4838 - A complexidade da Obesidade e o Acolhimento pela Atenção Básica de Pacientes Obesos Após o Follow-Up de 2 Anos em Serviço Terciário: uma Questão de Saúde Pública
Claudia Regina Felicetti Lordani, Francielle de Assis Beraldi, Allan Cezar Faria Araujo
Introdução: Por sua cronicidade e multifatorialidade, os indivíduos
obesos necessitam de cuidado integral nos serviços de saúde da rede pública que o auxiliem a viver o cotidiano garantindo a qualidade de vida necessária e evitando as consequências tardias deste mal. Objetivo: Avaliar
o acolhimento de pacientes obesos, não-operáveis, pela Atenção Básica (AB) após follow-up de 2 anos em serviço terciário de obesidade e cirurgia bariátrica. Método: Estudo transversal, realizados com 42 adultos obesos
que participaram de programa ambulatorial multiprofissional de fevereiro de 2016 a dezembro de 2018 em um serviço de obesidade e cirurgia bariátrica de um Hospital de Ensino no paraná, localizado em Cascavel e que retornaram para avaliação neste serviço três meses após o encaminhamento para as unidade de saúde de origem. De acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, os pacientes inelegíveis ou que desistiram do procedimento cirúrgico devem dar seguimento ao tratamento na Atenção Básica, portanto, todos os pacientes classificados neste grupo, ao final do programa, receberam um encaminhamento contendo as informações do tratamento recebido neste período o seguimento na Unidade. Além disso, o mesmo documento foi enviado previamente às AB por meio do Serviço Social do serviço de obesidade/alta complexidade. Aprovado pelo CEP n° 1.180.202. Resultados: do total de 42 pacientes, 52,4% retornaram para a
reunião de acompanhamentos no Serviço de Obesidade, sendo 63,6% em Cascavel e 36,4% de municípios vizinhos, 81,8% eram mulheres com idade média de 48,7±10,81 anos (mín. 23 e máx. 64 anos). A perda média de peso deste grupo ao final do programa foi de 18,9±25,44Kg, com redução média de IMC de 44,8Kg/m2 (inicial) para 39,46Kg/m2. Apenas 22,7% das unidades de saúde contactaram os pacientes para o acolhimento. Em relação aos pacientes 63,6% deste procuram a unidade de saúde de origem. Na geral, a maioria (81,8%) relatou desconhecer ou não haver atividades voltadas para o acompanhamento clínico da obesidade. Os demais,18,18% dos pacientes relataram 01 consulta com o psicólogo, 01 com nutricionista, 01 consulta médica – que não abordou a obesidade e 01 reunião de hipertensos, sendo que apenas 9%foram informados que manterão o seguimento, embora sem uma frequência claramente estabelecida. Apesar disto, 81,8% relataram continuar seguindo as orientações nutricionais e de atividade física fornecidas durante o acompanhamento no serviço do serviço de obesidade/ alta complexidade. Contudo, nestes três meses do encaminhamento, pouco mais da metade (54,5%), apresentou reganho de peso após a conclusão do programa (média de 3,7±3,4Kg). Conclusão: O acolhimento do paciente
obeso pela atenção básica, neste estudo, foi de apenas 18,1%, sendo que apenas metade deles manterão seguimento, embora sem uma frequência estabelecida o que evidencia, claramente, as limitações no cotidiano das práticas profissionais seja pelo desconhecimento da complexidade dos cuidados requeridos por essa população e/ou pela falta de organização da linha de cuidado do paciente obeso e o não fortalecimento da atenção básica no tocante à prevenção de agravos. Descritores: Obesidade, rede de
atenção a saúde, atenção básica
4917 - A Cronofarmacologia na Atuação do Farmacêutico Clinico
Adna Vasconcelos Fonteles, Fabio Frota de Vasconcelos, Antonio Neudimar Bastos Costa, Antonio Erivelton Passos Fontenele, Renan Rhonalty Rocha, Antonia Rafaella Ferreira Gomes Martins, Alana Cavalcante dos Santos, Rafaela Linhares
Introdução: O resultado de viver em um planeta cuja principal
