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NÚCLEO DE ORIENTAÇÃO RELIGIOSA NOR

No documento Narrativas na construção da inclusão (páginas 133-156)

E PLANTANDO FLORES.

NÚCLEO DE ORIENTAÇÃO RELIGIOSA NOR

1. ASSOCIAÇÃO de Educação Católica - AEC. "XVI Congresso Nacional de Educação - Escola e solidariedade: Praticando a inclusão". Cadernos da AEC no Brasil nº 72.

2. BÍBLIA SAGRADA. "Edição Pastoral". São Paulo, Paulus, 1990.

3. COMPÊNDIO VATICANO II. Constituição Pastoral Gaudium et Spes. 3ª ed, Petrópolis, Vozes, 1968.

4. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. "Educação Igreja e Sociedade" (Doc. 47). São Paulo, Paulinas, 1992.

5. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. "Igreja e Educação - Perspectivas Pastorais" (Estudos da CNBB, nº 6). 4ª ed, São Paulo, Paulinas, 1981.

6. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. "Congresso Vocacional do Brasil" (Documento Final). Itaici, s/ed, 1999.

7. DOCUMENTAZIONE IMC. "La metodologia missionaria in Giuseppe Allamano". Roma, Istituto Missioni Consolata, luglio/1983, nº 4.

8. FORUM Nacional Permanente do Ensino Religioso. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) - Ensino Religioso. São Paulo, Ave-Maria, 1997.

9. LIBÂNIO, João B.; HEGEMÜLE, Edgard. "Mística e Missão do Professor". 3ª ed, Petrópolis, Vozes, 1998.

10. PAULO VI, Papa. Exortação Apostólica Evangelli Nuntiandi. Petrópolis, Vozes, 1976.

11. REVISTA Diálogo. Magno Vilela: "A educação cristã: das origens aos colégios católicos". maio de 1998, nº 10, ano III.

12. REVISTA Diálogo. Francisco Catão: "Deus pai e mãe". março de 1999, nº 13, ano IV.

13. REVISTA Diálogo. Ênio José da Costa Brito: "Nas sociedades modernas uma flor: a experiência religiosa". maio de 1999, nº 14, ano IV.

14. REVISTA Mundo Jovem. Celso Vasconcelos: "Mudar a avaliação. Sem essa de exclusão". julho de 2001, nº 318, ano XXXIV.

ANEXO 2

Entrevistas

F Manoela

1 -

Na verdade eu não gosto muito dessa palavra inclusão. Então já vou começar falando, eu acho que o marco é não que eu tenha tido casos que me fizeram pensar e pensar e adaptar a minha postura com as crianças, mas acho que o grande divisor de águas foi a chegada do Adriano, uma criança que foi colocada na minha turminha num período que a turma já estava equilibrada, era a turma da educação infantil, que já estava estruturada no mês de abril. Já estava tudo organizado e veio o Adriano, miudinho, mal andava e realmente tumultuou um pouco o ambiente da turma.

E ai eu percebi que primeiro eu rejeitei a possibilidade dele ficar na minha classe, questionei com a coordenação pedagógica e só não questionei com a irmã Margarida porque eu não tinha liberdade para isso, ela era a diretora, mas questionei com Mônica que era assistente de direção.

Ai questionei dizendo que eu não tinha talvez, e que aquela situação não era boa para o desenvolvimento dele, bem aquilo era uma baita de uma fuga da situação, mas a professora Mônica nem falou nada, mas perguntou, será? Porque será? E ai eu logo percebi que tava sendo pega no pulo e que eu tava querendo fugir da situação, e ali sim eu precisei, dentro de tudo o que tava mais ou menos em equilíbrio e que a gente nunca tem a situação dominada, mas tava mais ou menos organizada eu tive que repensar, primeiro porque ele mal falava, mal andava e dormia bastante durante a aula, e ai eu tive que reestruturar até a dinâmica da sala porque tive que arrumar um colchãozinho e fui até questionada por colegas do colégio com relação a isso porque se ele tava na escola ele tinha que se enquadrar ao que a escola mostrava para ele, ao ambiente da sala de aula, não pode deixar ele dormir. Mas ele dormia, então eu arrumava o colchãozinho e falava para as crianças que tinha uma necessidade diferente e que enquanto ele estivesse dormindo a gente ia falar mais baixo.

