Fatores de riscos
R$ mil
2009 2008
30 de setembro 30 de junho 30 de setembro
Prefixado 3.541 5.680 24.742
Cupom cambial interno 372 876 3.733
Moeda estrangeira 1.444 6.709 13.150 IGP-M 221 154 1.231 IPCA 13.061 69.167 157.598 Renda variável 5.495 2.952 2.863 Soberanos/Eurobonds e Treasuries 15.417 34.619 71.811 Outros 25 94 2.253 Efeito correlação/diversificação (14.105) (35.176) (72.854)
VaR (Value at Risk) 25.471 85.075 204.527
Análise de sensibilidade
Como boa prática de governança de gestão de riscos, o Bradesco possui um processo contínuo de gerenciamento de seus riscos, que engloba o controle de todas as posições expostas ao risco de mercado através de medidas condizentes com as melhores práticas internacionais e o Novo Acordo de Capitais – Basiléia II. Destacamos, ainda, que as instituições financeiras possuem limites e controles de riscos e alavancagem regulamentados pelo Bacen.
Os limites de risco de mercado são propostos em Comitês específicos, avaliados pelo Comitê Executivo de Gestão de Riscos de Mercado e Liquidez e validados pelo Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital, observando os limites estabelecidos pelo Conselho de Administração, conforme as características das operações, as quais são segregadas nas seguintes carteiras:
Carteira Trading: consiste em todas as operações com instrumentos financeiros e mercadorias, inclusive derivativos, detidas com intenção de negociação ou destinadas a hedge de outros da carteira de negociação, e que não estejam sujeitas à limitação da sua negociabilidade. As operações detidas com intenção de negociação são aquelas destinadas à revenda, obtenção de benefícios dos movimentos de preços, efetivos ou esperados, ou realização de arbitragem; e Carteira Banking: operações não classificadas na Carteira Trading. Consistem nas operações
estruturais provenientes das diversas linhas de negócio da Organização e seus eventuais hedges.
O quadro a seguir demonstra a análise de sensibilidade das exposições financeiras (Carteiras Trading e Banking), conforme as determinações da Instrução CVM no 475/08 e não reflete o modo como os riscos de mercado dessas exposições são administrados no dia-a-dia da Organização, conforme informações relatadas ao longo dessa nota.
Os impactos das exposições financeiras da Carteira Banking (notadamente nos fatores taxa de juros e índices de preços) demonstrados no quadro a seguir não necessariamente representam potencial prejuízo contábil para a Organização, pelos seguintes motivos:
parte das operações de crédito que estão na Carteira Banking são financiadas por depósitos à vista e/ou poupança, os quais são “hedge natural” para eventuais oscilações de taxa de juros; para a Carteira Banking, as oscilações de taxa de juros não representam impacto material sobre
o resultado da instituição, uma vez que a intenção é manter as operações de crédito até o seu vencimento; e
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras Consolidadas
as operações com derivativos que fazem parte da Carteira Banking são destinadas a realização de hedge de operações realizadas com clientes ou para hedge dos investimentos no exterior, considerando inclusive o efeito fiscal para eventuais oscilações da taxa de câmbio.
Em 30 de setembro de 2009 - R$ mil
Fatores de riscos Carteiras Trading e Banking Cenários (1)
Definição 1 2 3
Taxa de Juros em Reais Exposições sujeitas à variação de taxas de juros prefixadas e cupom de taxas de juros (1.690) (571.399) (1.079.332) Índices de Preços
Exposições sujeitas à variação da taxa dos
cupons de índices de preços (5.751) (838.512) (1.578.912) Cupom Cambial
Exposições sujeitas à variação da taxa dos
cupons de moedas estrangeiras (45) (2.568) (5.159) Moeda Estrangeira Exposições sujeitas à variação cambial (498) (12.462) (24.924) Renda Variável Exposições sujeitas à variação do preço de ações (13.552) (338.797) (677.594) Soberanos/Eurobonds e
Treasuries
Exposições sujeitas à variação da taxa de juros
de papéis negociados no mercado internacional (1.650) (42.603) (85.989) Outros
Exposições que não se enquadraram nas
definições anteriores - (13) (26)
Total sem correlação (23.186) (1.806.354) (3.451.936)
Total com correlação (17.325) (1.706.281) (3.158.990)
(1) Valores líquidos de efeitos fiscais.
