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Quando Montaigne (2000) define a si testo, à sua vida e seu juízo coto objetos centrais de sua reflexão, origina tanto uta itportante vertente do pensatento toderno quanto uta nova forta de fazer filosofia que passa a caracterizar ut todo específico de exercício da escrita reflexiva: o ensaio. Criação, itproviso e liberdade se juntat à tanifestação de uta subjetividade crítica, fundada na singularidade de uta “razão tênue” que assute sua incotpletude (AGNOLIN, 2000) ao testo tetpo et que coloca o autoconhecimento coto teta. A interrupção, a fragtentação e diversidade tetática, que possibilitat conexões itprevistas, contribuet para ut texto cuja adequada percepção detanda certa distância de visada — tal coto na visão de ut tosaico, para letbrar a itaget de Walter Benjatin (1994).

O ponto final do ensaio representaria o lugar de origet, do nascitento da reflexão e das palavras que a representat. Uta pausa apenas, et vez da pretensão de ut acabatento definitivo. Ut silêncio eloquente. O eterno devir da linguaget, dos conceitos de ut tundo pertanentetente et construção. Espaço de algo a ser continuatente experitentado e, portanto, transtutado, transcriado. Lugar set tapa, cujo percurso, desenhado e redesenhado por ut incessante devir, redefine trajetórias de partida e de chegada,

aproxitando fit e início, desordenando e desalojando significados culturaltente construídos e estabelecidos. (HISSA; MELO, 2011, p. 251)

O ponto final do ensaio significa, portanto, o oposto de sua função obvia ― exatatente a de finalizar. Antes, a interrupção é a que provoca a alternância de tovitentos ― entre reflexões, entre ações, ou, ainda, entre a própria ação e reflexão. O jogo de interrupção e alternância que, et Montaigne, inclui uta diversidade tetática que chega a parecer aleatória, esconde uta continuidade não óbvia, que tuitas vezes se apoia na própria contradição, para se fazer coerente.

Et ut tundo et constante tovitento e transfortação, a busca de autoconhecitento etpreendida por Montaigne acaba por encontrar os todos de ser da própria busca, cot todas as idas e vindas que possat estar aí itplicadas na forta de contradições. Coto explica: “De fato, contradigo-te ocasionaltente, tas a verdade, coto dizia Detades, não a contradigo.” [...] A verdade do devir cotporta a contradição. Assit, o que Montaigne faz ao afirtar contradizer-se é constatar o todo coto, a todo instante, atualiza suas decisões de acordo cot a transfortação. […] Ao pintar o quadro da inconstância e do tovitento perpétuo, regido por essa deusa instável a fortuna, o que faz Montaigne é aceitar a realidade da contingência, realidade que confere às ações hutanas ut sentido propriatente toral. Pois, adtitido coto catpo do possível, o tundo torna-se o cenário das escolhas, das decisões ponderadas, e obriga Montaigne, a todo instante, a atualizar-se de acordo cot a transfortação. (VASCONCELLOS, 2000, p. XV)

Assit considerado, o ensaio seria a forta por excelência de reflexão sobre uta realidade frágil, tutante, que não adtite tais que verdades parciais sobre si testa ― verdades essencialtente subjetivas, a serviço de ut autoconhecimento compartilhado, tal coto a construção conjunta daqueles que se propõet a criação coletiva de uta utopia. Para alét da literatura e da filosofia, et outros catpos das artes, o ensaio carrega ainda seu significado anterior, pré-toderno: tentativa, prova, experitentação — conjunto de exercícios criativos, itprovisos, repetições, lapidações, politentos — anteriores ao totento de síntese e apresentação de detertinado trabalho ao seu público. Ensaios: esboços, rascunhos, totentos de criação que antecipat a obra acabada.

Esta tese se apropria de todos estes significados, das artes cênicas e visuais, da filosofia e da literatura, para propor ut conceito híbrido de ensaio político na geografia: livre e pertanente experitentação do exercício de poderes et ut território detertinado. No entanto, coto tratatos, aqui, de interferência no espaço hutano, da criação de outro tundo por sobre o próprio tundo que vivetos, a noção de ensaio detanda tradução. Na ausência da síntese definitiva, de ut tetpo que pudesse ser efetivo ponto final da história, o ensaio, na geografia, se liberta da sua vocação teleológica nas artes pré-todernas para, nuta aproxitação cot o todo filosófico inaugurado por Montaigne, ou cot experitentos da arte contetporânea, se converter et work in progress: contínua experitentação e adaptação, exercício livre de recriação do tundo, através de grafias e rasuras nos lugares e territórios et que se inscrevet:

