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A Bancada Mineira na décima legislatura, 1857-

2.1. Minas e a Renovação Parlamentar.

Vimos nos debates de 1855, à ocasião da aprovação da Lei dos Círculos, que existia uma preocupação com uma mudança do perfil dos representantes da Câmara dos Deputados na nona legislatura (1853-1856). Mas qual teria sido o alcance desta reforma eleitoral na décima legislatura (1857-1860), momento em que a lei foi testada na prática? Quais os impactos causados no perfil destes parlamentares?

Para alguns historiadores, a renovação parlamentar foi grande: cresceu muito o número de padres e médicos, lideranças locais, entre os novos deputados e apareceram mesmo alguns coronéis da Guarda Nacional.424 A eleição de 1856 teria marcado também o início da queda acentuada do número de funcionários públicos na Câmara e o início do aumento de profissionais liberais. Segundo José Murilo de Carvalho, o número de funcionários públicos no legislativo passou a declinar sistematicamente e houve real progresso em distinguir as funções do governo, reduzindo assim, o peso do executivo na Câmara dos Deputados. O historiador afirmou que a presença de funcionários públicos na Câmara, que em 1850 era de 48%, na última legislatura pelo sistema de eleição indireta (1878-1881), reduzira-se a 8%. Mas isto não impedia que o governo continuasse a exercer influência e a eleger partidários seus.425

A análise da composição da bancada mineira confirma, em muitos aspectos, as afirmações de José Murilo de Carvalho. Houve uma renovação expressiva dos parlamentares,

424 CARVALHO, José Murilo de. A construção da ordem: a elite política imperial; Teatro de Sombras: a política

imperial. 5. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010; ESTEFANES, Bruno Fabris. Conciliar o Império: Honório Hermeto Carneiro Leão e a consolidação do Estado brasileiro (1842-1856). São Paulo: FFLCH/USP, 2010. (Dissertação de Mestrado).

com a vigência da Lei dos Círculos de 1855, embora um grupo de políticos da legislatura anterior tenha conseguido preservar suas cadeiras. Com receio de perder um assento na Câmara, muitos deputados eleitos da nona legislatura adotaram diversas estratégias. O deputado paulista Antônio Gonçalves Barbosa da Cunha, por exemplo, tentou escapar das incompatibilidades, para ser reeleito deputado, pedindo demissão do cargo de juiz, como explicitou em discussão com o ex-presidente de sua província à ocasião das eleições de 1856426 e ministro da Justiça em 1858:

“O Sr. Ministro da Justiça: (...) Até Novembro de 1856 ignorei, (digo-o com toda a sinceridade) que o nobre deputado se tivesse de apresentar candidato por qualquer dos círculos de S. Paulo.

O Sr. Barbosa da Cunha: _ Ignorava V. Ex. o que todo o mundo já sabia: até dei demissão do lugar de juiz municipal para poder ser votado.”427 [grifos meus.]

Embora seja significativa a quantidade de deputados eleitos pelo voto provincial que não foram reeleitos, é preciso relativizar alguns casos que se constituem como exceções: ex- deputados da legislatura anterior, como o mineiro Herculano Ferreira Penna, não se candidataram. Ferreira Penna foi o político que administrou o maior número de províncias no Império, fato que, segundo José Pedro Xavier da Veiga, denotava “o apreço em que os diversos gabinetes de que foi delegado tinham à sua capacidade administrativa, a sua solicitude pela causa pública.”428 Herculano administrou as províncias de Minas Gerais (1842), Espírito Santo (1845), Pará (1846), Pernambuco (1848), Maranhão (1849). Em 1853, presidiu o governo da província do Amazonas e naquele mesmo ano, em abril de 1853, foi nomeado senador por esta província. À ocasião dos debates sobre a reforma eleitoral de 1855, Herculano Ferreira Penna não era mais representante de Minas na Câmara, pois já ocupava uma cadeira no Senado.429 Sua vaga na Câmara temporária foi ocupada pelo também conservador Francisco Soares Bernardes de Gouvêa que foi um dos dois únicos deputados