fonte de luz e calor está presente apenas parte do dia foi os organismos da Terra se adaptaram aos sistemas fisiológicos para explorar essas variações para obter a máxima aptidão. Coletivamente, esses relógios são chamados de “circadianos” (latim circa diem - cerca de um dia). Nas mamíferos, os relógios circadianos influenciam todos os principais sistemas de órgãos, e essa influência se traduz diretamente na patologia da doença. Com isso é lógico que a farmacodinâmica e a farmacocinética de muitos fármacos seriam circadianas e, deste modo, que a eficácia e os perfis de segurança dos medicamentos também variam com a hora do dia. Na entanto, essa variação é raramente considerada pelos médicos, desenvolvedores de drogas ou reguladores. Objetivos: descrever a importância do conhecimento
sobre cronofarmacologia para atuação do farmacêutico clínico. Métodos:
Realizou-se uma revisão bibliográfica utilizando como ferramenta o banco de dados virtual denominado MEDLINE , esta base inclui a Index Medicus, Index dental Literature e Nursing Index e a SCIELO. Os artigos foram buscados com os títulos: ritmos biológicos, ritmo circadiano, cronofarmacacologia, cronofarmacocinética, e cronoterapia. Resultados: Hipercolesterolemia:
normalmente, a síntese hepática do colesterol é intensa durante a noite. Inibidores que apresentam uma curta meia-vida de eliminação, como sinvastatina, devem ser aplicados ao deitar e compostos com maior meia- vida de eliminação, como a atorvastatina, aplicados pela manhã ou ao deitar. Artrite reumatoide: Os sintomas geralmente se manifestam no momento do despertar. Recomenda-se administrar medicação no dia anterior à tarde ou à noite. Osteoartrite: Os sintomas aumentam à tarde. O tratamento deve ser administrado de manhã. Corticosteróides: O corpo libera corticóides ao máximo por volta das oito horas da manhã, sendo conveniente adaptar a administração a este ritmo circadiano, administrando-a ao mesmo tempo. Úlcera péptica: como um período longo de secreção ácida basal ocorre durante a noite, doses dos agentes anti-histamínicos administradas após o jantar ou ao deitar-se são as mais indicadas. Os inibidores da bomba de prótons podem ser administrados pela manhã pois seu efeito se faz por longo período. Hipertensão: Aumenta durante o período entre as seis e as doze da manhã, por isso recomenda-se medicamento anti-hipertensivo à noite. É lógico que qualquer esquema terapêutico que mantenha constante o nível plasmático do anti-hipertensivo pode não proteger adequadamente o paciente das complicações desta enfermidade. A redução intensa da pressão arterial à noite (extreme dippers), sobretudo em idosos, eleva a incidência de neurite óptica isquêmica e de acidentes vasculares cerebrais durante a noite. Dessa forma, devemos procurar o melhor momento para aplicar o medicamento anti-hipertensivo a fim de alcançar maior proteção cardiovascular. Conclusão: A fisiologia humana é conduzida por ritmos
biológicos endógeno estabelecido que deve ser tomado em conta no estabelecimento de tratamentos farmacológicos. A aplicação dos princípios cronofarmacológicos no tratamento de doenças pode melhorar a eficácia terapêutica dos medicamentos e, em muitos casos, reduzir seus efeitos adversos. O farmacêutico clínico é o profissional mais indicado para realizar orientações acerca do assunto, em todos os níveis de atenção à saúde.
Descritores: Cronoterapia. Farmacocinética. Circadiano
4849 - A Experiência do Processo Evolutivo do Farmacêutico na Residência com Ênfase em Urgência e emergência
Fernanda Maria Teófilo Campos, Larissa Mendonça Moreira, José Márcio Machado Batista, José Martins de Alcântara Neto
Introdução: A Farmácia Hospitalar encontra-se em franca
ampliação de funções, entre elas o exercício de atividades clínicas. Porém no Brasil, a difusão da Farmácia Clínica refreia por questões de políticas de saúde e primordialmente pela formação em alguns pontos deficitários do profissional. Diante desse contexto, uma grande oportunidade de evolução profissional surgiu com a Residência Multiprofissional e a assertiva inclusão do farmacêutico. A Residência Integrada em Saúde (RIS) é uma modalidade de educação em serviço que objetiva especializar profissionais das diversas categorias para atuarem em equipe de forma multidisciplinar, segundo os princípios do SUS. As atividades desenvolvidas durante a residência visam: desenvolvimento do saber (conhecimentos), do fazer (habilidades) e do ser (atitudes). Objetivo: Apresentar a experiência do processo evolutivo
