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5. ANÁLISE INFERENCIAL DOS DADOS

5.2 Segunda unidade

5.2.1 Perfil socioeconômico x Nível de adaptação e contentamento

Da mesma forma que ocorreu na primeira unidade, para analisar a relação das variáveis socioeconômicas e o nível de adaptação e contentamento dos alunos, foi necessário avaliar a relação das variáveis nos dois questionários aplicados aos alunos na segunda unidade.

Portanto, será avaliado, em cada questionário, quais foram as relações das variáveis que foram significativas, segundo teste Qui-quadrado de Pearson.

Perfil Socioeconômico Nível de adaptação e contentamento

Caracteristicas de Hipercultura Nível de adaptação e contentamento

Nível de adaptação e

5.2.1.1 Primeiro questionário

No primeiro questionário, três variáveis apresentaram relação sobre as outras, sendo a primeira associação “Estado civil” e “Escolha pelo método com RA” com significância de 0,005. Que segundo o APÊNDICE BE, 33,33% dos alunos que relataram estar casados, escolheram como método preferido na segunda unidade, o método com recursos audiovisuais. Ademais, dentre os poucos alunos que preferem somente esse método, todos os alunos são casados.

Percebe-se a partir dessas conclusões, que a facilidade e a flexibilidade do recurso audiovisual, podem ser os motivos pelos quais somente alunos casados preferem o método com RA para o ensino, o que demonstra que esse método costuma agradar mais alunos que dispõem de pouco tempo para o estudo e tempo que deve ser dividido com a família.

O segundo dueto de variáveis corresponde a “Situação de trabalho” e “Nível de entendimento” com significância de 0,006. Que conforme APÊNDICE BF, mais da metade dos alunos que trabalham “40 horas semanais ou mais” consideram ter um “bom” nível de entendimento dos assuntos sem a utilização dos RA, ou seja, com o ensino presencial.

Sendo este um dado interessante, pois mesmo com o grande número de horas semanais de trabalho, os alunos conseguiram entender o assunto fornecido na aula presencial, sem a flexibilidade e facilidade de assistir em qualquer local e a qualquer momento com o uso de RA.

Além disso, não teve nenhum aluno que apresentou um nível de entendimento “abaixo da média” trabalhando de “21 a mais de 40 horas por semana”. E mais da metade dos alunos que não trabalham, como esperado, apresentaram um “bom” nível de entendimento” com as aulas presenciais, por disporem de mais tempo para estudo e presença na aula.

Por fim, o terceiro dueto de variáveis corresponde à “Idade” e “Grau de motivação” com significância de 0,006, onde o APÊNDICE BG, demonstra que a maioria dos alunos na faixa etária entre “21 à 30 anos” tende à sentirem uma motivação “boa” nas aulas sem o uso de recursos audiovisuais.

Esse resultado pode ser explicado porque nessa idade, os alunos em sua maioria, não tem filhos e esposo/esposa, portanto os mesmos têm mais tempo para se locomover

até a aula presencialmente, sem comprometer a vida pessoal, podendo ser este um fato influenciador do grau da motivação nas aulas sem o uso de RA.

5.2.1.2 Segundo questionário

No segundo e último questionário, três variáveis apresentaram relação sobre as outras, sendo a primeira associação “Estado civil” e “Escolha pelo método com RA” com significância de 0,005. Que é similar ao primeiro questionário, conforme demonstra o APÊNDICE BH, 33,33% dos alunos que relataram estar casados, escolheram como método preferido na segunda unidade, o método com recursos audiovisuais. Ademais, dentre os poucos alunos que preferem somente esse método, todos os alunos são casados. Como relatado no primeiro questionário, é interessante esse dado, por percebemos que a facilidade e flexibilidade do recurso audiovisual, pode ser os motivos pelos quais somente alunos casados preferem o método com RA para o ensino.

A segunda associação “Situação de Trabalho” e “ Satisfação com a solução de dúvidas” com significância de 0,008. Que segundo o APÊNDICE BI, mais da metade dos alunos que trabalham de “21 a 39 horas semanais” consideram ter um “ótimo” nível de satisfação em relação a solução de dúvidas no ensino presencial sem RA. E metade dos alunos que trabalham “40 horas ou mais semanais” consideram também ter esse nível de satisfação.

Essas informações são interessantes porque mesmo com o ensino presencial, que não permite flexibilidade de horários e de lugar para assistir a aula, os alunos que trabalham o maior número de horas semanais, conseguiram se sentir satisfeitos em relação a interação para solucionar dúvidas nas aulas, sendo esse um fator importante para a satisfação geral com o ensino presencial.

