• Nenhum resultado encontrado

Campagnolo defende aprovação do Código Florestal ainda este ano

A mobilização pela aprovação do novo Código Florestal ainda este ano levou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Edson Campagnolo, a Brasília onde discutiu o assunto com o presidente da República em exercício, Michel Temer, com a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e com senadores Álvaro Dias (PSDB-PR), Sérgio Souza (PMDB-PR) e Henrique da Silveira (PMDB-SC), relator do projeto do Código Florestal no Senado.

“A luta da indústria é para que o código seja aprovado ainda este ano porque as empresas do setor de base florestal precisam planejar seus rumos e investimentos.”, afirmou Campagnolo, que viajou acompanhado pelos empresários Douglas Antonio Granemann de Souza e Gilson Berneck (Sindicato das Indústrias da Madeira do Paraná), Paulo Roberto Puppo (Sindicato da Indústria da Madeira de Imbituva) e Álvaro Scheffer (Sindicato da Indústria da Madeira de Ponta Grossa).

nº 42 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 28 de outubro de 2011 novembro e tem como principal prerrogativa atualizar a legislação que regula a atividade agrícola e a extração vegetal em todo território nacional. Criado em 1965, o Código Florestal atual é hoje um emaranhado de mais de 16 mil dispositivos que trazem insegurança jurídica ao agronegócio, e engessam sua atuação, uma vez que a legislação não acompanhou as inovações tecnológicas ocorridas nesta área.

Para que a modernização esperada seja operada na nova legislação florestal, Campagnolo observa que é preciso romper com a ideia de que a produção é inimiga do meio ambiente. “O setor industrial não é predador, tem a base industrial plantada.”, afirmou.

Da esquerda para a direita: Rodrigo Rocha Loures, assessor da vice-presidência; o empresário Álvaro Scheffer; o presidente da Fiep, Edson Campagnolo; o presidente da República em exercício, Michel Temer; e os empresários paranaenses Douglas Granemann de Souza, Gilson Berneck e Paulo Roberto Puppo

Também a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, acredita que o caminho para a nova legislação se construirá através do consenso. “Vamos trabalhar com o equilíbrio entre a conservação ambiental e a produção.”, pondera a paranaense.

Esta percepção é compartilhada também pelo senador Luiz Henrique, relator do projeto no Senado, que vem trabalhando na harmonização das posições em relação a este tema, ouvindo a comunidade, os empresários, as organizações de classe, ONGs e deputados ligados ao meio ambiente e ao agronegócio. Na opinião do parlamentar “O problema ambiental não está no campo, está na cidade.”.

Fonte: FIEP

Comissão de Agricultura discute sanidade e trânsito animal e pede menos burocracia O aumento do prazo para a validação dos exames de sanidade de cavalos e outros equídeos para no mínimo 120 dias e a desburocratização da liberação da Guia de Transporte Animal (GTA) foram temas de uma audiência pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa, conforme iniciativa da Comissão de Agricultura da Casa. Atualmente, os exames de anemia infecciosa têm validade por 60 dias. A reunião contou com representantes da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), do Ministério da Agricultura, da Sociedade Rural do Paraná e de entidades ligadas às tradições regionalistas.

“Este é um debate que muitas vezes é deixado de lado. Atualmente, os exames nos equídeos valem por 60 dias. No Paraná temos muitos eventos tradicionalistas e os animais precisam ser transportados, mas a burocracia muitas vezes atrapalha. Nosso objetivo é que o prazo de validade dos exames aumente, evidentemente respeitando as exigências de sanidade animal”, afirmou o presidente da Comissão de Agricultura, deputado Hermas Brandão Júnior (PSB).

Para o deputado Nereu Moura (PMDB), também um dos proponentes da audiência pública, é possível chegar ao entendimento entre órgãos de fiscalização animal e criadores. “Temos nos deparado com este sério problema do prazo dos exames. Vamos buscar uma maneira

nº 42 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 28 de outubro de 2011 de facilitar a vida daqueles que utilizam os animais. Por isso, debater tecnicamente o assunto é importante. A GTA precisa ser emitida mais facilmente e os prazos de validade do exame podem ser estendidos”.

