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O acompanhamento dos conselheiros junto a crianças e adolescentes em situação de

2 A ATUAÇÃO DO CONSELHO TUTELAR DO MUNICÍPIO DE IJUÍ/RS NO

2.2 O acompanhamento dos conselheiros junto a crianças e adolescentes em situação de

Para entender como se dá o acompanhamento do Conselho Tutelar do Município de Ijuí/ RS, realizei uma entrevista com a conselheira que estava na direção do conselho tutelar no ano de 2013.

Segundo a mesma, o acompanhamento se inicia no momento em que o conselho tutelar recebe uma denúncia, ou toma conhecimento de uma violação ou ameaça de violação dos direitos de criança e ou adolescente. Essa comunicação pode ser feita através de ligação telefônica, no telefone do Plantão, por ofícios vindos de outros órgãos, denuncias realizada pessoalmente pela vítima, através de bilhete anônimo ou através do Disque 100 da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

Segundo a conselheira, é muito importante que ao fazer a denúncia, o denunciante, coloque os dados da vítima, qual é a violência que a mesma está sofrendo e ou sofreu ou até mesmo está na iminência de sofrer, seu nome, sua idade, seu endereço, o nome de seu agressor e ainda se possível a grau de parentesco entre ambos. Porém, se nada disso for possível, esclarece-se ao público que, apenas a denúncia já basta, pois o conselheiro tendo essa denúncia em mãos irá atrás da verdade, o que não podemos é no omitirmos.

Ao receberem uma comunicação de violação ou ameaça de direitos da criança e/ou do adolescente, o conselheiro tutelar que se encontra de sobreaviso (plantão), deve agir

imediatamente, indo até o endereço ou local para verificar a veracidade dos fatos, sejam eles em residência, local público ou privado, ambientes abertos, eventos. Em casos mais complexos, o conselheiro pode requisitar aos órgãos municipais competentes, a presença de um técnico (médico, psicólogo, assistente social) para acompanhá-lo na realização do atendimento. E, caso haja denúncia de que menores são encontrados em casas noturnas ou em casas de jogos, por exemplo, deve o conselheiro comunicar imediatamente à delegacia de polícia, e ao Ministério Público, para só então tomar par da situação.

Chegando ao local, nos fala a conselheira Luciana, o conselheiro busca informações que permitam a identificação da vítima, criança ou adolescente a qual sofreu a violação, ou que está prestes a sofrer. Identificam a criança ou adolescente vítima e o possível violador/ agressor e imediatamente procuram conversar com os responsáveis dessa criança ou desse adolescente.

Segundo desabafo da conselheira, quando alguém faz uma denúncia ao conselho tutelar, espera que sua atuação seja a mais rápida e eficiente possível, essa é a mesma expectativa do conselheiro que recebe o caso. No entanto, “é fundamental que o conselheiro tenha certeza do que esta buscando, e faça uma análise criteriosa de cada caso, tomando assim as devidas providências administrativas e técnicas para o fato” (CONANDA).

Deve o conselheiro, atentar para a especificidade de cada caso, com olhar atento sobre a diversidade existente entre as pessoas, sendo que, cada criança e ou adolescente e sua família que demandam ajuda do conselho tutelar são únicas, peculiares e especiais, devendo ser atendidas e respeitadas nas suas particularidades.

O conselheiro chega até o local e se apresenta comunicando o motivo dele estar ali. Então senta e conversa com a família, acalma os ânimos mais exaltados, solicita às vezes que pessoas se retirem para conversar clara e calmamente com a vítima.

Caso a violência ocorra dentro de casa, o que acontece na maioria das vezes, e sendo a violência relatada pela própria vítima, o conselheiro ouve a criança e ou o adolescente, deixa a mesma contar sua história, sem interrompê-la, sem fazer perguntas, sem manifestar sua opinião, e seus valores, assumindo uma postura acolhedora, e procura sempre lembrar que a vítima está completamente fragilizada, desconfiada e desamparada.

Após, a vítima, criança ou adolescente, ou uma terceira pessoa expor o acontecido, o conselheiro fará uma orientação, aconselhará, ou encaminhará a vítima para uma melhor solução do problema. Podendo requisitar serviços, aplicar medidas de proteção ou encaminhar crianças e adolescentes a seus responsáveis, a serviços e ou órgãos competentes.

O conselheiro observa a faixa etária da vítima, seu gênero, raça/etnia, sexualidade presença de necessidades especiais ou não. Observa a movimentação das pessoas, a relação entre os familiares, tenta buscar o maior numero de informações possíveis de todos os moradores da residência, preenchendo o documento de visita e fazendo o responsável assinar.