Então a primeira mudança foi essa, porque assim ninguém dorme porque quer, ele estava acostumado a dormir de tarde e ai as crianças questionaram, e depois foram se adaptando e aos poucos ele foi ficando mais acordadinho e ai também ele era muito alegrinho, ai também esqueci né. Ele também queria quando estava acordadinho fazer as coisas, só que as crianças já estavam numa caminhada e ele tava em outra, então eu dava o papel pra ele desenhar. A gente já estava trabalhando de repente as vogais e eu dava os desenhos pra ele pintar, mas assim nitidamente ele não tava compreendo muito situação, mas ao mesmo tempo ele tava sendo participe do ambiente e tudo mais.

Outra situação de adaptação foi que ele não caminhava, então eu tive que carregar o Adriano pela escola, nos três andares.

Também fui questionada um pouquinho, você carrega! Nunca no sentido negativa, mas assim bota ele pra andar, mas ele não andava! E eu precisava chegar nos

lugares, então a gente carregava. Mas o mais bonito dessa situação toda foi perceber que aquela rejeição inicial né porque ele ia causar desequilíbrio num ambiente aparentemente equilibrado, foi transformando também as crianças porque elas acabaram acolhendo uma situação diferente e entendo eu acho que isso que é o bonito que cada um precisa de um apoio, de uma ajuda especial. Não teve caso de ciúmes e as crianças acabaram também ajudando então não era uma monitoria, mas tornou a classe mais solidária não no sentido de super proteger, não no sentido de vamos fazer por ele, mas quando ele precisar de nossa ajuda ele vai receber, eu fico até emocionada ao falar sobre isso.

Aqui comecei a sentir uma mudança em mim, primeiro foi de humildade de reconhecer que a gente tem medo sim de acolher o diferente, de que como professor a gente gosta das coisas muito quadradinhas, e é meu perfil né ser perfeccionista. Era uma classe bastante agitada na faixa de trinta crianças que acabou se tornando muito solidária, tanto que eles lembram do Adriano até hoje, e aquela situação vivida veio tornar a nossa educação infantil diferente.

Eu tenho uma foto do Adriano sendo abraçado pelo Lucas Mos que é linda essa foto. E depois também acho que quebrou a tabu com relação ao pegar, beijar e abraçar.

Ai então adaptei atividades, e ele fez no ano seguinte a educação infantil de novo, não porque não acompanhou o grupo, mas porque a gente percebeu que seria melhor para ele ficar, ali então ele começou a caminhar e ficou serelepe também, foi tudo muito rápido também, porque a criança quando é estimulada ela responde né. Acho que foi um crescimento emocional porque eu assumi que não queria e entendi também que a gente tem uma missão mesmo, e fui entendo o bem ele fez para o grupo e o quanto fui ridícula em questionar dizendo, acho que ele precisa de um grupo mais adequado as necessidades dele. Isso foi só para disfarçar e não dizer olha acho que não vai dar. Eu acho que a escola aceitou como um desafio, e ao escolher a turma decidiram pela minha, mas sem pretensões, acho que analisam as características das professoras.

Acho que quando é colocado o desafio não se sabe se vai dar, é um vamos acolher, vamos crescer juntos. Minha posição inicial foi não dá, e depois né cai a ficha, e olha a situação é essa, você vai ter que se virar dentro da situação mas num sentido positivo, e nunca é por que o que a coordenação vai achar ou sei lá o que, é enquanto profissional mesmo, é o orgulho de fazer o seu melhor, e de esperar ai sim, não de formatação do que o grupo produz, mas de aceitar que cada um produz de um jeito. E ai sinto uma evolução minha profissional.

Na época eu planejava para o Adriano, hoje mudou não é eu vou planejar para o Adriano não, a hora que não esta dando certo de um jeito eu já vou fazendo de outro jeito. Hoje eu planejo um pouco diferente, mas também não é algo gritante. Eu acho que mais do que planejar diferente é aceitar as diferenças das crianças. Então eu acho que é aceitar o diferente no processo. Eu acho que você dizer que está fazendo inclusão é excludente, não sei se estou sendo coerente, mas é a mesma coisa de você celebrar o dia do. Eu entendo que são casos de inclusão, mas eu acho que se eu dissesse que fulano é um caso de inclusão eu vou estar colocando rótulos.