Os deputados Pedro Lupion (DEM), Nelson Luersen (PDT) e o deputado federal Abelardo Lupion (DEM) também participaram da reunião. As sugestões da audiência pública deverão ser analisadas. Mas, segundo a representante do Ministério da Agricultura, Juliana Azevedo Castro Bianchini, diversas consultas populares vêm acontecendo paralelamente ao evento no Legislativo. “Esta é uma oportunidade para debatermos sanidade animal e as exigências legais, principalmente porque estamos realizando diversas consultas públicas sobre as normativas que envolvem estes temas”, afirmou.

Fonte: ALEP

Industrial defende reciclagem como solução para resíduos urbanos

Para o presidente da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), Lucien Belmonte, só será possível encontrar solução para os resíduos urbanos quando se resolver o problema da logística reversa, o retorno das embalagens para as fábricas. “Para isso, é necessário atribuir o custo ambiental do produto”, explicou.

Belmonte acredita ainda que a equação para os resíduos urbanos depende de vontade política, “de fazer projetos não apenas para falar que tem, mas para resolver”. Um exemplo do que não deve ser feito, segundo disse, é a cidade de São Paulo. De acordo com o especialista, a capital paulista gasta R$ 1,7 bilhão por ano para coleta e seleção de resíduos sólidos, e apresenta índice de 0,5% de coleta seletiva. “É dramático”, conclui.

O presidente da Abrividro participa do seminário Articulação política pela sustentabilidade – encontro brasileiro de secretários de meio ambiente, que ocorre no auditório Nereu Ramos. O evento é promovido pelo Centro de Altos Estudos em Sustentabilidade da Academia Brasileira de Filosofia (ABF), em parceria com a Comissão de Meio Ambiente da Câmara, a Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a Eco.X - Distribuindo Sustentabilidade e a AP.ecos - Agência de Promoção Eco Sustentável. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto que institui multa para quem jogar lixo em logradouro público segue para o Executivo

Quem depositar lixo em logradouro público e propriedades rurais poderá ser multado em até R$ 10 mil. Isto é o que estabelece o projeto de lei nº 029/11 do deputado Hermas Brandão Junior (PSB), aprovado em redação final na Assembleia Legislativa.

nº 42 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 28 de outubro de 2011 De acordo com a proposição, “considera-se lixo, para os fins desta lei, todo e qualquer resíduo sólido, orgânico ou inorgânico, de origem doméstica, comercial, industrial, hospitalar ou especial, resultante das atividades diárias do homem em sociedade”. Hermas Júnior lembra, a propósito, que as questões relacionadas com o meio ambiente têm sido a grande preocupação deste século.

O projeto, que teve anexada outra matéria de iniciativa do deputado licenciado Osmar Bertoldi (DEM), por se tratar de tema semelhante, estabelece multas para quem descumprir o estabelecido na norma, que variam de R$ 100,00 a R$ 10.000,00. A matéria será agora encaminhada para sanção (ou veto) do Governo do Estado.

Fonte: ALEP

Seminários debatem a Política Nacional de Resíduos Sólidos na Assembleia Legislativa “Hoje, quem quiser fazer qualquer avanço econômico, tem que levar em conta a questão ambiental”. O alerta foi feito nesta quinta-feira (27) por Mário Mantovani, diretor da Fundação SOS Mata Atlântica, ao participar dos seminários que discutiram na Assembleia Legislativa a implementação da Lei nº 12.305/2010, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O Paraná produz diariamente 20 mil toneladas de resíduos de todas as origens e ainda tem cerca de 180 municípios que não possuem aterros sanitários controlados.

Engenheiros, empresários, técnicos, ambientalistas e estudantes debateram durante os eventos a “Política Nacional de Resíduos Sólidos – Desafios e Oportunidades”, e “A Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Indústria da Construção”. Esses temas estão sendo abordados em todos os Parlamentos estaduais do país, como forma de estimular a criação de Frentes Parlamentares Ambientalistas.