Porém, todos os conselheiros estão cientes de que em momento algum a cor, a sexualidade, o poder sócio econômico, a orientação sexual ou presença de deficiência, pode interferir num bom atendimento, apenas a orientação de ser criança ou adolescente é que determina a busca pelos direitos violados.

Caso seja declarada a situação de violência, dependendo qual a sua origem (tipo de violência) e verificada as hipóteses previstas no Art. 98 do ECA, “ direitos ameaçados ou violados” os conselheiros já aplicam as medidas pertinentes, que estão explicitadas no Art. 101 e 129 do ECA, tanto aos pais quanto para os filhos.

Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:

I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;

III - matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental;

IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente;

V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;

VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;

VII - abrigo em entidade;

VIII - colocação em família substituta.

Parágrafo único. O abrigo é medida provisória e excepcional, utilizável como forma de transição para a colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade.

VII - acolhimento institucional;

IX - colocação em família substituta.

Tudo documentalmente preenchido, pois há os documentos específicos para isso e logo após é assinado pelo conselheiro tutelar, pelo responsável, a criança e ou o adolescente. E também é aplicado o art. 129 ECA

Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:

I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;

III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar;

VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado; VII - advertência;

VIII - perda da guarda; IX - destituição da tutela;

X - suspensão ou destituição do poder familiar.

Exemplo disso é se houver violência física, discussão familiar, uso de drogas, violência doméstica, violência psicológica, negligencia em questões de saúde o encaminhamento se faz para a área da saúde e Coordenadoria da Mulher e é realizado atendimento psicossocial.

Quando envolver crime, o encaminhamento/acompanhamento ocorre na Delegacia de Polícia, sendo o fato registrado através de Boletim de Ocorrência. Se o fato puder ser tratado apenas na esfera Jurídica a família é encaminhada para a Defensoria Pública e ao Judiciário, e havendo necessidade de maiores esclarecimentos, o Conselho Tutelar envia o relatório do referido caso.

O conselheiro deve ter consigo o máximo de informação possível a respeito do fato acontecido. Segundo manual do usuário, PROCERGS (Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul),

O conselheiro deve considerar no momento do atendimento, os diversos aspectos da realidade de vida da criança e do adolescente e de sua família, conhecer as limitações institucionais das vitimas e, construir junto com os envolvidos no fato, uma reflexão critica sobre seus direitos, inseridos numa determinada realidade social, o grau de afetividade existente entre as partes, situação de moradia, situação escolar e de ocupação/trabalho, especificação do agente violado.

Isso tudo quando se tem essa oportunidade, embora, esses momentos sejam raros, pois na grande maioria das vezes, só o que é possível fazer, no momento do atendimento é encaminhar o mais rápido possível a vitima para um atendimento especializado, seja com médico, com psicólogos, com pediatra etc.

O conselheiro tutelar, para realizar um rápido diagnóstico da violação sofrida pela parte, dispõe do sistema do SIPIA, (Sistema de Informação Para Infância e Juventude) onde está descrito todos os atendimentos que foram realizados e a evolução de cada caso. Esses dados podem ser consultados nos relatórios do banco central do conselho tutelar de cada município, ou no banco de dados do Ministério Público, podendo ser referentes a fatos conclusos ou a fatos ainda em andamento, abertos. Contém nesses relatórios: O perfil da criança, perfil da violação, situação da retaguarda, controle de execução, relatórios gerenciais.

Cabe aos conselheiros tutelares, ficarem atentos, e verificar constantemente, se os responsáveis estão cumprindo com sua obrigação inerente ao pátrio poder e se as crianças e os adolescentes estão cumprindo com as suas únicas obrigações que é frequentar a escola.

Devem os conselheiros verificar constantemente, se os pais estão olhando ou estão colocando seus filhos em situação de risco e os estão negligenciando. O conselheiro deve realizar visita e aplicar a medida protetiva cabível ao caso, levando em consideração os atendimentos existentes, a problemática da família, os problemas sociais e buscando a rede de proteção. Para que esse acompanhamento ocorra, os conselheiros têm escalas de visitações periódicas às famílias.

O conselho tutelar deve primar para manter a criança e o adolescente em sua família natural, ou seja, com seus pais, avós em sentido ascendente e descendente. Porém, quando se percebe que isso trará mais prejuízos do que ganhos a eles, as crianças, é necessário procurar parentes próximos, até mesmo padrinhos e vizinhos que tenham relação próxima, afinidade e que desejem protegê-los até a família natural se reorganizar.