do farmacêutico na RIS Multidisciplinar com ênfase na Rede de Urgência e emergência. Método: compreende no relato descritivo da vivência das
atividades desempenhadas pelos profissionais farmacêuticos residentes do período de 2017 a 2019, inseridos na ênfase de Urgência e emergência. O campo de estudo foi um hospital de referência em atendimento ao trauma, queimaduras e intoxicações, do Ceará. As experiências relatadas foram oriundas dos residentes das turmas de 2018 a 2020 e egressos do ano corrente. Resultados: A matriz curricular da turma de 2017-2019 estava
organizada de modo que no primeiro ano as atividades desenvolvidas eram principalmente as de gestão logística, em uma farmácia satélite que atendia setores críticos como emergência, Unidades de Terapia Intensivas (UTI) e Centro de Tratamento de Queimados (CTQ). O único contato com atividades clínicas nesse período, ocorreu durante o rodízio no Centro de Informação e Atendimento Toxicológico (CIATOX). Essa estruturação limitou o contato do residente farmacêutico com a prática clínica em equipe multidisciplinar no primeiro ano da residência. Na segundo ano, o rodízio
foi organizado em unidades de internação, onde atuavam juntamente com as visitas multidisciplinares, nas quais o farmacêutico clínico estava inserido, como as UTI e o CTQ. Para a matriz curricular da turma 2018-2020, com a ampliação da atuação do farmacêutico clínico da instituição, foi possível inserir o residente, já no primeiro ano em atividades clínicas, possibilitando o desenvolvimento dessas competências e maior interação multidisciplinar. Atividades logísticas também foram desenvolvidas nesse primeiro ano, porém, em menor quantidade que a matriz anterior, e no segundo ano desta turma, os residentes ampliarão os setores clínicos de atuação. Além das atividades práticas, a matriz curricular prevê atividades teórico-práticas e conceituais multidisciplinares, organizadas em roda, além da roda com o núcleo da farmácia. Outras demandas de atividades vão surgindo junto com a dinâmica rotativa que a instituição apresenta e com a evolução da prática farmacêutica. Conclusão: A evolução da matriz curricular farmacêutica da
RIS estimulou o processo da ampliação da prática farmacêutica na instituição, fortalecendo o desenvolvimento de competências e conhecimentos em farmácia clínica.
Descritores: Residência, emergência, Residências de Farmácia. 4137 - A Importância da Abertura de uma Agência Transfusional em um Hospital Maternidade de Juazeiro do Norte.
Larissa Varela de Paiva, Thainá Soares Saraiva, Jayanne Alencar Firmo, Ádny Joísi dantas de Jesus, Rayane Silva Alves, Maria Lara de Lima Brito, Maria Karoliny Figueredo dos Anjos
Introdução: Unidades Hospitalares são locais de intensa
movimentação, realizam diariamente muitos procedimentos e por vezes a transfusão de hemocomponentes para reposição da hemoglobina no paciente, seja por perda excessiva ou decorrente de terapias diversas. Esse procedimento muitas vezes é realizado em caráter de urgência, havendo a necessidade de agilidade no atendimento. a agência transfusional (AT) é uma unidade hemoterápica, de localização preferencialmente intra- hospitalar, a fim de facilitar o atendimento em tempo hábil. Possui função de armazenar os hemocomponentes e hemoderivados, realizar exames imunohematológicos pré-transfusionais, liberar e transportar os produtos sanguíneos para as transfusões nos diversos setores de um complexo hospitalar. Hospitais maternidades constituem o arsenal terapêutico que confere suporte avançado aos bebês de risco em unidades de cuidados intensivos neonatais, sobretudo para o tratamento da eritroblastose fetal. Nas hospitais pediátricos, os recém-nascidos (RN) são os pacientes que mais consomem sangue e hemocomponentes (exsanguineotransfusão e transfusão de concentrados de hemácias), devido ao baixo peso e idade gestacional. Objetivo: demonstrar a importância da abertura de uma
agência transfusional em um hospital maternidade de Juazeiro do norte.
