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Narrativas por participação feminina na política

Capítulo 1. Mulheres na Política: Rumo à Assembleia Nacional Constituinte de 1933-34.

1.1. Politização das questões de gênero na esfera pública

1.1.1. Narrativas por participação feminina na política

As sociedades modernas não formularam suas teorias para o alcance efetivo de todas as pessoas, no mesmo patamar de dignidade e liberdade. Mantiveram fora do espaço político a dominação sexual dos homens perante as mulheres e tal defeito nas formulações modernas fez padecer de concretude material a dimensão da igualdade e liberdade prometidas pela racionalidade própria da Modernidade.

As consequências do distanciamento prático às elaborações em relação à igualdade das pessoas podem ser percebidas em variadas manifestações públicas ao longo do tempo.

Se a efetividade dos direitos vai ocorrendo pela comunidade histórica, esta não deveria ser limitada a um número reduzido de sujeitos, mas sim aberta à participação da sociedade plural, que lhe concede autenticidade. As tensões sociais no mundo fizeram (e fazem) do elemento povo sujeitos que se reivindicam, individualmente ou em grupo, organizados institucionalmente ou de maneira espontânea, como legítimos autores e destinatários do Direito, em processos permanentes de comunicabilidade por discursos democráticos (MULLER, 2003).

Ao conhecer as experimentações de práticas ocorridas nos trabalhos das mulheres no interregno temporal anterior à Constituição de 1934, para demonstrar a importância da politização dos temas trazidos por elas no decorrer do processo constituinte pesquisado, em que houve momentos dedicados à pauta de interesse específico delas com a explicitude opinativa dos envolvidos, foi possível observar as dificuldades de romper as correntes dogmáticas do machismo, mas também possibilitou compreender como a convivência com a presença feminina na esfera de poder e na apresentação das demandas pode ter sido decisiva para rompimentos de alguns preconceitos e encontro com novas idéias, inclusive da politização da esfera privada na expectativa da dimensão democrática que a Assembleia Nacional Constituinte alimentou. Em diferentes estados, os periódicos destinaram espaços para manifestações sobre a participação das mulheres na esfera política e também, de modo geral, em relação ao processo constituinte, refletindo críticas ou defesas dos variados temas.

Na década de 1930, objeto desta pesquisa, mesmo já convivendo com as ocupações das mulheres no mercado de trabalho e a existência de diversas organizações feministas, as reações à presença na esfera pública despertavam porturas conflitantes e

muitas vezes tomavam o caminho tosco de figurações animalescas. Na pesquisa de Natascha Stefania Carvalho de Ostos (2012)22, que registrou manifestações publicadas em periódicos da época, articulistas do jornal “Careta”, do Rio de Janeiro, se referiam às mulheres da seguinte forma: “na escala zoológica o animal que mais se aproxima da mulher é a barata ...”, ou ainda: “Depois do macaco o animal que mais se parece com o homem é a mulher ...” (Careta, 01/11/1930: 18).

Os estranhamentos em relação à participação das mulheres na política também puderem ser identificados em manifestações menos hostis, mas com nítido incômodo e alguma ironia. Um colunista do “Jornal Pequeno”, de Recife, Mario Melo, costumava manifestar sua irresignação com a disputa pelo voto feminino, fortemente debatido em Pernambuco, tendo assim publicado:

Imagine-se que, numa cidade como o Recife, ainda não é possível conciliar, dentro dum programa idealista, duas dúzias de saias que aspiram as posições políticas! Que não seria num parlamento em que algumas delas tivessem voto? (...) O que parece é que marcham para um encontro com a divisa: nada nos une; tudo nos separa. Ainda bem para nós homens... (JORNAL PEQUENO. 7 ago. 1931).

