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4. ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS

4.4 Questionário relacionado ao Contentamento dos alunos

4.4.1 Nível de dificuldade na aula exposta

Uma variável que pode apresentar influência na satisfação dos alunos, é o nível de dificuldade no entendimento das aulas expostas, com/sem recursos audiovisuais. Sendo assim foi exposto essa questão, nos questionários em relação ao contentamento dos alunos na primeira/segunda unidade.

Como conclusão, nas aulas em que foram utilizados recursos audiovisuais, mais da metade dos alunos (52,50%), no fim da primeira unidade, foram imparciais em relação ao nível de dificuldade apresentada, ou seja, não é muito fácil mas também não é muito difícil, como apresentado na Tabela n° 24.

Tabela n°24: Nível de dificuldade na aula exposta com RA.

Fácil % Imparcial % Difícil % Muito Difícil %

11 30,00% 21 52,50% 6 15,00% 1 2,50%

Tabela n° 24 – Nível de dificuldade na aula exposta com RA. Fonte: Elaboração Própria.

Para melhor visualização dos resultados, na Tabela n° 25 a seguir é apresentado as respostas dos alunos nos três questionários aplicados ao fim de cada exercício realizado, na primeira unidade.

Tabela n°25: Nível de dificuldade nos três questionários - 1° unidade

Resultados Q1 % Q2 % Q3 % Muito fácil 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% Fácil 16 40,00% 16 40,00% 12 30,00% Imparcial 20 50,00% 17 42,50% 21 52,50% Difícil 4 10,00% 6 15,00% 6 15,00% Muito difícil 0 0,00% 1 2,50% 1 2,50% Total 40 100,00% 40 100,00% 40 100,00% Tabela n° 25 – Nível de dificuldade nos três questionários – 1° Questionário

Fonte: Elaboração Própria.

Sendo assim, 28 alunos (70% do total da amostra), apresentaram mudanças de opiniões em relação ao nível de dificuldade ao longo da unidade, como foi exposto detalhadamente na Tabela n° 26. É importante salientar, que tais mudanças de opiniões é comum nesse tipo de variável, pois não depende apenas do recurso utilizado na aula, é também considerado o assunto que foi exposto no dia da aula. Sendo, portanto cabível, os 10,73%(3 alunos), que tiveram oscilações de opiniões em todos os questionários na primeira unidade, que pode também ser visto na Tabela n°26.

Outro fator que chama atenção é que igualmente 7 alunos (25%), apresentaram uma piora, de “fácil” para “imparcial” e uma melhora, de “imparcial” para “fácil” ao longo da unidade, demonstrando que possivelmente houve uma evolução em relação a adaptabilidade ao recurso audiovisual mas também houve igualmente um retrocesso em relação ao uso dos RA. Além disso, como discutido anteriormente, a mudança pode ser justificada pela mudança de conteúdo.

Tabela n°26: Mudanças de opiniões em relação ao nível de dificuldade da aula

Mudanças ocorridas N %

Apresentou uma piora, de "imparcial" foi para "difícil". 3 10,71% Apresentou uma piora, de "fácil" foi para "imparcial". 7 25,00% Apresentou uma melhora, de "difícil" foi para "imparcial". 2 7,14%

Apresentou uma melhora, de "imparcial" foi para "fácil". 7 25,00% Em geral "difícil", mas apresentou uma melhora na metade da unidade

para "imparcial". 1 3,57% Em geral respondeu "imparcial", mas apresentou uma queda na metade

da unidade para "difícil". 2 7,14% Em geral respondeu "imparcial", mas apresentou uma melhora na

metade da unidade para "fácil". 2 7,14% Em geral "fácil", mas apresentou uma queda na metade da unidade para

"imparcial". 1 3,57%

Obteve oscilações em toda a unidade. 3 10,71%

Total 28 100,00%

Tabela n° 26 – Mudanças de opiniões em relação ao nível de dificuldade da aula. Fonte: Elaboração Própria.

O nível de dificuldade no entendimento das aulas com recursos audiovisuais na primeira unidade, foi considerado “imparcial” por mais da metade da amostra, porém como discutido anteriormente, esse fator está intrinsicamente ligado ao conteúdo disposto na aula. Portanto, é difícil entender se esse nível de dificuldade está relacionado exclusivamente ao recurso audiovisual utilizado ou ao conteúdo fornecido em sala. E também, a terceira opção, é que a justificativa seja o conjunto desses dois fatores.

Além disso, 42,85% da amostra apresentou uma melhora com o passar do tempo do nível de dificuldade na aula, porém 46,42% apresentou uma piora e por fim 10,71% dos alunos retrataram respostas diferentes em todos os questionários da unidade, tornando difícil criar um padrão de resposta.

