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Os principais mercados fi nanceiros, excetuando-se o período de maio a agosto, quando os movimentos de aversão ao risco associados aos problemas fi scais em países da Área do Euro e as incertezas sobre a retomada da economia mundial resultaram em elevação da percepção de risco,operaram em ambiente de menor volatilidade em 2010, em relação ao ano anterior.

Os mercados acionários das principais economias maduras se recuperaram em 2010, situando-se, ao fi nal do ano, em patamar próximo ao registrado antes da intensifi cação da crise fi nanceira mundial. No ano, os índices Deutscher Aktienindex (DAX – Alemanha), Standard and Poor’s 500 (S&P 500 – EUA) e Financial Times Securities Exchange Index (FTSE 100 – Reino Unido) avançaram 16,1%, 12,8% e 9%, respectivamente, contrastando

-9 -7 -5 -3 -1 1 3 5 7 9 11 Dez 2007 Fev 2008

Abr Jun Ago Out Dez Fev 2009

Abr Jun Ago Out Dez Fev 2010

Abr Jun Ago Out Dez

Fonte: Bloomberg 1/ Preços ao consumidor.

Gráfico 6.8

China: inflação1/

Variação percentual anual

com o recuo de 3% registrado no índice Nikkei, do Japão, sensibilizado pela valorização do iene e pelas maiores incertezas em relação à retomada econômica do país.

O índice Chicago Board Options Exchange Volatility Index (VIX), da Chicago Board Options Exchange, que expressa a volatilidade implícita de curto prazo do S&P500 e é considerado importante medida de aversão ao risco, após alcançar 45,8 pontos em meio as tensões sobre a situação fi scal da Grécia, em 20 de maio de 2010, recuou para 17,7 pontos ao fi nal do ano. A média anual do indicador recuou de 31,5 pontos, em 2009, para 22,5 pontos, em 2010.

As perspectivas mais favoráveis em relação à trajetória das economias emergentes contribuíram para que vários mercados acionários desses países registrassem, no período, ganhos expressivos, com ênfase nos resultados assinalados na Turquia, 24,9%; na Coreia do Sul, 21,9%; no México 20%; na Índia, 17,4%; e na África do Sul, 16,1%. Vale ressaltar a redução, no último bimestre do ano, dos ganhos nesses mercados, evolução consistente com os sinais de recrudescimento das pressões infl acionárias, decorrentes de elevações dos preços das commodities agrícolas e energia.

10 20 30 40 50 60 70 80 4.1 2008 4.4 4.7 3.10 20092.1 3.4 3.7 2.10 20101.1 2.4 2.7 1.10 31.12 Fonte: Bloomberg Gráfico 6.10 VIX 35 55 75 95 115 135 4.1 2009 11.3 16.5 21.7 25.9 30.11 20104.2 11.4 16.6 21.8 26.10 31.12 3 1 .1 2 .2 0 0 5 = 1 0 0 Fonte: Bloomberg Gráfico 6.9

Bolsas de valores – EUA, Europa e Japão

FTSE 100 DAX Nikkey 225 S&P 500

As incertezas sobre a sustentabilidade fi scal de países da Área do Euro, a despeito dos pacotes de ajuda fi nanceira e mecanismos de apoio estabelecidos pelo FMI e União Europeia, elevaram os prêmios de risco soberano medidos através dos Credit Default Swaps (CDS) de Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, que passaram de, respectivamente, 283 p.b., 160 p.b., 90 p.b. e 113 p.b., ao fi nal de 2009, para 1.037 p.b., 609 p.b., 499 p.b. e 349 p.b., ao fi nal de 2010.

A evolução do Emerging Market Bond Index Plus (Embi+), indicador de risco associado a mercados emergentes, no decorrer de 2010 refl etiu os fundamentos macroeconômicos destas economias, sendo infl uenciada marginalmente pelos acontecimentos na Europa. O indicador recuou 26 p.b., para 248 p.b., no ano, enquanto os índices associados ao Brasil, ao México e à África do Sul recuaram para 189 p.b., 149 p.b e 143 p.b., respectivamente, no período.

