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Mercado agroindustrial

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4.2.1 Consumo aparente de tecidos e malhas de algodão

O comércio de tecido e malha de algodão é em grande parte limitado ao mercado brasileiro, configurando o Brasil como produtor-consumidor de tecido e malha de algodão. As confecções são os grandes consumidores de tecido e malha de algodão, como elo final da cadeia produtiva têxtil. De acordo com a Tabela 1 os tecidos e malhas de algodão respondem positivamente ao aumento de renda da população. A Figura 2 demonstra que no final da década de 1990 o consumo aparente de tecidos e malhas de algodão experimentou um forte crescimento que se manteve estável até 2003 quando apresentou uma ligeira queda. A partir de 2004 o consumo aparente de tecidos e malhas de algodão vem crescendo de modo constante.

4.2.2 Consumo per capita de tecidos e malhas de algodão

Conforme indicado na Figura 3 o consumo per capita de tecido e malha de algodão se situa na faixa de seis quilogramas por habitante e o total per capita de consumo de têxteis atinge quase doze quilogramas por habitante o que corresponde a uma proporção de metade do consumo de fibras têxteis no mercado brasileiro.

Fonte: Adaptação do diagrama disponível no trabalho: Análise da eficiência econômica e da competitividade da cadeia têxtil brasileira – IEL (Instituto Euvaldo Lodi) – CNA (Confederação Nacional da Agricultura) – SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) – Brasília, 2000.

Figura 1: Fluxograma da cadeia produtiva têxtil do algodão.

Indicadores 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Média

Consumo aparente de tecido de

algodão (toneladas) 511040 526461 682477 725327 713684 643720 740748 760090 781110 768185 Consumo aparente de malha de

algodão (toneladas) 261915 233517 347826 341807 344953 299561 302282 362418 396890 409116 Variação da demanda de tecido 0,0302 0,2963 0,0628 -0,0161 -0,0980 0,1507 0,0261 0,0277 -0,0165 0,0515 Variação da demanda de malha -0,1084 0,4895 -0,0173 0,0092 -0,1316 0,0091 0,1989 0,0951 0,0308 0,0639 PIB per capita (R$/habitante) 5518 5800 6886 7491 8378 9498 10692 11662 12437 13515

Variação da renda 0,0511 0,1872 0,0879 0,1184 0,1337 0,1257 0,0907 0,0665 0,0867 0,1053 População (milhões) 166252 168754 171280 173822 176391 178985 181586 184184 186771 189335 Variação da população 0,0150 0,0150 0,0148 0,0148 0,0147 0,0145 0,0143 0,0140 0,0137 0,0146 Elasticidade-renda de tecido de algodão 0,49 6,60% Elasticidade-renda de malha de algodão 0,61 7,85% Tabela 1

Indicadores da cadeia têxtil - Elasticidade-renda de tecidos e malhas de algodão

Taxa de crescimento do consumo de tecido de algodão

Taxa de crescimento do consumo de malha de algodão

Fonte: SECEX (2009) e IEMI - Relatório Setorial da Indústria Têxteil Brasileira - Brasil Têxtil 2007 - 2008

Evolução do Consumo Aparente de Tecido e Malha Algodão (Toneladas)

700000 800000 900000 1000000 1100000 1200000 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano T on el ad as

Figura 2: Evolução do consumo aparente de tecido e malha de algodão.

Fonte: SECEX (2009) e IEMI - Relatório Setorial da Indústria Têxteil Brasileira - Brasil Têxtil 2007 - 2008

Consumo per capita de tecido e malha de algodão (Kg / habitante)

4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano K g / h ab it an te

Consumo per capita de têxteis (Kg / habitante)

Consumo per capita de tecido e malha de algodão (Kg / habitante)

4.2.3 Elasticidade-renda de tecidos e malhas de algodão

Ainda de acordo com a Tabela 1, tanto os tecidos quanto as malhas de algodão apresentam valores positivos de elasticidade-renda, indicando que estes produtos se comportam como bens normais, ou seja, seus consumos aparentes respondem positivamente ao aumento da renda. O consumo final de confecções é dependente da renda da população. Desse modo, qualquer elevação de poder aquisitivo das populações de baixa renda, promove o aumento do consumo de produtos têxteis e confecções. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2007 (IBGE, 2008), o aumento acumulado do rendimento do trabalho de 2004 até 2006 foi de aproximadamente dezesseis por cento alcançando o maior rendimento do trabalho desde 1999. Além disso, o índice de Gini, que mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita, vem melhorando ao longo da década de 2000, indicando uma melhor distribuição da renda no Brasil, embora com resultados ainda insatisfatórios quando comparado com outros países.

4.2.4 Taxa de crescimento do consumo de tecidos e malhas de algodão

A partir dos dados de consumo aparente, elasticidade-renda e taxa de crescimento do consumo determinados para tecidos e malhas de algodão, considerando o período de 1999 a 2007, estimou-se uma projeção de consumo até 2012 conforme mostrado na Tabela 2. Através destes cálculos é previsto um aumento de consumo de pouco mais de trinta e sete por cento para tecido de algodão e de quase quarenta e seis por cento para malha de algodão, demonstrando o maior crescimento do consumo de malhas em relação aos tecidos planos.

Artigo 2008 2009 2010 2011 2012

Tecido de algodão 818885 872932 930545 991961 1057431

Malha de Algodão 441232 475868 513224 553512 596963

Elaborado pelo autor a partir dos dados da Tabela 1

Tabela 2- Projeção do consumo aparente de 2008 até 2012

4.2.5 Preço de tecidos e malhas de algodão

Conforme apresentado na Figura 4, o preço médio de tecido de algodão se mantém ao longo do período de 1990 até 2007, superior ao preço correspondente aos tecidos fabricados com fibras artificiais e sintéticas. As principais fibras sintéticas concorrentes da fibra de algodão, na produção de tecidos planos, são o poliéster e o polipropileno, que apresentam preços inferiores ao preço dos tecidos de algodão. Os tecidos de outras fibras naturais, principalmente juta, coco, linho, rami, seda e lã, têm apresentado média de preço inferior ao tecido de algodão, principalmente a partir de 2002 (IEMI, 2008). A Figura 5 mostra que os preços médios de malha de algodão e de malhas fabricadas com fibras artificiais e sintéticas têm se mantido praticamente iguais, na faixa de dez dólares por quilograma, com ligeira vantagem para as malhas artificiais e sintéticas. Isto se deve ao fato de, no caso das malhas, ocorrerem um consumo significativo de fibras artificiais e sintéticas com preço próximo ou acima ao do algodão, como viscose, náilon e acrílico. No caso das malhas fabricadas com outras fibras naturais o preço médio tem se mantido bem acima do preço da malha de algodão principalmente por causa do volume representativo e do alto preço de malhas de lã.

Fonte: IEMI - Relatório Setorial da Indústria Têxteil Brasileira - Brasil Têxtil 2002 - 2006 - 2007 - 2008

Evolução do Preço Médio de Tecidos

0 2 4 6 8 10 12 14 16 1990 1991 1992 1993 1994 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano U $ / K g

Algodão Artificial / Sintético Outros Naturais

Figura 4: Evolução do preço médio de tecidos

Fonte: IEMI - Relatório Setorial da Indústria Têxteil Brasileira - Brasil Têxtil 2002 - 2006 - 2007 - 2008

Evolução de Preço Médio de Malhas

0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano U $ / K g

Algodão Artificiais e Sintéticas Outras Naturais

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