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4.1 Memorial descritivo

4.1.2 Materiais Inertes

Para a boa execução, durabilidade e desempenho é necessário que os materiais estejam de acordo com os especificados em projeto. Nesta seção, se estabelecem quais os materiais usados e as propriedades necessárias para que sejam considerados apropriados.

Os materiais inertes a serem usados para esta obra estão representadas na Tabela 24:

Os materiais metálicos, biomantas, biorretentores, geotêxtis e madeiras devem ser mantidos abrigados da chuva e sem contato com o solo enquanto não utilizados.

Os materiais granulares devem ser mantidos em pilhas com as bordas protegidas.

TABELA 24 - MATEIRIAS INERTES E SUAS CARECTERISTICAS RELEVANTES.

Material Características relevantes

Vergalhão aço CA-50, 10 mm Barra lisa, 10 mm de espessura e de características mecânicas equivalente a CA-50 Pedra de mão, 0.25 m de

diâmetro -

Pedra de mão, 0.40 m de

diâmetro -

Geotêxtil Não-tecido agulhado de filamento contínuos, com resistência a tração mínima de 10 KN/m Biomanta antierosão Fibras vegetais, preferencialmente de coco Madeira roliça não tratada,

com 30 cm de diâmetro, 6,5 metros de comprimento.

Eucalipto citriodora

Areia média Diâmetro de partícula entre 0,2 e 0,5 mm

Brita 1 Diâmetro de partícula entre 9,5 e 19 mm

Piloto madeira de 1 metro,

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TABELA 25 CONTINUAÇÂO - MATEIRIAS INERTES E SUAS CARECTERISTICAS RELEVANTES.

Material Características relevantes

Piloto de madeira de 0.5 metro, com diâmetro de 6 a

10cm.

-

Bioretentores Bermalonga ou equivalente, com 45 cm de

diâmetro.

Placa prego de 3.6x4.0cm -

4.1.3 Materiais vivos

Os materiais vivos englobam todas as plantas vivas a serem utilizadas enquanto os inertes englobam os demais.

As mudas devem ter raízes e partes áreas saudáveis seguindo o comprimento mínimo estipulado por este memorial. As estacas devem ter a parte inferior identificada com ponta e seguir as dimensões de comprimento e diâmetro estipuladas.

As mudas, placas e estacas devem ser armazenadas em local sombreado. As estacas devem ser colhidas em prazo máximo de 2 dias da implantação e ter extremidade inferior submersa durante o armazenamento. Caso haja possibilidade de formigas as mudas devem ser protegidas antes da implantação.

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TABELA 26 - ESPÉCIES A SEREM UTILIZADAS EM TODA A OBRA.

Nome científico Nome Popular Tipo de Reprodução Comprimento mínimo Sebastiania schottiana Sarandi- vermelho Estacas 0,6 m Abutilon megapotamicum Lanterninha chinesa Estacas 0,6 m

Fuchsia regia Brinco de

princesa Estacas 1,0 m

Mimosa

bimucronata Maricá Mudas 0,6 m

Tibouchina

granulosa Quaresmeira Estacas 0,6 m Calliandra brevipes Anjiquinho Estacas 0,6 m

Calliandra Tweediei Quebra-foice Estacas

Zantedeschia

aethiopica Copo-de-leite Mudas 0,5 m Petunia Integrifolia Petúnia

perene Mudas 0,5 m

Anthurium

andraenum Antúrios Estacas 0,5 m

Agapanthus

africanus Agapanto Mudas 0,5 m

Strelitzia reginae Estrelícia Mudas 0,5 m

Zoysia japonica Grama

Esmeralda Placa -

Nicotiana tabacum Tabaco Mudas 0,5 m

Typha

domingensis Pers. Taboa Mudas 1,00 m

Cada uma das espécies e apresentada em detalhes no anexo 7.4.

