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A escolha pela utilização da metodologia Commonkads é aplicada neste contexto por que de acordo com Schreiber et al (2002) ela percorre todo o caminho da gestão do conhecimento corporativo para análise e engenharia do conhecimento e todo o caminho para analisar os projetos de implantação de sistemas intensivos de conhecimento de forma

integrada. Ela tem mostrado que o projeto de análise de sistemas falha quando e baseado apenas em tecnologias, não considerando o conhecimento da organização.

A organização da pesquisa, no que diz respeito à apresentação dos dados coletados, para atender às metas estabelecidas foi norteada com base na categorização e dimensões da metodologia commonkads. Trata-se de uma metodologia para captura, organização e modelagem do conhecimento nas organizações. Essa pesquisa é utilizada para capturar e organizar os domínios de conhecimento e administração patrimonial. Segundo Schreiber (2002), a metodologia commonkads organiza-se em seis modelos, conforme figura 7.

V is ã o G e r a l d o M o d e lo C o m m o n K A D S

Figura 7: Organização da pesquisa

Fonte: Schreiber (2002)

Na prática, cada modelo desses segue com suas planilhas bem definidas por Schreiber (2002) para identificação, captura, organização e modelagem das atividades e tarefas intensivas em conhecimento nas organizações. O que se faz nesse estudo é uma adaptação para essa pesquisa de algumas planilhas, utilizando aquelas dimensões relevantes e que servirão em termos de gestão para a captura e organização do conhecimento.

No modelo da organização é apresentada uma descrição e análise do ambiente organizacional e hierárquico do governo federal brasileiro e identificar a composição e hierarquia do governo e as condicionantes existentes na administração patrimonial das Instituições Públicas Federais. Exemplo de um ambiente hierárquico: Existe o poder

Executivo, Legislativo e Judiciário. Como é sua composição hierárquica? Constituída dos Ministérios e assim por diante.

No modelo da organização, nesta adaptação, serão apresentadas descrições apoiadas na análise das características da organização, a fim de descobrir problemas e oportunidades, conforme Planilha MO – 1 (Quadro 2), desenvolvida por Schreiber (2002) para sistemas de conhecimento estabelecer sua viabilidade e acessar o impacto na organização das ações de conhecimento a respeito de administração patrimonial. Serão utilizadas nesse módulo da organização as planilhas MO – 2 (Quadro 3), que se referem aos aspectos variantes da organização objeto da pesquisa; a planilha MO – 3 e 4 não será utilizadas; a planilha MO - 5 será relacionada a uma análise de viabilidade de soluções do conhecimento em específico para a administração patrimonial nas organizações públicas federais.

Modelo da Organização

Planilha de Problemas e Oportunidades – MO-1 Problemas e

Oportunidades Fazer uma lista de problemas e oportunidades percebidas, baseada em entrevistas, brainstorn, encontro e discussões com gerentes, etc.

Soluções Liste soluções possíveis para os problemas e oportunidades percebidos, como sugeridos nas entrevistas e discussões considerando as características da organização, verificadas anteriormente.

Quadro 2: Planilha de problemas e oportunidades

Fonte: Schreiber (2002)

Modelo da Organização

Planilha de Aspectos Variantes e Descrição da Área de Foco – MO-2

Estrutura Organograma da organização.

Processo Relação dos processos de gestão patrimonial. Pessoas Indica a equipe envolvida.

Recursos Descreve os recursos que são utilizados para o processo de gestão patrimonial como: (a) sistemas de informação ou outros recursos computacionais; (b) equipamento ou materiais; (c) tecnologia, patentes ou direitos.

Conhecimento Relaciona-se aqui as áreas de conhecimento inerente à gestão patrimonial.

Quadro 3: Aspectos variantes e descrição da área de foco

No modelo da tarefa, serão adaptadas as planilhas correspondentes e nelas serão relacionadas as tarefas desenvolvidas pelos setores de patrimônio. Soluções baseadas em conhecimento, construindo-se uma relação de todas as tarefas executadas em um setor de patrimônio e suas práticas nas Instituições Públicas Federais brasileiras escolhidas para a pesquisa. Exemplo de uma tarefa: Controle. Quais são as etapas de um controle patrimonial? As etapas de controle patrimonial podem ser estabelecidas de acordo com as normatizações de cada instituição.

No modelo da tarefa, segundo Schreiber (2002), as tarefas são sub partes relevantes de um processo de gestão. O modelo de tarefa analisa o layout da tarefa global, suas entradas, saídas, pré-condições e critérios de performance, bem como recursos e competências necessárias. São soluções baseadas em conhecimento, construindo-se uma relação de todas as tarefas executadas em um setor de patrimônio e suas práticas nas Instituições Públicas Federais brasileiras escolhidas para esta pesquisa. São orientadas conforme a planilha TM – 1 de Schreiber (2002), conforme quadro 4.

Modela da Tarefa Planilha de Análise da Tarefa – TM-1 (1ª. Parte) Tarefa Identificador da tarefa e nome da tarefa.