No fim da segunda unidade, sem a utilização dos recursos audiovisuais no ensino, o nível de dificuldade apresentado pelos alunos está exposto na Tabela n° 27 a seguir.

Tabela n°27: Nível de dificuldade na aula exposta s/ RA

Fácil % Imparcial % Difícil % Muito Difícil %

13 32,50% 21 52,50% 5 12,50% 1 2,50%

Tabela n° 27 – Nível de dificuldade na aula exposta s/ RA. Fonte: Elaboração Própria.

Como pode ser visto na tabela anterior, o resultado é similar ao da primeira unidade, onde mais da metade dos alunos (52,50%) relataram que a dificuldade sentida ao fim da segunda unidade foi “imparcial” ou seja, não é muito fácil mas também não é muito difícil. Porém, o nível de dificuldade foi um pouco melhor na segunda unidade, pois 2,50% a mais de alunos, consideraram “Fácil” o entendimento do conteúdo disposto naquele momento.

É relevante relatar que 14 alunos, ou seja, 66,67% dos alunos da primeira unidade, escolheram “imparcial” também na segunda unidade e apenas 33,33% relataram ter tido outro nível de dificuldade.

Ou seja, 66,67% da amostra relatou que o nível de dificuldade na aula foi “imparcial” na primeira e na segunda unidade, com e sem os recursos audiovisuais. Este dado, confirma o questionamento realizado na primeira unidade, pois como houve mudanças de recursos utilizados em sala de uma unidade para a outra, e a opinião não mudou na maioria dos alunos, é possível que o motivo para a permanência dessa opinião seja outro fator.

Dentre algumas possibilidades, a partir da observação destes resultados e da imersão ocorrida na sala de aula e dos conteúdos pela autora, pode ser que o motivo seja o conteúdo, o próprio perfil do aluno, a forma como a professora realiza as aulas e a eficácia da aprendizagem que foi considerada “boa” pela maioria dos alunos nas duas unidades, como foi apresentado na seção que dispõe sobre o “Nível de Adaptação aos recursos empregados na aula”. Todavia, mais uma vez afirmamos que a metodologia apresentada neste trabalho não nos permite aprofundar nestas causas.

Posto isto, para uma melhor visualização dos dados coletados, apresenta-se a seguir na Tabela n° 28, com as respostas dos alunos nos dois questionários realizados durante a segunda unidade em relação ao nível de dificuldade nas aulas expostas.

Tabela n°28: Nível de dificuldade nos dois questionários - 2° unidade

Resultados Q1 % Q2 % Muito fácil 0 0,00% 0 0,00% Fácil 9 22,50% 13 32,50% Imparcial 28 70,00% 21 52,50% Difícil 2 5,00% 5 12,50% Muito difícil 1 2,50% 1 2,50% Total 40 100,00% 40 100,00% Tabela n° 28 – Nível de dificuldade nos dois questionários -2° unidade.

Fonte: Elaboração Própria.

Ademais, 18 alunos (45% da amostra) apresentaram mudanças de opiniões em relação ao nível de dificuldade ao longo da unidade, como está disposto na Tabela n° 29 abaixo:

Tabela n°29: Mudanças de opiniões em relação ao nível de dificuldade na aula exposta

Mudanças ocorridas N %

Apresentou uma piora, de "imparcial" para "muito difícil". 1 5,56% Apresentou uma piora, de "imparcial" para "difícil". 4 22,22%

Apresentou uma melhora, de "difícil" para "imparcial". 2 11,11% Apresentou uma melhora, de "imparcial" para "fácil". 7 38,89% Apresentou uma melhora, de "muito difícil" para "difícil". 1 5,56%

Total 18 100,00%

Tabela n° 29 – Mudanças de opiniões em relação ao nível de dificuldade na aula exposta. Fonte: Elaboração Própria.

Todavia, apesar das similaridades dos resultados, os percentuais das mudanças de opiniões ocorridas nas unidades foram diferentes, pois 70,0% da amostra na primeira unidade apresentou mudanças de opiniões e 45,0% na segunda unidade. Porém, esse resultado é plausível por causa do período necessário de adaptação ao recurso audiovisual utilizado na primeira unidade, podendo ocorrer oscilações de opiniões.

Além disso, em comparação a primeira unidade, as aulas sem o uso de RA, apresentaram maiores mudanças positivas ao longo do tempo com um total de 55,56% dos alunos, e mudanças negativas com o percentual de 44,44%.

Por fim, a presença dessa variável no questionário, pode ser justificada pela possibilidade do nível de dificuldade ter relação com a satisfação do aluno com o ensino fornecido.