• Nenhum resultado encontrado

Montagem dos cassetes para expressão em Trichoderma reesei

CAPÍTULO 3:Seleção de enzimas e sistemas de expressão

2.2. Montagem dos cassetes para expressão em Trichoderma reesei

Para construção do cassete, o vetor que foi utilizado é o pRS315, sendo a seleção em levedura a partir da auxotrofia (meio sem uracila). O cassete é composto de uma região de homologia ao genoma do T. reesei (HomTR1/Hom TR3), um promotor fortemente expresso quando induzido (CBH1p), a sequência codificadora da enzima proveniente do T. erinaceum (xilanase ou β-glicosidase) com cauda de histidina e sítio de clivagem TEV, terminador CBH1t, sequência do gene pyr4 completa (incluindo promotor e terminador) para auxiliar na seleção dos fungos transformados (GUHPTA et al., 2014) e uma segunda homologia ao genoma do T. reesei (Hom TR2/Hom TR4) (Figura 30).

Figura 30: Esquema demonstrando como foi realizada a montagem dos cassetes para expressão das enzimas de T. erinaceum. Estes possuem 8 fragmentos incluindo as homologias ao genoma de T. reesei, promotor /terminador CBH1, pyr4 e as ORFs de interesse.

A estratégia de integração do cassete em T. reesei envolveu recombinação homóloga (LIU et al., 2015). As regiões com homologia ao T. reesei são importantes, pois auxiliam o sistema no direcionamento de qual locus gênico será alterado.

Essa região de inserção correspondeu ao loci das enzimas de T. reesei com maior identidade encontrada em relação ao T.erinaceum. Isso permitiu uma transformação controle de reinserção das enzimas endógenas, excluindo qualquer risco da atribuição na mudança de atividade enzimática relacionada ao promotor utilizado.

ClaI ClaI

Os genes e outros fragmentos necessários para a montagem do cassete foram amplificados por PCR e tiveram os tamanhos confirmados em gel de agarose (1%), corados com brometo de etídeo.

A partir da transformação dos fragmentos em levedura (PE14Ura3Δ), como o pRS315 continha uma seleção para meio com restrição de uracila, foi possível selecionar colônias (Figura 31) que possuíam o vetor montado de forma correta.

Figura 31: Placa contendo um dos vetores montados em levedura PE14Ura3Δ (A- xilanase de T.

erinaceum) em comparação ao controle negativo (B).

Com os vetores extraídos, transformou-se as montagens em E.coli (DH10β), para manutenção do vetor e confirmação da montagem correta dos fragmentos pela levedura. No início e ao final do cassete foram inseridas uma sequência de restrição para a enzima ClaI (no caso das xilanases do T. erinaceum e xilanase controle de T. reesei) e NotI (para a β- glicosidase de T. erinaceum e β-glicosidase controle de T. reesei). Os tamanhos dos cassetes digeridos variaram entre 9 kB (xilanases) e 11 Kb (β-glicosidases), sendo a banda do plasmídeo próxima a 4500 pb (Figura 32-C).

Com os 5 vetores clivados pelas enzimas correspondentes, foi possível realizar as transformações da cepa T. reesei pyr4Δ com os cassetes de expressão (Figura 32 – A).

Figura 32: A- Placa contendo um dos fungos transformantes (à direita) em comparação com o controle negativo (à esquerda) em meio com restrição de uracila para seleção dos transformantes. B- Fungo transformante crescido em meio PDA. C- Exemplos dos vetores digeridos com as enzimas de restrição correspondentes (2 bandas) usados na transformação do fungo em comparação aos vetores fechados (1banda). Marcador 1Kb Plus DNA ladder (Invitrogen).

As inserções foram confirmadas por PCR (Figura 33), sendo a inserção confirmada no local correto para as 3 xilanases (duas de T. erinaceum com e sem CBM e uma endógena de T. reesei). Para as β-glicosidases, a proveniente de T. erinaceum foi possivelmente inserida em outro locus, enquanto a endógena de T. reesei ainda não foi confirmada (Tabela VII). Os esporos estão em processo de isolamento obtenção de uma linhagem permanente.

