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13 METODOLOGIA DOS PRINCÍPIOS DE ABERTURA E MONTAGEM DE UM CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO NOS ÓRGÃOS COMPETENTES

13.1 Aspectos Técnicos

01 - Orientação do Consultório

De preferência, um local com a janela da clínica voltado para Nordeste, para que possa receber o sol da manhã e cujos raios ultravioletas exercerão uma ação bactericida no ambiente clínico.

02 - Instalação elétrica

Um campo operatório bem iluminado é um fator de grande importância para que o Cirurgião-Dentista possa exercer um bom trabalho profissional e continuar tendo uma visão sadia por longo tempo. Para isso, a rede elétrica tem de ser planejada nos mínimos detalhes.

No relógio de entrada da energia elétrica para a clínica deve haver uma chave geral e quadro de disjuntores individuais para cada seção de funcionamento ou de iluminação do consultório, que devem ficar perto da entrada. Devem ser utilizados sempre os dois tipos de corrente: 110 v e 220 v (corrente trifásica). Todas as empresas fabricantes de equipamentos odontológicos possuem um gabarito hidráulico e elétrico para a instalação destes. Antes da reforma iniciada, é importante adequar o projeto de acordo com o que for planejado e adquirido.

3 - Instalação hidráulica

Dois são os fatores vitais para o perfeito funcionamento de um consultório odontológico quando de sua instalação: a rede de água e a de esgoto. O volume ideal de armazenamento de água, em um consultório individual, é de 2000 litros, divididos preferencialmente em duas caixas d’água de 1000 litros cada. Para a obtenção de pressão adequada, devem estar instaladas no mínimo a 5 metros de altura, ou terem instalado um pressurizador na válvula de saída, significando custo adicional, de instalação e manutenção.

As pias, em número de duas, em cada consultório, devem ser obrigatoriamente esmaltadas ou inoxidáveis. As torneiras devem ter acionamento por pedais (eletromecânicas ou mecânicas). Todas as torneiras acionadas pelos pés devem ter as bicas livres, sem sistema de vedação. Porta-toalhas, porta-sabonetes sólido e líquido e porta antisséptico para as mãos devem ser instalados ergonomicamente. Todos devem ser acionados pelos pés, e as toalhas devem ser descartáveis.

A instalação do esgoto da clínica deve ser subterrânea e possuir saída e caixa de inspeção em local de fácil acesso, para eventuais necessidades de manutenção. Para que as cuspideiras e os sistemas de sucção com descarga direta funcionem com perfeição, a tubulação para drenagem deve ser executada no diâmetro correto e com inclinação (queda) adequada para cada consultório. Após a saída do esgoto do equipo, um sifão deve ser instalado, para que não ocorra retorno de resíduo ou mau cheiro na cuspideira. Os procedimentos odontológicos exigem, algumas vezes, adequação de espaços, como, por exemplo, uma área de decantação para os resíduos de gesso na rede de coleta de esgotos, para a retirada do acúmulo diário e constante, exigindo um projeto voltado aos padrões de biossegurança e higiene.

05 - Instalação de ar comprimido

A instalação de ar comprimido exige tubulação planejada e instalada de maneira central, proporcionando uma rede de distribuição para os ambientes que necessitarem de ar. Todas as conexões devem ser feitas com massa de litargírio (monóxido de chumbo em forma de flocos) na rosca, evitando-se vazamentos. O compressor deve ser instalado em lugares ventilados e com captação de ar externa. O local de sua instalação deve prever, ainda, mínima difusão de ruído aos ambientes clínicos.

Se a opção for pela instalação de um compressor interno em um único consultório, é aconselhável a escolha de um compressor odontológico; para dois ou mais consultórios, a opção pode ser por um compressor industrial, com a instalação de filtros (de ar e de óleo), junto à saída de ar e próximo do equipamento odontológico, para a drenagem da água na linha de fornecimento e devem ser colocados em um cômodo separado, longe da sala clínica.

Há ainda a possibilidade da instalação de tubos reservatórios de ar fornecidos por empresas especializadas, dispensando a instalação de equipamentos barulhentos, representando, no entanto, um custo de reposição periódica mediante contrato e instalações de acordo com projeto específico.

06 - Instalação do telefone

Em uma clínica nova, com ligações telefônicas em apenas três salas, pode-se utilizar um sistema simplificado que tem três pontos de ligação: centro, direita e esquerda, sendo cada um deles para uma determinada sala. Em uma clínica grande, diversos pontos devem ser locados de acordo com as necessidades presentes e futuras dos profissionais, utilizando-se aparelhos telefônicos modernos, com diversos ramais e diversos troncos, nos sistemas KS ou PABX ou DAC, e que são ao mesmo tempo telefone e interfone.

07 - Aquisição do equipamento odontológico

Mais ou menos metade dos recém-formados compra o equipamento odontológico quando está cursando o último ano da faculdade. Geralmente essa compra é feita a prazo, com pagamento mensal obrigatório, obrigando o profissional a ter rentabilidade imediata. Um período de carência negociado com a empresa para o pagamento é o ideal.

