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Mato Grosso do Sul

No documento Ata... (páginas 47-54)

Relator: Euclides Maranho (Embrapa Agropecuária Oeste)

2.3.1 Evolução da cultura no Estado

TABELA 2.19. Evolução da área plantada, produção e produtividade da soja no Estado.

Safra Área (ha) Produção (t) Produtividade (kg/ha)

93/94 1.093.487 2.382.683 2.179 94/95 1.042.619 2.282.198 2.189 95/96 831.159 2.003.207 2.410 96/97 879.254 2.175.234 2.474 97/98 1.103.609 2.310.085 2.093 98/99 1.053.900 2.740.100 2.600 99/00 1.093.736 2.478.014 2.266 00/01 1.064.726 3.115.030 2.926 01/02 1.188.717 3.243.573 2.729 02/03 1.407.817 4.070.885 2.891 03/04 1.807.548 3.275.412 1.827 Fonte: IBGE

TABELA 2.20. Principais microrregiões do Estado e sua área plantada nas safras 2001 a 2004.

2001/02 2002/03 2003/04

Microrregião

Área (ha) % Área (ha) % Área (ha) % MRG 010 Dourados 657.910 55,34 814.010 62,08 997.600 55,42 MRG 003 A. Taquari 195.948 16,48 200.100 14,21 231.066 12,70 MRG 005 Cassilandia 147.500 12,40 155.000 11,00 178.900 9,89 MRG 011

Iguatemi (SI) (SI) 176.516 9,65

MRG 004

C. Grande 97.930 8,23 106.620 7,57 135.545 7,47 MRG 007

T. Lagoas *(SI) (SI) 33.320 1,84

MRG 009

Bodoquena (SI) (SI) 26.070 1,44

MRG 008

N. Andradina (SI) (SI) 24.709 1,38

Outras 3.822 0,21

Total 1.188.717 100 1.407.817 100 1.807.548 100 Fonte: IBGE; *Sem Informação

2.3.2 Processamento de soja no Estado

TABELA 2.21. Indústrias de esmagamento de soja existentes no Estado.

Indústria Capacidade derecebimento atual (t/dia)

Capacidade de esmagamento

atual (t/dia) Localidade

ADM 4.000 600 Campo Grande-MS

Bunge Alimentos S/A 1.081 800 Campo Grande-MS Cargill Agrícola 2.200 2.200 Três Lagoas-MS Bunge Alimentos S/A 2.000 1.600 Bataguassu-MS Bunge Alimentos S/A 2.000 1.600 Dourados-MS

Ovetril 150 150 Fátima do Sul-MS

Sperafico 150 150 Ponta Porã-MS

2.3.3 Produção de sementes

TABELA 2.22. Áreas aprovadas para a produção de sementes no Esta- do de Mato Grosso do Sul safra 03/04.

Cultivar plantadaÁrea (ha) Área aprovada (ha) Produção colhida (t) Produção aprovada (t) BRS 181 4.174 2.567 8.031,69 5.380,47 MG/BR 46 3.875 3.055 7.621,00 5.242,02 Embrapa 48 3.786 1.825 2.585,00 1.942,60 BRS 133 3.041 2.584 7.574,00 5.485,43 FT Jatobá 2.872 2.024 4.321,81 2.770,84 CD 202 2.573 1.773 3.769,12 2.848,95 BRS 182 1.953 780 1.890,63 1.185,15 M-SOY 8001 1.924 1.744 5.262,37 3.710,88 BRS/MT Pintado 1.896 1.629 4.753,42 3.023,94 M-SOY 8400 1.461 1.390 4.260,81 3.192,04 CD 205 1.439 1.219 3.177,34 2.247,77 ENGOPA 313 1.192 1.192 3.055,80 1.953,44 BR 16 1.130 410 409,41 305,10 BRS 206 1.001 745 1.281,73 493,10 BRSMT Uirapuru 954 954 2.592,73 1.797,60 M-SOY 6101 876 696 1.969,89 1.508,84 M-SOY 7204 820 620 1.907,46 778,36 M-SOY 5942 819 612 612,42 427,80 FMT Tucunare 805 805 1.050,25 758,68 M-SOY 8914 739 739 2.120,00 1.183,96 CD 201 731 346 797,21 602,61 Outras* 21.880 13.855 35.364,19 22.612,67 Total 58.512 41.564 104.408,28 69.452,15

2.3.4 Aspectos relevantes de interesse da pesquisa e da

assistência técnica:

s Aumento de Área: O programa Expansul que através do incentivo do Governo Estadual e o cenário favorável para a cultura, proporciona- ram aumento na área plantada de cerca de 28%, através da abertura de novas fronteiras de produção, principalmente em áreas de arenito no sul do Estado.

