• Nenhum resultado encontrado

4. Actividades realizadas

4.2 Movimento e Comunicação

As actividades realizadas neste ateliê aconteceram poucas vezes dado que já existia Animadora Cultural na ASTA, sendo que a observação e participação da minha parte foram as metodologias aqui utilizadas. Eram realizados exercícios eurítmicos (através da dança e exercícios de respiração), “Conta-me Histórias”, e jogos de descontracção, comunicação e de expressividade ao “público”. Nos dias 21 de Outubro e 12 de Novembro de 2010 foram realizadas as actividades deste ateliê pelas estagiárias de Animação Sociocultural e o Musicoterapeuta uma vez que a Animadora estava ausente. Estas actividades tinham uma duração de cerca 2h e foram a continuidade do ateliê dado a outro grupo (ao grupo de companheiros da terça-feira anterior, grupo mais autónomo). Numa primeira sessão, todos sentados nas cadeiras dispostas em círculo realizamos actividades rítmicas onde cada companheiro batia uma vez na perna direita e duas vezes na perna esquerda. Seguidamente, enquanto dois companheiros faziam este ritmo, outros 3 batiam com os pés no chão ao ritmo das batidas nas pernas e das palmas que o outro grupo de 2 companheiros estava a fazer. Esta noção de ritmo ia sendo trocada pelos grupos e enquanto que o monitor ia fazendo ritmos no bombo acelerando e diminuindo o ritmo a fim de perceber a noção rítmica de cada um.

O “Conta-me histórias” que tinha sido proposto pela Animadora no ateliê de terça- feira anterior a esta, foi contar uma historia que fizesse lembrar algo ou que lhe desse uma lição de vida ou que fizesse recordar algo como por exemplo, a história do “Patinho feio” pode fazer lembrar a história que os nossos pais nos contavam em pequenos mas também nos pode transmitir um carácter de positivismo relativamente à vida e à aparência física. Esta tarefa visava acima de tudo conhecer o companheiro,

Página | 37 estando atenta à forma como relaciona acontecimentos reais e imaginários e a capacidade de abstracção, e igualmente ligação aos factos de vida pessoal e patológica. Após esta exposição de factos e posterior comentário acerca destes, passamos a danças já realizadas e que fomentam o sentido rítmico do corpo através de danças com carácter eurítmico, nomeadamente a “Dança da água”, “Dança da apresentação” e “Dança da Partilha”. Além do sentido rítmico estas danças tentam inspirar no companheiro o sentido da presença do “outro” e noção de grupo através de movimentos que aspiram à “espiritualidade”.

A construção de lanternas para o dia de S. Martinho e a elaboração dos envelopes de Natal ficaram a cargo deste ateliê foram monitorizados pela colega Animadora estagiária uma vez que esta trabalhava directamente com a Animadora Cultural da ASTA. A minha função a este nível foi a construção pessoal de algumas lanternas nas horas livres (a seguir ao almoço) e acompanhamento de companheiros pertencentes ao ateliê de olaria, até à construção das mesmas, ajudando-os e explicando o procedimento. Tanto na construção das lanternas como na dos postais de Natal, eram dispostos numa sala os materiais necessários para a elaboração destas tarefas com as diferentes metodologias a cumprir. Para construir as lanternas foram utilizadas folhas de tamanho A3 com desenhos que os companheiros tinham pintado. Com a folha na horizontal, estas eram dobradas com 2 cm em cada lado e coladas na aba superior. Na parte onde não continha pintura (parte anterior da folha) eram desenhadas estrelas e luas pelos companheiros e com a ajuda do colaborador estas eram recortadas com x-acto. De seguida, colou-se papel celofane e ambas as pontas eram agrafadas a fim de formar um cilindro. Depois, colocou-se uma base de cartão do dentro desse cilindro e os 2 cm que não estavam apenas dobrados eram colados na parte exterior do cartão ficando assim com uma base para colocar a vela. Por fim, fizeram-se dois furos na parte superior do papel e colocou-se um arame e decorou-se este com bolas pintadas na olaria. Para evitar queimaduras foi colocado um pau para ajudar na deslocação da lanterna, estando este preso ao arame.

Página | 38 Os envelopes de Natal foram construídos com folhas de revista utilizando um molde realizado pelo monitor da Carpintaria. A folha de revista era estendida e por cima desta era disposto o molde onde os companheiros desenhavam este e posteriormente efectuavam o recorte. De seguida dobravam-se as folhas de revista em forma de envelope e colava-se1. Estas tarefas não eram conseguidas por todos os companheiros, cabia ao monitor tentar explicar o procedimento mais simples e ajudar nesse sentido. De seguida, com a folha de papel reciclado recortada verticalmente três vezes, colava-se a folha de papel vegetal que continha um poema escrito pela directora e a assinatura da mesma, completando assim, o postal de Natal (Anexo5).

Ilustração 9 – Lanternas de São Martinho

Página | 39 Foi realizada uma visita à AFACIDASE (Associação de Familiares e Amigos do Cidadão com Dificuldades de Adaptação da Serra da Estrela) em Manteigas, com alguns companheiros, as estagiárias de Animação Sociocultural, o Musicoterapeuta e a Animadora Cultural a fim de demonstração de cânticos de Natal e outros, interagindo com os utentes desta Associação. Aqui, eu e a colega estagiária, tocamos e cantamos alguns fados.

Relativamente a um trabalho elaborado por uns colegas de Animação Sociocultural resultou uma acção solidária com a ASTA onde se realizaram uma palestra e um workshop de danças. Para que estas fossem possíveis, organizou-se um grupo de três companheiros, juntamente com a Animadora Cultural, a directora Maria José e as estagiárias de Animação Sociocultural. A minha função enquanto estagiária foi a participação no workshop de danças a fim de ajudar os participantes nas danças (Anexo 6).

Documentos relacionados