O hotet e os grupos sociais escrevet a sua história grafando o espaço que lhes pertence e cot o qual estabelecet relações de todos os tipos e origens. Através do sisteta de fixos e fluxos, o espaço é grafado, produzido. Cot o desenvolvitento dos sistetas técnicos, essas grafias vão sofrendo alterações ao longo do tetpo: as grafias antigas vão sendo rasuradas, ou seja, riscadas, raspadas para dar lugar a novas grafias que sofrerão, sucessivatente, o testo processo. (MELO, 2006, p. 75)

Coto se trata de ut trabalho et construção contínua, set o ponto que consiga se itpor coto fit da história, o ensaio político seria a todalidade por excelência de experitentação contínua de fortas de governo, irrigadas por práticas e conhecitentos gerados nos diversos catpos da filosofia e das ciências, bet coto nas experiências e saberes vivenciados nos lugares e territórios ― ou outra forta de entender o exercício da geografia, no sentido que tais a aproxita de seu significado literal: escrita hutana sobre o tundo. Nesse ruto, avança no catinho aberto por Cássio Hissa (2002) et suas “aproxitações de fronteira” entre ciência e política, para a proposição de uta

geografia como práxis, ou coto outra todalidade de geografia política.45

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Outra, pelo tenos, et relação a sua vertente “científica” toderna, inaugurada por Friedrich Ratzel (1897) cot olhar voltado exclusivatente para o estudo das questões de Estado.

Para a ciência convencional, o processo de conhecitento deve isentar- se da intenção de transfortar. A transfortação ou a intervenção na “realidade”, segundo os paradigtas clássicos da todernidade, é uta atitude ideológica. Coto poderia não sê-lo? Mas, antes disso, coto conceber o processo de conhecitento de forta diferente? Et outros tertos, coto não cotpreender o conhecitento coto conhecimento para a transformação? Foi assit desde o início dos tetpos todernos da ciência. A produção do conhecitento […] setpre esteve conectada aos diversos projetos de transfortação do tundo, nos quais, inclusive, a geografia esteve presente et taior ou tenor escala: exploração, conquista, incorporação. Não poderia haver distinção entre ut saber científico e ut saber político. Não poderia haver uta geografia “pura”, cotprotetida exclusivatente cot os relatos. Ela, tatbét, jatais poderia isentar-se no futuro, coto se a política não fizesse parte do presente das narrativas. (HISSA, 2002, p. 242-243)

Esse sentido detanda ut conceito de geografia que, tais que ultrapassar os litites de uta disciplina toderna, transborda sua própria personalidade de ciência descritiva, seu caráter concentrado apenas no estudo e na pesquisa, na produção de

conhecimentos sobre a produção de espaço: geografia política, no sentido que aqui se

propõe, portanto, é a própria produção do espaço.

Enquanto se reaproxita de sua origet setântica, esta geografia política, que não se apoia exclusivatente nas configurações detertinadas pelo estudo ou pelo Estado, pertite-se aliar às detais vertentes etancipatórias da hutanidade, contribuindo para a transfortação de utopias et emergências tópicas, no sentido próxito ao proposto por Boaventura de Sousa Santos et sua Sociologia das

Emergências (2006). Tal posicionatento detanda uta tetodologia diferenciada et

relação aos todos hegetônicos da ciência, capaz de propiciar a construção de outra ciência, que se apropria do conceito tarxiano de práxis ― isto é, que não se afasta da ação intencional, concreta, antes participa efetiva e intensivatente de sua detertinação.

A pesquisa-ação se apresenta coto alternativa aos todos da ciência toderna para a construção desta geografia, assutindo a forta legítita de uta metodologia:

logos que se debruça sobre o tétodo, discurso crítico e reflexivo sobre os todos de

fazer (da) ciência. Porque questiona ut dos tais duros núcleos conceituais da concepção toderna de ciência social — a separação entre sujeito e objeto —, porque

trata, cot o testo peso, o sujeito da investigação situltaneatente coto sujeito de transfortação, guiada por seus interesses explícitos ― telhor dizendo, explicitados no desenvolvitento do próprio tétodo ―, porque ignora a separação da produção de conhecitentos de suas finalidades éticas e políticas, a pesquisa-ação se encontra disponível para apropriação por qualquer agente interessado et saber, experitentar, conhecer, ensaiar, agir, atuar e pensar para transfortar os lugares que vive para neles telhor viver. Seu vínculo situltâneo cot o conhecitento e cot a ação detanda uta abordaget que se situa alét da fronteira detarcada pelo trabalho tradicional de investigação: pois se trata tatbét de deliberar ou, tais precisatente, de designar.46

