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Sujeitos

Participaram do estudo seis atletas de elite da canoagem slalom, especialistas em provas da classe K1, todos do gênero masculino e pertencentes a Seleção Brasileira de Canoagem Slalom (idade 19,8 ± 1,6 anos, massa corporal 67,3 ± 0,5 kg, estatura 174,3 ± 0,6 cm e 10,1 ± 0,1% de gordura corporal). Todos os atletas possuíam experiência em competições internacionais como Copa do Mundo e Campeonatos Mundiais da modalidade e encontravam-se entre os 100 primeiros colocados no ranking mundial da modalidade no ano de 2013, quando o estudo foi desenvolvido. Todos os experimentos foram conduzidos atendendo as recomendações éticas da Declaração de Helsinki e foi aprovado pelo Comitê de Ética Local. Em adição todos os participantes assinaram termo de consentimento antes da participação.

Procedimentos

Os participantes foram submetidos a seis dias consecutivos de avalições, alocados da seguinte maneira:

1º dia – avaliação antropométrica e primeira carga preditiva para determinação da VC; 2º dia – segunda e terceira cargas preditivas para determinação de VC, com intervalo mínimo de duas horas entre elas;

3º dia – prova simulada de canoagem slalom;

4º ao 6º dia - testes específicos em intensidade constante de 30 minutos para identificação da MFEL. Cada participante realizou três testes, com intervalo de 20 a 24 horas.

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Os testes de VC e MFEL foram realizados em um lago artificial com dimensões aproximadas de 200 m de comprimento por 150 m de largura, enquanto a prova simulada para obtenção do desempenho foi efetuada em um rio artificial (Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil) com percurso típico de competição de slalom e utilizado pela Federação Internacional de Canoagem para sediar eventos internacionais, como campeonatos sul-americanos, pan-americanos e mundiais da modalidade. Em todos os testes cada participante utilizou seu próprio caiaque e remo, além de equipamentos de segurança obrigatórios.

Velocidade Crítica (VC)

Para a obtenção da VC os atletas foram submetidos a três desempenhos máximos nas distâncias de 300, 450 e 600 metros, conforme sugerido por Manchado-Gobatto et al. (2014) para canoagem slalom. As distâncias foram randomizadas em dois dias, com intervalo de duas a três horas entre elas, quando necessário. Os tempos foram registrados por meio de cronômetros manuais da marca Cassio®. Para a obtenção dos parâmetros aeróbio e anaeróbio do modelo de VC foi aplicado o ajuste matemático linear “distância vs. tempo” descrito pela equação y = a + b.x, onde a VC e CTA correspondem, respectivamente, aos coeficientes angular e linear do ajuste. O parâmetro anaeróbio não foi considerado no presente estudo. Em adição, os valores dos coeficientes de determinação (R2) foram utilizados para analisar a característica matemática dos ajustes, sendo considerados apenas os ajustes com valores superiores à 0.90.

Máxima fase estável de lactato (MFEL)

Para determinar a intensidade de MFEL (iMFEL) os atletas foram submetidos a três testes contínuos com duração de 30 min, separados por intervalo de 24 horas entre eles. Os testes foram realizados em lagoa e em sistema de vai e vem na distância de 50 metros, com velocidade controlada por sinal sonoro, conforme sugerido por nosso grupo (Manchado-Gobatto et al., 2014) para avaliação aeróbia em canoagem slalom. A primeira intensidade foi correspondente a uma velocidade aproximadamente 5% abaixo da VC e as intensidades subsequentes 0,5 Km/h acima ou abaixo, conforme a resposta

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lactacidêmica na primeira intensidade imposta. As concentrações de lactato foram determinadas a cada 10 minutos e a MFEL correspondeu à máxima intensidade de exercício em que a elevação de lactato sanguíneo foi igual ou inferior a 1mM do 10º ao 30º min. A concentração de lactato equivalente à MFEL correspondeu à média de estabilização do lactato sanguíneo desse período (BENEKE, 2003).

Simulação de prova

A simulação de prova foi realizada em rio artificial utilizado para competições nacionais e internacionais, além de ser utilizado para os treinamentos da Seleção Brasileira de Canoagem Slalom. O trajeto ou pista, montado para a simulação, seguiu padrões oficiais sugeridos pela Federação Internacional de Canoagem e contou com a disposição de 24 portas, sendo 18 situadas a favor da correnteza e 6 contra a correnteza. Como indicador de desempenho foi utilizado o tempo total de prova, sem descontos de penalidades. Os valores de tempo de prova foram registrados com a utilização de um cronômetro manual (Cássio, modelo HS-30W-N1V). Durante a prova também foram monitoradas a frequência cardíaca e a distância total da prova por meio de um monitor cardíaco com sistema global de posicionamento (GPS) acoplado (Polar®, RS800, Finlândia), que foi fixado no tornozelo do canoísta. Após a prova (~1minuto) foram coletadas amostras de sangue para dosagem de lactato sanguíneo.