A B C bp Aprox. 9000 4000 2000 1650 400 300

Figura 33: A- Primers utilizados para a confirmação da inserção e localização dos cassetes em T. reesei. B- Géis de eletroforese corados com brometo de etídeo evidenciando os fragmentos específicos amplificados para a confirmação dos transformantes, sendo que para cada uma das transformações foram testados 4 isolados.

Tabela VII: Confirmação das montagens dos cassetes para expressão das proteínas de T. erinaceum usando como sistema de expressão o T. reesei e locais de inserção dos cassetes construídos.

Montagem Inserção Loci alvo

Xilanase T. erinaceum (completa)  

Xilanase T.erinaceum (sem CBM)  

Xilanase T. reesei  

β-glicosidase T. erinaceum  X

β-glicosidase T. reesei x X

2.3. Montagem dos cassetes para expressão em E.coli

Em paralelo ao sistema de expressão construído em T. reesei, montou-se também um sistema para expressão em E. coli, o que possibilitaria posteriormente ensaios estruturais com as enzimas selecionadas de T. erinaceum. O plasmídeo pET28a (+) escolhido (Figura 34) é disponibilizado comercialmente e contém as restrições necessárias para a clonagem: EcoRI e HindIII (para as xilanases) e Hind III e XhoI (para as β-glicosidases).

Figura 34: Mapa do vetor utilizado nas construções referentes a expressão das proteínas em E. coli, demonstrando o local de inserção dos genes (vermelho).

A partir dos genes necessários provenientes de T. erinaceum e T. reesei, amplificados a partir do cDNA para obter sequências sem introns (considerando que o sistema é procariótico e não há processamento), realizou-se as digestões dos fragmentos e plasmídeo com as enzimas escolhidas, a ligação com T4 DNA ligase de acordo com o protocolo do fabricante (Promega) e a eletroporação feita em linhagem DH10β. Os vetores foram todos confirmados por PCR e estão sendo submetidos a sequenciamento para posteriormente transformar tais montagens em E.coli BL21(DE3) plys

S, linhagem mais específica para uso como plataforma de expressão por ser deficiente em proteases.

3. CONCLUSÕES PARCIAIS

Ao fim do presente capítulo, construiu-se 5 vetores para a expressão das duas proteínas selecionadas de T. erinaceum (com identidade inferior a 65% em relação ao T. reesei) para 2 sistemas de expressão distintos, sendo um eucariótico e outro procariótico.

Quanto as construções, duas são xilanases (com e sem domínio CBM), uma β- glicosidase de T.erinaceum e duas referentes as enzimas equivalentes em T. reesei como controle.

Para a expressão em sistema eucariótico (contendo glicosilações nas proteínas secretadas) usamos como plataforma o T. reeseiΔpyr4, enquanto que para expressão em sistema procariótico a plataforma foi a bactéria E. coli.

Por fim, como próximos passos, os fungos transformados serão crescidos em meio contendo suplementação com biomassa pré-tratada, para obtenção do sobrenadante contendo as enzimas secretadas e consequentemente, a enzima heteróloga. A partir de tal extrato, as caudas de histidina em cada uma das enzimas auxiliarão no processo de purificação, permitindo assim ensaios mais específicos em relação a estrutura e atividade enzimática.

Para expressão em E. coli, a partir das confirmações finais por sequenciamento, os vetores montados serão transformados em BL21(DE3) plysS, podendo também ser testados em outras linhagens considerando a quantidade de proteína final. A partir de todos esses transformantes, será possível comparar as proteínas selecionadas em dois sistemas de expressão muito distintos (funcionalmente e estruturalmente), ensaios de atividade, hidrólise e caracterização das enzimas clonadas e purificadas, além da comparação de proteínas glicosiladas e não-glicosiladas em relação a enovelamento, estabilidade e atividade, comparação das xilanases com e sem CBM em relação a substratos solúveis e insolúveis e suplementação de coquetéis com as enzimas isoladas.