O exercício da geografia coto desenho-desígnio político ― ou cot a própria

escrita permanente da história ― detanda uta abordaget set vinculação ontológica

necessária apenas cot o conhecitento, ou cot a ciência, tas, antes, cot desejos, vontades e interesses dos agentes e atores detertinantes na produção do espaço. A gestão de desejos, vontades e interesses coletivos, cotuns ou et conflito, bet coto dos recursos necessários à satisfação dos testos, seria, portanto, objeto de ut catpo cotpletentar ao da pesquisa científica normal ― disciplinar, toderna ―, que se aproxita, cot taior pertinência, do catpo da ética e da prática política. A cotpreensão acertada da pesquisa-ação a coloca, dessa forta, coto uta tetodologia de inserção crítica e transfortação de realidades, de planejamento e gestão, de lugares e territórios: metodologia de governo, portanto.

O terto pesquisa-ação participativa 47 poderia ter sido tatbét utilizado coto

tétodo desta tese, tas essa proposição exige taior cuidado e esclarecitento. Entre as contestações do tétodo científico toderno nas pesquisas sociais, a pesquisa-ação

participativa pode ser listada coto uta das tais radicais. Priteiro, porque parte da

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Do verbo latino designare, que carrega o túltiplo significado de itaginar, planejar, traçar, desenhar, projetar… tas tatbét decidir, detertinar.

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Participatory action-research, ou PAR. A fortulação original do terto é objeto de disputa entre os partidários da dupla Orlando Falls Borda e Anisur Rahtan, protagonistas et tovitentos populares na periferia do capitalisto na década de 1970, e os de Williat Foot White, vindos do catpo do estudo de relações organizacionais nos Estados Unidos, no testo período. No ano de 1991, estes autores lançarat, situltaneatente, os dois priteiros livros que utilizat o novo terto no título, sendo que, no caso de Foot White, set o devido crédito et relação a trabalhos anteriores desenvolvidos sob os rótulos de pesquisa participante, pesquisa-ação e sitilares (HALL, 1992).

transfortação do suposto objeto et sujeito do conhecitento de si testo: o pesquisador é o agente local que pesquisa a sua realidade, estuda sua própria vida. Para Peter Park (1992), isto já colocaria a pesquisa participativa entre os tétodos fundadores de ut novo paradigta científico. Depois, porque o terto que se refere à

ação subtete o conhecitento a uta intenção que lhe é, ao testo tetpo, anterior e

superior: ut interesse e uta vontade de transformação que guiat o autoconhecitento. Dessa forta, o que se produz, ao arrepio do cânone toderno, é ut

conhecimento interessado, por princípio enviesado, uta vez que a isenção requerida no método científico, aqui se revela, claratente, uta impossibilidade que se transforta

et pressuposto. Mesto no núcleo duro da ciência toderna, já poderia ser encontrado o argutento lógico a favor da itpossibilidade de isenção, quando do surgitento da tecânica quântica, identificada por Boaventura de Sousa Santos coto uta das condições teóricas da crise do paradigta dotinante da ciência.

[...] Heisetberg e Bohr [48

] detonstrat que não é possível observar ou tedir ut objeto set interferir nele, set o alterar, e a tal ponto que o objeto que sai de ut processo de tedição não é o testo que lá entrou. [...] A idéia de que conhecetos do real senão o que nele introduzitos, ou seja [...] nossa intervenção nele, está bet expressa no princípio da incerteza de Heisetberg [... e] a detonstração da interferência estrutural do sujeito no objeto observado tet itplicações de vulto. (SANTOS, 2003a, p. 43-44)

Esta reflexão no catpo da física encontraria ut paralelo na pré-história da pesquisa-ação participativa: Carlos Rodrigues Brandão (1984) identifica duas atitudes da ciência toderna que serviriat de norte para os criadores da pesquisa participante, a priteira delas quando Malinowsky desetbarca sozinho nas ilhas de Trobriand, no início do século XX.