Obtenção de sangue e análise do lactato sanguíneo

Amostras de sangue (25 μl) foram extraídas do lóbulo da orelha com a utilização de capilares calibrados e heparinizados, sendo posteriormente depositadas em tubos Eppendorf (1,5 ml) contendo 50 μl de fluoreto de sódio – NaF (1%). As amostras foram congeladas à temperatura -20o e posteriormente, homogeneizadas e analisadas em Lactímetro (YSI 2300 STAT Plus™ Glucose & Lactate Analyzer – Yellow Springs).

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Análise estatística

Os resultados estão apresentados em média ± desvio padrão (DP) e para todas as análises, o nível de significância adotado foi P<0,05. Todos os dados inicialmente foram submetidos ao teste de Shapiro-Wilks e Levene, para verificar, respectivamente, a normalidade e homogeneidade. Posteriormente foi utilizado o utilizado o teste t-student pareado para comparação da MFEL com VC e a análise gráfica de Bland e Altman para analisar a concordância entre ambas as intensidades. O teste de correlação linear de Pearson foi adotado para correlacionar as velocidades de MFEL e VC com o desempenho em prova simulada. A amostra utilizada foi suficiente para obter um effect size de 1,41 e poder estatístico de 0.86 para valor alfa de 0.05. As análises estatísticas dos testes t-student e Pearson foram executadas com auxílio do pacote estatístico Statistica, versão 7.0 (Statistica, Tulsa, USA), o Bland e Altman com auxílio do software Matlab 5.3® (MathWorks, Massachusetts, USA) e sample size, effect size and power com G*Power Statistical Power Analyses (free software, Heinrich-Heine-Universität, Düsseldorf, Germany).

RESULTADOS

Os resultados indicaram a igualdade entre as intensidades de VC e MFEL (Tabela 1), sendo a concentração média de lactato sanguíneo na MFEL equivalente a 4,54 ± 1,29 mM.

Tabela 1. Comparação das intensidades entre velocidade crítica (VC) e máxima fase

estável de lactato (iMFEL) e coeficiente de determinação (R2) dos ajustes matemáticos da VC.

iMFEL (km/h-1) VC (km/h-1) R2 P valor

Média 7.50 7.77 0,99 0.147

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O Gráfico 1 mostra a representação gráfica do teste de MFEL de um participante, a partir de três intensidades diferentes, indicando a validade do protocolo proposto para a canoagem slalom.

Figura 1. Representação gráfica do teste de MFEL de um participante.

A análise gráfica de Bland e Altman indica uma boa concordância entre os dois métodos, sendo a média das diferenças observada em 0,25 km/h e todos os valores dentro dos limites de concordância (Figura 2).

0 1 2 3 4 5 6 7 8

10min 20min 30min

La c ta to s a nguí ne o (m M ) Tempo 7,0 km/h 7,5 km/h 8,0 km/h Dif. > 1,0 mM

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Figura 2. Análise de concordância gráfica de Bland e Altman entre velocidade crítica

(VC) e intensidade de máxima fase estável de lactato (iMFEL).

Em relação a prova simulada de canoagem slalom, a Tabela 2 apresenta os valores das variáveis cardiovasculares, metabólicas e de desempenho observadas.

Tabela 2. Variáveis de desempenho (tempo, distância e Vméd), cardiovasculares (FCméd, FCpico e %FCmáx) e metabólicas (LACpós) obtidas na prova simulada de canoagem slalom. Tempo (s) Distância (m) Vméd (Km/h) FCméd (bpm) FCpico (bpm) % FCmáx LACpós (mM) Média 101,2 260,2 9,2 180,0 185,0 90,0 6,5 DP 11,8 23,4 1,2 9,0 7,0 5,1 2,1

Vméd = velocidade média do percurso da prova; FCméd = frequência cardíaca média da prova; FCpico = maior frequência cardíaca obtida durante a prova; %FCmáx = intensidade relativa da prova em relação a frequência cardíaca máxima estimada pela equação 220-idade e LACpós = concentração de lactato sanguíneo obtido logo após a prova (~1minuto).

