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NOÇÕES DE PROCESSO PENAL DOUGLAS VARGAS

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Sobre o tema Habeas Corpus, é correto afirmar que: (A) a concessão de habeas corpus obstará o processo em

todos os casos, até sua apreciação pelo magistrado competente.

(B) a concessão de habeas corpus em virtude de nulida

-de processual não renovará o processo.

(C) o habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, desde que com capacidade postulatória. (D) no julgamento de habeas corpus no âmbito do STF,

são observadas algumas das regras previstas para o referido instituto no CPP, vedado o estabelecimento de normas complementares no regimento interno do referido tribunal.

(E) os regimentos dos Tribunais de Apelação estabele

-cerão as normas complementares para o processo e julgamento do pedido de habeas corpus de sua com

-petência originária. Letra e.

(a) Incorreta. Art. 651. “A concessão do habeas cor

-pus não obstará, nem porá termo ao processo, desde que este não esteja em conflito com os fundamen

-tos daquela.”

(b) Incorreta. “Art. 652. Se o habeas corpus for con

-cedido em virtude de nulidade do processo, este será renovado.”

(c) Incorreta. Não há necessidade de capacidade postu

-latória. Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.

(d) Incorreta. Não há a referida vedação.

Art. 667. No processo e julgamento do habeas corpus de competência originária do Supremo Tribunal Fede

-ral, bem como nos de recurso das decisões de última ou única instância, denegatórias de habeas corpus, observar-se-á, no que Ihes for aplicável, o disposto nos artigos anteriores, devendo o regimento interno do tribunal estabelecer as regras complementares. (e) Correta. Art. 666. “Os regimentos dos Tribunais de Apelação estabelecerão as normas complementares para o processo e julgamento do pedido de habeas cor

-pus de sua competência originária.”

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Sobre o processo e julgamento de crimes de responsabi

-lidade de funcionários públicos, é correto afirmar: (A) Nos crimes de responsabilidade dos funcionários pú

-blicos, cujos processo e julgamento competirão aos juízes de direito, a queixa ou a denúncia será instru

-ída com documentos ou justificação que façam pre

-sumir a existência do delito ou com declaração fun

-damentada da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas.

(B) Nos crimes inafiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.

(C) Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, o processo deverá ser sobrestado, até que se faça saber o local no qual o acusado possa ser encontrado.

(D) Em razão de seu caráter preliminar, é vedada a jun

-tada de documentos e justificações à resposta apre

-sentada pelo acusado antes da citação.

(E) O juiz absolverá sumariamente o acusado, em despa

-cho fundamentado, se convencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da improcedência da ação.

Letra a.

(a) Correta. Art. 513, CPP: Os crimes de responsabilida

-de dos funcionários públicos, cujo processo e julgamen

-to competirão aos juízes de direi-to, a queixa ou a denún

-cia será instruída com documentos ou justificação que façam presumir a existência do delito ou com declaração fundamentada da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas.

(b) Incorreta. Tal previsão se aplica aos crimes AFIANÇÁVEIS.

(c) Incorreta. Nesse caso, deve ser nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta preliminar.

(d) Incorreta. A resposta pode sim ser instruída com do

-cumentos e justificações.

(e) Incorreta. Trata-se de caso de rejeição da denúncia ou queixa – e não de absolvição sumária.

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Sobre o tema LIBERDADE PROVISÓRIA, é correto afirmar: (A) A autoridade policial somente poderá conceder fian

-ça nos casos de infração cuja pena privativa de liber

-dade máxima não seja superior a 2 (dois) anos. (B) O CPP (Código de Processo Penal) veda, expressa

-mente, a concessão de fiança nos crimes de racismo. (C) O CPP (Código de Processo Penal) admite a conces

-são de fiança em caso de pri-são militar ou quando presentes os motivos que autorizam a decretação de prisão preventiva.

(D) É vedada a dispensa de fiança, ainda que a situação econômica do preso recomende a medida.

(E) É irrelevante, para fins de arbitramento de fiança, a natureza da infração penal praticada.

Letra b.

(a) Incorreta. Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.

(b) Correta. Art. 323. Não será concedida fiança: I – nos crimes de racismo;

(c) Incorreta. Art. 324. Não será, igualmente, conce

-dida fiança:

I – aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fian

-ça anteriormente concedida ou infringido, sem moti

-vo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 deste Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

II – em caso de prisão civil ou militar; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

IV – quando presentes os motivos que autorizam a de

-cretação da prisão preventiva (art. 312).