O deputado Rasca Rodrigues (PV), organizador dos seminários no Paraná, explicou que um dos principais objetivos é mobilizar os atores locais para compartilhar responsabilidades e encontrar caminhos que contribuam para a criação dos planos de gestão de resíduos sólidos que, em cumprimento da nova política, deverão ser criados pelos estados e municípios. A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece normas e diretrizes sobre a gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos. “Entretanto, para que seja implementada serão necessárias ações conjuntas entre o poder público, o setor empresarial e a sociedade”, afirma Rasca. Para Mantovani, a mobilização da sociedade é fundamental para colocar em prática uma legislação que tramitou durante 20 anos no Congresso Nacional. “Agora precisamos de ações, de respostas”, sublinhou, lembrando que mais de 80% dos municípios brasileiros ainda jogam seus resíduos na natureza. Ele acredita que “a Frente vai assegurar que a agenda ambiental integre a pauta do Legislativo, apoiar políticas públicas e ações governamentais e da iniciativa privada que promovam o desenvolvimento sustentável”. O presidente do Sinduscon - PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná), Normando Baú, que representou também a Câmara Brasileira da Indústria da

nº 42 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 28 de outubro de 2011 Construção, reconheceu que o setor tem uma parcela importante nesta discussão. Porém, discorda de quem alega que 1/3 de cada empreendimento do setor vira necessariamente resíduo: “Ninguém vê isso quando passa em frente de uma obra”. Ele lembrou que a indústria da construção civil projeta um crescimento de 8% para este ano, e que pretendem avançar com responsabilidade social.

Consórcios – “Temos um grande desafio”, declarou o professor Eduardo Felga Gobbi, coordenador de recursos hídricos e saneamento ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná (SEMA). Ele fez uma breve apresentação da estrutura da Secretaria, das suas atribuições, responsabilidades e programas desenvolvidos. Ressaltou também a importância da implantação do sistema de logística reversa (no qual os produtores de resíduos são responsáveis por dar destinação adequada a eles), dos consórcios intermunicipais para aterros sanitários e da eliminação dos lixões a céu aberto. Na opinião de Gobbi, a destinação dos resíduos sólidos é um dos maiores problemas do país, e a solução passa por campanhas de educação da população. A valorização do lixo a partir do surgimento de programas de reciclagem foi abordada por Carlos Alencastro Cavalcanti, representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis no Paraná: “Essa nova lei contempla e reconhece a nossa atividade enquanto prestadores de serviços ao meio ambiente e à sociedade”, frisou. Dados do IBGE apontam para a existência de 500 mil catadores de lixo no Brasil.

Estadual – Entre as medidas a serem adotadas, com base na Política Nacional de Resíduos Sólidos, estão a criação de programas de reciclagem e educação ambiental, adoção de soluções regionais para acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final de resíduos, incentivo à formação de Cooperativas de catadores, recuperação do passivo ambiental gerado pelos lixões, preservação dos recursos hídricos, entre outras ações.

Durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de preencher uma ficha de adesão ao Grupo de Trabalho de Resíduos Sólidos, que está sendo criado no âmbito da Frente Parlamentar Ambientalista da Assembléia Legislativa do Paraná, que tem a finalidade de contribuir para a criação de um Plano Estadual de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Os seminários foram realizados em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, o Compromisso Empresarial para a Reciclagem (CEMPRE), a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMA) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Fonte: ALEP

Termina série de audiências públicas sobre poluição veicular

O Paraná encerrou mais uma etapa do processo de elaboração do Plano de Controle de Poluição Veicular (PCPV). Na noite de quarta-feira (26), foi realizada em Maringá a última de uma série de seis audiências públicas para discutir o assunto. Agora, a Secretaria do Meio

nº 42 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 28 de outubro de 2011 Ambiente e Recursos Hídricos e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) irão divulgar em seus sites a apresentação do PCPV feita durante as audiências públicas, além de um relatório com os questionamentos e dúvidas apresentados nos encontros.