A essa família chamamos de Família Extensiva, conforme o que nos diz o ECA. Quando o conselho tutelar avalia que é melhor permanecer nesta família, comunicam ao Centro Referencia em Assistência Social para atendimento e se foi entregue o Termo de Responsabilidade, comunica-se a Vara da Infância e Juventude, Fórum.

Em último caso, quando se diagnostica que a família biológica não terá mais possibilidades de cuidar dessa criança e ou adolescente, o mesmo é transferido para uma Família Substituta, ou seja, para um Acolhimento Institucional, onde a criança é levada a Casa de Passagem do município, sendo atendida/recebida por um casal que é responsável pelas suas necessidades/cuidados e por uma assistente social que faz as primeiras conversas socialização. Se no período de vinte dias não houver condições de retorno à família, a criança ou adolescente é encaminhado a um dos Lares que abriga crianças da cidade e da região.

Para definir sem medo de errar qual medida protetiva será mais bem aplicada, o conselheiro tutelar se socorre às redes de serviços sociais existentes no município de Ijuí/RS, sendo que “durante o acompanhamento de cada fato, as medidas de proteção podem ser mudadas, excluídas ou alteradas” (BRASIL, 1990, art. 99).

Muitos dos atendimentos realizados quando as pessoas apenas buscam simples esclarecimentos, seja em momentos em que os conselheiros estão de sobre aviso (plantão), ou expediente normal é que geram novos acompanhamentos, sejam eles realizados no horário que for. Durante o dia são atendidas inúmeras pessoas, que buscam auxílio/ajuda, que buscam saber seus direitos, e até mesmo apenas para conversar, desabafar.

Quando chega denuncia o conselheiro que está atendendo informa ao conselheiro que está no sobreaviso para que vá até o local avaliar se a mesma é verdadeira, qual a real dimensão do fato ocorrido para assim, dar início ao acompanhamento.

Depois de todo o atendimento no local do fato, ao chegar ao Conselho o conselheiro que estava de sobreaviso deve montar uma pasta com a documentação existente no nome da mãe da criança e do adolescente atendido, pois o sistema informatizado é cadastrado no nome da mãe, para não haver erro. A partir disso procura-se informar, através de ofício, os órgãos pertinentes e marca-se na agenda uma próxima visita. É preciso encaminhar também sobre a situação dos pais, dos responsáveis, que não estão conseguindo manter a organização familiar na medida em não que conseguem educar e cuidar dos filhos com dignidade.

Segundo a coordenadora, não raramente quando se chega a um lar, a uma família, o que mais se encontra são famílias completamente desestruturadas, precisando urgentemente de

atenção e cuidados, precisando de orientação. É um lar onde falta quase tudo. Há a falta de higiene, falta de carinho, falta de regras, falta de perspectivas e não raramente falta de alimentos básicos. Também se tem que lidar com o alcoolismo, o uso de drogas, a prostituição, o abandono dos estudos o desrespeito mútuo de pai p/filho, e de filho p/pai, a ausência da mãe por muitos motivos. Há também a questão social, que dificulta a reestruturação familiar, como a vulnerabilidade social, desemprego, falta tanto na qualidade quanto na quantidade de políticas públicas que alcancem as famílias e a cultura do descaso, onde as pessoas não buscam mudar sua situação de vida, seja por causa do assistencialismo ou pela cultura que cultivam, agravando ainda mais a atual situação.

Sempre que pertinente, o conselheiro tutelar que acompanha o caso, deve elaborar pareceres, conclusivos ou não, para desenvolver um atendimento contínuo, e deixar assim todos os conselheiros a par da real situação da vítima.

O acompanhamento é realizado através de visitação periódica à residência da vítima, por meio de entrevistas e ou trabalho em grupo. O conselheiro também é um pouco de mediador em determinados casos, tentando assim amenizar os nervos que muitas vezes se encontram muito alterados.

Cada conselheiro tem seu dia de visita, onde o carro fica a disposição para realizar atendimento às famílias já cadastradas, enquanto outro faz os atendimentos ao público, o outro permanece de sobreaviso, caso tenha alguma denúncia. Nunca, em hipótese alguma o conselho tutelar fica com o celular desligado, seja em fins de semana ou feriados, sempre tem uma pessoa de plantão, ocorrendo um revezamento. Os demais nesse momento revisam seus ofícios, organizam as visitas, auxiliam no atendimento, recebem as famílias que forram notificadas para estarem na sede do Conselho Tutelar para esclarecimentos de casos ou uma simples conversa.

Diariamente chegam pedidos de visitas por parte do Ministério Público, do Fórum, dos órgãos públicos, requerendo a atual situação de determinada família, se houveram mudanças e se as medidas foram cumpridas. Se as mudanças aconteceram e não há mais situação de risco, a ordem é arquivar o caso. No conselho tutelar só é retirada a pasta com as anotações das ocorrências quando o adolescente completa dezoito anos, mas se há mais crianças ou

adolescentes na família, a pasta permanece. Os adolescentes que completam dezoito anos e que possuem filhos também são acompanhados, sendo feita uma nova pasta.