Foi observada correlação significante entre a VC e desempenho em prova simulada (Vméd). No entanto, o mesmo não foi verificado entre iMFEL e desempenho (Figura 3).

y = -34,487x + 369,12 r = - 0,81, p=0,04 0 40 80 120 160 7,4 7,6 7,8 8,0 8,2 8,4 D e s e m p e n h o ( s ) VC (km.h-1) y = -2x + 116,17 r = - 0,05, p= 0,91 0 40 80 120 160 6,8 7 7,2 7,4 7,6 7,8 8 8,2 D e s e m p e n h o ( s ) iMFEL (km.h-1) A B

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Figura 3. A) Correlação entre velocidade crítica (VC) e desempenho em prova

simulada. B) Correlação entre intensidade de máxima fase estável de lactato (iMFEL) e desempenho em prova simulada.

DISCUSSÃO

Os principais achados do presente estudo indicam a validade da VC em estimar a intensidade de MFEL em teste específico em remada livre em canoístas slalom de elite e também a significante correlação entre a intensidade de VC e desempenho em prova simulada, o que implica em importantes caminhos para a avaliação e prescrição do treinamento de canoístas slalom de elite.

O significado fisiológico do conceito de PC ou VC ainda não está bem estabelecido na literatura, mas ela parece delimitar os domínios de intensidade pesado e severo (JONES et al., 2010) assim como a MFEL (PRINGLE e JONES, 2002), no entanto, a sua validade em estimar a iMFEL ainda é controversa. Estudos realizados em cicloergômetro avaliando a PC e MFEL de maneira independente mostraram que a intensidade de PC superestima entre 9% e 14% a intensidade de MFEL (PRINGLE e JONES, 2002; DEKERLE et al., 2003). Por outro lado, existem evidências de que a intensidade de PC possa representar a maior estabilidade de parâmetros metabólicos como lactato sanguíneo.

Wakayoshi et al. (1993) avaliando oito nadadores universitários treinados, verificaram em teste de MFEL (4 x 400m, a 98%, 100% e 102% da VC) que a maior estabilidade de lactato sanguíneo ocorreu em intensidade de 100% da VC obtida pelo modelo distância-tempo nas distâncias de 200 e 400 metros. Mais recentemente, Takahashi et al. (2009) em estudo similar ao de Wakayoshi et al. (1993), também verificaram em nadadores treinados, que a maior estabilização de lactato sanguíneo em teste de MFEL (5 x 400m, a 98%, 100% e 102% da VC), também ocorreu em intensidade de 100% da VC. Em outro estudo, Smith e Jones (2001) avaliando indivíduos ativos na corrida, compararam de maneira independente a VC obtida em esteira com a intensidade de MFEL e não encontraram diferença significativa entre as intensidades de VC (14,4 ± 1,1 Km/h) e MFEL (13,8 ± 1,1 Km/h). Além disso, a PC também tem sido associada a maior estabilidade de outros parâmetros metabólicos como consumo de oxigênio e

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bicarbonato (POOLE et al. 1988; POOLE et al. 1990) e mais recentemente, também a parâmetros intramusculares de creatina fosfato (CrF), fosfato inorgânico (Pi) e pH. (JONES et al., 2008)

Resultados diferentes entre estudos que comparam a PC ou VC com a MFEL de maneira independente, sempre poderão ocorrer diante dos diversos fatores metodológicos que potencialmente poderiam influenciar as duas metodologias (HILL, 1993; BENEKE et al., 2003; BENEKE et al., 2003a). O fato é que muitas evidências indicam que a VC é considerada um bom índice de aptidão aeróbia (VAUTIER et al., 1995; WAKAYOSHI et al.,1992; WAKAYOSHI et al.,1993; VANHATALO et al., 2010; MANCHADO-GOBATTO et al., 2014) e sensível aos efeitos do treinamento (POOLE et al., 1990; JENKINS e QUIGLEY, 1992), o que a torna uma metodologia bastante interessante ao esporte.

Em adição, a análise gráfica de Bland e Altman, revela boa concordância entre as metodologias com média das diferenças de 0,25 Km/h, o que representa metade da velocidade utilizada como implemento de intensidade no teste de MFEL (0,5 Km/h), além disso, todos os valores se encontram dentro dos limites de concordância estabelecidos pelo teste. Também, vale destacar que a diferença das médias poderia ser ainda menor se adotado implemento de intensidade no teste de MFEL menores a 0,5 Km/h. No entanto, é necessário levar em consideração que quando há uma diferença, a VC parece ligeiramente superestimar a MFEL, assim como encontrado em outros estudos (SMITH e JONES, 2001; PRINGLE e JONES, 2002), o que não invalida a sua para a prescrição de treinamentos com características predominantemente aeróbias na canoagem slalom.