O plano foi desenvolvido por técnicos da secretaria e do IAP para ser um instrumento de gestão da qualidade do ar, seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar (Pronar) e do Programa de Controle de Veículos Automotores (Proconve). Seus objetivos são direcionados à melhoria da qualidade de vida da população, buscando maior preservação da qualidade do ar. Para isso, será necessário controlar e medir o nível de poluição emitido pelos veículos do Estado.

O Paraná possui a terceira maior frota de veículos do Estado. O número de veículos dobrou nos últimos 10 anos, chegando a 5,3 milhões em setembro deste ano. “Nossa intenção não é apenas aferir as distorções da emissão de gases dos veículos, mas, principalmente, corrigir essas distorções para que tenhamos melhor qualidade do ar. Por isso, o plano prevê um tempo de adaptação para as oficinas e concessionárias”, disse o secretário de Meio Ambiente, Jonel Iurk.

Foram realizadas audiências em Curitiba, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Cascavel, Londrina e Maringá, com a participação de mais de 450 pessoas de entidades especializadas, universitários, Detran, Polícia Militar, representantes de despachantes, concessionários de veículos, transportadoras e outros.

O presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, disse que o objetivo das audiências foi transmitir à sociedade o que está sendo feito para controlar e melhorar a qualidade do ar. “Corremos o estado para receber críticas e sugestões da população e o retorno foi muito positivo”, afirmou.

Para sua formulação e aprovação, através de resolução da secretaria (número 066, de 2010), o Plano de Controle de Poluição Veicular levou em consideração a Política Nacional do Meio Ambiente e resoluções federais e estadual. “Além de atender a legislação federal, o plano passa a ser um dos instrumentos do protocolo de Copenhague de Mudanças Climáticas, assinado na conferência da ONU em 2009”, explica o secretário

Fonte: Agência Estadual de Notícias

Cesar Filho propõe criação da Frente Parlamentar da Silvicultura

Preocupado em estimular ações de implantação e regeneração de florestas no Paraná, o deputado estadual Cesar Silvestri Filho (PPS) apresentou na Assembleia Legislativa, na quarta-feira (26), requerimento propondo a criação da Frente Parlamentar da Silvicultura. Segundo o deputado, o objetivo da Frente é apresentar, no âmbito do Legislativo, propostas para formulação de políticas públicas que busquem o aproveitamento e a manutenção racional das florestas plantadas, em função dos interesses ecológico, científico, econômico e social.

nº 42 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 28 de outubro de 2011 Lupion (DEM), Hermas Brandão Júnior (PSB), Antonio Anibelli Neto (PMDB), Luiz Eduardo Cheida (PMDB), Elio Rusch (DEM) e Alexandre Curi (PMDB).

Fonte: ALEP

Tributos

Redução do Custo Brasil passa pela reforma tributária, diz Campagnolo no Encontro Nacional da Indústria

O primeiro avanço que o Brasil tem que concretizar para diminuir o Custo Brasil é reduzir a carga tributária. A opinião é do presidente da Federação da Indústria do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, que debateu o tema com empresários, presidentes de outras federações e o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, no 6º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), em São Paulo.

O tema Custo Brasil marcou as discussões da primeira manhã do evento, realizado pela CNI, que reúne 2 mil líderes empresariais de todo o País. Os participantes debateram também questões de infraestrutura e a redução dos juros.

“É muito importante que o Brasil tenha uma política industrial bem definida, clara e consistente. Isso dá segurança para os empresários investirem”, frisou Campagnolo. O presidente da Fiep manifestou confiança nas autoridades constituídas e no Brasil e destacou a importância de uma união do setor privado e do poder público. “Podemos, juntos, fazer o país se desenvolver”, acredita.

