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«Conhecer uma rosa pelo seu nome em latim ignorando a sua fragrância é perder grande parte do seu significado. As aproximações artísticas à investigação estão essencialmente interessadas em ajudar as pessoas a sentir a fragrância.»

Elliot Eisner (in La Pierre, 1997: xiii)

Na procura de um estilo de investigação em artes, a questão não se coloca apenas nas características físicas e perceptíveis da arte, mas também no modo ou estilo através dos quais se espera que os indivíduos respondam à arte e criem arte.

A investigação em arte centra-se na representação expressa e o que ela significa para a educação artística relativamente ao processo de aprendizagem, avaliação de comportamentos e capacidades cognitivas (La Pierre, 1997). Deste modo, o investigador tem de estar consciente do papel que as considerações artísticas desempenham na recolha e significado da informação. E quando falamos de significados, falamos necessariamente da abordagem qualitativa, a qual, segundo Moreira (2007), parte do pressuposto de que o mundo social é construído à volta de significados e símbolos que é necessário descobrir, captar e reconstruir.

Escolha do método de investigação

A investigação qualitativa aplicada à educação reflecte uma preocupação centrada nas implicações práticas imediatas, como, por exemplo, a necessidade de aprender algo com o objectivo de melhorar a sua prática lectiva (Bogdan e Biklen, 1994).

Perante o problema, anteriormente constatado, da excessiva ênfase na produção e quase total ausência de contacto com obras de arte e actividades de apreciação estética nas aulas de EVT, pretendemos fazer alterações na nossa prática pedagógica no sentido de conciliar as actividades de produção plástica com estratégias que permitam também desenvolver nos alunos as capacidades de percepção, compreensão e crítica, contribuindo assim para a sua formação como adultos possuidores de uma cultura e uma literacia artística. Sentimos necessidade de experimentar essas actividades e de reflectir sobre as respostas e comportamentos dos alunos, de forma a conseguir, no

futuro, incorporá-las nas nossas planificações de um modo sistemático, organizado e fundamentado, com objectivos claros e específicos.

Bogdan e Biklen (1994) distinguem três tipos de investigação qualitativa aplicada em educação:

• A avaliativa e decisória – que pretende descrever e/ou avaliar um determinado programa de mudança com o objectivo de o melhorar ou eliminar;

• A pedagógica – na qual o investigador é um praticante (professor) que pretende tornar-se mais eficaz naquilo que faz, ou seja, na sua prática pedagógica;

• A investigação-acção – cujo objectivo é promover mudanças sociais e na qual “o investigador se envolve activamente na causa da investigação” (1994: 293).

O trabalho de investigação a que nos propomos, é sem dúvida, de carácter pedagógico, mas a nossa escolha recai sobre o método de investigação-acção, já que, apesar do carácter exclusivamente “activista” atribuído por estes autores à natureza da investigação-acção, verificámos, através de outras leituras (May, 1997; Dick, s.d. Fernandes, s.d. Sousa, et.al, s.d., e O’ Brien, 2001), tratar-se do método preferencial dos professores/investigadores, preocupados com introduzir mudanças nas suas práticas e contextos e, sobretudo, com poder criar essas mudanças a partir da sua experiência, aplicá-las e reflectir sobre elas, corrigindo-as e melhorando-as eles próprios, no seu contexto natural.

A investigação-acção vê na acção uma intenção de mudança e na investigação um processo de compreensão (Dick, s.d.), possuindo assim um duplo objectivo: transformar a realidade, mediante a mudança nas práticas, e aprender a partir das consequências dessas mudanças. Possui um carácter cíclico, desenvolvendo-se, como referem vários autores (Lewin, 1946; Kolb, 1984; Carr & Kemmis, 1988; e Latorre, 2003, in Sousa, s.d.), através de um processo em espiral que inclui as fases de planificação, acção, observação (avaliação) e reflexão (teorização).

Cada ciclo, ou conjunto de fases, dá sempre origem a um novo ciclo, planeado de acordo com a avaliação do anterior. O modelo de Stephen Kemmis (Kemmis, 1989, in Sousa, s.d.), na figura 2, é o que nos parece representar este processo da forma mais clara e simples e será o que iremos utilizar em cada uma das actividades de apreciação estética.