Demonstramos também a seguir, a análise de sensibilidade exclusivamente da Carteira Trading, que representa as exposições que poderão causar impactos relevantes sobre o resultado da Organização, valendo ressaltar que os resultados apresentados revelam os impactos para cada cenário numa posição estática da carteira para o dia 30.09.2009. O dinamismo do mercado faz com que essa posição se altere continuamente e não obrigatoriamente reflita a posição atual. Além disso, conforme comentado acima, temos um processo de gestão contínua do risco de mercado, que procura, constantemente, pelo dinamismo do mercado, formas de mitigar/minimizar os riscos associados, de acordo com a estratégia determinada pela Alta Administração, ou seja, em casos de sinais de deterioração de determinada posição, ações proativas são tomadas para minimização de possíveis impactos negativos, visando maximizar a relação risco retorno para a Organização.
Em 30 de setembro de 2009 - R$ mil
Fatores de riscos Carteiras Trading Cenários (1)
Definição 1 2 3
Taxa de Juros em Reais
Exposições sujeitas à variação de taxas de juros
prefixadas e cupom de taxas de juros (312) (67.407) (133.151) Índices de Preços
Exposições sujeitas à variação da taxa dos
cupons de índices de preços (699) (102.433) (200.500) Cupom Cambial
Exposições sujeitas à variação da taxa dos
cupons de moedas estrangeiras (8) (386) (771) Moeda Estrangeira Exposições sujeitas à variação cambial (498) (12.462) (24.924) Renda Variável
Exposições sujeitas à variação do preço de
ações (1.092) (27.300) (54.600)
Soberanos/Eurobonds e Treasuries
Exposições sujeitas à variação da taxa de juros
de papéis negociados no mercado internacional (1.398) (22.374) (47.696) Outros
Exposições que não se enquadraram nas
definições anteriores - (13) (26)
Total sem correlação (4.007) (232.375) (461.668)
Total com correlação (2.009) (162.444) (321.241)
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras Consolidadas
A análise de sensibilidade foi efetuada a partir dos cenários abaixo, sempre considerando que estes impactos afetariam negativamente nossas posições.
Cenário 1: com base nas informações de mercado de 30.9.2009 (BM&FBovespa, Andima, etc), foram aplicados choques de 1 ponto base para taxa de juros e 1% de variação para preços. Por exemplo: a cotação Reais/Dólar foi de R$ 1,79 e a taxa de juros prefixada de 1 ano de 9,68% a.a. Cenário 2: foram determinados choques de 25% com base no mercado de 30.9.2009. Por exemplo: a cotação Reais/Dólar foi de R$ 2,21 e a taxa de juros prefixada de 1 ano de 12,09% a.a., com as oscilações dos demais fatores de risco representando choque de 25% nas respectivas curvas ou preços.
Cenário 3: foram determinados choques de 50% com base no mercado de 30.9.2009. Por exemplo: a cotação Reais/Dólar foi de R$ 2,66 e a taxa de juros prefixada de 1 ano de 14,51% a.a., com as oscilações dos demais fatores de risco representando choque de 50% nas respectivas curvas ou preços.
Risco de liquidez
A gestão do risco de liquidez tem por objetivo controlar os diferentes descasamentos dos prazos de liquidação de direitos e obrigações da Instituição, assim como a liquidez dos instrumentos financeiros utilizados na gestão das posições financeiras.
O conhecimento e o acompanhamento desse risco são cruciais, sobretudo para habilitar a Organização a liquidar as operações em tempo hábil e de modo seguro.
No Bradesco, a administração do risco de liquidez envolve um conjunto de controles, principalmente no que diz respeito ao estabelecimento de limites técnicos, com permanente avaliação das posições assumidas e instrumentos financeiros utilizados.