Em brilhante resposta publicada no mesmo periódico, dez dias depois, por autora não registrada, a resistência é publicamente mostrada:

Não, a mulher não é o ser frívolo, misto de perversidade, inconsequência e sedução, a boneca gentil, mas fértil, que uma injusta e inexplicável hostilidade ancestral do homem escolheu para símbolo de nulidade intelectual (...) Se à mulher, desde sempre, fosse permitido instruir-se, prover-se de conhecimentos, profundar ciências, desenvolver, enfim, o ser intelecto a par do homem, e acionar livremente, em igualdade de circunstancias, em todos os campos da atividade mental e social, sem restrições de leis, nem coações de garantias, a sua comparência nos altos plainos do pensamento e das grandes realizações da inteligência humana, seria frequente e indiscutivelmente valiosa”. (JORNAL PEQUENO. 17 nov. 1931).

Note-se que a profundidade do argumento lançado na publicação acima mostra o alinhamento com um discurso que questiona as opções anteriores da sociedade em relação às mulheres – a negativa de acesso a uma educação formal ou aos ambientes de desenvolvimento intelectual e social -, descartando um discurso da mera diferença biológica em si mesma como justificadora da incapacidade feminina para as altas tarefas públicas.

22 Ostos, Natascha Stefania Carvalho de. A questão feminina: importância estratégica das mulheres para a regulação da população brasileira (1930-1945). Cadernos Pagu, n. 39, julho-dezembro de 2012: 313-343.

Conforme dito, uma parcela das manifestações e entidades femininas visava uma transformação paradigmática e não apenas uma disputa por políticas públicas e alguns novos espaços. De qualquer maneira, tinham em comum a defesa de que iguais condições de acesso ao desenvolvimento educacional representariam ampliação evolutiva e emancipatória para sua inclusão em outras dimensões e a autonomia por decidir.

Essas posições diferentes foram bem organizadas pela professora Teresa Cristina de Novaes Marques que, ao pesquisar a biografia de Berta Lutz para sua inclusão na série de Perfis Parlamentares (2016, volume nº 7323), realça o trabalho da antecessora na organização de movimentos de mulheres em uma pauta política pública: a professora Leolinda Daltro (ou Deolinda como registrada em diversos documentos) que representava um sufragismo clássico, reivindicatório do direito ao voto e da viabilidade específica de acesso à educação24. Para Bertha e suas companheiras, era preciso garantir mudanças permanentes, nas leis, para com isso permitir a independência profissional e econômica das mulheres que viabilizaria a igualdade com os homens (2016: 21-22).

Essas e outras diferenças eram vistas e retratadas também pelos escritores da época. Vale destacar escritos de Lima Barreto que, mesmo polêmico nas suas abordagens sobre o feminismo e a natureza das mulheres, como analisado pela professora Magali Engel (2008), afirmando-se “explicitamente anti-feminista nas crônicas ‘Carta aberta’ (1921) e "O feminismo em ação" (1922), questionou a legitimidade das reivindicações sustentadas pelo movimento feminista coevo - qualificado pelo autor como ‘feminismo burocrata’ -, centradas em torno do direito de voto e do acesso a cargos públicos.”.

Ao mesmo tempo em que Lima expunha de modo depreciativo a figura da mulher apontando a existência de uma natureza feminina aparentemente universal, marcada por características negativas, que era adaptada ao serviço público porque nunca capazes de "iniciativa, de combinação de imagens, dados concretos e abstratos que definam a verdadeira inteligência" (em "A amanuensa", 1918); ele foi explicito na sua divergência à posição das feministas organizadas, a exemplo de Bertha Lutz, de quem duramente questionou não defender as mulheres trabalhadoras do país, porque ela não conheceria a realidade da vida que a maioria tinha:

23 Marques, Teresa de N., 2016, Anexo do Perfis Parlamentares, v. 73.

24 Com uma abordagem constante e pessoal, no “corpo a corpo” com parlamentares e homens públicos Leolinda é personagem de algumas crônicas de Lima Barreto, inclusive ironizando-a e a nominando de Deolinda ou Florinda. A professora Magali Gouveia Engel escreveu um artigo dedicado a essa abordagem na obra do renomado escritor: Gênero e política em Lima Barreto. Cad. Pagu nº 32. Campinas: Jan./June 2009 On-line version ISSN 1809-4449 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-83332009000100012).