Figura 2 – Modelo de investigação-acção

Reflectir Reflectir

Planificar Rever a planificação

Observar Actuar Observar Actuar

(Adaptado de Kemmis, 1989 in Sousa, s.d.)

Vantagens e desvantagens do método

Uma das características que distingue a investigação-acção de outras metodologias é a possibilidade de melhorar a prática e o contexto sobre o qual recai a investigação. Este carácter prático e interventivo torna-se particularmente relevante num contexto educativo, no qual as condutas estão geralmente orientadas por uma visão massificadora dos currículos provenientes das instituições tutelares da educação e em que os professores se vêem obrigados a implementar currículos e programas em vez de poder criar e proporcionar aprendizagens criativas. Uma metodologia que não se limita a descrever uma realidade mas intervém nessa mesma realidade, permitindo a experimentação de novas práticas e a reflexão sobre essa experiência, parece-nos por si só uma grande vantagem.

A flexibilidade que advém do seu carácter cíclico, através de sucessivos momentos de planificação, pois cada ciclo de acção implica uma reflexão/avaliação, uma nova planificação e uma consequente acção revista e melhorada, pareceu-nos desde logo muito vantajosa no contexto deste trabalho, pois permite introduzir alterações à medida que se vai reflectindo e compreendendo os efeitos das estratégias

aplicadas, proporcionando uma acção mais consequente e inteligente e dando-lhe um cariz pragmático e construtivista.

Outra vantagem, apontada por diversos autores (Sousa, s. d., May, 1997; Bogdan e Bliken, 1994; Dick, s. d., e Fernandes, s. d.), é o facto de ser participativa e colaborativa, ou seja, implicar todos os intervenientes no processo, pois, como refere Dick (s. d.), a mudança torna-se mais eficaz e efectiva quando aqueles por ela afectados nela se encontram qualitativamente envolvidos. Também a correspondência entre a teoria e a prática é muitas vezes vista como uma vantagem já que as práticas acabam por ser ponto de partida para a emergência de possíveis teorias (Sousa, s. d.).

De entre as fragilidades encontradas no domínio da investigação-acção e que constituem possíveis barreiras para a produção de estudos válidos, encontram-se as questões de natureza ética que podem surgir com a duplicidade de papéis assumidos em simultâneo pela mesma pessoa – o de professor e o de investigador no seu próprio terreno ou contexto de trabalho. Alguns autores (Cresswell, 1998; e Huberman, 1996), referidos por Máximo-Esteves (2008) afirmam que estas questões se traduzem num défice de objectividade, impedindo o necessário distanciamento entre o investigador e o objecto de investigação. Inversamente, também há autores (Schon, 1987, in Máximo- Esteves) que consideram esta sobreposição de papéis um requisito vantajoso para estabelecer a ponte entre a teoria e a prática.

Pessoalmente, consideramos que quando se pretendem introduzir mudanças, é imperativo que se conheça o contexto no qual elas se inserem. Se não conhecermos o contexto e os sujeitos que nele se movem, não saberemos as suas necessidades, lacunas, interesses ou potencialidades.

O facto de se sentir necessidade de introduzir mudanças já significa que houve um distanciamento, que já se olhou para o lado e se constatou que existiam outros caminhos, outras estratégias, até outros objectivos. E que esses olhares, apesar de subjectivos, conseguem produzir acções e resultados objectivos, pois são conduzidos por uma necessidade real, verdadeira e entusiasta, apoiada pela vontade de fazer melhor.

Desenho da investigação

Figura 3 – Desenho da investigação

Sala de aula

Contacto com obras de arte e o mundo da arte Dimensão estética, desenvolvimento da percepção Conhecimentos de história de arte, Teoria da arte e linguagens

da arte, desenvolvimento estético e experiência estética Equilíbrio entre a produção, a fruição e a reflexão Relação currículo, práticas e programa da disciplina de EVT

Práticas lectivas – 2º ciclo – E.V.T Ênfase na produção-criação Ausência de contacto com obras de arte

e actividades de apreciação e compreensão estética

Introduzir mudanças nas actuais práticas lectivas em EVT – Conceber, experimentar e avaliar um conjunto de actividades de apreciação estética que envolvem o diálogo com a obra de arte, a transmissão de conhecimentos de história de arte e a trabalhos de expressão plástica. Reflectir sobre a sua eficácia e respostas dos alunos.

