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mas com experiência experiência.

mas com experiência.experiência.

Quando detemos o corpo, o falatório mental parece mais alto. Quando Quando detemos o corpo, o falatório mental parece mais alto. Quando detemos o falatório mental, que é uma constante agitação cognitiva, percebemos detemos o falatório mental, que é uma constante agitação cognitiva, percebemos um espaço livre que nos permite viver nossas vidas de uma maneira um espaço livre que nos permite viver nossas vidas de uma maneira radicalmente nova e satisfatória.

radicalmente nova e satisfatória.

Não podemos ser felizes sem espaço para o silêncio. Eu sei disso por Não podemos ser felizes sem espaço para o silêncio. Eu sei disso por observação direta e experiência própria, não preciso que a máquina de um observação direta e experiência própria, não preciso que a máquina de um neurocirurgião me diga. Quando vejo alguém caminhando, normalmente sou neurocirurgião me diga. Quando vejo alguém caminhando, normalmente sou capaz de dizer se essa pessoa é feliz ou não, se está em paz ou não, se está capaz de dizer se essa pessoa é feliz ou não, se está em paz ou não, se está amando ou não. Sem o silêncio, não vivemos o presente, e o presente é nossa amando ou não. Sem o silêncio, não vivemos o presente, e o presente é nossa melhor chance de encontrar a felicidade.

melhor chance de encontrar a felicidade.

Angulimala

Angulimala

Na época de Buda, havia um homem chamado Angulimala. Ele foi um notório Na época de Buda, havia um homem chamado Angulimala. Ele foi um notório assassino em série, sofreu muito e vivia tomado pelo ódio.

assassino em série, sofreu muito e vivia tomado pelo ódio.

Certo dia, chegou a uma cidade e todo mundo ficou em pânico. Quando isso Certo dia, chegou a uma cidade e todo mundo ficou em pânico. Quando isso aconteceu, Buda e sua comunidade estavam por perto, e Buda foi a essa cidade aconteceu, Buda e sua comunidade estavam por perto, e Buda foi a essa cidade fazer sua colheita matinal de víveres. Um dos moradores implorou: “Querido fazer sua colheita matinal de víveres. Um dos moradores implorou: “Querido professor, é muito perigoso caminhar nesta rua! Venha para dentro da nossa casa. professor, é muito perigoso caminhar nesta rua! Venha para dentro da nossa casa. Eu vou lhe oferecer algo para comer. Angulimala está por aqui.”

Eu vou lhe oferecer algo para comer. Angulimala está por aqui.”

E Buda respondeu: “Está tudo bem. A minha prática é caminhar pelas ruas, E Buda respondeu: “Está tudo bem. A minha prática é caminhar pelas ruas, visitando não apenas uma, mas várias casas. E não estou aqui apenas em busca visitando não apenas uma, mas várias casas. E não estou aqui apenas em busca de comida para hoje, mas também para entrar em contato com as pessoas, para de comida para hoje, mas também para entrar em contato com as pessoas, para dar a elas a oportunidade de praticar a caridade quando se sentirem comovidas e dar a elas a oportunidade de praticar a caridade quando se sentirem comovidas e para oferecer-lhes meus ensinamentos.” Portanto, Buda não cedeu aos pedidos para oferecer-lhes meus ensinamentos.” Portanto, Buda não cedeu aos pedidos nervosos do seu seguidor. Buda tinha paz suficiente, força espiritual e coragem nervosos do seu seguidor. Buda tinha paz suficiente, força espiritual e coragem para seguir em frente com sua prática. Além disso, antes de ser ordenado monge, para seguir em frente com sua prática. Além disso, antes de ser ordenado monge,

ele foi um ótimo praticante de artes marciais. ele foi um ótimo praticante de artes marciais.

Buda segurou sua tigela em paz, concentrado, e caminhou de maneira Buda segurou sua tigela em paz, concentrado, e caminhou de maneira consciente, desfrutando cada passo. Com sua ronda terminada, ele começou a consciente, desfrutando cada passo. Com sua ronda terminada, ele começou a caminhar no meio da floresta, e ouviu o som de alguém correndo atrás de si. Era caminhar no meio da floresta, e ouviu o som de alguém correndo atrás de si. Era Angulimala. Pela primeira vez, Angulimala via alguém desprovido de medo. Angulimala. Pela primeira vez, Angulimala via alguém desprovido de medo. Qualquer outra pessoa teria saído correndo o mais rápido possível, exceto os Qualquer outra pessoa teria saído correndo o mais rápido possível, exceto os pobres coitados que ficavam literalmente paralisados pelo medo.

pobres coitados que ficavam literalmente paralisados pelo medo.

No entanto, com Buda, a situação era muito diferente. Ele continuou andando, No entanto, com Buda, a situação era muito diferente. Ele continuou andando, imperturbável. Angulimala estava morto de raiva por encontrar alguém que não imperturbável. Angulimala estava morto de raiva por encontrar alguém que não o temia. Buda estava consciente, ele sabia qual era a situação. Mas suas o temia. Buda estava consciente, ele sabia qual era a situação. Mas suas pulsações eram estáveis, não havia adrenalina correndo por suas veias. Ele não pulsações eram estáveis, não havia adrenalina correndo por suas veias. Ele não estava decidindo se deveria lutar ou sair correndo. Manteve a compostura. Buda estava decidindo se deveria lutar ou sair correndo. Manteve a compostura. Buda tinha muita prática!

tinha muita prática!

