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4 O PROFESSOR DIALÓGICO: UM APRENDIZADO A PARTIR DO TEATRO

4.9 MINHA IDENTIDADE

Como foi colocado na introdução, minha posição, no Peru, é uma posição de poder. Sou membro da cultura dominante do país, no entanto, o fato de eu pertencer a essa cultura, de ser branco104, faz com que eu não seja reconhecido como peruano e essa era uma motivação para me interessar em fazer uma pesquisa sobre identidade. Como afetou o processo o fato de eu

104 Quando me refiro a mim mesmo, me reconheço como branco e não como mestiço. Existe no Peru um “paradigma de mestiçagem” que presupõe a existência de um “sincretismo cultural” e, portanto “igualdade”. Este “propõe a existência de uma sociedade mestiça composta de cidadãos mestiços – e, portanto homogêneos – sem se preocupar pelas diferenças sociais e da riqueza cultural que não pôde ser uniformizada em cinco séculos de dominação hispânica” (TUBINO e ZARIQUIEY, 2007, p. 22). Em geral, eu não sou reconhecido como mestiço, mas como branco. Os herdeiros brancos dos conquistadores continuam dominando o país e existe uma percepção “natural” na qual o branco sempre tem dinheiro. Além disso, existe ainda um racismo muito enraizado na sociedade que se reflete em ditados populares como o dinheiro te torna branco. Gera-se então uma “linha de opressão” na qual o branco oprime ao mestiço e este ao indígena. Isto é uma caricatura da situação, porém reflete grosseiramente uma realidade no Peru.

pertencer à cultura dominante? Como eu era percebido pelos participantes? O fato de pertencer a esse grupo é bastante confortável porque me abre portas e me permite circular por lugares muito diferentes. Isso é uma vantagem que pode ser aproveitada para benefício pessoal ou para beneficiar as classes de poder, mas também pode ser usada para gerar e procurar espaços de diálogo e questionamento daquelas estruturas de poder. Outra razão pela qual é uma posição confortável é que, diferentemente dos estudantes indígenas, eu posso ser o mesmo, sempre. Eu não tenho que me vestir diferente, nem falar outra língua, eu não tenho uma pressão social para negar ou ocultar minha origem.

Como tudo isto se relaciona com a experiência?

A princípio eu pedi para dar prioridade aos estudantes indígenas, deixando de lado os mestiços. Por que excluir os mestiços? O que procuro no contato com os indígenas que, achava (acho...) não posso receber dos mestiços? O fato de que os mestiços morem na cidade, de eles terem, até certo ponto, aspectos da sociedade dominante da qual provenho e que tanto critico faz com que eu me sinta menos atraído por eles? Descubro aqui um preconceito: mestiço como invasor e como uma pessoa superficial. Percebo o indígena como aquele que pode me ensinar mundos, formas de pensar, de viver, valores diferentes. Como aquele que pode me mostrar alternativas de vida diferentes.

Procuro ter uma atitude dialógica na minha vida e nas minhas relações. Esta, portanto, é fundamental na minha atividade como professor e diretor de teatro, que é muito importante para minha identidade. Encontro no teatro intercultural um caminho de aprendizado, de confronto, de provocação. Encontro nele, portanto um caminho de aprendizado no afã de me tornar cada vez mais dialógico.

Desta forma, não procuro trabalhar em comunidades afastadas, mas nos espaços de encontro, neste caso, uma cidade amazônica, o espaço no qual se confrontam diferentes formas de vida. Homi K. Bhabha (2007, p. 20), afirma que mais do que pensar nas narrativas originárias, é importante pensar nos momentos de

articulação de diferenças culturais. Esses “entre-lugares” fornecem o terreno para a elaboração de estratégias de subjetivação – singular ou coletiva – que dão inicio a novos signos de identidade e postos inovadores de colaboração e contestação, no ato de definir a própria idéia de sociedade.

Meu interesse é o espaço do encontro, do diálogo, do conflito. É a interação das pessoas, o aprendizado do e com o diferente, a troca.

Encerramento

Eu queria trabalhar identidade com os jovens indígenas. Agora fico contente disso não ter acontecido e de que as oficinas tenham sido um espaço de encontro entre indígenas e mestiços. Tenho um romantismo da forma de vida indígena e possuo no fundo um instinto preservacionista. Isto não é porque queira que os indígenas fiquem vivendo sempre do mesmo jeito, mas porque acredito que seu estilo de vida não é algo do passado, mas contemporâneo. Acredito que temos muito que aprender das populações indígenas, principalmente no que se refere à vida comunitária e a relação com a natureza, e estou totalmente contra aqueles que as percebem como um estorvo para o desenvolvimento. Nesse sentido, acho que temos urgência de ter espaços de encontro e conhecimento entre os diferentes, entre os que têm valores diferentes. Temos urgência de aprender do outro, de saber que podemos aprender do outro, que existem outras formas de ver o mundo, que o diferente também pode ser parecido, que podem se construir coisas a partir da diversidade, que esta é um valor e não uma trava.

O teatro é um espaço privilegiado para estes encontros e é aí onde radica seu poder: em propiciar conhecimento do outro e de si próprio na convivência e na criação conjunta. Este permite que, ao invés de nos relacionarmos com os estereótipos do outro, comecemos a conhecer a dinâmica das identidades que constituem todos os sujeitos. O teatro intercultural seria um espaço no qual tanto os participantes quanto o professor, qualquer que sejam suas caraterísticas – origem, cultura, condição social, deficiência física ou mental, cor de pele, gênero ou idade – podem recuperar, no diálogo, sua condição de sujeitos.

Comecei este texto com uma pergunta: por que volto trabalhar na Amazônia?

Volto porque aprendo sobre ela, sobre seus moradores, com eles (tanto indígenas quanto mestiços), sobre suas complexidades, suas contradições. Aprendo sobre mim mesmo, sobre minhas complexidades, minhas contradições.

Aprendo que sou herdeiro de uma tradição cultural, que sou parte da sociedade dominante. Aprendo que sou um menino de cidade.

Aprendo sobre relações de poder, sobre pobreza, sobre discriminação, sobre interculturalidade, sobre oportunidades. Aprendo sobre discursos aprendidos e atos sem fundamento.

Aprendo sobre o teatro como meio e como fim. Sobre o teatro como espaço de diálogo, como espaço intercultural. Aprendo a brincar, a comer do mesmo prato, a navegar pelo mesmo rio.

Aprendo que não existe o bom selvagem. Que o indígena não é bom por ser indígena e que o branco, eu branco, não é colonizador por ser branco.

Aprendo que o conflito não é mau, mas é parte importante da vida. Aprendo sobre tolerância e intolerância. Aprendo a dar, a receber. A fechar minha boca.

Aprendo a dialogar.

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