5. CONCLUSÕES FINAIS

A partir dos experimentos realizados, explorou-se a secreção de enzimas relacionadas a degradação de biomassa no fungo T. erinaceum (F3). Nos ensaios enzimáticos e hidrólise, os resultados demonstravam uma grande capacidade enzimática do fungo bioprospectado, fato confirmado pela grande diversidade de enzimas detectadas nos experimentos de espectrometria de massas. Além disso, foi possível estudar o sistema de indução e inibição da secreção enzimática do fungo a partir de variações das fontes de carbono utilizadas nos cultivos e como se dá o ajuste da secreção de enzimas em relação a complexidade da fonte de carbono nutricional.

Considerado isto, ainda foi explorado se o ganho em atividade enzimática de xilanases e β-glicosidases observado em T. erinaceum em relação a T. reesei, se dá através da maior secreção de uma ou mais enzimas, sendo que posteriormente as enzimas identificadas serão analizadas quanto a estrutura e/ou estabilidade. Para isso, pretendemos expressar no fungo T. reesei e na bactéria E. coli as enzimas de T. erinaceum identificadas como sendo mais distintas estruturalmente, para avaliar suas atividades enzimáticas, além da realização dos devidos testes biofísicos.

Concluindo, a identificação dos fatores responsáveis pelas altas atividades enzimáticas observadas para o fungo T. erinaceum (F3), como também a avaliação das melhores condições de cultivo para a produção de enzimas, tem o potencial de contribuir para uma melhora do processo de hidrólise, seja através do desenvolvimento do fungo em estudo ou pela expressão e suplementação de coquetéis enzimáticos atualmente utilizados na indústria com as enzimas de interesse identificadas.

6. REFERÊNCIAS

.

ALLISON, S. D.; VITOUSEK, P. M. Responses of extracellular enzymes to simple and complex nutrient inputs. Soil Biol & Biochem. 37, p.937–944, 2005.

ALRIKSSON B.; ROSE S.H.; VAN ZYL W.H.; SJÖDE A.; NILVEBRANT N.; JÖNSSON L.J. Cellulase production from spent lignocelluloses hydrolysates by recombinant Aspergillus niger. Appl Environ Microbiol. 75, p.2366-2374, 2009.

ALTSCHUL S.F.; GISH W.; MILLER W.; MYERS E.W.; LIPMAN D.J.Basic local alignment search tool. Journal of molecular biology, v. 215, n. 3, p. 403-410, 1990.

ALVIRA, P.; BALLESTEROS, M.; NEGRO, M. J. Bioresource Technology Pretreatment technologies for an efficient bioethanol production process based on enzymatic hydrolysis : A review. Bioresource Technology. 101,p. 4851–4861, 2010.

ALVIRA, P.; BARTA, Z.; OLIVA, M.; BALLESTEROS, M. Production and hydrolytic efficiency of enzymes from Trichoderma reesei RUTC30 using steam pretreated wheat straw as carbon source. J Chem Technol Biotechnol. 88, p.1150–1156, 2012.

AMORIM, H. V.; LOPES, M. L.; CASTRO J. V. O.; BUCKERIDGE, M. S.; GOLDMAN, G. H. Scientific challenges of bioethanol production in Brazil. Appl. Microbiol. Biotechnol. 91, p.1267–1275, 2011.

ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Disponível em: < http://www.anp.gov.br/wwwanp/dados-estatisticos>. Acesso em 20 de dezembro de 2017. BANERJEE, S.; VISHWANATH, P.; CUI, J.; KELLEHER, D.J.; GILMORE, R.; ROBBINS, P. W. The evolution of N-glycan-dependent endoplasmic reticulum quality control factors for glycoprotein folding and degradation. PNAS. 104, (28), 2007.

BASSO, T.P. Atividade celulolítica de fungos isolados de bagaço de cana-de-açúcar e serapilheira em comparação com cepas de Trichoderma reesei. 90p. (Dissertação de Mestrado). Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2010. BEG, Q.;KAPOOR, M.; MAHAJAN, L.; HOONDAL, G. S. Microbial xylanases and their industrial applications: a review. Applied Microbiology and Biotechnology. 56, p.326-338, 2001.