Comprar antes ou depois da localização?

O equipamento básico pode ser adquirido em qualquer ocasião, porém determinados itens do consultório só devem ser comprados após a escolha do local para a instalação

como na altura. A altura será planejada de acordo com a antropometria do profissional que irá utilizá-lo, e o tamanho dependerá das dimensões da sala onde será instalado, e do projeto individualizado, respeitadas as passagens de circulação para um fluxograma correto do ambiente de trabalho.

Para iniciar a profissão, o GBEOPO (Grupo Brasileiro de Estudos de Orientação Profissional Odontológica) recomenda basicamente: cadeira odontológica, aparelho de corte (alta, média e baixa rotações), foco de iluminação, seringa tríplice, equipamento de esterilização, unidade de sucção (de alta potência), armário-mesa-auxiliar, mocho, compressor e aparelho de raios X. O uso de aparelhos de raios X exige, conforme a legislação da Vigilância Sanitária, paredes com revestimento especial e biombos protetores.

13.2 Aspectos Ambientais

01 - Decoração do Consultório Odontológico

A decoração do consultório odontológico é fundamental porque proporciona beleza e estética ao ambiente clínico, conforto e bem-estar ao paciente, contribui à confiança do paciente ao profissional e equipe, e atenua o terror pelo tratamento odontológico. A decoração do consultório tem por objetivo a combinação harmoniosa dos móveis, equipamentos, cortinas, carpetes e objetos de adorno com os elementos arquitetônicos propriamente ditos como pisos, tetos, paredes, iluminação, com ênfase especial às formas, cores, texturas, de modo a ser criado um ambiente aprazível em estilo e funcionalidade, para o bem-estar da equipe do cirurgião-dentista e prazer da clientela.

A sala clínica deve concentrar o paciente nos trabalhos clínicos que serão executados, em especial no exame clínico inicial. Para isso, a decoração da sala clínica deve limitar-se a tons frios, para que toda a atenção do paciente esteja voltada ao profissional a fim de lhe dar toda a colaboração possível. Além do que, o profissional passa oito horas por dia nessa sala e uma cor quente o deixaria irritado. A cor calmante ideal para as paredes é a verde-clara e suas diversas tonalidades. Muito usada também é a azul-clara. São cores calmantes e que permitem mais uniformidade de visão. Neste caso, para evitar depressão, é conveniente que parte do equipamento e alguns outros detalhes sejam de cores alegres, como o alaranjado e o amarelo.

02 - Iluminação do Consultório Odontológico

Basicamente, a iluminação para o trabalho deve permitir que o cirurgião-dentista (e auxiliares) execute a sua tarefa visual, de maneira eficaz, com segurança, precisão, rapidez e eficiência. Em uma iluminação inadequada, a fadiga surgirá ao final de duas horas, enquanto em uma iluminação adequada, ela só será verificada depois de oito horas de trabalho.

Iluminação da sala de clínica

A iluminação geral da sala de clínica do consultório odontológico: deve satisfazer às exigências estabelecidas pelas normas DIN 5035.

N1 – iluminação geral da sala de clínica – 500 “lux”; N2 – iluminação do campo de trabalho – 1000 “lux”;

Para o ideal em Odontologia, aconselha-se o uso de refletores de 18.000 a 22.000 lux para o campo operatório.

Iluminação específica de áreas restritas

Para as áreas restritas podem-se utilizar spots: são pequenos refletores de ponto, que servem para iluminar uma determinada área dentro do campo de trabalho como, por exemplo, atrás ou do lado da cadeira operatória, para o cirurgião-dentista poder acertar, nas mãos, detalhes de adaptação de peças protéticas que requeiram boa iluminação, sem o deslocamento do refletor. Esses spots são sempre acionados pelos pés do profissional e da auxiliar e não se movimenta o refletor principal.

Iluminação dirigida – refletores: a iluminação dirigida, mediante um refletor, é a mais usada. O refletor pode ser de teto, vir acoplado ao equipamento, à cadeira ou fixo no piso. A melhor opção é o refletor fixo no piso, pois em sua haste pode também ser fixado o aparelho de raios X. Dois refletores convergindo para o campo operatório também são a opção utilizada por alguns Dentistas.

Fibra óptica: é um método de iluminação da cavidade oral, que apresenta vantagens sobre a iluminação tradicional. É um sistema de transmitir luz através de um feixe de mais ou menos 250.000 fibras, cada uma com 5 milésimos de polegada de diâmetro.

03 - Ventilação do consultório odontológico

Quando o profissional não sente sensação de frio ou calor, diz-se que há conforto térmico. A eliminação do calor metabólico é normal. As condições recomendáveis de conforto térmico para o consultório odontológico, em nossas condições, em que nossos corpos estão adaptados ao calor, são de 20 a 24ºC de temperatura, com umidade relativa do ar de 40 a 60%, com uma velocidade do ar moderada, da ordem de 0,2 m/s. Para o organismo adaptado ao frio, essa zona de conforto situa-se entre 18 e 22º C, para a mesma taxa de umidade e velocidade do vento.

