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Meio Poroso 106

No documento REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA (páginas 106-142)

4.   RESULTADOS E DISCUSSÕES 57

4.3.   Escoamento no Regime Turbulento 94

4.3.4.   Meio Poroso 106

Nesta parte do trabalho, assim como para o escoamento em meio poroso no regime laminar, a permeabilidade e o número de Nusselt são calculados pelas Equações (4.10) e (4.11), respectivamente. A relação do fluxo de calor na placa inferior para o escoamento em meio poroso em relação ao escoamento em meio limpo (q ), para um mesmo número de *

Reynolds, também é novamente calculada pela Equação (4.14).

A seguir são apresentados os resultados e discussões da influência das propriedades do meio poroso na transferência de calor.

4.3.4.1. Efeito da Porosidade

Os parâmetros usados nesta seção para a obtenção dos resultados apresentados nas Figuras 4.42, 4.43, 4.44 e 4.46 foram H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, 2 6 10 31 , 3 m K = × − e h H =0,50.

As Figuras 4.42 e 4.43 mostram, respectivamente, o campo dos vetores velocidades e das linhas de corrente. Percebe-se destas figuras que a presença da cada porosa faz com que o vórtice primário diminua seu tamanho e, além disso, que a variação da porosidade exerce pouca influência na solução hidrodinâmica do problema, uma vez que os campos não sofrem grandes alterações para as diversas porosidades. Ainda é possível perceber que, como esperado, a magnitude do vetor velocidade é menor dentro do meio poroso, em comparação com a região de meio limpo, devido a maior perda de carga nesta região. Logo após a região de estagnação do escoamento, na região de reaceleração (x=0,06 até x=0,10), o escoamento tem a tendência de “descolar-se” da placa inferior para posteriormente recolar, como pode ser observado pela curvatura das linhas de corrente. Esta tendência fica mais

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pronunciada à medida que a porosidade aumenta, o que é esperado sabendo-se que dentro de um meio com porosidade menor o escoamento tende a desenvolver-se mais uniformemente, como para o caso de φ =0,50.

A Figura 4.44 mostra o campo de temperatura para o mesmo caso acima mencionado. Nesta figura verifica-se que as isotérmicas apresentam um comportamento coerente com o das linhas de corrente e na região de x=0,06 até x=0,10 as mesmas estão mais afastadas da placa inferior. Além disso, fica evidente que, para pequenas porosidades, o campo de temperatura é muito mais uniforme e a camada limite térmica torna-se mais espessa o que resulta em gradientes de temperatura menores junto a placa inferior.

Ainda para o mesmo caso acima mencionado, a Figura 4.45 mostra a distribuição dos valores de energia cinética turbulenta do escoamento. Percebemos que à medida que a porosidade diminui a intensidade da energia cinética turbulenta aumenta. Além disso, o local de maior geração de energia cinética passou a ser a região de entrada do jato no canal ao invés da região de recirculação do segundo vértice existente para o escoamento em meio limpo.

O gráfico da Figura 4.46 apresenta a distribuição do número de Nusselt local, onde tem- se um pico na região de estagnação do escoamento e em seguida ocorre um mínimo na faixa de x B=5,0−10a qual está ligada ao comportamento dos campos das linhas de corrente e temperatura acima descrito na região de x=0,06 até x=0,10, onde as velocidades são menores e as camadas limites são mais espessas. Além disso, percebe-se que a porosidade praticamente não influencia o número de Nusselt local no ponto de estagnação, mas afeta principalmente o valor de Nusselt na região do escoamento com características de um jato de parede. Para pequenas porosidades, o valor de Nusselt na região de jato de parede diminui e o mínimo na curva de distribuição do Nusselt local tende a desaparecer, o que é resultado direto

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de um campo de temperatura mais uniformemente distribuído, conforme já observado na análise da Figura 4.44.

