• Nenhum resultado encontrado

4979 - Avaliação do Conhecimento Profissional na Prática Transfusional em um Hospital Universitário

Jéssica Laiana Melo Araújo, Thyfanne Suellen Tavares Linhares, Valdeise Lemos da Silva, Marianne Maciel Alves da Costa, Germana de Fátima Paiva de Arruda, Tays Amanda Felisberto Gonçalves , Patrícia Maria Simões de Albuquerque, Daniele Idalino Janebro

Introdução: A transfusão sanguínea é considerada uma terapia eficaz e segura, porém mesmo com indicação e procedimento correto, o receptor

corre o risco de apresentar efeitos adversos. Por isso, os profissionais de saúde que estão em contato direto com os pacientes submetidos a transfusão, precisam conhecer os princípios da prática transfusional e serem capazes de identificar e manejar as reações adversas. Objetivo: Avaliar o conhecimento com

relação à hemotransfusão e segurança transfusional, dos profissionais de saúde do Hospital Universitário, em análise. Metodologia: Estudo observacional,

transversal e quantitativo, realizado durante o mês de dezembro de 2018, no hospital em estudo, localizado em João Pessoa-PB. Os dados foram obtidos a partir de dois questionários aplicados aos profissionais de saúde, elaborados pelos pesquisadores do trabalho e estruturado com questões objetivas relacionadas à prática transfusional, baseado nas diretrizes da ANVISA e em literaturas relacionadas. O questionário 1 foi direcionado aos médicos, médicos residentes, farmacêuticos e biomédicos e o questionário 2 aos enfermeiros, técnicos de enfermagem e técnicos de laboratório. Os critérios de inclusão utilizados foram: ser profissional de saúde do hospital, não estar de férias no período da coleta, e ter alguma relação com o cuidado dos pacientes. Foram excluídos os questionários com respostas rasuradas. O projeto foi aprovado sob o número (CAAE:64157716.0.0000.5183) pelo comitê de Ética do HULW.

Resultados: participaram 87 profissionais, dentre eles 37 técnicos de enfermagem, 27 enfermeiros, 11 médicos, 6 farmacêuticos, 4 médicos residentes, 2

técnicos de laboratório (nenhum biomédico respondeu o questionário). Desse total, 26,4% dos profissionais trabalham na UTI, 23% na clínica médica, 14,9% na obstetrícia, 11,5% na pediatria, 5,7% na DIP, o mesmo número na Agência Transfusional e no Laboratório, e 4,6% trabalham na clínica cirúrgica. da amostra em estudo, 71,3% responderam todas as questões, 28,7% deixaram em branco algumas questões e 54% erraram pelo menos uma questão. Sobre as respostas do questionário 1, foram observados os seguintes dados: 80,9% dos profissionais sabem a indicação correta para cada hemocomponente; 88,1% sabem quais são os cuidados no processo transfusional; 95,2% souberam identificar uma reação transfusional, onde 85,7% conseguiram diferenciar uma reação transfusional imediata da tardia e 95,2% sabem o que fazer diante de uma reação transfusional. Com relação as respostas do questionário 2, foi possível identificar que: 98,5% dos profissionais sabem quais são os cuidados com a transfusão de hemocomponentes; 83,3% domina sobre os cuidados para manter a segurança transfusional do paciente; 95,5% conseguiram identificar uma reação transfusional; 86,6% identificaram uma reação imediata e 97% conseguiram identificar uma reação tardia. Apenas 59,55% dos profissionais que responderam os questionários, sentem segurança na identificação de uma reação transfusional. Conclusão: Diante dos resultados, podemos concluir que em sua maioria, os profissionais sabem quais os procedimentos e

cuidados no processo da transfusão sanguínea, entretanto é indispensável que a educação continuada seja sempre atualiza de forma a garantir a qualidade da assistência e segurança do paciente, uma vez que foi evidenciado lacunas em alguns profissionais na segurança em identificar um incidente transfusional. Hemoterapia, Educação Continuada, Transfusão.