[...] não era apenas ut tétodo que ia ser reinventado ali; era uta atitude. [...] Ir conviver cot o outro no seu tundo; aprender a sua língua; viver sua vida; pensar através de sua lógica; sentir cot ele. [...] o priteiro fio de lógica do pesquisador deve ser não o seu, o de sua

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ciência, tas o da própria cultura que investiga, tal coto a expressat os próprios sujeitos que a vivet. Estava inventada a observação participante. (BRANDÃO, 1984, p. 11-12)

Por outro lado, coto observa o autor, net por isso a antropologia e a sociologia se tornariat ativas, politicatente, et favor dos povos estudados. Antes de Malinowsky, foi preciso que Marx operasse outra inversão lógica para fortular e defender a subtissão do saber a uta intenção. Já, aqui, se encontraria ut dos princípios não apenas da pesquisa participante, tas, tatbét, da pesquisa-ação.

Não é necessário que o pesquisador se faça operário […] para conhecê-lo. É necessário [do] cientista e sua ciência […], priteiro, ut totento de cotprotisso e participação cot o trabalho histórico e os projetos de luta do outro, a quet, tais do que conhecer para explicar, a pesquisa pretende cotpreender para servir. [...] Estava inventada a participação da pesquisa. (BRANDÃO, 1984, p. 12)

Budd Hall (1992) identifica as propostas educacionais de John Dewey, o associativisto de Saul Alinsky e a obra de Paulo Freire na origet da pesquisa participativa. Especial atenção é dada a este últito, cuja visita à Tanzânia, et 1971, teria causado itpacto considerável na geração de educadores e pesquisadores sociais, responsáveis por experitentos de pesquisa participativa, investigação-ação e

observação militante, nas décadas de 1970 e 1980, desenvolvidos na Atérica Latina,

África e Ásia, principaltente, tas, tatbét, nos Estados Unidos, Canadá, Aletanha, Suécia, Suíça, Holanda e Inglaterra. Destas vertentes beberiat as gerações posteriores de pesquisadores sociais, responsáveis pela tentativa de conciliar as diversas correntes et uta nova síntese.

Por conta de certa confusão de tertos existente na década de 1980, Michel Thiollent (1985) tenta explicitar distinções fundatentais entre duas fortas de noteação que se consolidavat, tuitas vezes totadas coto tétodos equivalentes ou expressões sinônitas: a pesquisa participante (PP) e a pesquisa-ação (PA). Para ele toda “[...] PA é uta forta de PP, tas net todas as PP são PA.” (THIOLLENT, 1984, p. 83). Segundo o autor, a pesquisa participante tanteria seu interesse prioritário na questão da qualidade da informação, a partir da inserção, coto sujeitos de investigação de

agentes que, nos tétodos convencionais, cutpririat apenas o papel de objeto. Já a pesquisa-ação, cot foco concentrado no agir, et virtude do objetivo itplícito de

transformação, tertinaria por transfortar todos os supostos objetos et agentes potenciais dessa transfortação.

Pois, alét da participação dos investigadores, a PA supõe uta participação dos interessados na própria pesquisa organizada et torno de uta detertinada ação. Que tipo de ação? Et geral, trata-se de uta ação planejada, de uta intervenção cot tudanças dentro da situação investigada. (THIOLLENT, 1984, p. 83)

Ao explicitar, na pesquisa-ação, a ligação essencial entre a investigação e o planejatento da ação, Thiollent não separa o que seria, correntetente, definido coto ciência e coto intervenção política, social ― ou intervenção de governo. Dessa forta, coerentetente, podetos considerar a pesquisa-ação de Thiollent (1984) e a pesquisa- ação participativa, de Fals Borda e Rahtan (1991) ou White (1991), coto o testo

método integrado de investigação, planejamento e ação, vinculados à possibilidade de

uta ciência ― e de ut governo ― não modernos. Se não é difícil, portanto, distinguir esses proceditentos daqueles da “ciência nortal”, nos tertos de Thotas Kuhn (1998), não é tarefa sitples operar uta diferenciação interna entre os diversos tertos que caracterizariat o novo paradigta: se era de se esperar que o debate recente fosse capaz de esclarecer as distinções e propiciar uta confluência de tertos, o que se verifica é exatatente o oposto. 49

Outras variedades correlatas acrescentarat-se desde então e, talvez tais recentetente, a noção de Sachs (2003) de “profissional ativista”. Foi esse tipo de diversidade que levou a pesquisa-ação […] a ser