A distribuição de q* é apresentada na Figura 4.47 para o caso com H/B=2,6, 10

= f S k

k , K =3,31×10−6m2, h H =0,50 e diversos números de Reynols. Tem-se que a distribuição de q* em função da porosidade é praticamente independente do número de Reynolds do escoamento, lembrando sempre que q* é uma relação entre o calor retirado da placa aquecida com a presença do meio poroso e do calor retirado sem o meio poroso.

A distribuição de q*, para o caso com H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400,

50 , 0 =

H

h e diversas permeabilidades, é mostrada na Figura 4.6. Através do gráfico desta figura conclui-se que o aumento na transferência de calor para baixas porosidades são obtidas para permeabilidades grandes. Já para o caso de se usar materiais com porosidades maiores que 90φ =0, os maiores aumentos nas taxas de transferência de calor são obtidos para permeabilidades pequenas.

A Figura 4.49 mostra a distribuição de q*, para a o caso com H/B=2,6, kS kf =10,

10400

Re= , K =3,31×10−6m2 e diversas alturas da camada porosa. Pode-se concluir que para alturas de camada porosa inferior a h H =0,40 as taxas de transferência de calor são maiores em relação ao escoamento em meio limpo para toda a faixa de porosidades. Já a partir de h H =0,50 somente haverá aumento na transferência de calor para meios com baixas porosidades.

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φ =0,50 φ =0,70 φ =0,80

φ =0,90 φ =0,95 Meio Limpo Figura 4.42 - Vetores velocidade para meio poroso comH/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, K =3,31×10−6m2 e h H =0,50.

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φ =0,50 φ =0,70 φ =0,80

φ =0,90 φ =0,95 Meio Limpo

Figura 4.43 - Linhas de corrente para meio poroso, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, K =3,31×10−6m2, h H =0,50.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 111

φ =0,50 φ =0,70 φ =0,80

φ =0,90 φ =0,95 Meio Limpo Figura 4.44 - Campo de temperatura para meio poroso, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, K =3,31×10−6m2, h H =0,50.

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φ =0,50 φ =0,70 φ =0,80

φ =0,90 φ =0,95 Meio Limpo

Figura 4.45 - Campo de energia cinética turbulenta (k) para meio poroso, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, K =3,31×10−6m2, h H =0,50.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 113

Figura 4.46 - Distribuição do Nusselt local para meio poroso, H/B =2,6, kS kf =10, Re=10400, K =3,31×10−6m2e h H =0,50.

Figura 4.47 - Relação do fluxo de calor para H/B=2,6, kS kf =10,K =3,31×10−6m2, h H =0,50 e vários Reynolds.

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Figura 4.48 - Relação do fluxo de calor, para H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, h H =0,50 e várias permeabilidades.

Figura 4.49 - Relação do fluxo de calor , para, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, K =3,31×10−6m2 e várias espessuras da camada porosa.

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4.3.4.2. Efeito da Permeabilidade

Para obtenção dos resultados apresentados nas Figuras 4.50, 4.51, 4.52 e 4.54 utilizou- se os parâmetros de H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, φ =0,50 e h H =0,50.

Ao contrário do que se observou na análise da variação da porosidade, a permeabilidade influência fortemente o campo hidrodinâmico do escoamento, como mostram as Figuras 4.50 e 4.51. O tamanho do vórtice primário diminui com o decréscimo da permeabilidade assim como a velocidade dentro do meio poroso, fazendo com que a vazão de fluido no seu interior seja menor. Para os casos de permeabilidade K =1,07×10−7m2 e K =1,80×10−8m2, na região de x=0,05 até x=0,10, o escoamento é praticamente estagnado, como pode ser observado visualmente pelos vetores velocidade e pelas linhas de corrente. Para melhor analisar esta situação foram plotados os perfis de velocidade para diversas posições ao longo do canal (Figuras 4.57, 4.58 e 4.59) comprovando que para as baixas permeabilidades a velocidade dentro do meio poroso é nula.