...minha senhora, então a mulher só veio a trabalhar porque forçou as portas das repartições públicas? Ela sempre trabalhou, minha senhora, aqui e em toda a parte, desde que o mundo é mundo; e até, nas civilizações primitivas, ela trabalhava mais do que o homem. Dou o meu testemunho pessoal. Desde menino... que [a] vejo trabalhar em casa, fora de casa, em oficinas, ateliers de costura e até na roça, plantando, colhendo, guiando bois ao arado, etc." (Lima Barreto. Toda Crônica. Rio de Janeiro, Agir: 2004: vol. II, 420)

Como relatado por Engel (idem) a divergência severa de Lima Barreto às lideranças feministas do início do século XX chega ao explicito em algumas crônicas, inclusive as acusando de envolvimento em esquemas de corrupção e pelas práticas clientelísticas da política institucional da Primeira República. No texto "O feminismo invasor", satiriza a atuação de Bertha Lutz com a personagem "Dona Adalberta Luz", fundadora da "Liga pela Manumissão da Mulher Branca" (Lima Barreto, 2004: vol. II, 491) ou mesmo a Dona Daltro, ironizando uma intervenção que teria feito junto com outras, em que elas jogavam pétalas de flores nos parlamentares quando do debate do projeto de lei para instituição do voto feminino, tema que o escritor era contrário:

Não me move nenhum ódio às mulheres, mesmo porque não tenho fome de carne branca; mas o que quero é que essa coisa de emancipação da mulher se faça claramente, após um debate livre, e não clandestinamente... (Lima Barreto, 2004: vol. II, 545).

As posições variadas no apoiamento à agenda reivindicativa das mulheres, conforme o ambiente ou o tema tiveram registros clássicos como de Rui Barbosa, defensor do voto feminino, manifestado em algumas ocasiões, como em uma conferência para juristas em 20 de março de 1919, sinalizando uma importante percepção que reconhece a figura da mulher distinta daquela pintada pelo homem:

“... As tendências de minha natureza, o amor de minha mãe, a companhia de minha esposa, a admiração da mulher na sua influência sobre o destino de todos os que a compreendem, bem cedo me convenceram de que as teorias do nosso sexo acerca do outro estão no mesmo caso da história narrada pelo fabulista, do leão pintado pelo homem. A mulher pintada pelo homem é a mulher desfigurada pela nossa ingratidão”. (Conferência pronunciada do Theatro Lyrico em 20 de Março de 1919 e publicada no "Correio da Manhã" de 21 do mesmo mez e anno)

Todavia, as contrariedades masculinas são dominantes, conviviam com parcerias ou antagonismos vindos dos homens que desde a constituinte que resultou na Constituição de 1891 faziam o debate no próprio ambiente do Congresso Nacional, ao menos sobre o direito ao voto, como será adiante mais detalhadamente retratado, mas não o aprovava, até a ANC de 1933-34.

Do incômodo masculino, vale citar um registro encontrado em jornal regional da Bahia (município de Itabuna), denominado “O Intransigente – jornal político e noticioso”, na coluna intitulada “Sobre o feminismo...”, pelo autor que assina como “Antonio F. S. Campos, acadêmico”. Ele alerta que as astutas mulheres desocupadas dos afazeres domésticos conspiram sobre os legítimos direitos dos homens em relação aos altos cargos públicos, já em 1933, ironizando que os “bellos defeitos da natureza” ameaçam ter o domínio sobre os “tolos filhos de Adão”:

Ellas, as astutas mulheres, não achando mais trabalhos domesticos para occuparem-se, graças à benevolência dos homens, entenderam, um dia, de conspicar os nossos legítimos direitos. A princípio, julgando que o caso não passava de simples phantasia peculiar ás mulheres, nós, mèramente, limitamo-nos a aguardar os acontecimentos, sem, pelo menos, debelar <o mal> e conceder amnistia...