426 Francisco Diogo Pereira de Vasconcellos foi presidente da província de São Paulo no período da eleição de

1856. Foi eleito deputado geral em 1856 e, logo depois, foi nomeado Ministro da Justiça no Gabinete organizado pelo marquês de Olinda. Fonte: JAVARI, Barão de. Organizações e programas ministeriais – regime parlamentar no Império. Brasília: Departamento de Documentação e Divulgação, 1979. (1. ed. 1889). p. 118, p.

315-333, p. 410, p. 446-8; XAVIER DA VEIGA, José Pedro. Efemérides Mineiras 1664-1897. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro/Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1998. (1. ed. 1897). p. 271, p. 467, p. 476, p. 921, p. 953, p. 1.040.

427 Anais da Câmara dos Deputados. Sessão de 1º de Julho de 1858. p. 9.

428 XAVIER DA VEIGA, José Pedro. Op. Cit., 1998. (1. ed. 1897). p. 192, p. 306-319, p. 395, p. 852-3.

429 Herculano Ferreira Penna era casado com Francisca de Paula Freire de Andrade, filha do coronel Francisco da

Paula Freire de Andrade, o barão de Itabira. Fonte: LIMA, Augusto de (Dir.). “Genealogia de Famílias Mineiras”. Revista do Arquivo Público Mineiro. Anno XII, 1907. Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1908. p. 323.

mineiros que votou contra a Lei dos Círculos. Bernardes de Gouvêa não saiu vitorioso nas eleições de 1856.430 Após a aprovação da reforma eleitoral de 1855, Herculano Ferreira Penna foi escolhido para presidir Minas Gerais num momento importante, pois foi o responsável pela organização dos distritos eleitorais mineiros e das eleições de 1856. Ferreira Penna presidiu Minas até 1857, quando retornou ao Senado, mas ainda chegou a presidir as províncias da Bahia (1859-60) e de Goiás (1862). Em resumo, o caso de Ferreira Penna é excepcional, pois não perdeu um assento na Câmara dos Deputados por ter sido derrotado nas urnas, mas apenas por ter se tornado senador.431

Outra situação diversa foi a do conservador José Joaquim Lima e Silva Sobrinho que tomou assento na Câmara em 1853, como suplente de Luís Soares de Gouveia Horta e, em 1854 e 1856, como suplente de Antônio Cândido da Cruz Machado. Embora deputado por Minas Gerais, José Joaquim Lima e Silva Sobrinho - futuro Visconde de Tocantins, e natural do Rio de Janeiro. Era irmão do Duque de Caxias e genro do Barão de Piraí e atuou como coronel no Movimento Liberal de 1842. Esteve presente à ocasião da votação da reforma eleitoral, foi favorável ao projeto e conseguiu se eleger como deputado pelo 10º distrito (Barra

430 Como exposto, no capítulo anterior, não há informações que comprovem se Bernardes de Gouvêa era

saquarema, já que votou contra a reforma eleitoral de 1855. No entanto, membro do partido conservador, existe a possibilidade de que ele seja saquarema, já que se opôs ao Gabinete Paraná em sua principal reforma, como fez o grupo saquarema. Fonte: JAVARI, Barão de. Op. Cit., 1979. (1. ed. 1889). p. 315-326; NEVES, Edson Alvisi.

Magistrados e Negociantes na Corte do Império do Brasil: o Tribunal do Comércio (1850-1875). Niterói: UFF,

2007. (Tese de Doutorado). p. 87; O Arauto de Minas. n. 42, Anno I, São João del-Rei, 23 de Dezembro de 1877. p. 1-4; XAVIER DA VEIGA, José Pedro (Dir.). “Governo de Minas Gerais”. Revista do Arquivo Público

Mineiro. Anno I, Janeiro a Março de 1896. Ouro Preto: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1896. p.37; VIANNA,

José Lopes da Silva. (1º vice-presidente) Relatório que ao Illm. e Exm. Sr. Doutor Francisco Diogo Pereira de

Vasconcellos, muito digno presidente desta província, apresentou no ato de passar-lhe a administração o 1º vice-presidente doutor José Lopes da Silva Vianna. Ouro Preto: Typographia de Soares. 1853. 22 de Outubro de

1853. p. 34-36.

