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Micrografias de lâmina coleta na transição do volume V para o VI da seção SS2 (lâmina A2 figura 78) a) organização geral dos materiais na lâmina A2, aumento 1,25x, nicóis paralelos (NP) b)

mineral da família dos feldspatos, aumento 40x, NP. c) estruturas brancas correspondentes aquelas descritas macroscopicamente no material alterado da seção SS2-setas vermelhas, aumento 10x, NP. d) mineral opaco, aumento 40x, NP. e) alteroplasma opaco, aumento 10x, NP. f) fissura cortando diagonalmente a lâmina A2, aumento 1,25x, NP. g) fissura com ripas de minerais da família do feldspato, aumento 4x, nicóis cruzados (NC). h) albita, aumento 40x, NC. f: minerais da família dos feldspatos. o: minerais opacos.

A lâmina A2 é cortada diagonalmente por uma grande fissura, semelhante a descrita na lâmina A3, mas que apresenta material de cor amarelada. Neste, com nicóis paralelos observa-se linhas de material opaco, constituído possivelmente por MgO, MnO ou Fe2O3, principalmente nas bordas no contato com o alteroplasma (prancha 7-f). Com aumento de 4x e nicóis paralelos tal fissura apresenta inúmeros pontos brilhantes, muitos deles com forma de ripas (prancha 7-g). Com aumento de 40x essas ripas demonstram forma alongada retangular, onde se alternam faixas de cor branca e preta, que constituem as maclas do feldspato (prancha 7-h). Usando como referência Delvigne (1998) este mineral foi classificado como albita. A mineralogia de argila do volume VI da seção SS2 registrou a presença desse mineral, servindo desse modo como um indicativo para confirmar a inferência feita a partir da micromorfologia. Albita é um mineral típico de sistema hidrotermal propilítico (PIRAJNO, 1992, 2009).

A lâmina A1 foi confeccionada a partir da mostra indeformada A1 coletada na base do volume VI da seção SS2 (figura 72). Observando a lâmina com aumento de 1,25x individualizam-se dois campos distintos de descrição. Um campo formado por alteroplasma com cor predominante bruno amarelado (5YR5/8), e outro correspondente fissuras, nas quais com nicóis paralelos, o material é de cor branca (5Y 8/1) (prancha 8a-a).

No alteroplasma a porosidade é do tipo planar-rachaduras (prancha 8a-b-c) (DELVIGNE, 1981).

É grande o número de minerais da família dos feldspatos encontrados no alteroplasma (prancha 8a-b-setas vermelhas). Minerais opacos também foram identificados no alteroplasma, estes podem correspondem possivelmente a magnetita (prancha 8a-c).

É possível observar também no alteroplasma, que o material bruno amarelado (5YR5/8) divide espaço com alteroplasma opaco (prancha 8a-b-c). Este pode estar relacionado à concentração de MgO, MnO e Fe2O3 como já discutido anteriormente.

No campo de domínio do alteroplasma existem espaços vazios, que podem ter sido formados por dissolução do alteroplasma (prancha 8a-d). No interior desses vazios pode-se individualizar estruturas opacas, como as discutidas anteriormente.

Prancha 8a. Micrografias de lâmina da base do volume VI da seção SS2 (lâmina A1-figura 78). a) organização geral dos materiais na lâmina A1, aumento 1,25x, nicóis paralelos (NP). b) minerais da família dos feldspatos encontrados no alteroplasma –setas vermelhas, aumento 4x, NP. c) minerais opacos também foram identificados no alteroplasma, aumento 4x, NP. d)poros, que podem ter sido formados por forte dissolução do alteroplasma, aumento 4x, NP. e) fissuras orientadas no sentido horizontal, aumento 1,25x, NP. f) fissuras horizontais cortadas por fissura vertical adquirindo aspecto de espinha de peixe, aumento 40x, NP.

As fissuras preenchidas por material branco encontradas nessa lâmina estão orientadas em geral no sentido horizontal (prancha 8a-e). Com aumento de 1,25x percebe-se que tais feições são horizontalmente paralelas umas as outras, e em alguns campos da lâmina são cortadas por uma fissura vertical adquirindo aspecto de espinha de peixe (prancha 8a-f).