Hoje eu tenho vinte e sete alunos diferentes, e não me vejo mais, esta atividade é para o Giovanni, não é assim. Tanto que eu me pego to fazendo inclusão? Eu procuro entender a respostas que são diferentes, e dizer pra eles a nossa pratica, isso sim tem sido pedagogicamente cada vez mais em nosso colégio, a escola eu acho que por ser uma escola cristã católica sempre tivemos esse potencial

missionário de acolher as diferenças. Pedagogicamente eu Fátima tenho sentido que a gente tem tido uma preocupação maior, primeiro porque os casos parecem estar aumentando.

Porque você tem diagnósticos diversos, não que não fosse a nossa prática, sempre foi a nossa prática, mas hoje você questiona mais e consegue identificar mais. Não to dizendo pelo colégio, porque isso até é comprometedor, mas a gente percebe uma preocupação maior no nosso discurso entre os professores, mas me preocupa o “fulano é caso de inclusão”. Acho que temos que aceitar cada vez mais que tenhamos 10, 30 crianças que são diferentes eu acho que é por ai.

Eu não aceito o mínimo deles, é o máximo que cada um pode dar. E coloco sempre pra eles, tivemos uma primeira situação com o Giovanni, por exemplo, tinha outras situações na turma e sempre dizendo cada um diferente do outro. Agora não é dizer para a criança é mostrar isso em nossa prática e isso tem que fazer parte da vida. Eu acho que primeiro falar abertamente porque é hipocrisia dizer ‘que venham todos para a minha turma’ porque são situações que produzem um desgaste físico e emocional, e também porque todo mundo quer uma turma que leia, que calcule, que escreva. Todo mundo quer um produto final social adequado. E ninguém fala abertamente, mas é o que o professor quer sucesso. Repensar o que é esse sucesso isso é importante, aceitar que vem um ano depois do outro, que ele tem que ter pré- requisito mais isso flui se você aceita que eles se abram, disciplina em sala é importante, o diálogo, acho que tem valores em sala que são fundamentais para que a “inclusão” realmente aconteça que é o diálogo, o respeito entre a gente.

As atividades em equipe eu sempre coloco agora é o momento em que um pode ajudar o outro, mas um pode ajudar o outro? Qualquer um pode ajudar qualquer outro.

Então aqueles que tem dificuldades vão ajudar em algum momento, e tanto que citando algum caso, o Daniel que é um caso que chegou pra gente dia 16 de junho, eu gosto de citar porque ele veio para o grupo do 3º ano, com a alfabetização já bastante encaminhada onde a gente ta estruturando já a produção de texto, ele lê sem conhecer letras. É bacana a cumplicidade do grupo porque tivemos casos diferentes o ano passado, essa turma eu venho acompanhando desde o ano passado e a gente tem esse código de aceitar as nossas deficiências e eu coloco para eles as minhas deficiências também em determinados pontos e ai é legal porque então a gente pode errar porque o erro é uma possibilidade da gente aprender. Ai o Daniel vem e eles aceitaram o fato dele não saber ler, e meio que adotaram a situação de ajudá-lo. Uma vez só eu verbalizei, lógico que não na frente dele, então eu disse vocês já perceberam que nosso amigo tem uma necessidade diferente? Ai eles disseram ah ele não sabe ler, ai eu falei ta e então como você acha que ele se sente sendo que a gente sabe ler e ele não? É talvez ele se sinta triste, e disse eu não percebi ele triste e alguém disse, não prô ele quer aprender! Eu achei bonito isso e então eu disse vamos ajudá-lo não fazendo por ele, mas quando ele precisar que a gente leia alguma coisa a gente lê pra ele.