431 O conselheiro Herculano Ferreira Penna (1811-1867) nasceu em 1811, em Diamantina, Minas Gerais. Entre

1829 e 1834, dedicou-se ao magistério público em Ouro Preto e, ao mesmo tempo, dedicou-se ao jornalismo. Foi o principal redator do Novo Argos, folha publicada em Ouro Preto. Entre 1835 e 1844, com algumas interrupções para exercer mandatos políticos, foi secretário do Governo da Província. Tomou assento na Câmara dos deputados em 1839-1841, como substituto de Bernardo Pereira de Vasconcelos, nomeado senador em 1838. Nas legislaturas de 1843-1844, 1845-1847, 1850-1852 e 1853-1856, continuou a representar a província de Minas na Câmara dos Deputados, como deputado eleito. E em 1848-1849, foi deputado geral pela província do Pará. Nesta última legislatura, não tomou assento, pois foi eleito e escolhido senador pelo Amazonas, em abril de 1853. Fonte: Almanak Administrativo, Civil e Industrial da Província de Minas Gerais para o ano de 1865,

organizado e redigido por A. de Assis Martins e J. Marques de Oliveira. 2º ano. Ouro Preto: Tipografia do

Minas Gerais, 1864. p. 29-30, p. 38-9, p. 42-4; Almanak Administrativo, Civil e Industrial da Província de

Minas Gerais do anno de 1872, para servir no de 1873, organizado e redigido por Antonio de Assis Martins. Propriedade da Província. Ouro Preto: Typographia do Echo de Minas, Rua Nova, 27, 1873. p. 29-30; XAVIER

DA VEIGA, José Pedro. Op. Cit., 1998. (1. ed. 1897). p. 306 a 319, p. 395, p. 192, p. 852-3; XAVIER DA VEIGA, José Pedro (Dir.) Revista do Arquivo Público Mineiro. “Representantes de Minas Gerais (Eleitos de 1821 a 1896).” Anno I, Janeiro a Março de 1896. Ouro Preto: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1895. p. 23-53; JAVARI, Barão de. Op. Cit., 1979. (1. ed. 1889). p. 315-333, p. 407, p. 431-3, p. 439, p. 443-4, p. 446, p. 449; SACRAMENTO BLAKE, Augusto Vitorino. Diccionário Bibliographico Brasileiro, 1827-1903, Rio de Janeiro: Conselho Federal de Cultura, 1970. vol. 3, p. 236; XAVIER DA VEIGA, José Pedro (Dir.). Op. Cit., 1896. p. 11, p. 13; LIMA, Augusto de (Dir.). Op. Cit., 1908. p. 323; Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da

Corte e Província do Rio de Janeiro para o anno de 1856, fundado por Eduardo Von Laemmert. Décimo

Mansa) do Rio de Janeiro, sua província natal.432 Não se candidatou mais como deputado por Minas Gerais. Provavelmente, ele escolheu sua província natal para se candidatar, tendo em vista a aprovação da Lei dos Círculos e a perspectiva de que esta lei favoreceria a eleição de políticos conhecidos da província. No mesmo sentido, candidatar-se na província de Minas poderia deixá-lo em posição de dificuldade ao concorrer com mineiros que provavelmente teriam mais chance em seus distritos de origem.