Compreender a origem dos conteúdos e actuais práticas lectivas através da análise do contexto histórico e o actual programa e currículo nacional

Clube das artes

(actividades extracurriculares na escola) 10/15 Alunos do 2º ciclo Metodologia investigação-acção - Contemplação - Descrição - Análise - Interpretação - Realização de trabalhos plásticos Recolha de dados:

- Registos em vídeo e áudio - Observação participante - Notas de campo - Reflexão critica por

escrito (alunos)

- Fotos trabalhos dos alunos

Análise e Interpretação

dos dados recolhidos

Planificação Acção Observação Reflexão

Contexto Problema Objecto e objectivos Como? Actividades de apreciação estética Escolha das obras, definição de conteúdos e objectivos. Apresentações temáticas em power point Revisão da literatura:

A dimensão estética da educação artística, a obra de arte nos currículos, modelos de

apreciação estética, desenvolvimento estético

Planificação revista com base

na reflexão da actividade anterior Acção Observação Reflexão

Plano da investigação

A duração deste trabalho foi de quinze meses, de Abril de 2008 a Junho de 2009, e compreendeu duas fases, uma primeira fase, de preparação e construção de recursos, e uma segunda, onde teve lugar a experimentação das actividades, a recolha de dados e a reflexão final. Uma vez que as estratégias teriam de ser aplicadas numa actividade extracurricular – um clube escolar –, foi necessário esperar pelo início do ano lectivo, em Setembro de 2008, para começar com a sua implementação e experimentação práticas, altura em que têm início essas actividades.

Quadro 5 – Plano da Investigação e métodos de recolha de dados

Fases Acções Métodos de recolha de dados Calendário

1

- Definição do problema/ideia inicial - Revisão da literatura;

- Elaboração e entrega da proposta para a criação do Clube das artes

- Selecção do outro membro do Clube das Artes - Definição dos objectivos e actividades a implementar no Clube das Artes - Construção de recursos

- Preparação da divulgação do Clube das Artes aos alunos, pais e professores da escola

- Actividade de apresentação do Clube das artes

- Pesquisa e recolha bibliográfica - Contactos com a Escola - Contacto com o outro membro do Clube das Artes – Professora I.P.

- Ficha individual do aluno - Desenho de diagnóstico Abril de 2008 a Setembro de 2008 2

- Planificação da actividade 1 do Clube das artes - Implementação das actividades planificadas - Recolha de dados

- Análise e reflexão crítica dos dados recolhidos

Rever a planificação para a actividade seguinte e proceder aos ajustamentos julgados necessários em função das conclusões da análise da actividade anterior

- Implementação das actividades planificadas e revistas

- Recolha de dados

- Análise e reflexão crítica dos dados recolhidos - Avaliar os resultados das actividades realizadas. - Estudar a forma de mudar as actuais práticas à luz dos resultados e conclusões obtidos.

- Pesquisa bibliográfica –

informação sobre as obras e autores - Registo vídeo e áudio

- Notas de campo – diário da investigadora e reflexões dos alunos - Fotografias dos trabalhos práticos dos alunos

- Ficha de avaliação dos alunos para a professora de EVT

- Ficha de avaliação da professora colaboradora Outubro de 2008 a Junho de 2009

Fase 1

De Abril a Setembro de 2008, procedeu-se à definição do problema inicial, das questões fulcrais desta investigação, dos objectivos e da escolha da metodologia mais adequada. Foi realizada a maior parte da revisão da literatura, acerca de desenvolvimento estético e modelos de apreciação estética, embora esta tarefa tenha sido constante ao longo de todo o processo.

Em Junho de 2008 elaborámos a proposta para a criação de um Clube das Artes na escola, a ser entregue no respectivo conselho executivo, para aprovação no último conselho pedagógico desse ano lectivo. Foi também contactada a professora colaboradora, com quem já tínhamos trabalhado durante um ano lectivo em par pedagógico numa turma de EVT e de quem conhecíamos a abertura e interesse por este género de actividades.

Durante os meses de Julho, Agosto e Setembro foram elaboradas as planificações com os objectivos e actividades a implementar e as respectivas apresentações no programa informático Power Point.

Em Setembro de 2008 foi preparada a apresentação do Clube das Artes à Escola, para o dia da recepção aos novos alunos e encarregados de educação. Foi elaborado um folheto informativo e realizada uma exposição com reproduções de diversas obras de arte para divulgação do Clube. As inscrições começaram nessa dia.