Metodologia: O estudo teve como base uma revisão integrativa da literatura
científica, cuja elaboração utilizou o seguinte eixo norteador: é importante uma agência transfusional em Hospitais Maternidades, através das consultas nas bases eletrônicas BVS, Lilacs, Scielo ,Pubmed e legislação vigente da última década, utilizando os Descritores: transfusão sanguínea; hospital;
saúde (deCS). Resultados: A Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de
setembro de 2017 preconiza que os hospitais que realizem procedimentos cirúrgicos de grande porte, atendimentos de urgência e emergência ou que efetuam mais de 60 transfusões mensais devem contar com, pelo menos, uma AT. Entretanto, os hospitais não inclusos nesses critérios e aqueles que fazem procedimentos obstétricos, cujo tempo para viabilização do procedimento transfusional possa comprometer a assistência do paciente, deverão viabilizar alternativas para minimizar os riscos e garantir o suporte hemoterápico adequado aos seus clientes. Em 2012, foram realizadas 3.127.957 transfusões de sangue e hemoderivados no Brasil nos serviços públicos e privados, o que representou acréscimo de 4,9% quando comparado aos números do ano anterior. Desse montante, 2.666.209 aconteceram no ambiente hospitalar. Reis et al. (2016) observaram que o setor de um hospital no qual foi realizado o maior número de transfusões foi o Centro de Terapia Intensiva (CTI) (43,8%), seguido pelo setor de clínica adulto e pediátrico (24,4%). Conclusão: A transfusão
sanguínea por ser essencial para a qualidade de vida do paciente deve ser administrada em via correta, no paciente correto, em tempo adequado, com testes imunohematológicos compatíveis e validade adequada do hemocomponente. ou seja, a segurança é garantida através do produto sanguíneo e do processo clínico de transfusão. A abertura da agência transfusional em hospital maternidade além de oferecer melhores condições
de saúde aos pacientes, proporcionando o tratamento adequado, otimiza o tempo de internação e minimiza complicações hospitalares. Descritores:
transfusão sanguínea; hospital; saúde.
4936 - A Importância da Adesão Ao Protocolo de Antibioticoterapia em Unidades Hospitalares: uma Revisão Integrativa da Literatura
Lizandra Alves Xavier, Josilenne Ferreira Barros, Emanuela Machado Silva Saraiva
Os antimicrobianos são considerados de grande valia na terapêutica moderna, pois o propósito é a cura de infecções por microrganismos. O uso inadequado dessa classe de medicamento tem levado a um aumento nas infecções hospitalares, tendo como consequência um tempo maior de internamento e dos índices de morbimortalidade, repercutindo nos custos, considerando que há o prolongamento de internações, o consumo de antibióticos, exames laboratoriais, e os gastos com isolamento. O objetivo do estudo é avaliar a importância da adesão aos protocolos na escolha de antibioticoterapia em unidades hospitalares no Brasil. Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa da literatura, acerca da adesão aos protocolos de antibioticoterapia em unidades hospitalares, realizado entre agosto e novembro de 2018. Foram critérios de inclusão: ser artigo publicado entre os anos de 2012 a 2018, que abordasse a adesão aos protocolos de antibioticoterapia em unidades hospitalares; estar disponível eletronicamente e de forma gratuita nas bases de dados selecionadas. Em relação às temáticas, houve estudos sobre o perfil do uso antimicrobianos e suas interações medicamentosas, análise do perfil das prescrições de antimicrobianos na clínica médica de um hospital público, fatores de risco no uso de antimicrobianos em uma instituição hospitalar, bem como a implementação de um programa de administração de antimicrobianos com um artigo cada. Na maioria dos estudos houve diferenças entre prognósticos de pacientes tratados com o uso de protocolos de administração de antibioticoterapia levando em consideração principalmente a taxa de infecção hospitalar e o tempo de internação desses pacientes como também evidenciaram que um acompanhamento farmacoterapêutico bem delimitado com a ajuda dos protocolos nas prescrições de antibióticos, bem como a educação continuada de toda a equipe multiprofissional contribui substancialmente na busca do controle de infecção hospitalar. Evidenciou- se a necessidade de realizações em pesquisas e implantação de programas eficientes que garantam um maior controle e prevenção dos riscos associados a utilização indevida de antimicrobianos. Descritores: Adesão.
Antibióticos. Protocolo.
4842 - A Importância da Atuação do Farmacêutico Clínico na Dispensação de Medicamento de Alto Custo (Imunoglobulina Humana) em um Hospital Público do Pará.
Luana Rodrigues Marinho, Luanny Paula Dias de Oliveira, Yasmin Santos do nascimento, Cinthia Cristina Sousa de Menezes da Silveira, Priscila de nazaré Quaresma Pinheiro, Diandra Araújo da Luz.