Quando Angulimala chegou bem perto, disse: “Monge, monge! Pare.” Mas Quando Angulimala chegou bem perto, disse: “Monge, monge! Pare.” Mas Buda continuou caminhando calmo, sereno e nobre. Ele era a personificação da Buda continuou caminhando calmo, sereno e nobre. Ele era a personificação da paz, da falta de medo. Angulimala se postou ao lado de Buda e perguntou: paz, da falta de medo. Angulimala se postou ao lado de Buda e perguntou: “Monge, por que você não parou? Eu pedi que você parasse!”

“Monge, por que você não parou? Eu pedi que você parasse!”

Sem deixar de caminhar, Buda respondeu: “Angulimala, eu já parei há muito Sem deixar de caminhar, Buda respondeu: “Angulimala, eu já parei há muito tempo. Foi você quem não parou.”

tempo. Foi você quem não parou.” Angulimala ficou assustado. Angulimala ficou assustado.

“O que você está querendo dizer? Você continua andando, e diz que parou?” “O que você está querendo dizer? Você continua andando, e diz que parou?” Então Buda revelou a Angulimala o verdadeiro significado de parar. Ele disse: Então Buda revelou a Angulimala o verdadeiro significado de parar. Ele disse: “Angulimala, não é bom seguir em frente com o que você está fazendo. Você “Angulimala, não é bom seguir em frente com o que você está fazendo. Você sabe que está causando muito sofrimento para si mesmo e para várias outras sabe que está causando muito sofrimento para si mesmo e para várias outras pessoas. V

pessoas. Você precisa ocê precisa aprender a aprender a amar.”amar.”

“Amar? Você está falando sobre amor comigo? Os seres humanos são muito “Amar? Você está falando sobre amor comigo? Os seres humanos são muito cruéis. Eu odeio todos eles. E quero matá-los. O amor não existe.”

cruéis. Eu odeio todos eles. E quero matá-los. O amor não existe.”

E Buda disse, em tom gentil: “Angulimala, eu sei que você sofreu bastante, e E Buda disse, em tom gentil: “Angulimala, eu sei que você sofreu bastante, e sei que a sua raiva e o seu ódio são muito grandes. Porém, se olhar à sua volta, sei que a sua raiva e o seu ódio são muito grandes. Porém, se olhar à sua volta, você verá pessoas gentis e amorosas. Você já esteve com os monges e noviças da você verá pessoas gentis e amorosas. Você já esteve com os monges e noviças da minha comunidade? Já encontrou algum dos meus aprendizes? Eles são muito minha comunidade? Já encontrou algum dos meus aprendizes? Eles são muito compassivos, muito calmos. Isso ninguém pode negar. Você não deveria se compassivos, muito calmos. Isso ninguém pode negar. Você não deveria se fechar para a verdade de que o amor existe e de que as pessoas são capazes de fechar para a verdade de que o amor existe e de que as pessoas são capazes de amar. Angulimala, pare.”

amar. Angulimala, pare.”

Angulimala o respondeu: “É tarde demais. Já é tarde demais para que eu pare. Angulimala o respondeu: “É tarde demais. Já é tarde demais para que eu pare. Ainda que tentasse, as pessoas não permitiriam. Elas me matariam no mesmo Ainda que tentasse, as pessoas não permitiriam. Elas me matariam no mesmo instante. Se quero viver, não posso parar jamais.”

Ao que Buda disse: “Querido amigo, nunca é tarde demais. Pare agora. Eu Ao que Buda disse: “Querido amigo, nunca é tarde demais. Pare agora. Eu vou oferecer ajuda, vou ser um amigo para você. Nosso

vou oferecer ajuda, vou ser um amigo para você. Nosso sanghasangha o protegerá.” Ao o protegerá.” Ao ouvir isso, Angulimala jogou sua espada no chão, ajoelhou-se e pediu para ser ouvir isso, Angulimala jogou sua espada no chão, ajoelhou-se e pediu para ser aceito na

aceito na sanghasangha, a comunidade de Buda. Angulimala tornou-se o profissional, a comunidade de Buda. Angulimala tornou-se o profissional mais diligente da comunidade. Ele se transformou totalmente e virou uma pessoa mais diligente da comunidade. Ele se transformou totalmente e virou uma pessoa altamente gentil, a personificação da não violência.

altamente gentil, a personificação da não violência.

Se Angulimala pôde parar, todos podemos. Ninguém está mais ocupado, mais Se Angulimala pôde parar, todos podemos. Ninguém está mais ocupado, mais ansioso, mais louco do que ele estava quando era um assassino. E não podemos ansioso, mais louco do que ele estava quando era um assassino. E não podemos encontrar a paz do silêncio sem antes pararmos. Correndo cada vez mais rápido, encontrar a paz do silêncio sem antes pararmos. Correndo cada vez mais rápido, exigindo cada vez mais de nós mesmos, nunca a conseguiremos alcançar. Não a exigindo cada vez mais de nós mesmos, nunca a conseguiremos alcançar. Não a encontraremos em lugar algum senão

encontraremos em lugar algum senão aquiaqui. Quando realmente paramos o. Quando realmente paramos o movimento e o ruído interno, encontramos um silêncio curativo. O silêncio não é movimento e o ruído interno, encontramos um silêncio curativo. O silêncio não é privação, não é um vazio. Quanto mais espaço abrirmos para a tranquilidade e o privação, não é um vazio. Quanto mais espaço abrirmos para a tranquilidade e o silêncio, mais teremos a oferecer a nós mesmos e aos demais.

Prática:

Prática: