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I NGESTÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS

No documento S AÚDE DOS ENFERMEIROS: CONTRIBUTOS PARA A (páginas 181-185)

RELACIONADOS COM A SAÚDE DOS ENFERMEIROS

4. C ONSIDERAÇÕES ÉTICAS E LEGAIS E CONFLITOS DE INTERESSE

1.2. O QUE SE SABE SOBRE A SAÚDE DOS ENFERMEIROS

1.2.16.2. I NGESTÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS

Foram incluídos 10 estudos transversais sobre ingestão de bebidas alcoólicas nos enfermeiros. Apenas o estudo do Canadian Institute for Health Information (2006) demonstrava que os enfermeiros, independentemente do sexo, ingeriam menos bebidas alcoólicas do que a restante população. Este estudo apresentava moderada validade interna e elevada validade externa (Quadro 52).

No entanto, não foi possível concluir acerca do nível de evidência sobre ingestão de bebidas alcoólicas nos enfermeiros.

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Quadro 52 – Estudos transversais sobre ingestão de bebidas alcoólicas nos enfermeiros: classificação em analítico ou descritivo, sentido do resultado, avaliação global da validade interna e externa

Referência

Tipo Resultado (+ nos enfermeiros, - nos enfermeiros, 0 sem diferenças e θθθθ inconclusivo) Validade interna Validade externa Analítico Descritivo

Brown & James (2000) X θ Baixa Moderada

Canadian Institute for Health Information (2006) X -* Moderada Elevada Edwards, Burnard, Coyle, Fothergill, & Hannigan

(2001) X θ Baixa Moderada

Flores (1999) X θ Baixa Moderada

Gomes (2005) X θ Baixa Moderada

Gunnarsdottir et al. (2004) X θ Baixa Moderada

Haughey, Kuhn, Dittmar, & Wu (1992) X θ Baixa Moderada

Hope, Kelleher, & O'Connor (1998) X θ Baixa Moderada

Smith, Ohmura, Yamagata, & Minai (2003) X θ Moderada Baixa

Yang, Yang, & Pan (2001) X θ Moderada Elevada

LEGENDA: * comparado com a população em geral (homens e mulheres)

1.2.16.3.VACINAÇÃO

Um estudo de coorte e quatro transversais abordavam a questão da vacinação nos enfermeiros (Quadro 53). De acordo com o estudo de coorte, 93,2% dos enfermeiros estavam vacinados contra a hepatite B (Smith et al., 2005).

Analisando os estudos transversais, realizados em Portugal, em enfermeiros dos cuidados de saúde primários, concluiu-se que nestes a cobertura vacinal oscilava entre os 45,6% (em 1995) e os 88,6% (em 2000). No entanto, apenas um dos estudos fornecia dados comparativos e referia uma percentagem de enfermeiros vacinados contra a hepatite B superior à verificada nos médicos e nos auxiliares.

Conclui-se, assim, não ser possível classificar o nível de evidência acerca da vacinação nos enfermeiros comparativamente com os outros profissionais dos cuidados de saúde ou com a população em geral.

Quadro 53 – Estudos sobre vacinação contra a hepatite B nos enfermeiros: classificação em coorte, transversal, analítico ou descritivo, resultado, avaliação global da validade interna e externa

Referência Tipo Resultado

(% enfermeiros vacinados)

Validade interna

Validade externa Coorte Transversal Analítico Descritivo

Smith et al. (2005) X X 93,2 Baixa Moderada

Ayranci & Kosgeroglu

(2004) X X 68,6 Moderada Moderada

Costa & Semedo

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Referência Tipo Resultado

(% enfermeiros vacinados)

Validade interna

Validade externa Coorte Transversal Analítico Descritivo

Pereira (2000) X X 74,0 Baixa Baixa

Rito (1995) X X 45,6 Baixa Moderada

LEGENDA: * superior à dos médicos e dos auxiliares

1.2.16.4.HÁBITOS TABÁGICOS

Um dos estudos de caso-controlo e 22 dos estudos transversais incluídos na RSL continham dados sobre os hábitos tabágicos dos enfermeiros (Quadro 54). O estudo de caso-controlo era inconclusivo relativamente aos hábitos tabágicos dos enfermeiros. Dos 22 estudos transversais sobre hábitos tabágicos em enfermeiros apenas 5 eram conclusivos relativamente à prevalência deste comportamento comparativamente com outros grupos.