4.1.4 Serviços preliminares

Os serviços iniciais abordam as atividades de limpeza e preparação do terreno, canteiro de obra e atividades de apoio. Também são descritas as medidas e estruturas provisórias para controle de erosão e aporte de sedimentos no curso de água.

Durante a intervenção o local da obra deve ser demarcado e protegido do acesso de terceiros.

Devem ser construídos canteiro e estruturas de apoio às atividades previstas nesse memorial descritivo. Deve-se minimamente fornecer as seguintes estruturas e equipamentos:

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• O canteiro provisório de obras deve ser montado no parque, próximo ao local das atividades.

• Devido ao uso intenso por parte da executora, a estrada de acesso deve receber manutenção durante a execução da obra, e nas proximidades da obra, as erosões na borda da estrada devem ser tratadas, para permitir o trânsito de veículos e dos equipamentos. • Deverá ser delimitado um caminho de acesso da escavadeira até a

obra e outro para os pedestres para garantir a segurança dos trabalhadores e dos usuários do parque.

• O banheiro deverá ser instalado próximo ao local da obra e receber manutenção diária.

• O canteiro provisório de obras deverá ter mesas e cadeiras em número suficiente para todos, inclusive, lavatório para as mãos, água potável e coleta seletiva.

• A equipe deve ter no mínimo: Engenheiro e/ou técnico de edificações para conduzir as atividades, técnico de segurança e encarregado. • O transporte e movimentação de cargas será sempre mecânico. • A área e os acesos deverão ser recompostos e revegetados, bem como

as instalações de drenagem reconstruídas.

O projeto (memorial descritivo e plantas) deve estar disponível e acessível ao pessoal próprio e contratado. A planta do projeto executivo deve ser impressa em material resistente à água e ao sol e ser colocada em cavalete acessível, próximo e visível ao local da obra durante toda a execução com mostra o exemplo da Figura 44.

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Antes do início da execução das soluções, é necessária a retirada de todos os sacos (bags) de geotêxtil colocados nas margens de lago. Estes devem ser dispostos adequadamente em centros de reciclagem, se for possível, ou em aterro sanitário.

Além da disposição dos sacos, se faz necessária a dragagem do lago ao longo do canal de entrada e dos trechos adjacentes às margens a serem tratadas e a retirada de ilhotas que se formaram pela deposição de sedimentos e começam a ser perenizadas por vegetação. Estas podem ser vistas na Figura 45.

As estruturas de drenagem pluvial por condutos (manilhas) devem ser identificadas e protegidas com esteiras ou pranchas do trânsito de equipamentos para não serem danificadas.

As pilhas de solo de dragagem e/ou material de corte não devem ser armazenadas, ainda que provisoriamente, sobre a crista dos taludes das margens nos trechos a serem estabilizados de modo a não provocarem sobrecargas.

Todo material de escavação e corte utilizados na obra devem ser estocados tendo barreiras de sedimento em todo o seu entorno.

Espécies invasoras, já presentes nas margens a serem tratadas, como Hedychium coronarium devem ser descartadas imediatamente e não misturadas ao material de terraplanagem pois podem colocar em risco o sucesso da vegetação a ser implantada.

FIGURA 45 - VISTA, A PARTIR DA MARGEM DIREITA DO CANAL, DAS ILHOTAS DE SEDIMENTO EM FORMAÇÃO.

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4.1.5 Terraplanagem

A terraplanagem será necessária para conformação dos taludes de margens, suavizar quinas mais protuberantes. Será também necessário o corte do tardoz (encaixe das paredes krainer). As seções de terraplanagem estão nas pranchas 01 e 02 do anexo 0. Tabela 27 mostra o resumo dos volumes de corte e aterro:

TABELA 27 - VOLUMES DE CORTE E ATERRO.