Facilitamos, e eis o resultado: - Ellas venceram!

(...)

Pelo que se vê, e ninguém duvida, as mulheres, estes bellos defeitos da natureza, como vão, indubitavelmente daqui a alguns annos, terão tudo sob o seu domínio: Presidência da Republica, Ministerio, tudo. E, os homens, os tolos filhos de Adão, de certo receberão das graciosas filhas de Eva, ordem para assumirem com dedicação e zêlo, os <elevadíssimos cargos domésticos>... (O intransigente – publicado em 29 de abril de 1933)25

As preocupações em torno da naturalização da circunscrição feminina na esfera privada já estavam contidas nos movimentos feministas do final do século XIX aqui no Brasil, e, mais precisamente, nas elaborações expostas nos documentos das entidades constituídas desde então e na literatura sobre o tema.

Vale ressaltar que no mote sufragista havia a contextualização das ideias associadas à modernidade, em especial à noção de “progresso”. Um sinal dessa apropriação das expressões consta no nome das organizações mais referidas, primeiro a Liga para Emancipação Intelectual da Mulher, que havida sido criada em 1919, fundada por Bertha Lutz em conjunto com Maria Lacerda de Moura, e depois a criação da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino – FBPF, organização fundada em 9 de agosto de 1922, por iniciativa da Bertha e outras, com diferentes abordagens de prioridades na contrução de agenda entre elas26.

25 Foi feita a opção pela reprodução da grafia vigente à época dos documentos em todas as transcrições ao longo do texto, sempre que as fontes consultadas tenham sido as originais.

26 Soihet, Rachel. A Conquista do Espaço Público. In: Pinsky, Carla Bassanezi; Pedro, Joana Maria (org). Nova História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Editora Contexto, 2012.

Na Carta enviada por Bertha à Revista da Semana, em 1918, convocando as mulheres a lutarem por sua emancipação, defendia o exercício do trabalho e da educação como cruciais para garantir os meios de subsistência e livrar-se da nefasta humilhação que a dependência lhe causava (Soihet, 197427). Ao final, defendia que a inserção feminina não geraria benefícios somente pessoais, mas as tornaria “instrumentos preciosos do progresso do Brasil”.

Note-se que as ideias de progresso estão sempre realçadas a cada momento de ruptura histórica, exatamente justificadora do “porvir”, considerando o rompimento com o passado. Tocqueville, em 1840, escreveu que quando o passado não muito distante ilumina o futuro, “o espirito caminha na escuridão”. Assim, os discursos do progresso associados ao futuro ajudam na referência do passado como escuridão. Usando a categoria dos regimes de historicidade, bem desenvolvida pelo professor François Hartog (2013), este sinaliza que o regime moderno ao formular suas concepções sobre o tempo, define o predomínio discursivo para o futuro.

No cenário e nos discursos no pós-Revolução de 1930, havia uma sobrecarga nas narrativas pela desvalorização do passado, em frequentes depreciações dos últimos quarenta anos da República, com a aposta firme de que o novo seria construído dali em diante. O progresso viria das novas formulações para o país, desenvolvidas pelos revolucionários de outubro de 1930, tanto assim que essa expressão esteve presente em diversos documentos oficiais.

Emblemática referência consta nas palavras do próprio Getúlio, para contrapor a “ruína” em que, para ele, se encontrava o país, vitimado pelo “enriquecimento dos apaniguados na direção dos negócios do Estado”, entre outras razões justificadoras da ruptura de outubro de 1930, ele assim sinaliza o destino histórico do Brasil: “despertou da longa modorra, distendeu os membros entorpecidos, experimentou a rigeza dos músculos e, com desassombro, se pôs em marcha, afastando todos os obstáculos que se opunham ou retardavam o seu progresso” (Discurso proferido em 02 janeiro de 1931, em banquete oferecido pelas Forças Armadas28).