Os resultados dos estudos conclusivos eram, contudo, inconsistentes dado que uns apresentavam maior prevalência de fumadores nos enfermeiros (García Barco & Carrascós Gómez, 1999) enquanto outro indicava exactamente o contrário (Canadian Institute for Health Information, 2006). Outro aspecto a realçar são os estudos que indicavam que os enfermeiros fumavam menos que os administrativos (Fanghanel-Salmon et al., 1997) e que os outros profissionais dos cuidados de saúde (excepto médicos) (Martinez Perez et al., 1996).

Assim, conclui-se não ser possível classificar o nível de evidência sobre hábitos tabágicos nos enfermeiros.

Quadro 54 – Estudos sobre hábitos tabágicos dos enfermeiros: classificação em caso-controlo, transversal, analítico ou descritivo, sentido do resultado, avaliação global da validade interna e externa

Referência

Tipo Resultado (+ nos

enfermeiros, - nos enfermeiros, 0 sem diferenças e θθθθ inconclusivo) Validade interna Validade externa Caso-

controlo Transversal Analítico Descritivo

Torres Lana et al (2005) X X θ Moderada Baixa

Almeida (2003) X X θ Baixa Baixa

García Barco &

Carrascós Gómez (1999) X X +* Baixa Baixa

Brown & James (2000) X X θ Baixa Moderada

Canadian Institute for Health Information (2006)

X X -** Moderada Elevada

Cato, Olson & Studet

(1989) X X θ Baixa Baixa

Costa (2006) X X θ Baixa Moderada

184 Referência

Tipo Resultado (+ nos

enfermeiros, - nos enfermeiros, 0 sem diferenças e θθθθ inconclusivo) Validade interna Validade externa Caso-

controlo Transversal Analítico Descritivo (2004)

Edwards, Burnard, Coyle, Fothergill, & Hannigan (2001)

X X θ Baixa Moderada

Fanghanel-Salmon et al.

(1997) X X -*** Moderada Moderada

Flores (1999) X X θ Baixa Moderada

Fothergill, Edwards, Hannigan, Burnard, & Coyle (2000)

X X θ Baixa Moderada

Gomes (2005) X X θ Baixa Moderada

Gunnarsdottir et al.

(2004) X X θ Baixa Moderada

Hernández & Pérez

(2005) X X -** Baixa Moderada

Hope, Kelleher,

O'Connor (1998) X X θ Baixa Moderada

Hussain, Tjeder-Burton, Campbell, & Davies (1993)

X X θ Baixa Moderada

Jaarsma et al. (2004) X X θ Baixa Baixa

Martinez Perez et al.

(1996) X X

-§§ Baixa Moderada

Smith, Ohmura, Yamagata, & Minai (2003)

X X θ Moderada Baixa

Vandenplas et al. (1995) X X θ Moderada Moderada

Yang, Yang & Pan (2001) X X θ Moderada Elevada

Zanetti et al. (1998) X X θ Baixa Baixa

LEGENDA: * percentagem de fumadores nos enfermeiros superior à do INS; ** em comparação com a população em geral; *** em comparação com os administrativos; § em comparação com os médicos; §§ em comparação com os outros profissionais dos cuidados de saúde

1.2.16.5.CONSUMO DE MEDICAMENTOS

O grupo de estudos sobre consumo de medicamentos nos enfermeiros incluía dois estudos transversais. O estudo do Canadian Institute for Health Information (2006), com validade interna moderada e externa elevada, fornecia dados comparativos indicando que os enfermeiros em media, consumiam mais medicamentos do que a população em geral.

Ainda de acordo com o mesmo estudo, a percentagem de enfermeiros do sexo masculino e feminino que tinham tomado 3 ou mais medicamentos no último mês era superior à da população em geral. O

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mesmo se verificava relativamente aos anti-depressivos, fármacos para dormir, aspirina ou outros analgésicos ou anti-inflamatórios, medicamentos para o estômago e tranquilizantes (apenas nos enfermeiros do sexo masculino).

O outro estudo transversal, descritivo era inconclusivoe apresentava validade interna moderada e validade externa elevada (Yang et al., 2001e).

Não se pode concluir acerca do grau de evidência sobre consumo de medicamentos pelos enfermeiros.

No documento S AÚDE DOS ENFERMEIROS: CONTRIBUTOS PARA A (páginas 181-185)

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