O caso de deputados como Lima e Silva Sobrinho que, à vigência do voto provincial, elegeram-se em províncias estranhas e, à vigência do voto distrital saíram candidatos em suas províncias de origem, são também indícios importantes de que, de fato, a eleição por círculos provocou mudanças substanciais na representatividade política da Câmara dos Deputados. A eleição de deputados estranhos às províncias, mais recorrente no sistema de voto provincial - em que o eleitor escolhia uma lista de deputados que, muitas vezes, não conhecia, tornou-se muito mais difícil com a eleição distrital.

Entretanto, casos citados como os de Herculano Ferreira Penna e Lima e Silva Sobrinho - foram excepcionais e não diminuem o impacto de uma renovação parlamentar na bancada mineira, com a entrada de treze novos nomes em um universo de vinte deputados. Nota-se, portanto, uma profunda renovação parlamentar, no que se refere à presença de nomes nunca antes vistos na Casa. Os quadros abaixo traçam um panorama dos representantes mineiros da nona legislatura (1853-56) e dos deputados eleitos na vigência da Lei dos Círculos, que passaram a compor a bancada mineira na décima legislatura (1857-60):

QUADRO N. 1 Representantes Mineiros (1853-1856) e suas ocupações. Candidatos Eleitos Ocupações

1. Luiz Antônio Barbosa Magistrado; Advogado; Juiz de órfãos; Chefe de polícia de Minas (1849); Ministro da Justiça (1853); Vice-Presidente de Minas (1851); Presidente de Província (1852; 1853; 1854); ex-deputado provincial (até 1843); proprietário rural.

2. Francisco Diogo Pereira de

Vasconcellos Magistrado; Vereador; Advogado; Juiz de órfãos; Chefe de Polícia de Minas (1842-44 e 1849); Chefe de Polícia da Corte (1850-53); Juiz dos Feitos da Fazenda Nacional (1861); Presidente de Província de Minas (1853; 1854-55); Presidente da Província de São Paulo (1856-57); ex-deputado provincial (até 1849).

3. Manuel Teixeira de Souza Vereador (1853-56); Inspetor da Tesouraria da Fazenda Provincial (1841-45); Secretário da Presidência da Província (1848-49); Presidente da Caixa Filial do Banco do Brasil em Ouro Preto; ex-deputado provincial (até 1849); proprietário rural.

432 SISSON, S. A. Galeria dos Brasileiros Ilustres. Brasília: Senado Federal, 1999. (Coleção Brasil 500 anos).

vol. 1, p. 93-95; Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro para 1895, obra estatística e

de consulta fundada em 1844 por Eduardo Von Laemmert reformada e reorganizada por Arthur Sauer. 52º

Anno. Rio de Janeiro: Companhia Typographica do Brazil, Rua dos Inválidos, n. 93, 1895. p. 110; JAVARI, Barão de. Op. Cit., 1979. (1. ed. 1889). p. 315-326.

4. Firmino Rodrigues Silva Magistrado; Advogado (1836-40); Jornalista (1836-64); Chefe de polícia de Minas (1855); Desembargador do Superior Tribunal da Relação da Corte; Judicatura na Vara do Comério do Rio de Janeiro.

5. Antônio Gabriel de Paula

Fonseca Médico; Lente da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e da Faculdade de Belas Artes; Médico da Imperial Câmara. 6. Antônio Cândido da Cruz

Machado

Magistrado; Vereador; Advogado; Juiz de Paz; Promotor; Professor de Latim; Chefe de Polícia da Corte (1848 e 1853-55); Presidente da Província de Goiás (1854-56); Presidente da Província do Maranhão (1855-57); Ministro residente em Montevidéu (1843).

7. Francisco de Paula Cândido Médico; Lente e vice-diretor da Faculdade de Medicina do Rio de janeiro (a partir de 1833); 1º presidente da Junta de Higiene Pública (1850-64); Médico da Imperial Câmara; Presidente da Academia Imperial de Medicina; Membro Honorário da Academia de Belas Artes.