4465 - Delineamento dos Custos com Imunoglobulina Humana em um Hospital de Referência em Neurologia

Ana Souza Fragoso do Nascimento, Bruno Felipe de Oliveira Azevedo, Danillo Ewerton dos Santos Oliveira, Thays Lúcia da Costa, Anderson Lucas de Lavor, Geraldo Magno Bezerra Gomes, Renatha Danielle da Silva, Letícia Costa de Araújo

Introdução: A imunoglobulina humana (IGH) é um concentrado de anticorpos IgG que está no mercado desde 1979, utilizada em algumas patologias

como terapia de reposição ou imunomodulação. O Ministério da Saúde estabelece protocolos clínicos, que contemplam determinadas patologias, incluindo Síndrome de Guillain-Barré (SGB), disponibilizando, nestes casos, o tratamento conforme as respectivas diretrizes. O hospital de estudo faz parte da rede estadual e corresponde ao maior centro de referência no tratamento de patologias neurológicas em Pernambuco. A IGH se refere a uma das intervenções farmacoterapêuticas de escolha para a prevenção de sequelas permanentes e óbitos relacionados. Objetivo: delinear os custos com imunoglobulina humana

provenientes do Ministério da Saúde, em cumprimento ao protocolo com a participação do farmacêutico, em um hospital de referência neurológica para o tratamento da SGB, tendo em vista se tratar de um medicamento de importância financeira e criticidade terapêutica. Método: Trata-se de um estudo

retrospectivo, quantitativo, realizado em uma unidade referência em neurologia, no período de Julho de 2014 a junho de 2018, adotando-se como fonte de dados o software responsável pelo registro logístico de aquisição/ distribuição. A média de preço também foi retirada com base no banco de dados da instituição. Foi adotado, com a finalidade de normalizar os dados, o software GraphPrism 7.0, aplicando-se o Teste T não pareado, considerando valor de p≤0,05. Resultados: Os custos envolvidos na aquisição do medicamento IGH, provenientes do Ministério da Saúde, corresponderam a R$ 4.699.200,00 no

primeiro biênio e R$ 2.284.800,00, no segundo. Foi evidenciada redução dos custos no segundo período, quando comparados, com significância estatística, sendo p = 0,0466 (R$ 1.174.800,00 ± 238.114,00 vs. R$ 571.200,00 ± 40.254,00, n=4). Avaliaram-se os percentuais de glosa nos respectivos períodos, tendo sido observado aproximadamente 1% no primeiro biênio, sem evidências de glosa no segundo período. Constatou-se economia orçamentário-financeira de R$ 6.935.200,00 nos dois biênios, considerando a redução dos valores glosados, para a instituição com a participação do farmacêutico na gestão deste processo. Conclusões: A participação do farmacêutico no cumprimento do protocolo, no Hospital de estudo, foi fundamental para a manutenção do

fornecimento da IGH pelo Ministério da Saúde com benefícios clínicos e financeiros. A regularidade de fornecimento, tendo em vista o cumprimento das diretrizes clínicas, garantiu, no contexto assistencial, o acesso do paciente ao medicamento para tratamento de patologia com alto risco de óbito ou sequela. O baixo índice de glosa evidenciado se refere a um resultado satisfatório, uma vez que a economia gerada afeta diretamente os custos orçamentário- financeiros institucionais. Descritores: Imunoglobulina, Síndrome de Guillain-Barré, Custos de medicamentos.

4411 - Análise do Uso de Leuprorrelina no Tratamento do Câncer de Próstata em uma Unidade de Quimioterapia

Teresa Iasminny Alves Barros, Cíntia Suyane Farias de Figueiredo, Solange Tavares dos santos, Pedro Victor landim Ribeiro, Maria Laura Junqueira Dantas, Francisca Eritânia Passos Rangel

Introdução: O câncer de próstata é apontado como um grave problema de saúde pública. Esta neoplasia tornou-se uma prioridade no sistema de

saúde devido a sua alta incidência e gravidade, após o câncer de pele representa no Brasil o segundo câncer mais comum entre os homens em todas as regiões. O Bloqueio Hormonal (BH) é uma das bases de tratamento do câncer de próstata, sendo a leuprorrelina utilizada como terapia de primeira linha para pacientes com neoplasia prostática avançada. Objetivo: Analisar o uso de leuprorrelina em pacientes fazendo tratamento do câncer de próstata. Métodos:

Trata-se de uma pesquisa descritiva, prospectiva de abordagem quantitativa, realizada nos meses de novembro e dezembro de 2018 com pacientes que apresentavam câncer de próstata em tratamento com a leuprorrelina em um hospital oncológico no estado do Ceará, com parecer de aprovação do comitê de Ética e Pesquisa sob o número 3.027.285. Resultados: A maioria dos homens com câncer de próstata possuía idade de 73 a 82 anos (48,75%),

são da raça parda (68,75%). Verificou-se baixo nível de escolaridade (45% ensino fundamental incompleto) e casados quando ao estado civil (71,25%). Entre os homens que participaram do estudo 57,5% não possuía histórico familiar para a neoplasia prostática maligna. A maior parte dos indivíduos que participaram da pesquisa apresentaram pouco conhecimento sobre os exames de detecção precoce para o câncer de próstata: PSA e toque retal. Os principais efeitos colaterais apresentados pelos pacientes em tratamento com a leuprorrelina foram: perda ou diminuição da libido (76,25%), impotência sexual (71,25%), Fogachos (51,25%) e ganho de peso (43,75%). Dos 80 prontuários analisados verificou-se que em 63 (78,75%) ocorreu uma diminuição dos níveis séricos de PSA conseguindo atingir os valores de referência estabelecidos, 8 (10 %) ocorreu diminuição do PSA, porém com valores acima dos valores de referência, foi constatado que 6 (7,5%) tiveram aumento do PSA depois do uso da Leuprorrelina e 3 (3,75%) mantiveram os mesmos níveis séricos de PSA antes e depois do uso do medicamento. Conclusão: O bloqueio hormonal através do uso da Leuprorrelina, está sendo efetivo para diminuir, na maioria

dos casos, os níveis séricos do antígeno prostático específico, em pacientes acometidos pelo câncer de próstata. Palavras-chave: Câncer de próstata.

Tratamento. Leuprorrelina

4752 - Conhecer para Educar: Adesão Ao Tratamento Medicamentosos em Pacientes Transplantados Renais de um Hospital Universitário

Andréa Martins Melo Fontenele, Letícia Silva Diniz, Iara Antonia Lustosa nogueira, Rayanna Cadille , Raimunda Sheyla Dias , Antônio Pedro Leite Ramos , Regina de Fátima Cruz Morais

Introdução: A não adesão terapêutica nos doentes transplantados é um problema grave e preditivo do aumento da morbidade e mortalidade. Objetivo: Avaliar a prevalência da não adesão ao tratamento farmacológico de pacientes transplantados renais atendidos ambulatorialmente. Método:

estudo transversal realizado no período de junho a outubro de 2017, com 113 transplantados renais em acompanhamento no ambulatório do Centro de Prevenção de doenças Renais em um Hospital Universitário. A adesão medicamentosa foi avaliada utilizando as versões em português do Brief Medication Questionnaire – BMQ e Teste de Morisky Green – TMG com cinco perguntas. Para avaliação da associação entre as variáveis de interesse, foram utilizados o teste qui-quadrado, Teste T e Exato de Fisher. Considerou-se significante o p-valor abaixo de 0,05. Este estudo é parte de um estudo maior intitulado ”Estado Nutricional de Transplantados Renais do Estado do Maranhão” aprovado pelo CEP do Hospital sob número de parecer 1.872.021 Resultados: dos 113

transplantados, a média de idade foi de 48±12,43 anos com predomínio do sexo masculino (70,8%), de cor/raça parda (61,1%), casados (73,4%) e com mais de 8 anos de estudo (58,4%). Em relação à atividade laboral, a maioria dos pacientes estão inativos laboralmente (65,5%) e tem renda familiar média acima de um salário mínimo (90,3%). O percentual de não adesão pelo Teste de Morisky-Green foi de 77%. A mensuração geral no Brief Medication Questionnaire mostrou que 50,44% dos transplantados renais atendidos ambulatorialmente apresentaram provável baixa adesão e 2,66% baixa adesão à terapia medicamentosa. Em relação aos domínios avaliados do BMQ 98,23% dos pacientes apresentam a recordação como barreira de adesão no que concerne ao tratamento farmacológico. A variável idade mais jovem apresentou-se como um fator associado à não adesão nos pacientes transplantados (p=0,04). a identificação e análise dos fatores associados à não adesão medicamentosa nos transplantados investigados contribuíram para o conhecimento do perfil sociodemográfico, condições de saúde e características relacionadas à utilização de medicamentos por parte dessa população. Conclusão: Observou-se