A Figura 4.52 mostra a distribuição do campo de temperatura. Desta figura percebe-se que à medida que a permeabilidade diminui as isotérmicas, referentes às maiores temperaturas, se afastam da placa inferior do canal, indicando uma camada limite térmica de maior espessura. Em coerência com a análise do campo hidrodinâmico, os casos de permeabilidade K =1,07×10−7m2 e K =1,80×10−8m2 apresentam picos de temperatura em

05 , 0 =

x até x=0,10, devido à estagnação do escoamento nesta região, como pode se observar pela distribuição das isotérmicas na região.

A Figura 4.53 apresenta os valores da energia cinética turbulenta (k). Para valores de

permeabilidade K =2,70×10−4m2 e K =1,36×10−5m2 a intensidade da energia cinética turbulenta torna-se inclusive maior que para o escoamento em meio limpo. Novamente a

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região de maior geração de turbulência é a de entrada do jato no canal. Para permeabilidades muito baixas (K =1,80×10−8m2), devido ao fato de haver baixa vazão de líquido no interior

do meio poroso, a intensidade turbulenta diminui dentro do meio poroso. Em compensação os maiores valores deste escalar passam a se encontram-se na região do canal sem a presença da camada porosa.

A Figura 4.54 apresenta a distribuição do número de Nusselt local calculado na placa inferior do canal. Nesta situação, a permeabilidade influencia mais fortemente o número de Nusselt de estagnação, o qual diminui com a redução da permeabilidade. Na região de jato de parede, o Nusselt local também diminui com a redução da permeabilidade, mas de maneira menos acentuada, em comparação com a variação da porosidade.

A Figura 4.55 mostra a distribuição de q*, para o caso com H/B=2,6, kS kf =10,

10400

Re= , h H =0,50e diversas porosidades. Na figura, vê-se que a permeabilidade exerce maior influência, sobre a taxa de transferência de calor, para os escoamentos com porosidades menores. Para a porosidade φ =0,95, por exemplo, a curva de q* em função de

K tende a tornar-se horizontal. As maiores taxas de transferência de calor são encontras para

baixas porosidades e altas permeabilidades como mostrou também a análise do gráfico da Figura 4.48. Ainda é possível notar que as menores taxas de transferência de calor são encontradas para a combinação de baixas porosidades com baixas permeabilidades e a causa deste comportamento é a tendência do haver uma estagnação do escoamento que permeia a camada porosa, conforme mostrou a análise da Figura 4.50.

A Figura 4.56 mostra a distribuição de q*, para o caso com H/B=2,6, kS kf =10,

10400

Re= , h H =0,50e diversas alturas da camada porosa. Da figura percebe-se que a permeabilidade tem influência maior na transferência de calor para camadas porosas com maiores espessuras, pois à medida que a espessura da camada porosa diminui a tendência é

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que a curva se aproxime de uma reta horizontal, como para a curva correspondente à espessura h H =0,25. A maior taxa de transferência de calor é obtida para as maiores permeabilidades e para maiores espessuras, no caso, h H =0,75.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 118 2 4 10 70 , 2 m K = × − K =1,36×10−5m2 K =3,31×10−6m2 2 7 10 07 , 1 m K = × − K =1,80×10−8m2 Meio Limpo

Figura 4.50 - Vetores velocidade para meio poroso, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, φ =0,50 e h H =0,50.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 119 2 4 10 70 , 2 m K = × − K =1,36×10−5m2 K =3,31×10−6m2 2 7 10 07 , 1 m K = × − K =1,80×10−8m2 Meio Limpo

Figura 4.51 - Linhas de corrente para meio poroso, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, φ =0,50 e h H =0,50.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 120 2 4 10 70 , 2 m K = × − K =1,36×10−5m2 K =3,31×10−6m2 2 7 10 07 , 1 m K = × − K =1,80×10−8m2 Meio Limpo

Figura 4.52 - Campo de temperatura para meio poroso, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, φ =0,50 e h H =0,50.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 121 2 4 10 70 , 2 m K = × − K =1,36×10−5m2 K =3,31×10−6m2 2 7 10 07 , 1 m K = × − K =1,80×10−8m2 Meio Limpo

Figura 4.53 - Campo de energia cinética turbulenta (k) para meio poroso, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, 50φ =0, e h H =0,50.