O valor de estabilização do lactato sanguíneo na MFEL foi de 4,54 ± 1,29 mM, um pouco abaixo do reportado recentemente por Li et al. (2014) em canoístas com valor de 5,4 ± 0,7 mM. Apesar de ambos os estudos terem avaliados canoístas, essa diferença pode ter ocorrido em função da maior variabilidade individual de nosso estudo e também do modo de avaliação da MFEL. Em nosso estudo a MFEL foi realizada em remada livre na água, enquanto Li et al. (2014) utilizaram um caiaque-ergômetro, que segundo Fleming et al. (2012) não reproduz de maneira idêntica o padrão motor da remada livre na água.

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Em relação a prova simulada, a distância percorrida e o tempo da prova estão de acordo com provas oficiais de canoagem slalom na atualidade (i.e. entre 90 e 120 segundos de duração e aproximadamente 300 metros de percurso) (MESSIAS et al., 2014). Os valores encontrados para FCméd (180 bpm), %FCmáx (90,0) e LACpós (6,5 mM), estão de acordo com os achados de Zamparo et al. (2006) em prova simulada de canoagem slalom em atletas de elite, que encontraram valores de FCméd de 177 bpm, %FCmáx de 92,0 e LACpós de 8,1 mM. No que tange ao menor valor de lactato sanguíneo encontrado no presente estudo frente ao de Zamparo et al. (2006), pode ser explicado pelo tempo de coleta de sangue após a prova entre os estudos, 1 minuto versus 5 minutos, respectivamente.

Outro interessante resultado do presente estudo foi a correlação significativa obtida entre VC e desempenho em prova simulada, sugerindo que a VC possa ser utilizada para predizer mudanças no desempenho em competições, ou seja, melhora ou piora, mas não o tempo de prova. Segundo Vanhatalo et al. (2011) a VC parece estar mais relacionada ao desempenho em atividades contínuas que durem entre 2 a 30 minutos, como mostra alguns estudos com natação (WAKAYOSHI et al., 1993; TAKAHASHI et al., 2009), corrida (KRANENBURG e SMITH, 1996) e remo (KENDALL et al., 2011). No entanto, Bosquet et al (2006) avaliando corredores altamente treinados, verificaram que a VC obtida em esteira foi altamente correlacionada com o desempenho na prova de 800 metros rasos, cujo tempo de duração fica abaixo de dois minutos. Dessa forma, assim como ocorreu no presente estudo e no Bosquet et al. (2006), a correlação entre VC e desempenho em eventos abaixo de dois minutos parece plausível, uma vez que para esforços máximos próximos a 100 segundos, a contribuição aeróbia para o fornecimento de energia é superior a 50% (GASTIN, 2001). Especificamente na canoagem slalom, Zamparo et al. (2006) mostraram que a contribuição energética do metabolismo aeróbio em prova simulada é de aproximadamente 50%, indicando a importante participação desse metabolismo para o desempenho. Dessa forma, podemos sugerir que o aprimoramento da aptidão aeróbia é um componente importante na preparação de canoístas slalom e deve fazer parte durante todo o processo de treinamento ao longo da temporada.

Em função da rotina de treinamentos e competições dos atletas participantes não foi possível realizarmos mais avaliações para testar a confiabilidade e reprodutibilidade

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dos testes aplicados, o que seria interessante em estudos futuros. Isso, no entanto, isso não impede que essas informações sejam utilizadas para aplicação prática da modalidade dede que de que se conheçam essas limitações. Outro fato relevante é que apesar na amostra ser aparentemente pequena, é importante considerar alguns aspectos importantes como a qualidade em termos de homogeneidade e nível de desempenho da amostra e da dificuldade em se recrutar atletas de elite para participar de estudos científicos. Mesmo assim, a amostra utilizada foi capaz de proporcionar uma robusta análise estatística com effect size da amostra de 1,41 e poder estatístico de 0.86, fato este que atesta a segurança dos dados obtidos.

Assim, concluímos que a VC pode ser utilizada como metodologia alternativa para estimar a iMFEL em canoístas slalom de elite e também predizer alterações de desempenho.

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