Por fim, o terceiro dueto de variáveis corresponde à “Idade” e “Grau de motivação” com significância de 0,007, onde no APÊNDICE BJ, demonstra que a maioria dos alunos na faixa etária entre “21 à 30 anos” tende à sentirem uma motivação “boa” nas aulas sem o uso de recursos audiovisuais.

Esse resultado é similar ao do primeiro questionário e como já relatado, isso pode ser explicado porque nessa idade, os alunos em sua maioria, não tem filhos e esposo/esposa, portanto os mesmos têm mais tempo para se locomover até a aula presencialmente, sem comprometer a vida pessoal.

Por fim, na Tabela n° 73, apresenta-se os resumos das combinações significativas encontradas nesta seção nos dois questionários aplicados.

Tabela n°73: Perfil socioeconômico X Nível de adaptação e satisfação - Segunda unidade.

1° Questionário 2° Questionário

Estado Civil X Escolha pelo método RA. Estado Civil X Escolha pelo método RA. Situação de Trabalho X Nível de entendimento. Situação de Trabalho X Satisfação com a solução de

dúvidas.

Idade X Grau de Motivação. Idade X Grau de Motivação. Tabela n° 73 – Perfil socioeconômico X Nível de adaptação e satisfação – Segunda unidade. Fonte: Elaboração Própria.

5.2.2 Caracteristicas de Hipercultura x Nível de adaptação e contentamento

Nesta seção, foi avaliada a relação das características hiperculturais e o nível de adaptação e contentamento dos alunos, nos dois questionários aplicados na segunda unidade.

Portanto, foi avaliado, em cada questionário, quais foram as variáveis que apresentaram associações significativas segundo teste Qui-quadrado de Pearson.

5.2.2.1 Primeiro questionário

No primeiro questionário, sete variáveis hiperculturais apresentaram relações ao nível de adaptação e contentamento dos alunos, sendo o primeiro dueto de variáveis “Número de computadores em casa” e “Satisfação em relação ao conteúdo” com significância de 0,007. Que segundo o APÊNDICE BK, 42,9% dos alunos que consideravam ter um “excelente” nível de satisfação em relação ao conteúdo, tinha “um” ou “três ou mais” computadores em casa.

Porém, o interessante é que mesmo sem nenhum computador em casa, mais da metade dos alunos consideraram ter um “bom” nível de satisfação em relação ao conteúdo fornecido em sala de aula. Essa informação é coerente porque nas aulas presenciais, os conteúdos fornecidos não são pela internet e não dependem de um computador. Todavia, o computador facilita no entendimento do conteúdo e consequentemente na sua satisfação.

O segundo dueto corresponde ao “Acesso à internet em outro local” e “Método de ensino com RA” com significância de 0,007. Que conforme o APÊNDICE BL, nenhum dos alunos que relataram ter acesso à internet em outro local além da sua própria casa, relataram ter como método preferido o “ensino exclusivo com RA”.

Essa resposta tende a significar que, os alunos mesmo com acesso à internet em outros lugares, que facilitaria a acessibilidade aos RA para o ensino, não querem ter o método exclusivo com RA para o ensino. Sendo assim o ensino presencial aparentemente

está agradando mais esses alunos, ao ponto deles não se disporem à esse método de ensino.

O terceiro dueto de variáveis corresponde ao “Acesso à internet em outro local” e “Satisfação em relação ao conteúdo” com significância de 0,001. Que segundo o APÊNDICE BM, mais da metade dos alunos que tem acesso à internet em outro local, além da sua casa, tem um “bom” nível de satisfação em relação ao conteúdo fornecido na aula sem RA.

Pois, apesar de não ter necessidade da internet para ter acesso a aula, é imprescindível o uso da internet para aprofundar o conhecimento e pesquisar o conteúdo fornecido em sala. E a tendência é que com mais locais com acesso à internet, o aluno tende a pesquisar mais sobre o conteúdo e consequentemente ficar mais satisfeito com o mesmo.

O quarto dueto de variáveis corresponde ao“ Acesso à internet em outro local” e a “Satisfação em relação a forma como a aula chama atenção para o conteúdo” com significância de 0,000. Que conforme o APÊNDICE BN, mais da metade dos alunos que tem acesso à internet em outro local, além da própria casa, têm um “ótimo” nível de satisfação em relação a forma como a aula chama atenção ao conteúdo e como a mesma foi realizada.

Essa conclusão, pode significar que com mais lugares com acesso à internet, a tendência é que o aluno possa pesquisar e aprofundar mais o conteúdo fornecido em sala, facilitando portanto o entendimento e a apreciação das aulas.

O quinto dueto de variáveis corresponde ao “Tempo regular de uso do computador” e o “ Método com RA” com significância de 0,000. Que segundo o APÊNDICE BO, todos os alunos com “mais de 07 anos” de tempo regular de uso do computador, não tinham como método preferido o “método com RA”.

Apenas um aluno, apresentou como método preferido o uso de RA na segunda unidade. E esse aluno tem apenas de “12 a 18 meses” de experiência com computadores. O que significa que ao contrário do que se pensava, a escolha pelo método preferido não depende do tempo de experiência com o uso de computadores, principalmente em relação à escolha pelo método com RA.

O sexto dueto de variáveis corresponde ao “Tempo regular de uso do computador” e “Satisfação em relação a forma como a aula chama atenção para o conteúdo” com significância de 0,006. Que conforme o APÊNDICE BP, mais da metade dos alunos que têm “mais de 07 anos” de experiência regular com o uso de computador, consideram

“ótima” a satisfação em relação a forma como a aula chama atenção para o conteúdo fornecido.

Podendo isso ocorrer porque quanto maior a nossa experiência com tecnologias, maior é o estimulo em relação as nossas habilidades de raciocínio, memorização e aprendizagem (Souza, Lula, Moura & Souza, 2012), consequentemente maior a nossa satisfação em relação a composição das aulas e o entendimento das mesmas.

O sétimo dueto de variáveis são “a frequência em que procura informações sobre assuntos do dia-a-dia na internet” e “Satisfação em relação ao conteúdo da aula” com significância de 0,002. Que segundo o APÊNDICE BQ, mais da metade dos alunos que procuram “diariamente ou quase” informações sobre assuntos do dia-a-dia na internet, possuem um “bom’ nível de satisfação em relação ao conteúdo fornecido na sala de aula sem RA.

Pois, os alunos que costumam procurar com tamanha frequência assuntos do dia- a-dia, acabam consequentemente utilizando os mesmos meios para procurar aprofundar o conteúdo em sala de aula, portanto esta situação tem relação com a satisfação dos mesmos em relação ao conteúdo.

5.2.2.2 Segundo questionário

No segundo e último questionário, sete variáveis hiperculturais apresentaram relações ao nível de adaptação e contentamento dos alunos, sendo o primeiro conjunto de variáveis “Acesso à internet em outro local” e “Método de ensino com RA” com significância de 0,007. Sendo assim, conforme APÊNDICE BR apresenta, os resultados são iguais ao primeiro questionário, onde nenhum dos alunos que relataram ter acesso à internet em outro local além da sua própria casa, relataram ter como método preferido o “ensino exclusivo com RA”.

Essa resposta tende a significar que, os alunos mesmo com acesso à internet em outros lugares, que facilitaria a acessibilidade aos RA para o ensino, não querem ter o método exclusivo com RA para o ensino, sendo assim o ensino presencial ou o método com o uso de RA em conjunto com o método tradicional, aparentemente está agradando mais esses alunos, ao ponto deles não se disporem à esse método de ensino.

O segundo conjunto de variáveis corresponde ao “Tempo regular de uso do computador” e o “ Método com RA” com significância de 0,000. Que segundo o APÊNDICE BS, apresenta resultados iguais ao do primeiro questionário, todos os alunos com “mais de 07 anos” de tempo regular de uso do computador, não tinham como método preferido o “método com RA”.

Apenas um aluno, apresentou como método preferido o uso de RA na segunda unidade. E esse aluno tem apenas de “12 a 18 meses” de experiência com computadores. Significando, que ao contrário do que se pensava, a escolha pelo método preferido não depende do tempo de experiência com o uso de computadores, principalmente em relação à escolha pelo método com RA.

O terceiro conjunto de variáveis correspondem ao “Efeito do uso de computadores e internet na inteligência e raciocínio” e “Nível da dificuldade nas aulas” com significância de 0,003. Que segundo o APÊNDICE BT, mais da metade dos alunos que relataram ter uma “melhora” na inteligência e raciocínio, com o uso de computadores e internet, tiveram um nível de dificuldade considerado “imparcial” em relação as aulas presenciais.

Além disso, metade dos alunos que demonstraram uma piora com o uso da tecnologia, apresentaram um alto nível de dificuldade em relação ao conteúdo fornecido nas aulas.

Sendo assim, a conclusão é que quando o aluno consegue estimular positivamente a inteligência e raciocínio através do uso de tecnologias, tem uma tendência a ter um raciocínio e aprendizagem melhor em relação as aulas, segundo Souza (2004).

O quarto conjunto de variáveis correspondem ao “Efeito do uso de computadores e internet na inteligência e raciocínio” e “Nível de satisfação em relação à aula” com significância de 0,001. Que segundo o APÊNDICE BU,40,7% dos alunos que tiveram efeitos positivos na inteligência e raciocínio, com o uso de computadores e internet, relataram ter um “excelente” nível de satisfação com as aulas.

Ademais, nenhum dos alunos que tiveram efeitos positivos, relataram uma satisfação “abaixo da média”

Essas conclusões, são similares ao terceiro conjunto de variáveis, pois os alunos que conseguiram estimular através da tecnologia, a inteligência e o raciocínio de maneira positiva, têm uma tendência a aprender e ter um raciocínio melhor nas aulas, e consequentemente em sua maioria, ter uma satisfação melhor.

O quinto conjunto de variáveis correspondem ao “Efeito do uso de computadores e internet na inteligência e raciocínio” e o “Nível de entendimento dos assuntos e objetivos da aula” com significância de 0,004. Que segundo o APÊNDICE BV, quase metade dos alunos (42,3%) que apresentaram uma “melhora” na inteligência e raciocínio, a partir do uso de computadores e internet, tiveram um “bom” nível de entendimento dos assuntos e objetivos da aula.

E esses resultados estão relacionados com o terceiro e quarto conjunto, pois os alunos que conseguiram estimular através da tecnologia, a inteligência, memorização e raciocínio de maneira positiva, têm uma tendência a aprender e ter um raciocínio melhor nas aulas, e consequentemente entender melhor o assunto e objetivo das mesmas.

O sexto conjunto de variáveis correspondem a “A frequência em que procura de informações sobre assuntos do dia-a-dia na internet” e o “Nível de dificuldade nas aulas” com significância de 0,000. Que segundo o APÊNDICE BW, mais da metade dos alunos que procuram “diariamente ou quase” informações sobre assuntos do dia-a-dia na internet, tem um nível de dificuldade “imparcial”.

Pois, os alunos que costumam procurar com tamanha frequência assuntos do dia- a-dia, acabam consequentemente utilizando os mesmos meios para procurar aprofundar o conteúdo em sala de aula, melhorando o nível de dificuldade em relação as aulas.

O sétimo conjunto de variáveis são “a frequência em que procura informações sobre assuntos do dia-a-dia na internet” e “Nível do entendimento dos objetivos e assuntos” com significância de 0,000. Que segundo o APÊNDICE BX, quase metade dos alunos (40,7%) que procuram “diariamente ou quase” informações sobre assuntos do dia- a-dia na internet, possuem um ótimo nível de entendimento dos objetivos e assuntos dispostos.

E a explicação para esse resultado, está relacionado ao sexto conjunto de variáveis, pois como no conjunto anterior, os alunos que costumam procurar com tamanha frequência assuntos do dia-a-dia, acabam consequentemente utilizando os mesmos meios para procurar aprofundar o conteúdo em sala de aula, melhorando o nível de entendimento dos objetivos e assuntos.

Enfim, na Tabela n° 74 é exposto o resumo das associações significativas encontradas nesta seção, nos dois questionários aplicados.

Tabela n°74: Caracteristicas de Hipercultura X Nível de adaptação e satisfação – Segunda unidade.

1° Questionário 2° Questionário

Número de computadores na casa X Satisfação em relação ao conteúdo.

Acesso à internet em outro local X Método preferido de ensino, com o RA.

Acesso à internet em outro local X Método preferido de ensino, com o RA.

Tempo regular de uso do computador X Método preferido de ensino, com o RA.

Acesso à internet em outro local X Satisfação em relação ao conteúdo.

Influência do uso do computador e internet na inteligência e raciocínio X Nível de dificuldade nas aulas. Acesso à internet em outro local X Satisfação em relação a

forma como a aula chama atenção para o conteúdo.

Influência do uso do computador e internet na inteligência e raciocínio X Nível de satisfação em relação a aula.

Tempo regular de uso do computador X Método preferido, com o RA.

Influência do uso do computador e internet na inteligência e raciocínio X Nível de entendimento dos assuntos e objetivos da

aula. Tempo regular de uso do computador X Satisfação em relação

a forma como a aula chama atenção para o conteúdo.

A frequência em que procura informações sobre o dia-a-dia na internet X Nível de dificuldade nas aulas.

A frequência em que procura informações sobre o dia-a-dia na internet X Satisfação em relação ao conteúdo da aula.

A frequência em que procura informações sobre o dia-a-dia na internet X Nível de entendimento dos assuntos e objetivos da

aula. Tabela n° 74 – Perfil de Hipercultura X Nível de adaptação e satisfação – Segunda unidade. Fonte: Elaboração Própria.