BIELY, P. Xylanolytic enzymes. In: WHITAKER, J.R., VORAGEN, A.G.J., WONG, D.W.S. (Eds.) Handbook of Food Enzymology, Marcel Dekker, Inc. New York, p.879-916, 2003.

BŁASZCZYK, L.; SIWULSKI, M.; SOBIERALSKI, K.; LISIECKA, J.; JĘDRYCZKA, M. Trichoderma spp . – application and prospects for use in organic farming and industry. Journal of plant protection research. 54, 2014.

BON, E. P. S.; GIRIO, F.; PEREIRA J.R. Enzimas na produção de etanol. Enzimas em Biotecnologia: Produção, Aplicações e Mercado. Editores: Elba Bon e Luisa Corvo. Rio de Janeiro: Editora Interciencia, Capítulo 10, p. 241- 271, 2008.

BORASTON, A. B.; BOLAM, D. N.; GILBERT, H. J.; DAVIES, G. J. Carbohydrate-binding modules : fine-tuning polysaccharide recognition. Biochem J. 781, p.769–781, 2004.

BORTOLAZZO, N. G. Isolamento e seleção de fungos celulolíticos para hidrólise enzimática do bagaço de cana-de-açúcar. Microbiol.77, 2011.

BRADFORD M. A rapid and sensitive method for the quantitation of microgram quantities of protein utilizing the principle of protein-dye binding. Anal Biochem. p.248-254, 1976.

BUSSAMRA, Bianca. Melhoramento de coquetéis enzimáticos para a hidrólise do bagaço de cana-de-açúcar. 124 f. (Dissertação de Mestrado em Engenharia Química). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2014.

CANTAREL, B.L.; COUTINHO, P.M.; RANCUREL, C.; BERNARD, T.; LOMBARD, V.; HENRRISAT, B. The Carbohydrate-Active EnZymes database (CAZy): an expert resource for Glycogenomics. Nucleic Acids Res, 37, p. 233-238, 2009.

CASTRO, L.C.S.; PEDERSOLI, W.R.; ANTONIÊTO, A. C. C.; STEINDORFF, A. S.; SILVA-ROCHA, R.; MARTINEZ-ROSSI, N.M.; ROSSI, A.; BROWN, N.A.; GOLDMAN, G.H.; FAÇA, V.M.; PERSINOTI, G. F.; SILVA, R.N. Comparative metabolism of cellulose, sophorose and glucose in Trichoderma reesei using high-throughput genomic and proteomic analyses. Biotechnology for Biofuels. 7:41, 2014.

CHERRY J.R.; FIDANTSEF, A. Directed evolution of industrial enzymes : an update. Current Opinion in Biotechnology. p.438–443, 2003.

CHOI, H.; FERMIN, D.; NESVIZHSKII, A. I. Significance Analysis of Spectral Count Data in Label-free Shotgun Proteomics. Molecular & Cellular Proteomics. p.2373–2385, 2008. COOK, J.; NUCCITELLI, D.; GREEN, S. A.; RICHARDSON, M. Quantifying the consensus on anthropogenic global warming in the scientific literature. Environ. Res. Lett. 8, 2013. CORTEZ, Luís Augusto Barbosa (Org.). Proálcool 40 anos: Universidades e empresas: 40 anos de ciência e tecnologia para o etanol brasileiro. São Paulo: Edgar Blucher, 2016. 224 p.

Disponível em: <http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-

east1.amazonaws.com/openaccess/9788521210627/00.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2017. COSTA, T. Study of the hemicellulose deposition in the cell wall of grasses as related to recalcitrance. 121p (Tese de doutorado). Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, Lorena, 2016.

CROWLEY, T. J. Causes of Climate Change Over the Past 1000 Years. Science. 289, 2010. DAOU, M.; FAULDS, C. B. Glyoxal oxidases: their nature and properties. World Journal of Microbiology and Biotechnology, 33, (5), p. 87, 2017.

DASHTBAN, M. ; MAKI, M.; LEUNG, K.T.; MAO, C.; QIN, W. Cellulase activities in biomass conversion : measurement methods and comparison. Critical reviews in biotech. 30(4): p.302–309, 2017.

