• Nenhum resultado encontrado

Nesse capítulo, descreve-se a estratégia metodológica utilizada neste estudo. Seguiu-se a taxonomia proposta por Vergara (2011). Inicialmente, foram apresentados o tipo de pesquisa e suas classificações. A seguir foram demarcados o universo e a amostra da pesquisa, bem como os critérios de seleção dos sujeitos. Por fim, foram descritas as formas de coleta e tratamento dos dados e apresentadas considerações sobre as limitações do método.

3.1 Tipo de Pesquisa

Quanto aos fins, esta pesquisa foi descritiva, explicativa e exploratória.

Descritiva, pois teve a intenção de conhecer e descrever a realidade do uso da práticas de gestão de projetos apresentadas pelos profissionais que atuam nesta área no seu dia-a-dia; explicativa, porque teve como objetivo central esclarecer qual o grau de utilização das mesmas em relação ao Guia PMBOK nas organizações brasileiras; e exploratória, dado que existia pouco conhecimento acumulado e sistematizado sobre este tema, no Brasil.

Quanto aos meios, esta pesquisa foi bibliográfica e de campo.

Bibliográfica, porque objetivou consolidar o estudo das teorias referentes à área gestão de projetos, por meio de guias, periódicos e jornais especializados, trabalhos acadêmicos (teses e dissertações) e livros sobre o tema em questão. Tendo como fonte secundária escritos e publicações virtuais de autores e especialistas. De campo, uma vez que se pesquisaram as características dos profissionais, das organizações e da utilização das práticas de gestão de projetos por meio de questionários enviados para a amostra deste estudo.

3.2 Universo e Amostra

Segundo Vergara (2011) o universo ou população da pesquisa é o conjunto de elementos que possuem as características do objeto do estudo. A população amostral ou amostra é uma parte deste universo, escolhida segundo algum critério de representatividade, seja esse probabilístico ou não.

O universo do estudo em questão é formado por profissionais de organizações brasileiras que atuam em projetos, seja em seu gerenciamento ou apenas como membro de um time ou equipe.

A amostra para este estudo, conforme Vergara (2011), foi definida pelos critérios não probabilísticos de acessibilidade. Foram enviados questionários aos profissionais e professores do círculo de conhecimento deste pesquisador e que atuam em projetos nas organizações brasileiras e também pelo critério “bol de neve” em que estas pessoas indicaram outras para recebimento do questionário.

3.3 Coleta de dados

A coleta de dados desta dissertação foi realizada por meio da aplicação de questionário fechado (Apêndice A), distribuído à amostra escolhida, via internet. As questões de perfil (dados categóricos) levantaram informações sobre as características daqueles profissionais, suas organizações e a utilização das práticas de gestão de projetos, segundo as seguintes categorias:

1. Informações dos inquiridos (local, educação, experiência, etc.) 2. Contexto organizacional (porte da empresa, faturamento, etc.)

A fim de facilitar a análise estatística e apresentação dos dados nas tabelas, o questionário foi dividido em três partes: a primeira, com os dados categóricos; a segunda, com as questões relativas a utilização das práticas; a terceira, com as métricas de sucesso do projeto. Nas segunda e terceira partes, as respostas ao questionário foram classificadas pela escala Likert com as seguintes correspondências: “ = nun ”, “2 = r r mente”, “3 = o sion lmente”, “4 = frequentemente”, “5 =

sempre”. No so d segund p rte, incluiu-se opção “0 = não sei” p r que s repost s pudessem ser n lis d s e tr t d s no mesmo grupo d opção “ = nun ”.

As questões relacionadas ao objeto do estudo foram feitas sobre os produtos (saídas) gerados a partir da prática de gestão de projetos, utilizando-se como referência o Guia PMBOK, na sua 4a. edição de 2008. Em vez de se perguntar aos entrevistados se uma atividade de gestão de projeto, em particular, foi realizada, averiguou-se se o produto ou artefato foi gerado. Estas informações serviram para determinar se a prática de gestão de projetos foi aplicada ou não e em que grau.

A extensão do estudo deu-se dentro das nove áreas de conhecimento, incluindo itens que tratam dos grupos de processos iniciação, planejamento, execução e monitoramento e controle de acordo com o estabelecido na tabela Prática de gestão de projetos, do Anexo B, por ser um estudo já validado. Para manter a pesquisa em um plano exequível dentro do tempo disposto, não foi considerado o grupo de processos que diz respeito ao encerramento do projeto.

A amostra foi a mais diversa possível no que se refere aos profissionais e suas organizações sendo inicialmente utilizado o grupo de pessoas do círculo de conhecimento profissional, acadêmico e pessoal do pesquisador. Em um segundo momento, ampliou-se a amostra com a solicitação de apoio a professores de cursos de graduação e pós-graduação em projetos e das mídias sociais como Twitter, Facebook, Google e Yahoo groups e Linkedin.

3.4 Tratamento dos dados

O tratamento dos dados coletados foi feito pelo método exploratório. Por meio da análise dos dados, buscou-se avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade do Guia PMBOK como ferramenta de gestão de projetos nas organizações.

Os dados foram tratados estatisticamente a fim de possibilitarem uma análise objetiva. Técnicas de estatística descritiva, comparação de médias, testes de MANOVA, análise fatorial e regressão linear múltipla fizeram parte do tratamento das informações para a análise multivariada.

No que tange aos dados categóricos, verificaram-se as frequências e criaram-se tabelas e gráficos específicos.

Relativamente aos dados que apuraram uso das práticas de gestão de projetos (parte 2) e métricas de sucesso do projeto (parte 3) utilizou-se o programa estatístico SPSS, para cálculo das médias, desvio padrão, alpha de Cronbach (α), fatorial, regressão dos dados conforme descrito no capítulo Resultados.

3.5 Limitações do método

O método escolhido para o estudo apresenta algumas limitações que serão apresentadas a seguir:

 A avaliação de um momento específico no tempo que limitou a análise evolutiva dos

resultados no escopo determinado;

 A quantidade de respondentes foi limitada em função do tempo disponível e de recursos

para a pesquisa;

 Com a utilização de questionários, via internet, o pesquisador desconhece as

circunstâncias em que o mesmo foi respondido e se a maioria dos respondentes o preencheu devidamente;

 A utilização da 4a

. Edição do Guia PMBOK, e não da 5a. Edição, pois essa estava sendo lançada na época de pesquisa e poderia afetar as respostas dos respondentes;

 Possibilidade de que os respondentes selecionados não sejam os mais representativos do

Documentos relacionados