uma elevada frequência de não adesão ao tratamento medicamentoso, ressaltando-se o conhecimento de fatores associados a este problema de modo a elaborar estratégias direcionadas, visando educação em saúde e consequentemente a minimização dos elementos que dificultam a adesão ao tratamento

4626 - Redução do Tempo de Tratamento Antimicrobiano em Unidades de Terapia Intensiva Através do Programa Stewardship Antimicrobial em um Hospital Universitário do Ceará: O Farmacêutico Fazendo a Diferença!

Breno Queiroz de Araújo, Elana Figueiredo Chaves, José Martins de Alcântara Neto, Keine Monteiro Castro, Henry Pablo Lopes Campos e Reis, Angela Maria de Souza Ponciano

Introdução: Os Antimicrobianos (ATM) estão entre os medicamentos mais prescritos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) devido à alta

prevalência de infecções, muitas delas por germes multirresistentes, o que levam à necessidade da utilização de ATM de amplo espectro. Em vista disso, o Programa Stewardship Antimicrobial vem sendo implementado, no intuito de promover o uso racional de ATM através de diversas estratégias, como, por exemplo, a redução do tempo de tratamento quando não há mais evidência de quadro infeccioso. Essa estratégia visa prevenir e reduzir as taxas de resistência bacteriana, as reações adversas associadas ao uso prolongado de ATM, diminuir os custos de saúde e reduzir o tempo de internação hospitalar. Objetivo: Avaliar a redução do tempo de tratamento antimicrobiano em uma UTI, através do Programa Stewardship Antimicrobial em um

hospital universitário no Ceará. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de base documental e retrospectivo realizado com os dados dos pacientes

internados nas UTI clínica adulto e pós-cirúrgica em uso de antimicrobianos estratégicos ou de amplo espectro em um hospital universitário em Fortaleza, Ceará, no período de fevereiro de 2017 a janeiro de 2018. Os pacientes foram monitorados por farmacêuticos clínicos e residentes farmacêuticos que realizaram o gerenciamento da terapia juntamente com o médico assistente e infectologista. Os dados coletados foram inseridos em um formulário próprio e, em seguida, compilados e analisados em planilha Excel® 2016. O estudo foi aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa do hospital com o parecer número 2.945868. Resultados: Foram incluídos no estudo 40 pacientes em uso de ATM. Desses, a maioria foi do sexo feminino (52,50%; n=21) e com idade maior do

que 60 anos (65,50%; n=26). Com relação ao tipo de cuidado, 57,50% eram clínicos (n=23) e 42,50% pós-cirúrgicos (n=17). Foram registradas 10 topografias acometidas por infecção, sendo a respiratória (48%; n=24) e a sanguínea (20%; n=10) as mais prevalentes. Os ATM mais utilizados foram todos de amplo espectro, sendo a piperacilina/tazobactam (26,00%; n=13) o mais usado, seguido do meropenem (20,00%; n=10) e da vancomicina (14,00%; n=7); os demais representaram, cada um, menos de 10,00% da amostra. O tempo médio de utilização por terapia foi de 10,24 dias (DP=3,49), variância entre 3 e 20 dias. Com relação a soma total de dias previstos de tratamento e a soma dos dias de uso foram contabilizados 687 e 512, respectivamente, observando-se um indicador farmacoterapêutico de 175 de dias livres de antimicrobianos (25,47%). O meropenem foi o ATM que teve maior redução de dias de uso em relação ao tempo de tratamento previsto (n=43), seguido da piperacilina/tazobactam (n=40) e da linezolida (n=16). Conclusão: A maioria dos pacientes do estudo foram idosos

do sexo feminino e os ATM de amplo espectro mais utilizados foram a piperacilina/tazobactam, o meropenem e a vancomicina. Através da estratégia de redução de tempo de tratamento, 175 dias foram reduzidos da soma total de dias previstos para o tratamento, representando uma redução de 25,47% de dias desnecessários de terapia, demonstrando que o programa tem sido efetivo na racionalização do uso dos ATM. Descritores: Stewardship Antimicrobial,

Unidades de Terapia Intensiva, Antibacterianos.