DAVIES G.; HENRISSAT B. Structures and mechanisms of glycosyl hydrolases. Structure. 3, p.853-859, 1995.

DERNTL, C.; KIESENHOFER, D. P.; MACH, R. L.; MACH-AIGNER, A. R. Novel Strategies for Genomic Manipulation of Trichoderma reesei with the Purpose of Strain Engineering. Applied and Environmental Microbiology. 81, p.6314–6323, 2015.

DIAS, M. O. S.; JUNQUEIRA, T. L.; CAVALETT, O.; CUNHA, M.; JESUS, C. D.; ROSSELL, C.; MACIEL, R.; BONOMI, Antonio. Integrated versus stand-alone second generation ethanol production from sugarcane bagasse and trash. Bioresour. Technol. 103, p.152–161, 2012.

DUFF, S. J B; MURRAY, W. D. Bioconversion of forest products industry waste cellulosics to fuel ethanol: A review. Bioresource Technology. 55, 1996.

DUFF, S.J.B. Cellulase and Beta-Glucosidase production by mixed culture of Trichoderma reesei RUT C30 and Aspergillus phoenicis. Biotechnology Letters. 7, p.185–186, 1985.

EPE (Empresa de Pesquisa Energética). Ministério de Minas e Energia. Disponível em: < http://www.epe.gov.br/pt>. Acesso em 5 de novembro de 2017.

EVELEIGH D.E.; MONTENECOURT B.S.; Increasing yields of extracellular enzymes. Adv Appl Microbiol. 25, p.57–74, 1979.

FARACO, V.; AMORE, A., GIACOBBE, S. Regulation of Cellulase and Hemicellulase Gene Expression in Fungi. Current Genomics. p.230–249, 2013.

GHOSE, T. K. Measurement of cellulase activities. Pure & Appl. Chem. 59 (2), p.257-268, 1987.

GILEAD, S.; SHOHAM, Y. Purification and Characterization of α-L-Arabinofuranosidase from Bacillus stearothermophilus T-6. Applied and Environmental Microbiology. 61 (1),p.170–174, 1995.

GOLDEMBERG, J. Biomassa e Energia. Química Nova, São Paulo, 32, (3), p. 582-587, 2009.

GOLDEMBERG, J.; GUARDABASSI, P. The potential for first- generation ethanol production. Biofuels, Bioprod. Bioref. 4, p.17–24, 2010.

GUDMUNDSSON, M.; HANSSON, H.; KARKEHABADI, S.; LARSSON, A. Structural and functional studies of the glycoside hydrolase family 3 b -glucosidase Cel3A from the moderately thermophilic fungus Rasamsonia emersonii. Acta Cryst. p.860–870, 2016.

GUHPTA V.K; SCHMOLL, M.; HERRERA-ESTRELLA, A.; UPADHYAY, R. S.; DRUZHININA, I.; TUOHY, M. Biotechnology and Biology of Trichoderma. Elsevier (2014). HÄKKINEN, M.; ARVAS, M.; OJA, M.; ARO, N.; PENTTILÄ, M.; SALOHEIMO M.; PAKULA T.M. Re-annotation of the CAZy genes of Trichoderma reesei and transcription in the presence of lignocellulosic substrates. Microbial cell factories, 11, (1), p. 134, 2012.

HANSEN, J.; SATO, M.; RUEDY, R.; LACIS, A.; OINAS, V. Global warming in the twenty-first century : An alternative scenario. PNAS. 97, 9875–9880, 2000.

HANSON, S. R.; CULYBA, E.K.; HSU, T.; WONG, C.; KELLY, J.W.; POWERS, E.T. The core trisaccharide of an N-linked glycoprotein intrinsically accelerates folding and enhances stability. PNAS. 106, 2009.

HARGREAVES, P.I. Bioprospecção de novas celulases de fungos provenientes da Floresta Amazônica e otimização de sua produção sobre celulignina de bagaço de cana. 88 p. (Dissertação de Mestrado em ciências). Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2008.