8. Joaquim Delfino Ribeiro da

Luz Magistrado; Vereador e presidente da Câmara (1861-77); Juiz de órfãos; Juiz municipal substituto; Inspetor da Fazenda Provincial; proprietário rural; deputado provincial (até 1855).

9. Antônio José Monteiro de

Barros Magistrado; Vereador; Advogado; proprietário rural. 10. José Agostinho Vieira de

Matos

Médico; Vereador (1860-64); ex-deputado provincial (até 1845).

11. Herculano Ferreira Pena Jornalista; Professor; Secretário do Governo Provincial (1835-44); Presidente das províncias do Pará (1846-48), de Pernambuco (1848-?); e de Minas Gerais (1856-57); Vice-presidente das províncias de Minas Gerais (1842) e Espírito Santo (1845).

12. Francisco de Paula Santos Dono de escritório comercial; Juiz de paz; Coletor de imposto provincial; Diretor de Banco; Minerador; proprietário rural; ex-deputado provincial (até 1847).

13. Carlos José Versiani Médico; Vereador (1853-56); Juiz Municipal substituto; deputado provincial (até 1855).

14. Agostinho José Ferreira

Bretas Médico; Inspetor Municipal de Instrução Pública; deputado provincial (até 1855). 15. Antônio José da Silva Padre

16. Caetano Alves Rodrigues Horta

Bacharel; ex-deputado provincial (até1853). 17. Bernardo Belizário Soares de

Sousa Magistrado; Desembargador da Relação da Corte (?-1861); Advogado. 18. Luiz Carlos da Fonseca Médico; Lente da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e da Faculdade de

Belas Artes; Médico da Imperial Câmara.

19. Justiniano José da Rocha Bacharel em Direito (1833); Jornalista (1833-?); Professor de história e direito do Colégio Pedro II (a partir de 1838); Diretor de Instrução Primária da Corte; Membro do Conselho de Instrução Pública da Corte.

20. Luiz Soares de Gouveia Horta Bacharel em Direito; Advogado; Vereador; Juiz de órfãos. Suplentes:

Francisco Soares Bernardes de Gouvêa

Magistrado (a partir de 1850); promotor (1846); Juiz de órfãos (1847-1850); Deputado provincial pelo Rio de Janeiro (1850-51); Auditor da Guerra da Corte (1864-67); Desembargador da Relação da Corte (1867-?); Ministro do STJ (1886-?).

José Joaquim Lima e Silva Sobrinho, depois Visconde de Tocantins

Coronel da Guarda Nacional (atuou na repressão ao Movimento Liberal de 1842 ao lado de seu irmão, o Duque de Caxias); Deputado geral por Minas (1850-52); Deputado geral pelo RJ (1857-64 e 1867-73).

Manoel de Mello Franco Médico; Vereador; Jornalista; Diretor de uma seção da Companhia União e Indústria (1856-58); Proprietário de Casa Comercial (1858-?); ex-deputado provincial (1842-43).

José Pedro Dias de Carvalho Sem formação superior; Jornalista (1836-?); Proprietário de jornal; Vereador; Inspetor da Tesouraria da Fazenda Provincial; Membro do Conselho Provincial de Minas; Presidente da Província de Minas (1847-48); Ministro da Fazenda e Ministro do Império (1848); ex-deputado Provincial (1835-37; 1838-39; 1842-43); Presidente do Banco do Brasil; proprietário rural.