Prancha 8b. Continuação da prancha 8.1. (lâmina A1). g) fissura preenchida de material de cor verde, aumento 10x, NP. h) fissura de material com aspecto radial, aumento 10x, NP. i) material com aspecto radial no interior da fissura, aumento 40x, NP. J) material com aspecto radial no interior da fissura, aumento 40x, nicóis cruzados (NC).

Com aumento de 10x, e nicóis paralelos, percebe-se que o material no interior desses veios adquire cor verde (Gley1_6/N) (prancha 8b-g). Essa cor pode estar relacionada à presença de clorita, este argilomineral quando hidrotermal apresenta esta cor (BORGES et al., 2009). No volume VI da seção SS2, por meio de DRX, foram identificados picos expressivos de clorita, o que da mais sustentação a ideia anteriormente aventada.

Com aumento de 40x observa-se que em algumas fissuras o material que as preenche organiza-se formando estruturas de aspecto radial (prancha 8b-i-j). Ao girar a platina do microscópio percebe-se que as mesmas apresentam birrefringência, característica típica de argilominerais (CASTRO, 2008). No volume VI da seção SS2 por meio de DRX identificou-se picos de clorita e esmectita, argilominerais que podem estar preenchendo as fissuras. Estas poderiam ser amigdalas que sofreram alteração pseudomórfica (DELVIGNE, 1981), por isso os possíveis argilominerais no seu interior teriam aspecto radial, o que seria herança da forma original do mineral primário cristalizado no interior das amigdalas.

Em algumas fissuras, o material com aspecto radial apresenta cores brunadas, tanto com nicóis paralelos quanto com nicóis cruzados (prancha 8b-i-j), cores que podem estar relacionadas ao teor de Fe2O3, MnO e MgO. O material alterado do volume VI submetido a fluorescência de raio-X apresentou teor de 9,51% de Fe2O3, 0,345 de MnO e 1,01 MgO valores bem superiores ao da rocha ácida ATP (tabela 2-ATP).

A lâmina A4 foi confeccionada a partir de amostra indeformada coletada no volume 7 da seção SS2 (figura 66). Nesta lâmina o material apresenta organização extremamente complexa. Com aumento de 1,25x observa-se que é grande o número de ripas de minerais da família dos feldspatos no alteroplasma bruno (2YR4/8) (prancha 9- a). Tais minerais apresentam-se bem preservados, sem fissuramento e sem bordas alteradas (prancha 9-b). A mineralogia de argila identificou picos bem formados de K- feldspato no volume 7, no local onde foi coletada essa amostra para micromorfologia. A presença deste mineral em material tão alterado é possível, pois como já indicado anteriormente em alterações hidrotermais propilíticas o K-feldspato é estável (BURNHAM, 1962; PIRJNO, 1992).

É possível encontrar também minerais opacos (prancha 9-c), estes como já discutido anteriormente são possivelmente magnetita.

No alteroplasma é possível encontrar também amigdalas de cor amarela (10YR8/8), as quais com nicóis cruzados apresentam materiais com arranjo radial (prancha 9-d). Estas possivelmente tem correlação com as fissuras descritas na lâmina A1 anteriormente.

Grandes concentrações de material branco (5Y8/1) também podem ser visualizadas na lâmina A4 (prancha 9-e). Estas correspondem aos veios e lentes caulinizados descritos macroscopicamente no volume VII (figura 66). No centro dessa lâmina identificou-se uma dessas estruturas de cor amarela (10YR8/8) (prancha 9-f). No canto direito dessa estrutura há concentração de material amarelo brilhante, que poderiam ser domínios argílicos em meio a material impregnado com óxidos (prancha 9-g), estes vistos com aumento de 40x tem aspecto alongado (prancha 9-h). Tal material encontra-se também preenchendo algumas fissuras no alteroplasma (prancha 9-i-setas vermelhas). Contudo, o material do volume VII submetido a DRX não apresentou, nem mesmo picos insipientes de argilominerais.

Prancha 9. Micrografias de lâmina do volume VII da seção SS2 (lâmina A4-figura 78). a) ripas de