(d) Incorreta. § 1º Se assim recomendar a situação eco

-nômica do preso, a fiança poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

I – dispensada, na forma do art. 350 deste Código; (e) Incorreta. Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em consideração a natureza da infra

-ção, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstâncias indicativas de sua pericu

-losidade, bem como a importância provável das custas do processo, até final julgamento.

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Sobre o tema AÇÃO PENAL, é correto afirmar que: (A) Nos crimes de ação pública condicionada à repre

-sentação, no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, des

-cendente ou irmão.

(B) A representação é irretratável após o indiciamento do investigado no âmbito do IP.

(C) Qualquer pessoa do povo poderá provocar a inicia

-tiva do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação privada, fornecendo-lhe, verbalmente, infor

-mações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.

(D) Será admitida ação privada nos crimes de ação pú

-blica, caso a manifestação do Ministério Público se dê no sentido do arquivamento dos autos, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negli

-gência do querelante, retomar a ação como parte principal.

(E) No caso de morte do ofendido ou quando declara

-do ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará primeiramente aos filhos.

Letra a.

(a) Correta. Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Minis

-tro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

§ 1º No caso de morte do ofendido ou quando declara

-do ausente por decisão judicial, o direito de represen

-tação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993)

(b) Incorreta. É irretratável após o oferecimento da denúncia.

(c) Incorreta. Tal hipótese se aplica aos casos de ação penal pública, e o fornecimento de informações será re

-alizado por escrito.

(d) Incorreta. Admite-se a referida ação nos casos em que o MP perder o prazo para o oferecimento da denún

-cia ou para manifestar-se pelo arquivamento.

(e) Incorreta. Passará ao CADI (Cônjuge, Ascendentes, Descendentes e irmãos), primeiramente ao cônjuge.

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Suponha que determinada lei processual penal alterou a forma de realização de citações e intimações dos envol

-vidos em determinado processo penal. Suponha, ainda, que num total de cinco testemunhas, três já foram inti

-madas na forma da antiga lei.

Nessa situação, é correto afirmar que:

(A) A nova lei processual penal só poderá ser aplicada para a intimação das duas testemunhas restantes caso seja mais benéfica.

(B) A nova lei processual penal será aplicada desde logo, sendo necessário intimar novamente as três teste

-munhas já intimadas na forma da lei anterior. (C) A nova lei processual penal só poderá ser aplicada

para intimação das testemunhas se for mais benéfica ao acusado, devendo todas as testemunhas serem intimadas na forma da nova lei.

(D) A nova lei processual será aplicada desde logo, não sendo necessário intimar novamente as três teste

-munhas já intimadas na forma da lei anterior, sendo considerados válidos os referidos atos já praticados. (E) Nova lei processual penal não se aplica aos processos

já em andamento, em razão do princípio tempus re-git actum e do fato de que o crime em apuração foi praticado sob a vigência de outra lei.

Letra d.

(a) Incorreta. Via de regra, a aplicação de lei “mais be

-néfica” é norma aplicável às normas PENAIS, e não PRO

-CESSUAIS PENAIS.

(b) Incorreta. A nova lei de fato será aplicada, mas não há prejuízo (são considerados válidos) os atos já pratica

-dos na forma da lei anterior. (c) Incorreta. Idem assertiva A. (d) Correta. Vide assertiva B.

(e) Incorreta. A lei processual penal se aplica desde logo, a todos os processos (novos e em andamento).

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No âmbito das disposições preliminares do Código de Processo Penal, é importante verificar que há vedação à: (A) interpretação extensiva da norma processual penal. (B) suplementação dos princípios gerais do direito. (C) aplicação analógica da norma processual penal. (D) observância de tratados, convenções e regras de di

-reito internacional como ressalva para aplicação do próprio Código de Processo Penal, que deve sempre prevalecer em razão da territorialidade.

(E) aplicabilidade do código no âmbito de crimes de responsabilidade praticados pelo Presidente da República.

Letra e.

(a) Incorreta. O art. 3º do CPP admite a interpretação extensiva.

(b) Incorreta. O art. 3º do CPP admite a suplementação dos princípios gerais do direito.

(c) Incorreta. O art. 3º do CPP admite a aplicação analógica.

(d) Incorreta. O CPP, na verdade, cria ressalva justamen

-te em favor da observância de regras de direito in-terna

-cional (art. 1º, I, CPP).

(e) Correta. De fato, não se aplica o CPP no caso de cri

-mes de responsabilidade praticados pelo PR, conforme previsão do art. 1º, II, CPP.

NOÇÕES DE CRIMINOLOGIA

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