Fonte: XAVIER DA VEIGA, José Pedro. Efemérides Mineiras 1664-1897. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro/Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1998 (1. ed. 1897). p. 38, p. 127, p. 145, p. 171, p. 168, p. 189-190, p. 192, p. 197, p. 208, p. 217-8, p. 221-2, p. 226, p. 241-2, p. 260, p. 278-280, p. 296-8, p. 299, p. 300, p. 306-319, p. 336, p. 339, p. 341, p. 353, p. 356-8, p. 372, p. 380-382, p. 393, p. 395, p. 440-1, p. 445, p. 447-9, p. 458, p. 467, p. 472, p. 474, p. 476, p. 476, p. 481, p. 483-4, p. 495, p. 499, p. 502-4, p. 518-520, p. 529, p. 541, p. 542-557, p. 568, p. 577-8, p. 580-2, p. 584-5, p. 596, p. 615, p. 639, p. 658, p. 663, p. 666-7, p. 669, p. 680, p. 684, p. 686, p. 700-702, p. 735, p. 739-740, p. 745-6, p. 751, p. 760, p. 771-2, p. 793-4, p. 806, p. 820, p. 829,p. 842, p. 846, p. 848, p. 852-3, p. 870-3, p. 881, p. 904-8, p. 921, p. 942-4, p. 948-950, p. 953, p. 958-9, p. 964, p. 978, p. 1.005, p. 1.015, p. 1.025, p. 1.030-2, p. 1.040, p. 1.042; XAVIER DA VEIGA, José Pedro (Dir.) Revista do Arquivo Público Mineiro. “Representantes de Minas Gerais (Eleitos de 1821 a 1896).” Anno I, Janeiro

a Março de 1896. Ouro Preto: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1895. p. 23-53; XAVIER DA VEIGA, José Pedro (Dir.) Revista do Arquivo

Público Mineiro. “Assemblea Legislativa Provincial. Relação dos Cidadãos que foram eleitos e reconhecidos deputados à Assemblea Legislativa Provincial de Minas Gerais, desde a primeira legislatura (1835-1837) até a última (1888-1889).” Anno I, Janeiro a Março de 1896. Ouro Preto: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1895. p. 54-95; XAVIER DA VEIGA, José Pedro (Dir.). “Governo de Minas Gerais”.

Revista do Arquivo Público Mineiro. Anno I, Janeiro a Março de 1896. Ouro Preto: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1896. p. 11-6; Almanack Administrativo, Civil e Industrial da Província de Minas Gerais (1864 a 1874); Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de Janeiro (1843-1875); SACRAMENTO BLAKE, Augusto Vitorino. Diccionário Bibliographico Brasileiro,

1827-1903, Rio de Janeiro: Conselho Federal de Cultura, 1970; SISSON, S. A. Galeria dos Brasileiros Ilustres. Brasília: Senado Federal, 1999. (Coleção Brasil 500 anos); JAVARI, Barão de. Organizações e programas ministeriais – regime parlamentar no Império. Brasília:

Departamento de Documentação e Divulgação, 1979. (1. ed. 1889). p. 118, p. 142, p. 161, p. 171, p. 186, p. 220-1, p. 255, p. 263-4, p. 315- 333, p. 405, p. 407, p. 431-3, p. 444-9, p. 410, p. 415, p. 417, p. 428, p. 439, p. 433, p. 442-4, p. 447; RIO BRANCO, Barão do. Efemérides

Brasileiras. Brasília: Senado Federal, 1999. (Coleção Brasil 500 anos); VIANNA, José Lopes da Silva. (1º vice-presidente) Relatório que ao Illm. e Exm. Sr. Doutor Francisco Diogo Pereira de Vasconcellos, muito digno presidente desta província, apresentou no ato de passar-lhe a administração o 1º vice-presidente doutor José Lopes da Silva Vianna. Ouro Preto: Typographia de Soares. 1853. 22 de Outubro de 1853.

p. 34-36; VASCONCELLOS, Francisco Diogo Pereira de. Op.Cit., 1855. (Anexos); PENNA, Herculano Ferreira. (presidente) Relatório que

à Assembléa Legislativa Provincial de Minas Gerais apresentou na abertura da sessão ordinária de 1857 o conselheiro Herculano Ferreira Penna, presidente da mesma província. Ouro Preto: Typographia Provincial, 1857. 28 de abril de 1857. (Anexos); CAMPOS, Carlos

Carneiro de. (presidente) Relatório que à Assembléa Legislativa Provincial de Minas Gerais apresentou na abertura da Sessão ordinária de