A primeira actividade no Clube foi a de apresentação de alunos e professores e serviu para conversar sobre os objectivos e actividades do mesmo. Os alunos presentes, preencheram uma ficha individual (anexo 1) que serviria de base à sua caracterização e fizeram um desenho livre de diagnostico, com o objectivo de mais tarde analisar a sua evolução plástica através da comparação com os últimos trabalhos realizados. Foi explicada também a natureza deste trabalho e as suas implicações ao nível do registo áudio e vídeo e reflexões críticas.

Fase 2

As nove actividades que foram objecto de estudo neste trabalho ocorreram entre os dias 8 de Outubro e 17 de Dezembro de 2008. Seguimos a metodologia adoptada – aplicar a acção planeada, observar, recolher dados e reflectir sobre esses dados com vista a melhorar e replanificar a actividade seguinte.

De Janeiro a Junho de 2009 foram avaliados os resultados das actividades experimentadas e aferidas as conclusões, com vista à melhoria das nossas práticas.

Contexto da pesquisa

Esta investigação teve lugar na Escola do ensino básico 2, 3 Matilde Rosa Araújo, em São Domingos de Rana, no concelho de Cascais. Situada a cerca de 12 km da vila de Cascais, a freguesia de São Domingos de Rana é a segunda maior de um concelho que se apresenta bastante heterogéneo relativamente às condições socioeconómicas e culturais das suas populações. À medida que nos afastamos do litoral, vão aparecendo manchas de bairros degradados que correspondem a estratos socioeconómicos mais baixos.

A zona onde se situa a Escola é extensa e compreende muitos bairros, alguns deles com características próprias, habitados principalmente por minorias étnicas, onde se registam problemas muito específicos e situações de famílias que vivem em condições precárias, tanto económicas como sociais e culturais. Trata-se de uma freguesia residencial, onde a construção de prédios de habitação tem vindo a aumentar. A maior parte da população é constituída por operários não qualificados que trabalham nas fábricas da zona e na construção civil, e também na área dos serviços, como empregados domésticos. Quando desempregados, executam trabalho pontual de vária ordem. Existem também algumas profissões liberais e quadros superiores de empresas. As actividades económicas predominantes centram-se no pequeno comércio e na prestação de serviços.

O Clube das Artes

As escolas possuem actualmente, na sua maioria, um conjunto de ofertas de actividades extracurriculares, nas quais se incluem diversos clubes, como o do ambiente, o clube europeu, da jardinagem, entre outros. A sua criação surge no contexto da organização do sistema educativo, no qual a educação escolar, que “compreende os ensinos básico, secundário e superior, integra modalidades especiais e inclui actividades de ocupação de tempos livres.” (Lei de Bases do Sistema Educativo, Lei n.º 46/86, de 14 de Outubro). No artigo 48.º da mesma lei, relativo à ocupação de

tempos livres e desporto escolar, vem referido que as actividades curriculares dos diferentes níveis de ensino devem ser complementadas por acções orientadas para a formação integral e realização pessoal dos educandos, e que essas actividades de complemento curricular visam o enriquecimento cultural e cívico, a educação física e desportiva, a educação artística e a inserção dos educandos na comunidade.

Esta dimensão extra lectiva da escola, como lhe chama Ramiro Marques (1998), possui, ainda segundo este autor, as seguintes características:

• É definida, em cada estabelecimento de ensino, pelo conselho pedagógico, sob proposta de professores e alunos;

• É livre e facultativa; • É auto programática;

• Ocorre sobretudo no âmbito dos clubes escolares (carácter estrutural) e de projectos (carácter conjuntural)

• Corresponde a um espaço de criação cultural • Diz respeito ao saber a constituir

• As actividades são ministradas através de métodos informais

• A sua avaliação é informal e não contribui para a classificação dos alunos

De modo a facilitar o desenvolvimento das actividades, em plena liberdade e autonomia, assim como a observação e o registo de dados em áudio e vídeo, foi criado o Clube das Artes, inserido no habitual leque de actividades extracurriculares oferecidas pela escola, todos os anos, aos alunos que se queiram inscrever e que funcionou uma vez por semana, às quartas-feiras, das 14h.30 h às 17.00 h.

