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Modelos de posicionamento e desenho do produto

Neste sub-capítulo faz-se referência a um modelo de desenho e posicionamento do produto: modelo Perceptor.

Modelo Perceptor de Urban (1975)

A ideia principal consiste em modelar a distância entre a marca ideal e a marca em estudo e repetir a compra para um produto novo no mercado. Tem por base as palavras: refinar, avaliar e seleccionar entre os conceitos determinantes de produto.

Quota de mercado a longo prazo: m=t.s

definição das variáveis:

m= quota de mercado a longo prazo; t= fracção do mercado alvo que experimenta a marca; s=

quota de mercado daqueles que já experimentaram a marca. Modelo de ensaio

O último ensaio é dado pela expressão: t = qwv

definição das variáveis:

q= probalidade obtida no último ensaio da marca em estudo; w= conhecimento da marca;

Na fase de desenho w e v são inputs administrativos, a marca líder tem alguma

influência nos seus níveis probabilísticos. De modo geral w será elevado com uma

publicidade intensa e v com mais promoções. Modelo de cadeia de Markov para determinar a

quota.

Quadro 3 - Representação do modelo de cadeia de Markov em relação à marca em estudo e uma outra marca. compra no momento t+1

marca em estudo outra marca marca em estudo p11 1-p11

compra no momento t

outra marca p21 1-p21

Segundo este modelo, a quota no estado de equilíbrio, é:

s = 11 21 21 1 p p p − +

O modelo da probalidade de compra é 2 1 0 dB

q=α +α

definição das variáveis e dos parâmetros: =

2

B

d distância quadrada no mapa de percepção entre a marca nova e a marca de referência para aqueles que ainda não experimentaram a marca, mas têm conhecimento da sua existência.

1 0,α

α = são os parâmetros a estimar;

Considerando um pequeno mapa de percepção com k dimensões, a posição da marca

nova

{

XK

}

e a posição da marca ideal

{ }

IK , tem-se: 2

(

)

2 k k k k B h X I d =

onde: hk= importância relativa da dimensão k;

Probabilidade de repetir a compra

Nesta parte do modelo considera-se a probalidade das percepções dos consumidores poderem alterar-se. Sejam as percepções

{ }

*

k

marca. Nesse sentido tem-se a equação 2 em que 1 0 11 ~ ~dB p =α +α ~2 =

(

*

)

2 k h k k B h X I d , isto é,

a distância euclidiana ideal após ter experimentado.

A probabilidade de repetir a compra, , se o produto em estudo não foi escolhido, é determinada empiricamente para cada caso através de questionários.

21

p

A quota da marca nova é obtida através de outras marcas, considerada proporcional ao número que é realçada pelos consumidores nos seus conjuntos de preferências, e inversamente proporcional à sua distância da marca nova.

− = ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ = 1 1 2 2 B j jB j bB b b d e d e m v

definição das variáveis: b

v = estimativa perdida na quota por existir a marca b, v=1,..., B-1; m= quota estimada da marca nova;

b

e = fracção de pessoas que realçaram a marca b no seu conjunto de preferências;

2

bB

d = distância quadrada da marca b à marca B no mapa de percepção;

Depois do trabalho exploratório para determinar as dimensões relevantes e as condições de mercado, procede-se a uma entrevista para:

¾ saber qual o conjunto das marcas preferidas de cada indivíduo;

¾ classificação das marcas nas escalas de percepção;

¾ a marca mais preferida entre todas;

¾ estabelecer semelhanças e diferenças entre os entrevistados;

Em cada caso os conceitos e protótipos da marca nova são incluídos com as descrições das outras marcas reconhecíveis. Se uma marca parece razoável o produto é dado a um grupo de pessoas para ser experimentado num dado período, e procede-se do mesmo modo como foi referido nos vários itens do modelo (probalidade de repetir a compra, ...). Para os que não pretendem repetir a compra a escala de intenção de repetir é usada para estimarp21.

Para estimar os parâmetros utiliza-se a análise de regressão. A variável dependente para cada produto é a percentagem daqueles que escolhem o produto após o fim da pesquisa dividida pela percentagem daqueles que mencionaram a marca, e a variável independente é a distância fixa ao ponto ideal.

Este modelo permite

¾ identificar potenciais oportunidades de novos produtos;

¾ diagnosticar a necessidade de redesenhar o produto.

¾ é fácil de aplicar;

¾ Porém existem vários problemas que o limitam;

¾ ser determinístico (não considera as reacções competitivas);

¾ relacionar a quota e a distância quadrada de um ponto ideal é alvo de críticas, porque não refere como se determina esse ponto e porque não outro ponto.

Capítulo

4

Modelos em publicidade

Uma das variáveis de marketing é a publicidade. É persuasiva e até certo ponto

reforça a preferência do consumidor por um dado produto. Interage com os outros elementos

do marketing-mix, no sentido de promover as vendas, fornecendo informação e razões para

aquisição de um produto. Nomeadamente, em relação à política de preço, a mensagem publicitária deve ser consistente com a posição de preço da marca. Relativamente à força de vendas, quando esta desempenha um papel importante no marketing-mix, a publicidade tem

um papel diminuto. Como aquela é um método comunicativo mais oneroso, recorre-se à sua utilização quando o nível esperado de vendas para um único produto é grande.

As diferenças entre as características dos produtos, os objectivos do programa de

marketing e as estratégias utilizadas explicam os diferentes níveis de publicidade por produto.

O nível médio de gastos para uma amostra grande de produtos industriais foi considerado em 0,7% das vendas. Enquanto a revista Advertising Age, anualmente, refere taxas de 2% das

vendas para indústrias de automóveis, de pneus e de electrodomésticos, e acima de 7% para as indústrias de sabão e cosméticos. Estas variações reflectem diferenças relativas à importância conferida ao papel da publicidade.

Para se conceber um programa de publicidade, há que ter em consideração cinco decisões inter-relacionadas:

1. Quais são os objectivos? 2. Quanto se deverá gastar?

3. Qual a mensagem a ser transmitida? 4. Quais os media que serão utilizados? 5. Como serão avaliados os resultados?

Lasswell (1948) afirma que “um modelo de comunicação responde a quem diz o quê, (...) em que canal, para quem e com que efeito”10.

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