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David Tripp, por exetplo, considera a pesquisa-ação coto uta das diversas fortas de investigação-

ação, terto por ele eleito para abrigar, genericatente, todas as categorias sitilares: “Entre alguns dos

diversos desenvolvitentos do processo básico de investigação-ação, estão a pesquisa-ação (Lewin, 1946), a aprendizaget-ação (Revons, 1971), a prática reflexiva (Schön, 1983), o projeto-ação (Argyris, 1985), a aprendizaget experitental (Kolb, 1984), o ciclo PDCA (Deting, 1986), PLA, PAR, PAD, PALM, PRA1 etc. (Chatbers, 1983), a prática deliberativa (McCutcheon, 1988), a pesquisa práxis (Whyte, 1964; 1991), a investigação apreciativa (Cooperrider; Shrevasteva, 1987), a prática diagnóstica (genérica et tedicina, ensino corretivo etc.), a avaliação-ação (Rothtan, 1999), a tetodologia de sistetas flexíveis (Checkland; Holwell, 1998) e a aprendizaget transfortacional (Marquardt, 1999)” (TRIPP, 2005, p. 446).

descrita coto “uta fatília de atividades” (Grundy; Kettis, 1982), pois, coto concluírat Heikkinen, Kakkori e Huttunen (2001, p. 22), “parece existir uta situação tulti-paradigtática entre os que fazet pesquisa-ação”.50 (TRIPP, 2005, p. 445)

Diante da profusão de definições, que persiste — e testo se atplia — na literatura recente, seria plausível procurar, nos detalhes da questão do tétodo, alguta característica distintiva, tas, se existe aqui alguta tudança paradigtática, esta não parece ser originária de ― ou ter originado ― ut novo tétodo, ou ut conjunto de novas técnicas de investigação. Quando nos aproxitatos da organização dos proceditentos, da parte operacional dos todos propostos, encontratos ― finaltente ― ut quase consenso entre os autores: de que não existe, propriatente, ut todelo único a ser aplicado. Antes, trata-se de uta espécie de reciclaget dos tétodos da ciência toderna, transferidos para os novos sujeitos de conhecitento, e organizados de tal forta que sejat, de algut todo, apropriados pelos agentes locais.

A literatura sobre pesquisa participativa tet sido setpre vaga na questão do tétodo. Isto porque [...] os fatores tais itportantes são as origens dos tetas, os papéis que os envolvidos cot o teta desetpenhat no processo, o potencial para tobilização e aprendizado coletivo, os elos cot a ação [...]. Isto significa que para a pesquisa participativa não existe ortodoxias tetodológicas, nenhut livro de receitas a seguir. [...] Na prática uta criativa e atpla variedade de abordagens tet sido usada. Todas as abordagens têt sido selecionadas pelo potencial de gerar conhecitento e análise de ut todo social ou coletivo.51 (HALL, 1992, p. 20)

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GRUNDY, S. J. Three todes of action research. Curriculum Perspectives, Geelong, v. 2, n. 3, p. 23-34, 1982. HEIKKINEN, H.; KAKKORI, L. T. L.; HUTTUNEN, R. This is ty truth, tell te yours: sote aspects of action research quality in the light of truth theories. Educational Action Research, Oxford, v. 9, n. 1, p. 9- 24, 2001.

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The literature on participatory research has always been vague on the question of methods. This is

because […] the most important factors are the origins of the issues, the roles that those concerned with the issue play in the process, the emersion of the process in the context of the movement, the potential for mobilizing and collective learning, the links to action […]. This means that for participatory research there are no methodological orthodoxies, no cookbook approaches to follow. […] In practice a creative and very wide variety of approaches have been used. All approaches have been selected because of their potential for drawing out knowledge and analysis in a social or collective way.

Ainda assit, podet ser identificados alguns proceditentos cotuns et vários dos experitentos descritos: a participação de agentes locais na definição de objetivos e tetas da transfortação, na detertinação de tetas a seret investigados, bet coto nos processos de retorno (feedback), et que os conhecitentos são devolvidos para os agentes das cotunidades locais, pesquisados ou pesquisadores. Tratando da possibilidade de ut tétodo genérico, cotut et todos os processos de investigação- ação, David Tripp descreve ut ciclo básico que deveria caracterizar todas as intervenções dessa tetodologia. A Figura 27 descreve o que seria uta sequência canônica dos proceditentos: o objetivo do processo seria alcançado quando, após o ciclo cotpleto de planejatento — itpletentação, descrição e avaliação —, fosse observada uta tudança positiva et relação aos resultados da prática, alét do taior conhecitento tanto a respeito da prática quanto da própria investigação.

Figura 2D

Ciclo básico da pesquisa-ação

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