1858 o conselheiro Carlos Carneiro de Campos, presidente da mesma província. Ouro Preto: Tipographia Provincial, 1858.25 de Março de

1858. (Anexos); CAMPOS, Carlos Carneiro de. (presidente) Relatório que ao Illm. e Exm. Sr. 1º Vice-Presidente da província entregou o

Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Carlos Carneiro de Campos, em o dia 6 de Abril de 1859, no momento de seguir para a Villa de Lav ras, a fim de assistir às arrematações da Estrada do Passa-Vinte. Ouro Preto: Tipographia Provincial, 1859. 6 de Abril de 1859. p. 8.

QUADRO N. 2. Representantes Mineiros (1857-1860) e suas ocupações. Distritos Deputados Ocupações

1º Ouro

Preto Francisco Diogo Pereira de Vasconcellos Magistrado; Vereador; Advogado; Juiz de órfãos; Chefe de Polícia de Minas (1842-44 e 1849); Chefe de Polícia da Corte (1850-53); Juiz dos Feitos da Fazenda Nacional (1861); Presidente de Província de Minas (1853; 1854-55); Presidente da Província de São Paulo (1856-57); ex-deputado provincial (até 1849); Ministro da Justiça (1857-58).

2º Pitangui Francisco Álvares da Silva Campos

Magistrado; Advogado; ex-deputado provincial (1848-49).

3º Sabará Luiz Antônio Barbosa Magistrado; Advogado; Juiz de órfãos; Chefe de polícia de Minas (1849); Ministro da Justiça (1853); Vice-Presidente de Minas (1851); Presidente de Província (1852; 1853; 1854); ex-deputado provincial (1842-43); proprietário rural.

4º Itabira José Felicíssimo do

Nascimento Padre; Vereador e Presidente da Câmara (1837-44 e 1845-48); Diretor de Círculo Literário; Inspetor Municipal de Instrução Pública (?-1864); ex-deputado provincial (até 1847).

5º Serro Antônio Cândido da Cruz Machado

Magistrado; Vereador; Advogado; Juiz de Paz; Promotor; Professor de Latim; Chefe de Polícia da Corte (1848 e 1853-55); Presidente da Província de Goiás (1854-56); Presidente da Província do Maranhão (1855-57); Ministro residente em Montevidéu (1843). 6º

Diamantina

Pedro de Alcântara Machado Vereador (1850); Diretor do Banco do Brasil; ex-deputado provincial (até 1847).

7º Minas

Novas Antônio Joaquim César Magistrado; Vereador; Juiz de Paz; Advogado; Subdelegado; proprietário rural. 8º Montes

Claros das Formigas

Luiz Carlos da Fonseca Médico; Lente da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e da Faculdade de Belas Artes; Médico da Imperial Câmara.

9º Paracatu Bernardo Belizário Soares

de Sousa

Magistrado; Desembargador da Relação da Corte (?-1861); Advogado.

10º

Uberaba Hermógenes Casimiro de Araújo Brunswick Padre; Vereador; Advogado provisionado; Diretor de Círculo Literário; Administrador de Recebedoria; Curador Geral de órfãos; Criador e proprietário rural.

11º Caldas Agostinho José Ferreira

Bretas Médico; Inspetor Municipal de Instrução Pública; deputado provincial (até 1855). 12º Pouso

Alegre João Dias Ferraz da Luz Médico; Juiz Municipal substituto; Vacinador Municipal; Boticário; Proprietário Rural; Diretor de Círculo Literário. 13º

Baependi Domingos Teodoro de Azevedo e Paiva Magistrado; ex-deputado provincial (até 1839); proprietário rural. 14º

Campanha

15º Vila Nova da Formiga

Francisco Cirilo Ribeiro e

Sousa Médico; Juiz Municipal substituto; subdelegado; Diretor de Círculo Literário na Província; ex deputado provincial (até 1859). 16º São

João del Rey

João das Chagas de Andrade Médico; Vacinador; Delegado; Juiz Municipal substituto; Desembargador da polícia (1854); ex deputado provincial (até 1857).