27 Soihet, Dissertação defendida perante o Departamento de História do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, da UFF, intitulado: Bertha Lutz e a ascenção social da mulher. Niteroi: 1974.

28 DÁraujo, Maria Celina. Getúlio Vargas. Perfil Parlamentares nº 62. Brasília: Centro de Documentação e Informação Edições Câmara, 2011.

No caso das mulheres, também era assim. Foi possível identificar as ideias de progresso e de “emancipação”. Como verificado em posições expressadas publicamente por algumas lideranças, a exemplo de Bertha Lutz, para quem a emancipação da mulher se ligava à questão da participação política, pois a possibilidade de voto e da interferência na alteração das leis seria o caminho para a igualdade. Em manuscritos de correspondências trocadas com Carmem Portinho29 (Marques, 2016: 22), Bertha indica que a bandeira do feminismo seria conduzido pelas mulheres universitárias, pois o acesso à educação levaria à autonomia econômica, pois a mulher teria condições de concorrer para empregos com melhor remuneração.

Essas mulheres, com especial liderança, despontavam no início do século XX convergindo no debate sobre a inclusão feminina como protagonista também da política, porém, como repetido antes, em abordagens distintas entre si, tanto quanto às estratégias de ação, quanto ao próprio uso estratégico da luta pelo voto e as maiores divergências eram baseadas em temas relacionados às questões de concepção dos papéis sociais, envolvendo o aparato de classe, a moral e a sexualidade.

Alguns assuntos não eram priorizados pela maioria das abordagens, como é o caso das disputas por melhores condições de trabalho ou da liberdade de escolha em relação à permanência no casamento, ou ainda, em relação à sexualidade. Esses temas apresentavam argumentos de conteúdo mais estruturante, rejeitando o determinismo biológico e os estereótipos dos papéis sexuais adotados na sociedade no propósito de manter a ordem social.

29 Carmem Velasco Portinho nascida em Corumbá, Mato Grosso do Sul, em janeiro de 1903, formou-se em engenharia civil na Escola Politécnica da Universidade do Brasil, em 1925: “Antes de mim - cursando o terceiro ano quando eu entrei - estava a Maria Esther Corrêa Ramalho. Também havia passado pela escola a Edwiges Becker” lembrou na entrevista concedida a Vera Rita da Costa, publicada em 1995 (acessível em: http://www.canalciencia.ibict.br/notaveis/livros/carmen_portinho_22.html). Em seguida, foi a primeira mulher do Brasil a obter o título de urbanista na Universidade do Distrito Federal. Questionada se teria sofrido discriminação quando exerceu a função de engenheira na Diretoria de Viação e Obras da prefeitura, afirmou que: “a primeira tarefa que esse diretor me deu foi a inspeção do pára-raios instalado no alto do edifício antigo da prefeitura. Para fazer esse trabalho, teria que subir no telhado e ele achou que por ser mulher não conseguiria fazê-lo. Indiretamente, essa tarefa foi uma forma de discriminação: ele queria me testar. Ele queria me ver em cima do telhado! Mas se deu mal, porque quando era estudante eu pertenci ao Centro Excursionista Brasileiro e estava acostumada a fazer alpinismo. Para quem já havia escalado todos os morros do Rio de Janeiro, subir em um telhado era sopa! Muito mais difícil para mim foi saber como funcionava o tal pára-raios”. Importante dirigente da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino- FBPF atuou em várias intervenções no Legislativo e na imprensa da época para a defesa do voto feminino e também foi criadora da União Universitária Feminina, em 1929. Mais tarde, nos anos 1950, assumiu a construção do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) e, em 1966, foi convidada, pelo governador, a criar a Escola Superior de Desenho Industrial, a primeira da América Latina. (fontes:

https://asminanahistoria.wordpress.com/2017/02/05/carmen-portinho-a-pioneira-do-urbanismo-no-brasil/