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Masturbar-se a dois não é apenas mais um ensaio na busca do prazer, mas também a possibilidade de conhecer os gostos sexuais do amante e satisfazê-los durante os jogos eróticos.

A mulher reconhece melhor a manipulação do pênis, como pegá-lo e quais são as técnicas mais apropriadas para proporcionar prazer a seu companheiro. A clássica masturbação manual é diferente quando feita por outra pessoa. A libido dispara e o homem se deixa levar carregado pela sensualidade produzida pela sensação do pênis envolto por uma mão alheia. E a excitação cresce diante da incerteza do que vai acontecer; como essa mão vai se movimentar.

A mulher controla a situação acelerando ou diminuindo o ritmo. Desliza suavemente a pele do pênis para cima e para baixo, enquanto com a outra mão acaricia a glande, cuja excitação cresce. A masturbação é acompanhada de palavras obscenas, de desejo contido, que disparam a paixão do momento. Sem frear a cadência, a mão livre acaricia o abdômen e os mamilos de seu companheiro para deslizar até o escroto. Uma massagem leve e repetida em sentido ascendente faz o membro vibrar. Os dedos escorregam até o períneo para pressioná-lo e depois dirigir-se ao ânus, onde uma falange o penetra ao mesmo tempo em que a mão sobre o pênis acelera seu ritmo. Essa combinação transporta ao êxtase, que se derrama pela própria mão, sobre o rosto ou os seios da mulher.

Entretanto, existem outras variantes para masturbar um homem sem usar diretamente as mãos. O pênis excitado é aprisionado por ambas as coxas simulando uma falsa cavidade na qual se produz um delicioso coito. O membro, previamente coberto de saliva pela língua da mulher, desliza entre os músculos das coxas, que ela contrai e relaxa para aumentar a sensação de prazer das investidas espontâneas e naturais de seu amante.

Uma terceira opção é a masturbação popularmente chamada de cubana. O homem, excitado durante os jogos preliminares, senta-se de cócoras sobre o abdômen de sua amante e coloca o pênis entre os seios . Ela toma ambos os seios com as mãos e os acaricia sobre o pênis para cima e para baixo; enquanto isso, ele responde com o movimento da pélvis para frente e para trás, complementando o ritmo dos seios. A mulher, em plena masturbação, tenta alcançar a glande com a ponta da língua para tocála cada vez que esta se projeta na direção de seu queixo. Quando os músculos de seu amante se contraem e se nota a iminência da convulsão final, a

mulher acelera a masturbação manualmente, até que a explosão gutural que acompanha o orgasmo se confirme, quando o sêmen molha o rosto e os seios dela.

Se é o homem quem oferece prazer à sua amante, a masturbação também revela os pontos cruciais que devem ser tocados para fazer a libido brotar durante os jogos preliminares.

Todas as carícias que provocam a excitação da mulher atingem seu ponto culminante quando ele desliza uma de suas mãos pelo ventre, enrosca seus dedos nos pelos pubianos e, diante da inquietação de sua amante, toma contato com o clitóris. Começa então a dança com o dedo, primeiro em movimentos circulares, depois de um lado para outro, variando a estimulação para aumentar o prazer. Ao mesmo tempo em que os seios são lambidos com suavidade e apertados com os

lábios para fazê-los crescer e multiplicar as sensações, o dedo médio é absorvido pela boca da parceira, que o chupa avidamente.

Sem deixar de acariciar e beijar os seios e o abdômen, a língua é introduzida no umbigo; os dedos que acariciavam o clitóris abandonam temporariamente sua estimulação e deslizam para

baixo, apalpando os lábios vaginais e se encharcando com fluidos abundantes. O polegar é introduzido na vagina, enquanto o dedo médio, depois de apertar o períneo, se estica para alcançar a entrada do ânus e pressionar no mesmo ritmo que o polegar gira nas portas da vulva. Mudando a posição é possível utilizar ambas as mãos no movimento. O que antes era apenas uma insinuação torna-se realidade: dois dedos de uma mão são introduzidos na vagina enquanto um dedo da outra mão explora o ânus, em uma dupla penetração que aumenta o ardor da masturbação. Quando o êxtase está no limite, um dedo se dedica novamente a estimular, mais rapidamente e de forma contínua, o clitóris até que a excitação se torne insustentável; o corpo da mulher vibra e as ondas do orgasmo se transformam na onda expansiva de uma explosão sexual.

Esse final prazeroso também pode ser alcançado com outras técnicas manuais: apoiando a palma das mãos sobre a vulva, o polegar aponta para o clitóris, se apoia sobre ele e o estimula com um movimento rotatório; enquanto os outros dedos (médio e anular) se introduzem na vagina lubrificada e sincronizam seu movimento em uníssono com o polegar, sem pausa e sem variar a intensidade.

Quando a mulher toma também a iniciativa em sua autoestimulação, prende entre suas pernas uma coxa ou um braço de seu amante até que a pele tome contato com a sua umidade íntima e comece a roçar suavemente, com movimentos de quadril, até a espontaneidade dos jogos eróticos encontrar outra zona erógena para continuar aumentando a excitação.

A masturbação frequente traz algum prejuízo à saúde ou à vida sexual?

Absolutamente. Não existe nenhuma comprovação científica que relacione alguma disfunção sexual ou algum problema físico com a masturbação. Pelo contrário, a liberação da tensão sexual ajuda para a harmonização corpo-mente. Além do mais, a masturbação permite um melhor conhecimento do próprio corpo e a utilização de um repertório de fantasias que contribuirá favoravelmente nas futuras relações com outras pessoas.

A sexualidade de lésbicas e homossexuais masculinos é diferente do comportamento dos heterossexuais?

As relações entre lésbicas se desenvolvem geralmente com menos pressa e mais calma que as heterossexuais e são mais ricas em variedades de jogos. A estimulação manual ou oral é completa; o corpo todo se transforma em zona erógena, antes de passar à excitação bucogenital direta, à masturbação ou à estimulação das vulvas.

Os homossexuais masculinos se identificam com esse mesmo princípio. Quando os casais são estáveis, a atividade sexual é mais ponderada e calma no começo e durante a fase de excitação seguinte, antes do orgasmo. Contudo, essas considerações estatísticas perdem eficácia diante da variedade de relações possíveis e das características particulares apresentadas por cada indivíduo.

Em que consiste o chamado coito interrompido?

Era um método empregado antigamente como contraceptivo, apesar de atualmente ser usado para prolongar a ereção. Consiste em apertar com dois ou três dedos a base do tronco do pênis para retardar ou evitar a ejaculação. É preciso ter destreza na hora de pressionar o local indicado com a firmeza necessária para alcançar o objetivo sem provocar dor. Essa versão do coito interrompido é considerada bem executada quando detém a ejaculação por alguns minutos, dando tempo de a mulher chegar às portas do orgasmo.

Um pênis grande implica necessariamente um coito doloroso?

Os músculos da vagina têm grande elasticidade. É bom recordar que, em princípio, esse órgão deve responder à passagem da cabeça de um bebê, de modo que por maior que seja um pênis, a vagina poderá acolhê-lo. Contudo, é preciso que a vulva esteja muito bem lubrificada e que a penetração seja feita de forma vagarosa para dar tempo à adaptação dos músculos. Nessas condições, o coito não costuma ser doloroso mesmo que seja forçado. Ainda assim, é preciso lembrar que existem “tamanhos” de genitais que, quando coincidem, tornam a penetração mais prazerosa.

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