HEIN, M. Y.; LUBER, C. A.; PARON, I.; NAGARAJ, N.; MANN, M. Accurate Proteome- wide Label-free Quantification by Delayed Normalization and Maximal Peptide Ratio Extraction , Termed MaxLFQ. Mol Cell Proteomics. 13(9), p. 2513–2526, 2014.

HENRISSAT B. A classification of glycosyl hydrolases based on amino-acid sequence similarities. Biochem J. 280, p.309-316, 1991.

HOFFMAN, C.S. Preparation of Yeast DNA. Current Protocols in Molecular Biology. p.11– 14, 1997.

HOLTZAPPLE, M.; COGNATA, M.; HENDRICKSON, C. Inhibition of Trichoderma reesei CelIulase by Sugars and Solvents. Biotechnology and Bioengineering. 36, p.275-287, 1990. IEA (International Energy Agency). Disponível em: < https://www.iea.org/statistics/>. Acesso em: 27 de novembro de 2017.

ILME, M.; SALOHEIMO, A. N. U.; ONNELA, M.; PENTTILA, M. Regulation of Cellulase Gene Expression in the Filamentous Fungus Trichoderma reesei. Applied And Environmental Microbiology. 63, p.1298–1306, 1997.

IPCC (Intergovernmental Panel of Climate Change). Climate Change 2014 – Synthesis Report Summary for Policymakers. Intergovernamental Panel on Climate Change. Disponível em:<http://www.ipcc.ch/publications_and_data/publications_and_data_supporting_material.s html> Acesso em 10 de novembro de 2017.

ITO, K.; KOYAMA, Y.; HANYA, Y. Identification of the glutaminase genes of Aspergillus sojae involved in glutamate production during soy sauce fermentation. Bioscience, biotechnology, and biochemistry, 77, (9), p. 1832-1840, 2013.

JUHASZ T.; SZENGYEL Z.; RECZEY K.; SIIKA-AHO M.; VIIKARI L. Characterization of cellulases and hemicellulases produced by Trichoderma reesei on various carbon sources. Process Biochem. 40, p.3519–25, 2005.

JUN, H.; GUANGYE, H.; DAIWEN, C. Insights into enzyme secretion by filamentous fungi: comparative proteome analysis of Trichoderma reesei grown on different carbon sources. J. Proteomics. 89, p.191–201, 2013.

JUN, H.; KIESELBACH, T.; JÖNSSON, L. J. Enzyme production by filamentous fungi : analysis of the secretome of Trichoderma reesei grown on unconventional carbon source. Microbial Cell Factories 10, 68, 2011.

KALLI, A.; SMITH G. T.; SWEREDOSKI M. J.; HESS, S. Evaluation and optimization of mass spectrometric settings during data-dependent acquisition mode: focus on LTQ-Orbitrap mass analyzers. Journal of proteome research, 12, (7), p. 3071-3086, 2013.

KARAGÖZ, P.; ROCHA, I.V.; ÖZKAN, M.; ANGELIDAKI, I. Alkaline peroxide pretreatment of rapeseed straw for enhancing bioethanol production by same vessel saccharification and Co-fermentation. Bioresour. Technol. 104, p.349–35, 2012.

KIM, S.R.; PARK, Y.; JIN, Y.; SEO, J. Strain engineering of Saccharomyces cerevisiae for enhanced xylose metabolism. Biotechnology Advances. 31, p.851–861, 2013.

KINTER, M.; SHERMAN, N. Protein Sequencing and Identification Using Tandem Mass Spectrometry. Wiley Interscience. 289p., 2000.

KRACHER, D.; SCHEIBLBRANDNER, S.; FELICE, A. K.G.; BRESLMAYR, E.; PREIMS, M.; LUDWICKA, K.; HALTRICH, D.; EIJSINK, V. G. H.; LUDWIG, R. Extracellular electron transfer systems fuel cellulose oxidative degradation. Science.352, 6289, 2016. KUBICEK, C. P.; KOMON-ZELAZOWSKA, M.; DRUZHININA, I. S. Fungal genus Hypocrea / Trichoderma: from barcodes to biodiversity. Univ Sci B. 9(10), 753-763, 2008. LAN, T.; WEI, D.; YANG, S.; LIU, X. Enhanced cellulase production by Trichoderma viride in a rotating fibrous bed bioreactor. Bioresource Technology.133, p.175-182, 2013.

