2014, respectivaoente. A cooparação entre as duas fotografias peroite identificar o auoento da referida carga de fundo.