s Disponibilidade de tecnologias: As tecnologias disponibilizadas aos produtores rurais através das empresas de pesquisa, assistência téc- nica e extensão e fornecedores de máquinas e insumos, assim como a realização de eventos com o objetivo de transferir e difundir as tecnologias geradas, tem permitido que o produtor tenha conheci- mento das mesmas com qualidade e efetividade. Apesar disso não foram, em muitos casos, observados os critérios de capacidade de uso e de adequação tecnológica para a abertura de áreas de pasta- gens em solos leves e pobres em fertilidade, aumentando os riscos de problemas ambientais (erosão, contaminação de mananciais de água com resíduos de agrotóxicos, etc.).

s Preços e mercado da soja: Os contratos de vendas antecipadas fo- ram formalizados a preços baixos em relação aos preços médios pra- ticados na safra. Por outro lado, poucos produtores aproveitaram o pico de alta para comercializar a soja. Quanto à ampliação de merca- dos para a soja de MS, o problema está no acordo do regime especial para exportação, onde para cada ton. de soja exportada, a mesma quantidade deverá ser comercializada no mercado interno do País, ocorrendo neste caso uma concorrência muito forte com os demais estados da Federação produtores de soja, que ofertam ao mesmo tempo o produto às indústrias nacionais. Por uma questão de logística, a demanda do mercado interno é realizada nos Estados onde a soja apresenta maior competitividade, dificultando desta forma, o cumpri- mento do acordo de regime especial pelas empresas do Estado. s Custo dos insumos: Para a safra 2003/04, o custo dos insumos, que

tamento considerado satisfatório, não ocorrendo muita oscilação nem nos preços e nem na oferta.

s Ocorrência e controle de pragas: Tem se observado o aumento de danos por pragas anteriormente consideradas secundárias (Ex. Coró, lagarta falsa-medideira, etc), inclusive com excessivas aplicações de inseticidas e freqüente insucesso das mesmas

s Ferrugem da soja e outras doenças: Existe uma grande preocupação a respeito de enfermidades na cultura da soja. O ano transcorreu dentro da normalidade sendo registrados alguns focos da ferrugem asiática e as demais doenças de final de ciclo tendo sido aplicados fungicidas para o controle.

s Clima: O clima foi desfavorável em toda a região centro-sul do Esta- do, tendo ocorrido um longo período de estiagem nos meses de de- zembro a fevereiro, sendo o principal fator de redução da produtivi- dade. Já na região norte do Estado, o clima foi favorável à produção de soja.

s Industrialização: A insuficiente estrutura logística implantada no Es- tado, a atual política de receita e o baixo número de consumidores no Estado, são as principais causas do desinteresse pela industrializa- ção da soja. A capacidade de esmagamento instalada é insuficiente e realiza só parte do processo, ou seja, produz somente óleo bruto, sendo que o refino e a produção de subprodutos é feita em outros estados. Por conta disso, a maior parte da produção é exportada em grão, causando uma forte depressão na oferta de trabalho na entressafra, em todos os segmentos envolvidos na cadeia produtiva da soja, acarretando também uma perda de receita que a cultura poderia gerar para o Estado pela agregação de valor.

s Escoamento: O escoamento da produção nesta última safra apresen- tou alguns problemas, principalmente no corredor de Paranaguá, onde, para atender às normas de embarque criadas pelo governo do Paraná, ocorreu um grande congestionamento e atraso no retorno das carre- tas. As empresas do Estado tiveram dificuldades para organizar seus

lotes de exportação mais próximas ao porto, tendo que sair com destino final já definido, inclusive qual o navio seria utilizado para embarque.

s Preço do transporte: A grande demanda de transporte no pico da safra, em face da necessidade de escoamento rápido da produção resulta em aumento substancial no preço do frete, o que acaba influ- indo no custo final da soja e, como conseqüência, diminuindo a ren- tabilidade para o produtor.

s Produção e mercado de sementes: A produção se manteve estabili- zada e insuficiente, não atendendo à demanda existente. O Estado continua dependente de outras praças. Para a semeadura da safra 2003/04, foram produzidas e comercializadas em torno de 70 mil ton de sementes, o que equivale a aproximadamente 55% da ne- cessidade, havendo, portanto, a importação deste insumo de ou- tras regiões.

2.3.5 Sugestões:

s Liberação das pesquisas com soja transgênica.

s Avançar os trabalhos de pesquisa e transferência de tecnologias so- bre o sistema plantio direto e integração lavoura - pecuária.

s Estimular o aumento da capacidade de esmagamento e industrializa- ção da soja nas principais regiões de produção.

s Melhorias na logística, priorizando a viabilização do sistema intermodal de transportes.

s Estudos mais aprofundados sobre a ferrugem da soja e biologia dos insetos-pragas, buscando o manejo integrado das mesmas, com ên- fase em resistência varietal.

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