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Figura 4.54 - Distribuição do Nusselt local para meio poroso, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, 50φ =0, e h H =0,50.

Figura 4.55 - Relação do fluxo de calor, para, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, h H =0,50 e várias porosidades.

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Figura 4.56 - Relação do fluxo de calor, para, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, φ =0,50 e várias espessuras de camadas porosas.

Figura 4.57 - Perfis de velocidade para H/B=2,6, ks kf =10, Re=10400, φ =0,90, h H =0,50 e K =2,70×10−4m2.

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Figura 4.58 - Perfis de velocidade para H/B=2,6, ks kf =10, Re=10400, 90φ =0, , h H =0,50 e K =3,31×10−6m2.

Figura 4.59 - Perfis de velocidade para H/B=2,6, ks kf =10, Re=10400, 90φ =0, , h H =0,50 e K =1,80×10−8m2.

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4.3.4.3. Efeito da Espessura da Camada Porosa

Nesta seção é investigada a influência da espessura da camada porosa. Os resultados das Figuras 4.60, 4.61, 4.62 e 4.64 são obtidos usando os seguintes parâmetros H/B=2,6,

10 = f S k

k , Re=10400, K =3,31×10−6 e φ =0,90.

As Figuras 4.60 e 4.61 mostram que a espessura da camada porosa influencia fortemente a solução hidrodinâmica. Dos vetores velocidades observa-se que os casos com as camadas de espessuras h H =0,40 e h H =0,50 apresentam as menores velocidades do fluido no interior do meio poroso. Além disso, à medida que a espessura da camada porosa aumenta, o vórtice primário diminui seu tamanho sendo, praticamente, extinto para

75 , 0 =

H

h . Especificamente para a espessura h H =0,40 surge uma nova região de recirculação junto à placa inferior do canal a qual se refere ao vórtice secundário. Outra observação é que a distribuição das linhas de corrente tende a tornar-se mais uniforme para camadas porosas mais espessas, ocorrendo o mesmo para o perfil de velocidade, como é comprovado, mais adiante, pela Figura 4.67.

A Figura 4.62 mostra o campo de temperatura para as diversas alturas de camadas porosas. Os campos de distribuição das isotermas tornam-se mais uniformes à medida que a espessura da camada porosa aumenta, o que é conseqüência direta do campo hidrodinâmico uniforme.

A Figura 4.63 apresenta a distribuição da energia cinética turbulenta (k). Para valores de

h/H de 0,25 à 0,50 a geração de turbulência diminui ä medida que aumenta a espessura da camada porosa. Já para valores de h/H maiores que 0,60 a turbulência aumenta na região exterior à camada porosa, devido ao fato da altura do canal livre ficar muito reduzida, aumentando portanto o valor absoluto da velocidade nesta região.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 126

A Figura 4.64, por sua vez, apresenta a distribuição do Nusselt local onde se comprova a situação observada na análise do campo térmico, de que a distribuição de temperatura é mais uniforme para maiores espessuras de camada porosa. Para h H menor que 0,60, a curva de Nusselt local apresenta mínimos na região de reaceleração do escoamento, indicando um resfriamento menos uniforme da placa.

A Figura 4.65 mostra a distribuição de q*, para o caso com H/B=2,6, kS kf =10,

10400

Re= , K =3,31×10−6 e diversas porosidades. Da análise desta figura é possível

concluir que a transferência de calor cresce com a diminuição da porosidade, para todas as espessuras de camada porosa e, além disso, que as espessuras de camadas porosas menores resultam em maior transferência de calor, embora, como foi visto na Figura 4.64 esta transferência não é uniforme ao longo do comprimento da placa.