Organização Indica o processo de gestão que a tarefa é parte. Quadro 4: Análise da tarefa – TM-1 (primeira parte)

Fonte: Schreiber (2002)

No modelo do agente, serão identificadas as responsabilidades dos agentes – pessoas – detentoras da carga patrimonial em uma instituição. Entende-se como agente as pessoas e pesquisadores que estejam de alguma maneira vinculadas ao governo federal brasileiro e que são detentoras de carga patrimonial de algum bem móvel permanente, utilizando-o para qualquer fim e em qualquer instituição federal ou não, de acordo com concessões feitas para cada caso pelo governo ou pelas próprias instituições em particular. Exemplo de responsabilidade da carga patrimonial: uma pessoa, professor, pesquisador, ou outra denominação adotada é responsável pelos bens móveis que utiliza no seu laboratório ou sala dentro de uma instituição federal brasileira.

No modelo do conhecimento, pretende-se identificar o domínio de conhecimento existente na área de administração patrimonial buscando demonstrar que os setores de patrimônio adotam uma

termologia própria para desenvolver suas atividades de registro, controle e descarte de seus bens móveis permanentes. Nesse modelo serão relacionados as terminologias utilizadas, conceitos, definições e outros termos utilizados nos setores de patrimônio pesquisados. Exemplo de um termo utilizado: Registro. O que é registro? Registro é um processo de tombamento ou cadastramento deste bem móvel em um sistema de administração patrimonial, que pode ser de controle manual ou informatizado.

O modelo do conhecimento tem como propósito segundo Schreiber (2002) explicar em detalhes os tipos e estruturas de conhecimentos utilizados para realizar uma tarefa. Permite uma descrição independente de implementação do perfil dos diferentes componentes de conhecimento na resolução de problemas, de uma forma que seja compreensível por seres humanos. Isso torna o modelo de conhecimento um importante veículo para comunicação com especialistas e usuários sobre os aspectos da resolução do problema de um sistema de conhecimento, durante tanto no desenvolvimento como na execução.

Para tanto, identificou-se o domínio de conhecimento existente na área de administração patrimonial. Além de especificar os Modelos de Tarefa e Agentes, respectivamente nas tabelas MT - 1, MT - 2 e MA - 1, deve-se integrar essa informação em um documento de tomada de decisão gerencial. A organização deverá tomar decisões com relação às mudanças e melhoramentos organizacionais.

Para tal, há um checklist dos modelos da organização, tarefa e agente que resultará na Planilha OTA - 1, em que se apresentam as ações propostas para a busca de melhoramentos, bem como as medidas correspondentes. Essas ações não são parte do trabalho da gestão de conhecimento, mas são muito importantes para assegurar compromisso e apoio por parte dos atores de relevância da organização.

As principais questões de tomada de decisão são: existem mudanças organizacionais recomendadas e, se sim, quais? Que medidas devem ser implementadas com relação a tarefas específicas e trabalhadores envolvidos? Em particular, que melhoramentos são possíveis no uso e disponibilidade do conhecimento? Essas mudanças têm suficiente apoio das pessoas envolvidas? Há ações de facilitação adicionais necessárias? Qual será o passo seguinte no projeto do sistema de conhecimento?

O modelo de conhecimento será apresentado conforme a planilha OTA – 1, mostrada no quadro 5, resultado da união dos modelos da organização, do agente e das tarefas, relacionando os impactos e os

melhoramentos propostos. Modelo da Organização,

Agente e Tarefa Planilha com Checklist de Impacto e Melhoramentos – OTA-1 (Parte1/2) Impactos e Mudanças na

organização Descreva os impactos e mudanças que a solução de sistema de conhecimento considerada trará à organização, na situação atual e o que deverá ser no futuro.

Quadro 5: Checklist de impacto e melhoramentos – OTA-1 (parte1/2)

Fonte: Schreiber (2002)

No modelo da comunicação pretende-se identificar os sistemas de comunicação utilizados pelos setores de patrimônio por meio das entrevistas. Existem inúmeros setores de patrimônio onde a comunicação e a interoperabilidade existente entre eles ainda requer melhorias. Pretende-se estabelecer uma linguagem unificada e integrada para que dentro das devidas proporções seja adotada como padrão nacional.

Tendo em vista que muitos agentes podem estar envolvidos em uma tarefa, é importante modelar a transação de comunicação entre eles. Isso acontece no modelo de comunicação, de forma independente de implementação ou de conceito, como ocorre no modelo de conhecimento. Relaciona-se variadas formas de linguagem unificada e integrada para que dentro das devidas proporções seja adotada como padrão nacional.

No modelo do projeto apresentam-se parâmetros legais e operacionais para análise da administração patrimonial com os domínios do conhecimento visando o aprimoramento da Gestão Patrimonial Nacional. O modelo do projeto estabelece a validade da pesquisa por meio do método da triangulação.