04 - Música no consultório odontológico

Edward Hansck em seu livro, “O Belo da Música”, nos traz uma ideia sucinta do que representa a música, as aplicações polarizadas, seus triunfais efeitos sobre determinadas doenças e sua aplicação como meio de suavizar um determinado ambiente de trabalho ou então de despertar sentimentos nobres em substituição daqueles mais baixos.

A utilização de uma suave música ambiente no consultório odontológico tem por finalidade gerar tranquilidade e confiança no paciente, servindo também como um método alternativo para a obtenção de um comportamento cooperativo do paciente infantil, por criar uma atmosfera de calma e concentração.

A música harmônica tem efeito antistress, tranquilizante, regulador psicossomático, redutor da sugestionabilidade do medo e do impacto dos estímulos sensoriais (o cérebro humano possui áreas capazes de bloquear estímulos dolorosos provenientes das vias nervosas aferentes) exercendo efeito analgésico e anestésico. Para que se obtenha esse efeito relaxante deve-se utilizar somente música instrumental e músicas suaves.

Para que um consultório ou clínica possa iniciar suas atividades, é necessário que esteja devidamente legalizada, ou seja, deverá estar registrada em determinados órgãos nos âmbitos federal, estadual e municipal. Alguns registros são comuns para todas as empresas, outros são exigidos apenas para aquelas que realizem determinadas atividades. 01 - Fiscalização Sanitária

A - Prestadoras de Serviços odontológicos (clínicas), Laboratórios de Prótese Dentária, Comercializadoras e/ou Industrializadoras de Produtos Odontológicos, protocolar obrigatoriamente na sede ou seccionais, o que segue:

_ 01 via de requerimento de inscrição, totalmente preenchido e assinado; - Cópia simples do contrato constitutivo e/ou estatuto, alterações e/ou atas (registrados); _ Cópia simples da Licença ou do protocolo de Funcionamento da Prefeitura (CCM) na

falta deste, fazer declaração de inicio de atividades, vide modelo 02 do anexo I _ Cópia simples do Cartão de CNPJ - Receita Federal;

_ Declaração de Responsabilidade Técnica, vide modelo 03 do anexo I;

_ Cópia simples da cédula CROSP ou RG e CPF dos sócios (diretores) responsável técnico e administrativo;

_ Cópia do contrato de trabalho do responsável técnico, no caso de todos os sócios forem pessoas leigas;

_ Cópia da certidão de casamento para empresa de cônjuge leigo e, certidão de nascimento para empresa com ascendente ou descendente leigo;

_ Taxas: Inscrição, Anuidade e Certificado

B - Empresário (firma individual) e/ou propriedade exclusiva do cirurgião-dentista: Clínica Odontológica, Comercializadora e Industrializadora de Produto Odontológico:

_ 01 via de requerimento de inscrição, totalmente preenchido e assinado; _ Cópia da pesquisa de razão social/denominação realizada pelo CROSP; _ Declaração de única e exclusiva propriedade (modelo 1, vide anexo I);

_ Cópia simples do Requerimento de Empresário / Firma Individual protocolado pela JUCESP, obrigatório para as Firmas Individuais;

_ Cópia simples da Licença ou do protocolo de Funcionamento da Prefeitura (CCM) na falta deste, fazer declaração de inicio de atividades, vide modelo 02 do anexo I; _ Cópia simples do Cartão de CNPJ - Receita Federal, obrigatório para as Firmas

Individuais;

_ Declaração de Responsabilidade Técnica, vide modelo 03 do anexo I;

_ Cópia simples da cédula CROSP ou RG e CPF dos sócios (diretores) responsável técnico e administrativo;

_ Taxas: Inscrição, Anuidade e Certificado.

02 - Cartório de registro de títulos e documentos de pessoa jurídica: _ Busca de nome ou razão social;

_ Documentos e procedimentos para arquivamento de Contrato (abertura); _ Valor de taxas.

03 - Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP (sociedades empresarias):

_ Busca de nome empresarial

_ Documentos necessários para arquivamento de Contrato (abertura); _ Valor de taxas.

04 - Receita Federal - a fim de verificar documentação e valores para: _ Inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); _ Recolhimento de Imposto de Renda Pessoa Jurídica; _ Outros Impostos.

05 - Prefeituras e Regionais Administrativas - a fim de verificar documentação e valores. _ Alvará de Funcionamento;

_ Regularização do imóvel (HABITE-SE);

_ Regularização da localização em função do uso (LEI DE ZONEAMENTO); _ Inscrição Municipal (CCM);

_ Regularização do IPTU;

_ Licença para colocação de anúncios e cartazes (CADAN); _ Recolhimento de lixo (específico em função do serviço); _ Regularização do ISS;

_ Impostos.

06 - Vigilância Sanitária, a fim de verificar:

_ Licença para funcionamento - Alvará de vigilância sanitária; _ Alvará de Raio-X.

07 - Secretaria da Fazenda, a fim de verificar documentação e valores para: _ Inscrição Estadual;

_ Registro no INSS; _ Impostos.

14 METODOLOGIA DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ELABORAÇÃO DE UM