LEE, S.F.; FORSBERG, C.W. Purification and characterization of an α- Larabinofuranosidase from Clostridium acetobutylicum ATCC 824. Can J Microbiol. 33,p.1011-1016, 1987.

LIU, R.; CHEN, L.; JIANG, Y.; ZHOU, Z.; ZOU, G. Efficient genome editing in filamentous fungus Trichoderma reesei using the CRISPR/Cas9 system. Cell Discov. 1, 15007, 2015. LODISH, H.; BERK, A.; ZIPURSKY, L.S.; MATSUDAIRA, P.; BALTIMORE, D., DARNELL J. Molecular Cell Biology. 4th edition. Nova York, 2000.

LU, Y.; YANG, B.; GREGG, D.; SADDLER, J. N.; MANSFIELD, S. D.; Cellulase adsorption and an evaluation of enzyme recycle during hydrolysis of steam-exploded softwood residues. Appl. Biochem. Biotechnol. 98, 641, 2002.

LUONTERI, E. Fungal α -arabinofuranosidases and α -galactosidases acting on polysaccharides. VTT Biotechnology and Food Research 241p. (Tese de doutorado em tecnologia) Technical Research Centre Of Finland, 1998.

MACH, R. L.; STRAUSS, J.; ZEILINGER, S.; SCHINDLER, M.; KUBICEK, C. P. Carbon catabolite repression of xylanase I (xynl) gene expression in Trichoderma reesei. Molecular Microbiology. 21, p.1273–1281, 1996.

MACRELLI, S.; MOGENSEN, J. ; ZACCHI, G. Techno-economic evaluation of 2nd generation bioethanol production from sugar cane bagasse and leaves integrated with the sugar-based ethanol process. Biotech for biofuels. p.1–18, 2012.

MANDELS, M.; R. ANDREOTTI. Problems and challenges in the cellulose to cellulase fermentation.Proc. Biochem. p.136-13, 1978.

MANDELS, M.; REESE, E. T. Induction Of Cellulase In Trichoderma viride As Influenced by Carbon Sources And Metals by the dinitrosalicylic glucose. J.Bacteriol. p.269–278, 1956. MARGOLLES-CLARK, E.; IHNEN, M.; PENTTILÄ, M. Expression patterns of ten hemicellulase genes of the filamentous fungus Trichoderma reesei on various carbon sources. Journal of Biotechnology, 57, 1-3, p. 167-179, 1997.

MARQUES, F. Impacto no Mercado. RenovaBio, uma nova política nacional de biocombustíveis, vai premiar produtores eficientes e promete ampliar a oferta. Revista FAPESP. Bioenergia, 2018.

MARTINEZ, D.; BERKA, R. M.; HENRISSAT, B.; SALOHEIMO, M.; ARVAS, M.; BAKER, S.; CHAPMAN, J.; CHERTKOV, O.; COUTINHO, P. M.; CULLEN, D.; DANCHIN, E. G. J.; GRIGORIEV, I. V.; HARRIS, P.; JACKSON, M.; KUBICEK, C. P.; HAN, C. S.; HO, I.; LARRONDO, L. F.; LEON, A. L.; MAGNUSON, J. K.; MERINO, S.; MISRA, M.; NELSON, B.; PUTNAM, N.; ROBBERTSE, B.; SALAMOV, A.; SCHMOLL, M.; TERRY, A.; THAYER, N.; WESTERHOLM-PARVINEN, A.; SCHOCH, C. L.; YAO, J.; BARABOTE, R.; NELSON, M.; DETTER, C.; BRUCE, D.; KUSKE, C. R.; XIE, G.; RICHARDSON, P.; ROKHSAR, D. S.; LUCAS, S. M.; RUBIN, E. M.; DUNN-COLEMAN, N.; WARD, M.; BRETTIN, T. S. Genome sequencing and analysis of the biomass-degrading fungus Trichoderma reesei. Nat Biotech. 26, p.553–561, 2008.