A delegação paranaense que participou do 6º ENAI teve 40 integrantes (Foto: Gilson Abreu) Nesta mesma linha de otimismo, o ex- diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Lawrence H. Summers, conferencista do evento, que proferiu a palestra magna do primeiro dia do ENAI, afirmou que: “Era impensável 10 ou 12 anos atrás que o Brasil teria tanta projeção no mercado internacional”, destacou Summers, acrescentando que a posição que o país ocupa hoje prova que “o Brasil encontrou seu rumo”.

Realizado em São Paulo, no Transamérica Expo Center, o 6º ENAI prossegue nesta quinta-feira (27) reunindo autoridades públicas, empresários e especialistas em economia, sociedade e política. O tema central do encontro é o fortalecimento da competitividade da indústria brasileira. A Fiep participa do evento com uma delegação de 40 pessoas entre empresários, presidentes de sindicatos industriais, vice-presidentes, diretores e colaboradores da federação.

nº 42 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 28 de outubro de 2011 Guerra fiscal e concorrência com Mercosul preocupam empresários do setor de laticínios Com o objetivo de combater a guerra fiscal entre os Estados e a concorrência dos países do Mercosul, a indústria brasileira de lácteos (leite, iogurte, queijo, etc.) reuniu-se na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), onde foram alinhadas as diretrizes do setor que nortearão sua interlocução com o poder público.

A reunião é a terceira realizada com o propósito de fortalecer o setor em nível nacional e reuniu representantes dos sindicatos industriais do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Um dos pontos de maior debate foi a fixação das mesmas alíquotas do ICMS que incide sobre o leite e seus derivados em todos os Estados. As propostas discutidas pelos Sindicatos durante o encontro serão levadas para os secretários da Fazenda de seus respectivos Estados para que sejam defendidas por eles na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), no dia 9 de novembro. O objetivo com isso é igualar as condições de competitividade das empresas no campo fiscal. “Parabenizo os presentes por reunirem-se e colocar as diferenças de lado para tratar dos males que são comuns a todos.”, declarou o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, durante a abertura da reunião. O Paraná levará ao secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, duas propostas. Uma para fixar em 2% a taxação dos produtos lácteos, tanto nas operações interestaduais quanto naquelas dentro do próprio Estado, e outra para zerar as alíquotas.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná (Sindileite-PR), Wilson Thiesen, o encaminhamento deve ser acolhido pelo secretário. “O Hauly é um grande defensor da ideia de harmonizar as alíquotas”, diz.

A proposta do Paraná foi defendida também pelos demais participantes da reunião, com exceção de São Paulo, que defende a possibilidade de adquirir leite cru de outros estados, com benefícios fiscais, para industrializá-lo dentro do território paulista, uma vez que o Estado importa dois terços de sua demanda. A posição foi refutada pelos demais participantes.

Hoje o Paraná é o terceiro maior produtor de leite do país, respondendo por 8% da produção nacional. Possui 73 indústrias de laticínios, 119.563 propriedades leiteiras e um rebanho de mais de 2 milhões de animais. Apesar da grande capacidade de produção instalada, é grande também a ociosidade das indústrias paranaenses. A região Oeste, onde está localizada a maior bacia leiteira do Estado, tem 51% de sua capacidade ociosa.

Outra preocupação dos empresários do setor é a entrada ostensiva de produtos importados, principalmente da Argentina e do Uruguai. Até 2008 o Brasil era um grande exportador de produtos lácteos. Esta situação que se inverteu nos anos seguintes, trazendo prejuízos à indústria nacional. “Não temos condições de competir com os argentinos atualmente, por questões de câmbio, produtividade e por conta do custo Brasil.”, afirmou o presidente- executivo do Sindileite-PR Marco Antônio Galassini. Hoje os queijos argentinos correspondem a 20,9% das importações brasileiras de lácteos. “É importante pensar também na questão social, pois as importações têm grande impacto sobre os pequenos

nº 42 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 28 de outubro de 2011 produtores.”, atentou o presidente do Sindileite Goiás, Ananias Justino.

Para enfrentar a concorrência dos produtos estrangeiros, os representantes da indústria brasileira de lácteos irão marcar uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para expor

Documentos relacionados