4352 - Cuidado Farmacêutico em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: Seis Meses de Experiência Clínica

Nelson Machado do Carmo Junior , Elaine de Andrade Azevedo , Rachel de Lima Vaz, Ronara Camila de Souza Groia Veloso, Fabiana Correa Borges Avila, Gabriel Vitor de Lima Marques, Luisa Duarte nogueira, Jennifer Soares Carvalho

Introdução: O farmacêutico na instituição hospitalar é o profissional mais adequado para atuar visando o uso racional e seguro do medicamento.

Nas EUA, o serviço clínico farmacêutico (SCF) avançou muito desde a década de 1970, tornando-se essencial na terapia intensiva. Na Brasil, a atuação desse profissional tem sido reconhecida, o que resultou na publicação de normativas específicas nesta área. O cuidado farmacêutico em unidades de terapia intensiva (UTI) pediátrica e neonatal ainda está em desenvolvimento. Objetivo: descrever o SCF em uma UTI Neonatal localizada em uma maternidade

pública em Belo Horizonte, MG. Metodologia: Estudo transversal e descritivo realizado por meio de revisão em prontuários de dezembro/2017 a maio/2018.

Os pacientes admitidos na UTI foram avaliados em até 24h pelo SCF, utilizando-se o método Pharmacotherapy Workup (PW) como modelo de cuidado. O farmacêutico realizava o round à beira leito e participava das reuniões clínicas. Os medicamentos utilizados foram agrupados conforme classificação Anatomical Therapeutic Chemical (ATC). As intervenções farmacêuticas foram realizadas e os Problemas Relacionados a Medicamentos (PRM) identificados foram classificados e quantificados. Foram mensuradas as frequências das condutas farmacêuticas e a resolução/prevenção de PRM. Os resultados encontrados foram registrados em planilhas do programa Microsoft® Office Excel 2010. A associação entre o uso de medicamentos potencialmente perigosos (MPP) e ocorrência de PRM de segurança foi investigada por meio do Teste de qui-quadrado de Person e a magnitude da associação será expressa pelo odds ratio (OR) com intervalo de confiança (IC) de 95%, considerando valor de p < 0,05. A análise estatística foi realizada utilizando o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 25.0. Este estudo foi aprovado no comitê de Ética institucional sob o protocolo CAAE 88324218.2.0000.5119.

Resultados: Foram acompanhados 108 pacientes. Os três principais motivos de admissão na UTI foram desconforto respiratório (33,3%), displasia

pulmonar (16,7%) e icterícia neonatal (14,8%). Quanto à classificação (ATC) os medicamentos mais utilizados pertenciam ao: sistema nervoso 23 (31,1%), anti-infecciosos para uso sistêmico 20 (27,0%), sistema cardiovascular 12 (16,2%), trato alimentar e metabolismo 12 (16,2%). Os PRM foram estratificados conforme a natureza e possíveis causas. Quanto à natureza, os mais frequentes foram: segurança (44,6%) e efetividade (25,7%). Quanto às possíveis causas: Administração incorreta (21,6%), dose alta (13,5%) e dose inefetiva (10,8%). Dentre as condutas farmacêuticas: Alteração de forma farmacêutica 9 (12,2%), início de novo medicamento 9 (12,2%), redução da dose diária 9 (12,2%), alteração de via de administração 8 (10,8%) e aumento da dose diária 7 (9,5%). Os PRM resolvidos/prevenidos após aceitação da intervenção farmacêutica pela equipe médica foi de 58 (78,4%). Foi identificada associação positiva estatisticamente significativa entre a ocorrência PRM de segurança e uso de MPP (OR 6,013). Conclusão: Os pacientes que usaram MPP tiveram maior chance

de desenvolver PRM de segurança, reforçando a importância da atuação clínica do farmacêutico em UTI Neonatal, especialmente no que se refere ao uso seguro de medicamentos. A resolução/prevenção de PRM por este profissional teve percentual considerável. Descritores: Serviço de Farmácia Hospitalar;