Os rendimentos dos títulos de longo prazo das economias maduras apresentaram movimentos distintos durante o ano. Após recuarem até o fi nal de agosto, consequência da maior aversão ao risco e das desconfi anças quanto à recuperação das maiores economias desenvolvidas, os rendimentos desses títulos passaram a refl etir a melhora das expectativas de crescimento da economia mundial e a retração da aversão ao risco.

África do Sul (JALSH) Brasil (Ibovespa) China (Xangai)

Coréia do Sul (KOSPI) Hungria (BUX) Índia (Sensex) México (IPC) Turquia (XU100) -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Gráfico 6.11

Bolsas de Valores – Mercados emergentes

Variação percentual em 2009 e 2010, em moedal local

2009 2010 Fonte: Bloomberg 20 120 220 320 420 520 620 6.1 2009 26.2 20.4 10.6 31.7 22.9 12.11 20104.1 24.2 16.4 8.6 29.7 20.9 10.11 31.12 Brasil México Espanha Portugal Irlanda Fonte: Thomson

Gráfico 6.12

Nesse cenário, os rendimentos anuais dos títulos de dez anos das economias maduras recuaram entre os fi nais de 2009 e fi nal 2010, registrando-se retração de 3,84% para 3,29% nos EUA; de 3,39% para 2,96% na Alemanha; de 1,30% para 1,13% no Japão; e de 4,02% para 3,40% do Reino Unido.

O dólar, refl etindo o impacto da crise da dívida soberana europeia e a melhora das expectativas em relação ao desempenho da economia norte-americana, registrou apreciações anuais respectivas de 7% e 3,6% ante o euro e a libra esterlina. A moeda norte-americana experimentou depreciação de 12,8% ante o iene, evolução decorrente, em especial, da afi rmação da moeda japonesa como base para operações de carrego e de ativo demandado em momentos de maior aversão ao risco.

A maior solidez do crescimento dos países emergentes, a redução dos riscos, e o aumento do diferencial entre as taxas de juros vigentes nessas economias e nas principais economias maduras atraíram expressivos fl uxos de capitais internacionais para os mercados emergentes, com desdobramentos sobre as respectivas taxas de câmbio. Em oposição, o anúncio, pelo Fed, do Quantitative Easing II, em um cenário de liquidez já abundante, suscitou preocupações a respeito de eventuais depreciação excessiva do dólar e formação de bolhas nos mercados de ativos, precipitando a adoção de medidas

0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 4.1 2008 4.4 4.7 3.10 2.1 2009 3.4 3.7 2.10 1.1 2010 2.4 2.7 1.10 31.12 % Fonte: Bloomberg

1/ Retorno nominal de títulos públicos de dez anos.

Gráfico 6.14

Retorno dos títulos do governo1/

Alemanha Japão Reino Unido EUA 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 2.1 2009 27.2 24.4 19.6 14.8 9.10 4.12 201029.1 26.3 21.5 16.7 10.9 5.11 31.12 Fonte: Bloomberg Gráfico 6.13

Emerging Markets Bond Index Plus (Embi+)

Embi+ Brasil África do Sul México Rússia

de controle de capital em diversas economias emergentes. No ano, o dólar registrou depreciações em relação ao real, 4,8%; à rúpia indiana, 3,9%, e ao renminbi chinês, 3,2%, e apreciações relativamente à lira turca, 2,9%, e ao rublo russo, 1,7%.

70 80 90 100 110 120 130 140 2.1 2009 27.2 24.4 19.6 14.8 9.10 4.12 201029.1 26.3 21.5 16.7 10.9 5.11 31.12 1.6.2005 = 100 Fonte: Bloomberg Gráfico 6.15

Moeda de países desenvolvidos

Cotações do dólar

Euro/dólar Iene/dólar Libra esterlina/dólar

65 75 85 95 105 115 125 135 2.1 2009 27.2 24.4 19.6 14.8 9.10 4.12 201029.1 26.3 21.5 16.7 10.9 5.11 31.12 Real/dólar Rublo/dólar Lira turca/dólar Rúpia/dólar Renminbi/dólar

Gráfico 6.16

Moeda de países emergentes

Cotações do dólar 1.6.2005 = 100

VII

Organismos Financeiros