Eles lidam numa boa com isso, o legal é o olhar de curiosidade dele, por exemplo quando esse fileira vem a frente que vai ler, eles se olham, e eu ajudo, então aponto o dede para ele e falo baixinho e ele falo comigo, ele quer muito aprender, então o fato dele ter sido aceito do jeito que ele é, uma vez eu verbalizava então assim a gente vai fazer de vários jeito essa atividade, tem gente que precisa melhorar a pontuação, tem gente que precisa melhorar o parágrafo, tem gente que vou ter que ajudar a juntar as letrinhas, e ele falou sou eu! E de um jeito normal, então eu falei é legal cada um eu vou ter que ajudar de um jeito; foi lindo porque ele disse sou eu prô

me ajuda! Então o respeito dos outros com relação a, eu acho que isso é o mais bonito nessas situações diferentes em sala de aula.

I a rejeição deles no olhar diferente, na cumplicidade quando alguém da risada do jeito diferente do Giovanni falar fãnhoné, troca as letras, e quando alguém coloca o erre onde...é porque tem o meu jeito de corrigir que é o que a gente coloca com a fono que é po fé sso ra, e eu pro fés so ra, e quando ele fala po, alguém fala prô, então um já olha já, então eles se mesmos questionam porque estão ficando é lógico mais engraçadinhos e é característica da faixa etária ter piadinhas né e se tornarem mais irreverentes.

Então a minha metodologia ela mudou, eu tenho a preocupação até das tarefas extras, até criou a cultura do a mais das crianças que vem e pedem, eu acho legal tem aqueles que vem e pedem professora pode me dar um reforcinho em tal coisa, é legal né uma ajudinha, um empurãozinho eu costumo falar é o remedinho que a gente precisa. Alguns que nem precisam vem eu preciso por causa do texto que to, eu acho legal isso a cultura do todo mundo precisa de algo a mais da auto avaliação, e então eu crio realmente atividades diferenciadas para eles, sento nem tanto com o Giovanni, mais com o Daniel hoje pra poder interpreta e interpreta pra ele e conversar um pouco mais sobre as situações de desafio, mas ao mesmo tempo não me vejo planejando tão diferente assim, me vejo as vezes até em falta e me pergunto será que eu to realmente fazendo inclusão? Porque é tão natural que eu acho que nem parece. O Giovanni é caso de inclusão eu faço uma pergunta, é? eu acho assim desse jeito to ajudando a crescer mesmo? Não cobrar do Giovanni uma letra melhor, eu não vou dar nunca um caderno de caligrafia a ele não vou, conseguir ler o que ele escreve e entender o que ele fala é o melhor? Eu acredito que é o melhor. E ai eu tenho percebido a evolução, e ai cobrança porque a preocupação no sentido de aceitar o diferente não é aceitar o mínimo. Então de vez em quando um puxão de orelha porque não fez a tarefa, do mesmo jeito, eu falo Giovanni se liga hen! Então me questiona assim, o que eu tô fazendo é ou não o melhor? Será que eu podia fazer mais? Aceitar de um jeito tão natural ta ajudando ou não a crescer? Eu me questiono, é vai contribuir para o progresso dele? A gente não deixou o Giovanni de recuperação em nenhum trimestre e a família e a mãe dizia eu acho que tinha que ter deixado e eu falei ele já ficou de recuperação tantos trimestres ai na vida dele. Não é isso que vai fazer com que ele caminhe. Então até não deixar de recuperação, não encher de tarefas extras, porque ele tem uma caminhada diferente. Ontem eu me peguei olhando para ele e me falei meu Deus como vai ser o Giovanni na adolescência, com vai ser? Eu tô falando especial dele, mas tem os outros, será que ele ta entendo o que eu tô falando pra ele? Porque ele tem um olhar diferente, será que existe um rebaixamento intelectual? E até agora a gente não tratou assim. A gente ta aceitando ele, mas mesmo que haja, ai eu pergunto como vai ser ele no namoro... sabe quando a gente vai lá na frente. Então assim por conta de algumas perguntas que ele faz, ele vem as vezes perguntar querendo que eu confirme algo que já foi falado, combinado. Será que ele ta mesmo entendendo o que eu to falando?