RESUMO LOCAL CORTE (m³) CORTE CORRIGIDO (m³) ATERRO (m³) ATERRO CORRIGIDO (m³) SALDO (m³) CANAL 526.375 657.96875 174.5915 192.05065 465.9181 MARGEM ESQUERDA 368.011 460.013375 402.23061 442.453671 17.559704 RAMPA 0 0 10.54436 13.707668 -13.707668 Canaleta vegetada 52.9006 66.125795 39.517836 43.4696196 22.6561754 Paliçada viva 5.577 6.97125 0 0 6.97125 Plantio de Banquetas 96.7266 120.908275 96.72662 106.399282 14.508993 Dique 0 0 0.54 0.594 -0.594 TOTAL 1049.59 1311.987445 723.610926 798.6748906 513.31

Todo material retirado será utilizado para enchimento da parede krainer ou espalhado em espessura igual (sem alterar as declividades das encostas previstas neste projeto) sobre as margens tratadas. Deve também ser preparada a base da parede krainer conforme detalhado mais adiante neste documento.

Várias soluções elencadas implicam em movimentação de terra. Uma vez que o solo escavado é silte areno argiloso, pode-se assumir um valor de 1,25 de coeficiente de empolamento (MATTOS, 2006). O coeficiente de compactação para a rampa foi de 1,3 e 1,1 para as demais obras que envolvem aterro.

Pode-se observar que houve considerável sobra de solo ao fim de toda a obra, 513,31 m³. Esse material excedente deve ter destinação adequada, sem prejudicar a obra executada.

Uma vez que as análises de fertilidade feitas do solo superficial, na seção 3.1.3, indica bom teor de fertilidade, sugere-se que ao fim da obra sejam feitos novos ensaios com toda a massa de solo cortado. Haja visto que este é um solo, em boa parte, de deposição e às margens de um lago com alto teor de matéria orgânica em suas águas, há indícios de que pode se tratar de solo fértil como um todo. Se

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confirmada essa possibilidade, o excesso de solo pode ser destinado como solo fértil para ser vendido ou enviado a composteiras.

Se não forem confirmadas as suspeitas de fertilidade do solo ou se não houver demanda para solos férteis, então deve-se dispor este excedente em bota-fora apropriado.

4.1.6 Parede Krainer

As intervenções contêm quatro configurações (características geométricas diversas) de Parede Krainer:

• Parede Krainer da margem esquerda do canal (Figura 46): aplicadas em todas as seções transversais do canal de entrada conforme Prancha 02 do anexo 7.5.

• Parede Krainer da margem direita do canal (Figura 46): aplicadas em todas as seções transversais do canal de entrada conforme Prancha 02 do anexo 7.5.

• Margem esquerda do canal, configuração "baixa" (Figura 47): aplicadas nos trechos das seções transversais S2 a S6 da Prancha 02 do anexo 7.5.

• Margem esquerda do canal, configuração "alta" (Figura 47): aplicadas nos trechos das seções transversais S7 a S13 da Prancha 02 do anexo 7.5.

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FIGURA 46 - DETALHAMENTO DOS MODELOS DE PAREDE KRAINER PARA AS DUAS MARGENS DO CANAL DE ENTRADA DO LAGO.

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FIGURA 48 - MARGEM ESQUERDA DO CANAL, CONFIGURAÇÃO "ALTA".

Para a construção da parede devem ser realizadas as seguintes atividades: A. Locação das seções transversais conforme Prancha 02 do anexo 7.5 com

instalação dos pilotos de demarcação no leito do canal de entrada (ou no lago) bem como na crista dos taludes;

B. Modelagem do talude retirando-se o excesso de solo nele contido em relação ao espaço a ser ocupado pela parede e o seu retaludamento, conforme é descrito no item de terraplanagem;

C. A base do talude deve ser escavada atentando-se para manter inclinação de 10º da base para frente do talude;

D. O tardoz e a base do talude devem ser forrados com geotêxtil, segundo o apresentado na Tabela 24, as extremidades do geotêxtil devem ser fixadas de modo a evitar sua movimentação durante a execução da parede;

E. Na base da parede krainer devem ser acomodadas e compactadas rochas (rachão) de dimensões superiores àquelas que a velocidade limite de transporte é capaz de mobilizar (0,25 m), procurando-se ainda, manter inclinação deste aterro rochoso em 10º;