Professoras participantes

Os clubes nas escolas são constituídos, na sua generalidade, por dois professores, devido sobretudo à natureza prática das suas actividades. Uma vez que esta investigação teria lugar num desses clubes, foi convidada uma professora da escola que estivesse motivada para o tema da investigação e disposta a colaborar. Por razões éticas, o nome dessa professora foi substituído pelas iniciais. A professora I. P., com trinta e quatro anos de serviço, lecciona também a disciplina de Educação Visual e Tecnológica e possui o Curso de Pintura Decorativa da Escola de Soares dos Reis.

A investigadora é também professora nessa escola, há três anos, onde lecciona as disciplinas de Educação Visual e Tecnológica (EVT) e Área de Projecto a alunos dos 5.º e 6.º anos do ensino básico. Possui dez anos de serviço, formação na área do ensino – Curso de Professores do Ensino Básico, variante de Educação Visual e Tecnológica, da Escola Superior de Educação de Lisboa – e o plano de estudos básico do Curso de Cerâmica do AR.CO. – Centro de Arte e Comunicação Visual, onde também leccionou.

Alunos participantes

As inscrições no Clube das Artes foram abertas a todos os alunos da Escola que se quisessem inscrever, desde o 5.º ao 9.º ano de escolaridade. No início de Outubro, data prevista para a primeira actividade do Clube, estavam inscritos dezasseis alunos, dos quais onze eram do 5.º ano, dois do 6.º ano e três do 7.º ano. Durante o primeiro período lectivo, alguns foram saindo e outros entrando, facto que é normal, já que os alunos experimentam os vários clubes da escola, até finalmente se decidirem por um.

O grupo mais estável e que participou neste trabalho foi constituído por doze alunos: oito raparigas e dois rapazes do 5.º ano, com idades de 9 e 10 anos, e dois rapazes do 6.º ano, com 11 e 12 anos de idade.

Foi possível realizar uma pequena caracterização dos alunos participantes com base nos elementos recolhidos através do preenchimento da ficha individual, com perguntas que pretendiam, essencialmente, aferir a sua relação com a arte e cujas respostas podem resumir-se ao seguinte:

(i) Razão pela qual se inscreveram no Clube das Artes – A maioria porque

gosta de desenhar/fazer desenhos, pintar e aprender mais coisas sobre arte. O aluno mais velho respondeu que “podia ajudar no seu futuro” e outra aluna porque “a mãe lhe disse para experimentar”.

(ii) Disciplinas preferidas – A disciplina de EVT vem em primeiro lugar,

seguida da Língua Portuguesa, a Educação Física e a Educação Musical. (iii) O que fazem nos seus tempos livres – as raparigas: desenhar, pintar, ler e

brincar; os rapazes: jogar à bola (4), playstation (1), computador (2) e ouvir música (1).

(iv) Se já foram a algum Museu e com quem – Treze alunos disseram que sim

família e os restantes dez, com a Escola. Destes, três referiram-se à visita ao Museu Berardo (nossos alunos o ano passado) e cinco ao Museu da Marinha, os outros dois não se lembravam. Dos Três que visitaram um Museu com a família, uma aluna referiu o Museu de cera na Holanda, um aluno o Museu Berardo e outra não se lembrava qual tinha sido.

(v) O que mais gostaram nessa visita – A maioria refere a visita em si, a

paisagem ou o passeio; Alguns fizeram referência a objectos (barcos, armas) apenas um aluno mencionou uma obra de Picasso e outro, duas obras de arte conceptual que viu no Museu Berardo.

(vi) Quando questionados acerca do que sentiram, o tipo de emoção ou sentimento - as respostas são um pouco lacónicas: contente, feliz; apenas

duas alunas afirmaram ter sentido “uma grande emoção” e um aluno “a emoção de ver quadros bonitos e obras importantes”.

(vii) O que mais lhes desagradou – A maioria refere que nada lhes desagradou,

dois referem a “confusão” (Na visita ao Museu da Marinha, foram as turmas todas do 5º ano) e dois alunos não gostaram do quadro

“O Celeiro” de Paula Rego. Um destes alunos, relativamente ao porquê do desagrado, respondeu que “porque me impressionou muito e é muito interessante”

(viii) O que é para ti a Arte? – Aqui as respostas individualizaram-se: “É uma coisa que parece real”; “É a forma de nos exprimirmos mas em desenho”; “ É uma fonte de inspiração e cultura”; “É como se estivesse num mundo de

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