Introdução: A imunoglobulina humana (IGH) é usada na terapia de
reposição de IgG na imunodeficiência primária e secundária; prevenção e tratamento de certas infecções; como agente imunomodulador em doenças autoimunes e inflamatórias. Apesar de eficientes suas indicações devem ser cuidadosamente avaliadas devido seu alto custo (cerca de R$199,00/ grama), cuja eficácia está relacionada ao emprego de altas doses em cada tratamento, contribuindo para alto custo do fármaco. A IGH é inserida na lista de medicamentos do componente Especializado da Assistência Farmacêutica, regido no Brasil, pela portaria do Ministério da Saúde (MS) nº 1.554, de 30 de julho de 2013. Esse componente atende a estratégia de acesso a medicamentos no âmbito do SUS, objetivando a garantia da integralidade do tratamento medicamentoso. Cabe ao farmacêutico analisar os exames e demais documentos apresentados pelo paciente, para que a dispensação esteja dentro dos critérios estabelecidos pelo MS, o que por sua vez ajuda no controle de custos com o fármaco que já é de alto impacto financeiro. Objetivos: Analisar a dispensação de IGH quanto a demanda por
sexo, justificativas de dispensação e os custos do tratamento entre 2012 e 2018 em um hospital público do Pará. Método: Estudo do tipo retrospectivo,
descritivo e exploratório, com abordagem quali-quantitativa, realizado em um hospital público de referência materno infantil de Belém-PA, de 2012 a 2018, com dados da dispensação de IGH a 98 pacientes, distribuídos entre as clínicas de Neonatologia, Pediatria, Clínica Médica e Tocoginecologia. Os
dados foram obtidos a partir de informações secundárias às prescrições, que estavam organizadas em planilhas do programa Microsoft Office Excel 2016, na central de abastecimento farmacêutico, utilizada para controle de custos. Assim, este trabalho autorizado pela Gerência de Pesquisa da instituição e recebeu dispensa do comitê de ética devido a coleta não ter sido feita diretamente das prescrições. Resultados: Os diagnósticos para
os quais houve dispensação foram: distúrbios inflamatórios, ausência de anticorpos, disfunções na coagulação sanguínea, infecções e anemias, totalizando 87,5% dos casos. Tais indicações estão entre os casos para os quais a IGH pode ser prescrita. Os 12,5% restantes foram referentes às síndromes que são tratadas preferencialmente com o uso de IGH, como a de maior caso a Síndrome de Guillain Barré (3,91%). O gênero feminino teve o maior número de atendimentos no período, sendo responsáveis por 67,48% dos casos, enquanto o gênero masculino 32,52%. Em relação a demanda/custos entre 2012 e 2018, o total de pedidos correspondeu a 1823 ampolas de IGH, totalizando 1.514.988,17 R$. Os anos com maiores demandas foram 2016 com a solicitação de 394 ampolas (205.688,25 R$) e 2018 com a realização de 602 ampolas (590.072,2 R$.). Os custos ao longo dos anos podem ter diferido entre si em função da troca de fornecedor ou fabricante e, embora o custo observado seja alto, poderia ser ainda maior se não fossem obedecidos os critérios para a dispensação estabelecidos nos protocolos clínicos do MS. Conclusões: Evidencia-se a importância na avaliação clínica e na gestão dos recursos em saúde, garantindo o acesso aos casos elencados no protocolo de dispensação da IGH. A dispensação incorreta destes medicamentos além de implicar em ônus à saúde pública, poderia resultar em falta aos pacientes que de fato necessitem dele.
Descritores: Protocolos Clínicos; Farmacoeconomia.
4920 - A Importância da Busca Ativa na Farmacovigilância: um Relato de Experiência
Thalita Rodrigues de Souza, Suyanne Pontes
Introdução: A farmacovigilância tem como principal atividade o
monitoramento dos medicamentos que foram aprovados por agências reguladoras de saúde. Tendo como sua principal atividade a notificação de Reação Adversa a Medicamentos (RAM), a qual todo paciente que apresentar qualquer efeito decorrente do tratamento medicamentoso deverá ser notificado para este serviço. Objetivo: descrever a importância
da busca ativa dentro de uma instituição hospitalar para melhorar o número de registros além da notificação espontânea por porte dos profissionais de saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo designado
como relato de experiência de um método utilizado por profissionais farmacêuticos de um Hospital privado de Fortaleza. O trabalho foi realizado no primeiro trimestre do ano de 2019 (janeiro a março), a partir da identificação de casos subnotificados nas unidades. A busca ativa foi iniciada por meio da análise diária das prescrições médicas, seguida de um “alerta”, os medicamentos de classes como anti-histamínicos, corticoides e/ou antieméticos prescritos como acréscimos ou quando solicitado em caso de necessidade de antídotos e por fim rastreados e analisados quanto aos critérios de causalidade e gravidade conforme o algoritmo de naranjo.
Resultados: em decorrência das análises das prescrições, o rastreamento
das RAM´s passou a ser feito diariamente, tendo como resultado um aumento significativo após ser aplicado no primeiro trimestre, o que indica a eficácia do método, uma vez que a prescrição dos antídotos para tratar