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F. Após a modelagem do talude e de sua base deve-se iniciar a construção da parede krainer. A parede deverá ser construída em módulos individuais de modo que cada uma se comporte de maneira individual a resistência a esforços provenientes de recalques diferenciais do terreno;

G. Na base do talude já remodelado, devem ser inseridas duas longarinas de 30 cm de diâmetro, segundo o item “Madeira roliça não tratada, com 30 cm de diâmetro, 6,5 metros de comprimento” da Tabela 24, uma escorada a 0,50 m do tardoz do talude e outra na face distanciadas a 2,0 m entre eixos. H. Logo acima, devem ser alocadas as primeiras transversinas, segundo a Tabela 24, partindo inicialmente de uma das extremidades da longarina abaixo, e sucessivamente distanciadas a cada 1,00 m, assim perfazendo duas longarinas e duas transversinas por camada ou patamar. As longarinas e transversinas devem ser seguramente presas umas às outras por grampos de aço na altura onde ocorre o cruzamento entre as mesmas conforme detalhe da Prancha 02 do anexo 7.5.

I. Os grampos devem ser produzidos com barras de aço de 10 mm dobrados em forma de “u” com base mais larga que as laterais. A base deve ter 40 cm e cada lateral 10 cm. As extremidades devem ser afiadas para que possam penetrar a madeira sem causar excessivo dano a sua estrutura.

J. Nos berços formados por esses cruzamentos deve ser inserido solo local com consistência argilo-arenosa, livre de rochas. Acima do solo, as mudas devem ser acomodadas e a face das gavetas (espaço entre longarinas) deve ser preenchida por biorrentores de sedimentos, amarrados por fios metálicos nas longarinas e transversinas. Serão inseridas mudas de maior e de menor porte em cada gaveta da parede, tendo uma densidade de 15 mudas (e/ou estacas) por gaveta, dando-se preferência para as espécies Sebastiania schottiana, Abutilon megapotamicum, Calliandra brevipes e Mimosa bimucronata, Tibouchina granulosa, todas devem ter tamanho entre 0,60 m e 2,0 m de comprimento;

K. Para garantir a pega das mudas deve ser inserido conjuntamente o polímero hidroretentor ou hidrogel em uma dose de 300 ml de solução preparada por muda. A aplicação destes insumos deve ser realizada nas proximidades das raízes das plantas, atentando para que o hidrogel esteja em contato direto com as mesmas.

L. O berço deve ser completamente aterrado com solo sobre as mudas, com uma leve compactação (pode-se usar o pé do operário para essa operação); M. O espaço de 50 cm entre a parede e krainer e o tardoz do talude escavado

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N. O procedimento deve ser repetido até altura de projeto da parede ser atingida; O. Em cima da última camada da parede devem ser plantadas mudas (3 de cada espécie por metro) das espécies Sebastiania schottiana, Abutilon megapotamicum, Calliandra brevipes e Fuchsia regia, Calliandra Tweediei, porém de menor tamanho, procurando alocá-las em banquetas escavadas no solo com inclinação de base mínima de 10º conforme detalhe da prancha 02 do anexo 0. O solo da última camada deve ser envelopado com geotêxtil e coberto por biomanta antirerosiva;

P. Proceder a rega das mudas e estacas imediatamente após sua implantação; Q. Os 30 cm superficiais do dreno de areia devem ser substituídos por rachão com

0,25 m de diâmetro;

R. A base da parede krainer deve ser protegida por rochas e matacões maiores já presentes no rio, que devem ser alocados e acomodados na sua base;

S. As regiões de extremidade, concordância com entradas de tubulação de drenagem, rampa de acesso de equipamento de dragagem e outras interrupções e interfaces, deve ser executada conforme detalhamento da prancha 02 e 03 do anexo 7.5 que se constituem em enrocamento vegetado ou não em geral em forma de leque.