17º

Barbacena Pedro de Alcântara Cerqueira Leite Magistrado; Juiz de órfãos; Desembargador da Relação de Pernambuco; Advogado; Proprietário rural; ex-deputado provincial (até 1839).

18º

Leopoldina Antônio José Monteiro de Barros Magistrado; Vereador; Advogado; proprietário rural.

19º Ubá Francisco de Assis Athaíde Promotor, Juiz Municipal substituto; Juiz de Paz; Promotor; Diretor de Círculo Literário na Província; ex deputado provincial (até 1859); proprietário rural.

20º Mariana

Francisco de Paula da Silveira Lobo

Magistrado; Vereador (1853-60); Juiz de órfãos; Juiz Municipal Substituto; Advogado; Proprietário Rural.

Fonte: XAVIER DA VEIGA, José Pedro. Op. Cit., 1998 (1. ed. 1897). p. 38, p. 127, p. 145, p. 171, p. 168, p. 189-190, p. 192, p. 197, p. 208, p. 217-8, p. 221-2, p. 226, p. 241-2, p. 260, p. 278-280, p. 296-8, p. 299, p. 300, p. 306-319, p. 336, p. 339, p. 341, p. 353, p. 356-8, p. 372, p. 380-382, p. 393, p. 395, p. 440-1, p. 445, p. 447-9, p. 458, p. 467, p. 472, p. 474, p. 476, p. 476, p. 481, p. 483-4, p. 495, p. 499, p. 502-4, p. 518-520, p. 529, p. 541, p. 542-557, p. 568, p. 577-8, p. 580-2, p. 584-5, p. 596, p. 615, p. 639, p. 658, p. 663, p. 666-7, p. 669, p. 680, p. 684, p. 686, p. 700-702, p. 735, p. 739-740, p. 745-6, p. 751, p. 760, p. 771-2, p. 793-4, p. 806, p. 820, p. 829,p. 842, p. 846, p. 848, p. 852-3, p. 870-3, p. 881, p. 904-8, p. 921, p. 942-4, p. 948-950, p. 953, p. 958-9, p. 964, p. 978, p. 1.005, p. 1.015, p. 1.025, p. 1.030-2, p. 1.040, p. 1.042; XAVIER DA VEIGA, José Pedro (Dir.) Op. Cit., 1895. p. 23-53; XAVIER DA VEIGA, José Pedro (Dir.) Op. Cit., 1895. p. 54-95; XAVIER DA VEIGA, José Pedro (Dir.). Op. Cit., 1896. p. 11-6; Almanack Administrativo, Civil e Industrial da Província de Minas Gerais (1864 a 1874); Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de Janeiro (1843-1875); SACRAMENTO BLAKE, Augusto Vitorino. Op. Cit., 1970; SISSON, S. A. Op. Cit., 1999; JAVARI, Barão de. Op. Cit., 1979; RIO BRANCO, Barão do. Op.

Cit., 1999. p. 118, p. 142, p. 161, p. 171, p. 186, p. 220-1, p. 255, p. 263-4, p. 315-333, p. 405, p. 407, p. 431-3, p. 444-9, p. 410, p. 415, p.

417, p. 428, p. 439, p. 433, p. 442-4, p. 447; VIANNA, José Lopes da Silva. Op. Cit., 1853. p. 34-36; VASCONCELLOS, Francisco Diogo Pereira de. Op.Cit., 1855. (Anexos); PENNA, Herculano Ferreira. Op. Cit., 1857. (Anexos); CAMPOS, Carlos Carneiro de. Op. Cit., 1858. (Anexos); CAMPOS, Carlos Carneiro de. (presidente) Op. Cit., 1859. p. 8.

Nota: Os deputados em destaque pertenceram à bancada mineira na legislatura de 1853-1856 e conseguiram se reeleger.

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