E no caso do Daniel existe uma questão afetiva, eu tenho dado poucas atividades paralelas para ele, poucas porque eu acho que isso fere o, aceitar e ai o meu questionamento é, ele é uma reprovação, não tem questionamento. Ele não tem pré requisitos para ir para um quarto ano. Ele já chegou com a falta. Eu não tenho massacrado ele com atividades extras porque para ele é importante estar inserido nesse grupo, e ele fazer as mesmas atividades do grupo mesmo que ele seja copista é importante emocionalmente pra ele. Se percebe um crescimento

emocional imenso nele, uma auto confiança, até a forma dele desenhar, dele copiar e dele se expressar vem de uma rejeição afetiva profunda. Isso é ser maternalista é ser mãe ao invés de professora? Não sei. Eu fico me perguntando também, é mais cômodo não ficar enchendo de atividades, pra mim as atividades estão preparadas. Mas ele tem uma satisfação tão grande ao fazer, assim TERMINEI! JÁ FIZ! E assim as vezes eu retomo, se percebe que ele não compreende do mesmo jeito. Ele dá umas bolas fora terrível, mas ele não tem nem o mesmo vocabulário das outras crianças, então eu acho que é por ai o afetivo ta batendo. Ele veio assim meio bichinho do mato. O número de vezes que ele fala não sei diminuir; ele não lê, mas ele vai ter todo o terceiro ano do ano que vem para poder fazer as atividades, eu até pedi para se possível eu ficar com ele no próximo ano.

Eu acho que é inclusão, mas eu não me vejo assim tão preocupada com isso porque cada um é diferente mesmo. E isso enriquece tanto o grupo.

Eu vejo amigas fazendo um trabalho fantástico com crianças que tem dificuldades mesmo. Eu acredito que a cada um cabe uma missão em determinado ano. Eu acho que a postura do professor é fundamental, mas acho que já melhorou muito.

Eu tenho medo de rótulos, porque a gente acaba fazendo pré julgamento daí, é rótulo que passa de um ano pro outro, então as nossas caras e bocas demonstram que podem existir rótulos por mais abertura que se tenha.

Depois que você se sensibiliza é diferente, a gente da as cabeçadas, mas depois vai se adaptando e vai. Porque a gente como professor tem uma meta, tem um projeto, tem expectativas pra superação para ir pra outra etapa. Mas acho que tem que ser com abertura do grupo, por isso me preocupa o pensar que pode virar preconceito em relação a algumas crianças, temos exemplo disso.

Mas por mais que tenhamos limitações temos abertura também.

Eu acho que os meninos da “casa” contribuíram muito para a mudança de paradigma da escola, percebemos que o número de casos aumentou e isso faz com que todos tenham passado pela experiência e isso faz também com as pessoas se sensibilize e depois que se sensibiliza é diferente a gente da as cabeçadas e vai se adaptando, porque a gente como professor tem uma meta, tem um projeto, tem expectativas para a superação para ir para uma outra etapa. (22 anos de magistério, 42 anos de vida). A nossa sensibilidade e amadurecimento vai fazendo com a gente perceba que no fundo, eu acredito nisso, o pedagógico ele é produto final, as habilidades e competências são importantíssimas, é o papel da escola construção de conhecimento, mas eu acho, que nós temos muito mais que fazer por essas crianças que codificar e decodificar, trabalhar a questão do raciocínio lógico, são seres humanos com os quais a gente ta interagindo ali, e a gente enquanto professor tem que estar aberto para crescer com eles, são 31, já tive 33, 39. com as meninas do lar era uma questão de inclusão social também, então eu sempre fui colocada nessas situações, e ai fui aprendendo bastante, eu acho que a gente tem muito mais a construir, por os 31, os 39 são diferentes, mas é construção mesmo, é abertura de crescimento com o outro, ai sim a matemática vai crescer, a apropriação da língua vai acontecer, mas primeiro uma sintonia de sentimentos, de respeito na sala de aula.

Tenho vários casos de inclusão no nono ano, de características muito diferentes. 2 – Todos são diferentes, então quando eu planejo uma atividades eu procuro explorar todas as dimensões, o falar, o fazer, o desenhar, o construir, o que é concreto e o que é abstrato. Eu acho que mais que planejar a atividade, o especifico

No documento Narrativas na construção da inclusão (páginas 133-156)

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