4.1.7 Paliçada Viva

A paliçada viva, Figura 49, será implantada na margem direita entre as seções C1 e C8 da prancha 01 do anexo 0, sua construção deve seguir as atividades a seguir:

.

FIGURA 49 - DETALHAMENTO DA PALIÇADA VIVA. PODE-SE OBSERVAR: 1. PALIÇADA VIVA, 2. BANQUETA.

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A) Locação das seções transversais conforme prancha 01, do anexo 7.5, com instalação dos pilotos de demarcação no leito no lago bem como na crista dos taludes;

B) Modelagem do talude e o seu retaludamento, bem como da sua base, conforme é descrito no item de terraplanagem;

C) Estender nas faces do talude uma camada geotêxtil, segundo Tabela 24, fixar as extremidades do geotêxtil com grampos ou estacas de madeira para que não se movimente durante execução da paliçada; Não deve ser deixado espaço entre o geotêxtil e o tardoz do talude;

D) Cravar estacas verticais, segundo o item “Madeira roliça não tratada, com 0,30 m de diâmetro, 6,5 metros de comprimento” da Tabela 24, de sustentação da paliçada, compostas por peças de 0,30 m de diâmetros , comprimento de 1 m e espaçadas a cada 1,00 m. Podem ser usadas chapas de aço fixadas nas pontas das estacas para facilitar a cravação das mesmas no caso de rochas no leito do lago;

E) Na base do talude devem ser acomodadas e compactadas rochas (rachão) de dimensões superiores àquelas que a velocidade limite de transporte é capaz de mobilizar (0,25 m);

F) Posicionar as longarinas e fixá-las nas peças verticais por meio de grampos metálicos idênticos aos utilizados nas paredes krainer;

G) Os grampos devem ser produzidos com barras de aço de 0,01 m dobrados em forma de “u” com base mais larga que as laterais. A base deve ter 0,40 m e cada lateral 0,10 m. As extremidades devem ser afiadas para que possam penetrar a madeira sem causar excessivo dano a sua estrutura.

H) Atrás das longarinas devem ser colocadas mudas mudas, inclinadas de 10 graus a favor do fluxo da água, de maior e de menor porte uma densidade de 30 mudas (e/ou estacas) por metro, dando-se preferência para as espécies de Sebastiania schottiana, Abutilon megapotamicum, Calliandra brevipes e Mimosa bimucronata, Tibouchina granulosa, todas devem ter tamanho entre 0,8 m e 1,0 m de comprimento;

I) Para garantir a pega das mudas deve ser inserido conjuntamente o polímero hidroretentor ou hidrogel em uma dose de 300 ml de solução preparada por muda. A aplicação destes insumos deve ser realizada

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nas proximidades das raízes das plantas, atentando para que o hidrogel esteja em contato direto com as mesmas.

J) O berço deve ser completamente aterrado com solo sobre as mudas, com uma leve compactação (pode-se usar o pé do operário para essa operação);

K) As regiões de extremidade, concordância com entradas de tubulação de drenagem e outras interrupções e interfaces, deve ser executada conforme detalhamento da prancha 01 do anexo 0 que se constitui em enrocamento vegetado ou não em geral em forma de leque.

L) Proceder a rega das mudas e estacas imediatamente após sua implantação;

4.1.8 Canaleta Vegetada

Na elaboração do projeto de drenagem buscou-se aumentar a superfície de contato das canaletas com o substrato, de forma a favorecer a infiltração de água no solo. Também foi de interesse da SMMA que o volume de drenagem fosse maior do que o necessário por cálculo, para promover algum, ainda que reduzido, amortecimento de cheias.

Dessa forma foram idealizados dois modelos de Canaleta vegetada, um com 40 cm de base maior e outro com 50 cm de base maior. O mais largo é a referência para a execução das canaletas principais, enquanto o mais estreito será para as canaletas secundárias. Calcula-se que, dessa forma, se obtém 21,00 m³ de reserva dentro das canaletas para amortecimento de cheias.