A Figura 4.66 é calculada com os parâmetros H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400,

6 10 31 , 3 × − =

K e várias permeabilidades. Percebe-se que as maiores taxas de transferência de calor são obtidas para as menores permeabilidades em toda a faixa de espessuras da camada porosa. Já em caso de usar materiais com baixa permeabilidade as maiores taxas de transferência de calor são obtidas para as menores espessuras de camada porosa. No caso de materiais com altas permeabilidades deve-se usar camadas porosas com grandes espessuras para aumentar a transferência de calor. A maior taxa é alcançada para a configuração que usa alta permeabilidade e camadas de grandes espessuras, no caso, foi K =3,31×10−6 e

75 , 0 = H h .

RESULTADOS E DISCUSSÕES 127

h H =0,25 h H =0,40 h H =0,50

h H =0,60 h H =0,75 Meio Limpo Figura 4.60 - Vetores velocidade para meio poroso, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, K =3,31×10−6m2 e φ =0,90.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 128

h H =0,25 h H =0,40 h H =0,50

h H =0,60 h H =0,75 Meio Limpo Figura 4.61 - Linhas de corrente para meio poroso, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, K =3,31×10−6m2 e φ =0,90.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 129

h H =0,25 h H =0,40 h H =0,50

h H =0,60 h H =0,75 Meio Limpo

Figura 4.62 - Campo de temperatura para meio poroso, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, K =3,31×10−6m2 e φ =0,90.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 130

h H =0,25 h H =0,40 h H =0,50

h H =0,60 h H =0,75 Meio Limpo

Figura 4.63 - Campo de energia cinética turbulenta (k) para meio poroso, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, K =3,31×10−6m2 e φ =0,90.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 131

Figura 4.64 - Distribuição do Nusselt local para meio poroso, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, K =3,31×10−6m2 e φ =0,90.

Figura 4.65 - Relação do fluxo de calor, para, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, K =3,31×10−6m2 e diversas porosidades.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 132

Figura 4.66 - Relação do fluxo de calor, para, H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, 50φ =0, e diversas permeabilidades.

Figura 4.67 - Perfis de velocidade em x/B=40, com H/B=2,6, kS kf =10, Re=10400, K =3,31×10−6m2, 50φ =0, e três espessuras de camada porosa.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 133

4.3.4.4. Efeito do número de Reynolds

As figuras apresentadas nesta seção foram calculadas usando os seguintes parâmetros: 6

, 2 =

H/B , kS kf =10, K =3,31×10−6m2, φ =0,50 e h H =0,50.

Através do campo hidrodinâmico, apresentado na Figura 4.68, percebe-se que o comportamento do escoamento é o mesmo para todos os números de Reynolds com apenas a magnitude dos vetores velocidade mudando de acordo com o Reynolds do escoamento.

O campo térmico, mostrado na Figura 4.69, também sofre pouca alteração com a variação de Reynolds. É possível observar, apenas, que à medida que o número de Reynolds aumenta, as isotermas de maior temperatura ficam mais próximas da parede inferior do canal, indicando uma camada limite térmica mais fina e a existência de maiores gradientes de temperatura.

A distribuição do Nusselt local, na Figura 4.70, comprova a observação de que os gradientes de temperatura tornam-se mais elevados com o aumento do número de Reynolds do escoamento. Além disso, surge um ponto de mínimo na curva de Nusselt que torna-se cada vez mais pronunciada com o crescimento do Reynolds.

Finalmente, a Figura 4.71, mostra que, assim como para o escoamento em meio limpo, o aumento na taxa de transferência de calor na placa de incidência é proporcional ao aumento do número de Reynolds do escoamento.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 134

5000

Re= Re=10400 Re=15000

20000

Re= Re=40000 Re=60000

Figura 4.68 - Vetores velocidade em meio poroso, com H/B=2,6, kS kf =10, K =3,31×10−6m2, 50φ =0, e h H =0,50.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 135

Re=5000 Re=10400 Re=15000

Re=20000 Re=40000 Re=60000

Figura 4.69 - Campo de temperatura para meio poroso, com H/B=2,6, kS kf =10, K =3,31×10−6m2, 50φ =0, , h H =0,50.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 136

Figura 4.70 - Distribuição de Nusselt local com H/B=2,6 kS kf =10,K =3,31×10−6m2, φ =0,50 e h H =0,50.