Unidades de Terapia Intensiva Neonatal; Segurança do Paciente

4587 - Implantação de um Serviço de Cuidado Farmacêutico em uma Farmácia Básica Municipal

Gabriela Masiero Marcon , Patricia Guerrero de Sousa, Jakeline Liara Teleken, Déborah Meassi Santana, Suelem Tavares da Silva Penteado

Introdução: O cuidado farmacêutico constitui a ação integrada do farmacêutico com a equipe de saúde, centrada no usuário, para a promoção, a

proteção e a recuperação da saúde e na prevenção e resolução de problemas relacionados a farmacoterapia (PRF). A implantação e desenvolvimento desta prática profissional em farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS), em diferentes pontos do país, tem sido estimulada nos últimos anos como uma estratégia para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Objetivo: descrever o processo de implantação do cuidado farmacêutico em uma farmácia básica do

SUS, de um município do oeste do paraná. Método: Trata-se de um estudo descritivo que relata o processo de implantação do cuidado farmacêutico em

uma farmácia básica municipal, iniciado em outubro de 2018 até abril de 2019. A referida farmácia localiza-se em um município de médio porte localizado na região oeste do paraná e presta diferentes serviços à comunidade local. Dispõe de um espaço amplo, com área para serviços farmacêuticos e dispensação de medicamentos. O serviço é realizado por farmacêuticos com especialidade na área clínica e por acadêmicos de farmácia de uma universidade, sob supervisão. A estruturação das atividades de cuidado farmacêutico foi fundamentada nos documentos do Ministério da Saúde, sobre cuidado farmacêutico na atenção básica. Os dados deste serviço foram tabelados no Programa Excel e analisados no Programa SPSS versão 13.0. O estudo foi aprovado por comitê

de Ética em Pesquisa sob parecer n.º 3.053.974/2018, e autorizado pela instituição. Resultados: A implantação das atividades de cuidado farmacêutico foram

oferecidas para pacientes polimedicados e com doenças crônicas não controladas, priorizando àqueles mais susceptíveis ao desenvolvimento de PRF. As consultas farmacêuticas foram realizadas em sala apropriada, destinada para esta finalidade, de modo a manter a privacidade das informações coletadas. A seleção dos pacientes foi realizada por meio de busca ativa ou encaminhamentos realizados pelas Unidades Básicas de Saúde. As consultas iniciais e de retorno foram agendadas conforme a disponibilidade do paciente e de acordo com as necessidades individuais. Foram elaborados formulários específicos de prontuário clínico, de encaminhamento à outros profissionais de saúde e de pareceres técnicos. Na total, 38 pacientes encontram-se inseridos no serviço, sendo que até o momento foram realizadas 48 consultas (1,3 consultas/paciente). Nas consultas são coletados dados sociodemográficos, perfil nosológico e dados relacionados à farmacoterapia e aferição de parâmetros clínicos, tais como pressão arterial, glicemia capilar e medidas antropométricas. As intervenções farmacêuticas são realizadas junto ao paciente e à equipe multiprofissional que o acompanha. Conclusão: O cuidado farmacêutico implantado

nesta farmácia tem proporcionado condições para a execução de atividades clínicas do farmacêutico na promoção do uso racional de medicamentos e a integração dele junto à equipe de saúde. Avaliação a longo prazo de desfechos clínicos e de indicadores do serviço serão fundamentais para a melhoria da qualidade das ações desenvolvidas, que norteará a multiplicação das atividades de cuidado farmacêutico em outros contextos do SUS, neste município.

Descritores: Assistência farmacêutica; Atenção à saúde do idoso; Efeitos Colaterais e Reações Adversas Associados a Medicamentos.

Documentos relacionados