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FIGURA 50 - DETALHAMENTO DO MODELOS DE CANALETA VEGETADA(CM) COM 40CM DE LARGURA.

FIGURA 51 - DETALHAMENTO DO MODELOS DE CANALETA VEGETADA(CM) COM 50CM DE LARGURA.

Optou-se também por duas configurações de mix de vegetação para aplicação na canaleta vegetada. Um dos mix foi escolhido para a drenagem que margeia a pista de cooper, compreendendo as espécies Agapanthus africanus e

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Strelitzia reginae. O restante das canaletas usará as espécies Zantedeschia aethiopica (L.) Spreng., Petunia Integrifolia, Anthurium andraenum, Agapanthus africanus e Nicotiana tabacum. A petúnia elencada aqui, não é perene, porém atende aos interesses de fitoremediação e paisagísticos. Sendo assim, se faz necessária a manutenção constante.

A execução das canaletas deve atentar para as seguintes atividades:

A) Demarcar in loco com ajuda de pequenas estacas de madeira as diretrizes das canaletas secundárias e principais conforme prancha 01 do anexo 7.5. Atentar para a inclinação máxima de 2% das canaletas secundárias;

B) Utilizar níveis de mangueira com água para garantia da inclinação máxima das canaletas secundárias;

C) Realizar a escavação da parte superior para inferior das canaletas conforme projeto;

D) Cobrir as paredes e fundo da vala com geotêxtil, segundo o apresentado na Tabela 24, cuidando para fixá-lo bem à parede não deixando espaço entre os dois;

E) Reaterrar a metade da vala (deixando o fundo com uma altura de 10 cm) com rachão (25 cm de diâmetro), deixando a pilha com inclinação do ângulo de atrito interno da pedra, preencher o restante com o solo escavado, deixando espaço para as mudas de vegetação;

F) Nas covas devem ser colocadas mudas, inclinadas de 10 graus a favor da inclinação do talude, de maior e de menor porte uma densidade de 10 mudas (e/ou estacas) por metro, dando-se preferência para as espécies descritas anteriormente, segundo a posição da canaleta. Todas devem ter tamanho entre 0,5 m e 1,00 m de comprimento;

G) Atentar para os mixes apropriados para cada local conforme prancha 01 no anexo 7.5;

H) Para garantir a pega das mudas deve ser inserido conjuntamente o polímero hidroretentor ou hidrogel em uma dose de 300 ml de solução preparada por muda. A aplicação destes insumos deve ser realizada nas proximidades das raízes das plantas, atentando para que o hidrogel esteja em contato direto com as mesmas.

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I) O berço deve ser completamente aterrado com solo sobre as mudas, com uma leve compactação (pode-se usar o pé do operário para essa operação);

J) Construir com o restante do solo escavado uma leira com no máximo 10 cm de altura e 40 cm de base;

K) Revestir a leira com biomanta antierosiva, segundo a Tabela 24;

L) Proceder a rega das mudas e estacas imediatamente após sua implantação;

M) Não deixar a vala aberta em um dia para a execução do reaterro em dia posterior, para evitar erosões excessivas no caso de chuvas intensas durante a obra;

4.1.9 Plantio em banquetas

As banquetas aplicadas neste projeto seguirão o disposto na Figura 52.

FIGURA 52 - DETALHAMENTO DO PLANTIO DE BANQUETAS

Ressalta-se que dada a inclinação do talude, haverá variação na altura da banqueta. Cada configuração pode ser vista na prancha 01, no anexo 7.5.

As atividades para execução das banquetas são:

A) Demarcar in loco com ajuda de pequenas estacas de madeira as diretrizes das banquetas;

B) Escavar as linhas de banquetas com seção triangular conforme prancha 01 do anexo 7.5, deixando o fundo com inclinação de 10º a favor da inclinação do talude;

C) Posicionar as mudas de 1,00 a 2,00 m no fundo da vala deixando a parte

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