Figura 4.71 - Relação do fluxo de calor, para H/B=2,6, kS kf =10, K =3,31×10−6m2, φ =0,50, h H =0,50 e adimensionalizado para Re=60000.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 137

4.3.4.5. Efeito da relação ks/kf

Nesta seção é investigada a influência da condutividade térmica do sólido usado como meio poroso, através da relação kS kf . Os parâmetros usados para os cálculos foram

6 , 2 = H/B , Re=10400, K =3,31×10−6m2, 90φ =0, , h H =0,50 e diversos valores de f S k k .

Obviamente o campo hidrodinâmico apresentado na Figura 4.72 não é influenciado pela variação do parâmetro kS kf , uma vez que para um problema com propriedades, a condutividade térmica somente entra no cálculo do campo térmico.

Ao contrário da solução hidrodinâmica o campo térmico, mostrado na Figura 4.73, é fortemente modificado com a variação de kS kf . Para elevados valores de kS kf as isotermas de maior temperatura se afastam da parede inferior do canal indicando um aumento na espessura da camada limite e a existência de gradientes de temperatura menos intensos. Esta observação é comprovada pela Figura 4.74, a qual mostra a distribuição do Nusselt local calculado junto à placa inferior. Observa-se que o valor do Nusselt, tanto na região de estagnação quanto na região de jato de parede, cai muito à medida que o valor de kS kf

aumenta.

É importante relembrar aqui, que a tortuosidade devido à presença do meio poroso não é calculada, o que pode estar influenciando os resultados, sobretudo para valores altos de

f S k

k , quando fenômeno torna-se mais relevante.

Finalmente a Figura 4.75 mostra a relação da taxa de calor retirado da placa inferior do canal em relação ao escoamento em meio limpo. Percebe-se que, para ambas as porosidades, o fluxo de calor aumenta à medida que se eleva o valor de kS kf .

RESULTADOS E DISCUSSÕES 138

Portanto, desta análise é importante salientar que o uso de matérias em que a relação

f S k

k seja alta combina dois fatores positivos e desejáveis, que são a distribuição do fluxo de calor ao longo da placa, diminuindo a presença de regiões com altas taxas transferência de calor localizado, e o aumento na transferência de calor total, em comparação com o escoamento em meio limpo.

Salienta-se, novamente, a maior incerteza nos resultados a medida que aumenta o valor de kS kf , devido ao fato de se utilizar um programa que modela a equação de energia através de uma equação apenas e, devido a não programação do fenômeno da tortuosidade. Isso impediu, também, que se realizassem simulações para maiores valores da relação kS kf , pois para kS kf acima de 500 o balanço de energia descrito na Seção 4.2.3, Equação (4.8), não é mais satisfeito o que comprova a dificuldade na correta simulação do problema.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 139 10 = f S k k kS kf =50 kS kf =100 kS kf =250 kS kf =500 Re=10400

Figura 4.72 - Linhas de corrente para meio poroso, com H/B=2,6, Re=10400, K =3,31×10−6m2, φ =0,90, h H =0,50.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 140 10 = f S k k kS kf =50 kS kf =100 250 = f S k k kS kf =500 Re=10400

Figura 4.73 - Campo de temperatura para meio poroso, com H/B=2,6, Re=10400, K =3,31×10−6m2, 90φ =0, , h H =0,50.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 141

Figura 4.74 - Distribuição de Nusselt local:H/B=2,6, Re=10400, K =3,31×10−6m2, φ =0,90, h H =0,50 e diversos valores de kS kf .

Figura 4.75 - Relação do fluxo de calor, com H/B=2,6, Re=10400, K =3,31×10−6m2, h H =0,50 e duas porosidades.

CONCLUSÕES 142

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