MERINO, S. T.; CHERRY, J. Progress and Challenges in Enzyme Development for Biomass Utilization. Adv Biochem Engin/Biotechnol. 108, p.95–120, 2007.

MESTERS, J. R.; HILGENFELD, R. Protein glycosylation, sweet to crystal growth? Crystal Growth and Design, 7, (11), p. 2251-2253, 2007.

Ministério de Minas e Energia - Renovabio- Diretrizes. Disponível em: < http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/petroleo-gas-natural-e-combustiveis-

renovaveis/programas/renovabio/diretrizes> Acesso em: 10 de janeiro de 2018.

MONTENECOURT, B. S. Trichoderma reesei cellulases. Trends in biotech. Cell Press. 1, p.156–161, 1983.

MUSSATTO, S. I.; DRAGONE, G.; GUIMARAES, P. M. R.; SILVA, J. P. A.; CARNEIRO, L. M.; ROBERTO, I. C.; VICENTE, A.; DOMINGUES, L.; TEIXEIRA, J. A. Technological trends, global market, and challenges of bio-ethanol production. Biotechnol Adv. 28 (6), p.1873-1899 (Electronic), p.817-30, 2010.

NASA (National Aeronautics and Space Administration). Global Climate Change. Vital Signs of the Planet. Disponível em: < https://climate.nasa.gov/>. Acesso em 15 de janeiro de 2017. NØDVIG, C. S.; NIELSEN, J. B.; KOGLE, M. E.; MORTENSEN, U. H. A CRISPR-Cas9 System for Genetic Engineering of Filamentous Fungi. PloS one. 10, 2015.

Novozymes. Cellic® CTec2 and HTec2 - Enzymes for hydrolysis of lignocellulosic materials.

Application sheet. Disponível em <http://www.shinshu-

SLUITER, A.; HAMES B.; RUIZ, R.; SCARLATA, C.; SLUITER, J.; TEMPLETON, D.; CROCKER D. Determination of Structural Carbohydrates and Lignin in Biomass. NREL (National Renewable Energy Laboratory), 2012.

NSIDC (National Snow and Ice Data Center Organization). University of Colorado Boulder. Disponível em < https://nsidc.org/>. Acesso em 15 de janeiro de 2018.

NUMMI, M.; PERRIN, J.; ENARI, T. Measurement of xylanase activity with insoluble xylan substrate. Biochem J. 5, p.617–620, 1985.

OLIVEIRA, M. Entre açúcares e genes. Revista FAPESP. Ed.200. Disponível em: < http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/10/11/entre-acucares-e-genes/> (2012). Acesso em 29 de novembro de 2017.

PAKULA, T. M.; SALONEN, K.; UUSITALO, J.; PENTTILA, M. The effect of specific growth rate on protein synthesis and secretion in the filamentous fungus Trichoderma reesei. p.135–143, 2005.

PENTILLA, M.; NEVALAINEN H.; RATTO M.; SALMINEN E.; KNOWLES J. A versatile transformation system for the cellulolytic filamentous fungus Trichoderma. Gene. 61, p.155–164, 1987.

PEREIRA, B. M. P. Produção de enzimas por fungo filamentoso para hidrólise de material lignocelulósico. 2012. 114 f. (Mestrado em Engenharia Química)- Engenharia Química, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012.

PÉREZ, J.; MORALEDA-MUÑOZ, A. Fungal lignocellulolytic enzymes: applications in biodegradation and bioconversion. Mycofactories, p. 28-44, 2011.

PETERSON, R.; NEVALAINEN, H. Trichoderma reesei RUT-C30 – thirty years of strain improvement. Microbiology.p.58–68, 2012.

PIROTA, R. D. P. B.; DELABONA, P. S.; FARINAS, C. S. Simplification of the Biomass to Ethanol Conversion Process by Using the Whole Medium of Filamentous Fungi Cultivated

Documentos relacionados