O trabalho do conselho tutelar, realizado através de seus conselheiros, deve ser realizado em conjunto com a rede de proteção que periodicamente se reúne para discussão de casos e possíveis encaminhamentos ou com MP e Fórum, quando há necessidade de determinação judicial para algumas providencias. Um exemplo é o da internação compulsória, onde o adolescente necessita de auxílio da saúde para desintoxicar devido ao uso de drogas, sejam lícitas ou ilícitas. Para isso é necessário o aparato legal e da saúde, para efetuar a internação hospitalar e posteriormente a internação em Fazenda Terapêutica para tratamento.

O trabalho é bastante dinâmico e turbulento em alguns momentos, em outros é bem triste porque é difícil, segundo a conselheira tutelar, “você ver uma criança ou um adolescente, vítima de maus tratos, em condições de má alimentação e negligencia, ou em situações estremas de violência, quando são machucados, quando estão feridos, no físico e no emocional, quando há violência sexual, onde o trauma psicológico é sempre imenso, é muito triste”. É muito triste, chega a dar medo de imaginar para onde estamos nos direcionando como sociedade, quando ficamos sabendo que há indivíduos, pequenos indivíduos, sofrendo as dores de um abandono, de uma negligência, quando deveriam estar no colo, nos braços de seus familiares protegidos com muito amor, devido sua pouca idade, e sua imensa inocência.

Dou-me no direito de escrever uma frase que um dia li num filme, para completar o desabafo da conselheira: “É fácil falar quando não é sua casa. É fácil falar quando não é sua vida. O lugar onde você dorme. Mas quando a culpa é sua. Não deveria ser fácil dormir a noite” (THE EAST, 2013). E a culpa é nossa quando não denunciamos, quando nos omitimos.

Diante de todos os casos sempre se busca realizar reuniões e atividades/eventos para tratar mais especificadamente cada assunto. Sendo uma das importantes formas de discutir a prevenção, a melhora nos atendimentos, discutir o recurso disponível ou até mesmo a melhora das políticas públicas ou transformar as políticas públicas em políticas mais eficientes e eficazes.

Quando ocorrem as reuniões do COMDICA, (Conselho Municipal da Criança e do Adolescente), da Coordenadoria da Mulher, do Fórum Permanente da Mulher, FUNDEB, e

demais setores da administração pública, há a representação/participação do Conselho Tutelar, através de seus conselheiros, momento em que expõe fatos, experiência, troca informação, esclarece dúvidas. São realizadas essas reuniões para discussão de casos específicos e pela luta na busca de melhores políticas públicas que venham em defesa da família, da mulher e das crianças e adolescentes.

Os conselheiros tutelares também mantém uma parceria com as escolas públicas e privadas para realizarem visitas e poderem conversar com os alunos, buscando divulgar o trabalho do Conselho, suas funções, modo de se chegar até o mesmo e trabalhar no sentido de Prevenção da Violência, relatando casos, e informando as medidas que são tomadas, caso a caso, sempre atentos às necessidades e dúvidas do público em questão.

Segundo Alberton (2005, p. 167), existe um roteiro a ser seguido pelo Conselheiro Tutelar a fim de promover segurança e proteção às crianças e aos adolescentes vitimados e assegurar a efetivação de seus direitos, diante de uma situação de violência, são eles:

1º ACOLHER A DENÚNCIA: Mesmo quando o denunciado quer se manter no anonimato.

2º AVERIGUAR: Em tantos quantos lugares for possível, escola, creche, em visitas domiciliar, na busca da verdade.

3º ENCAMINHAR a C/A: Para uma avaliação, seja ela psicológica ou com exames clínicos, toda vez que se desconfiar que ouça uma violação dos direitos.

4º ENCAMINHAR: A vítima de violência para uma avaliação clinica e atendimento de emergência.

5° ORIENTAR: Pessoas da família e ou da comunidade par registrar um BO. Caso os responsáveis, com objetivo de proteger o nome ou por negligência se recusar a denunciar, deve-se encaminhar a notícia do fato ao Ministério Público, nomeando um curador para assegurar os direitos lesados. Porém, caso o conselho percebe que a família não tomará as medidas cabíveis, cabe a ele, Conselho Tutelar, assumir a frente, para assegurar a devida proteção.

6º SOLICITAR: O afastamento do agressor do mesmo ambiente da vítima.

7º ABRIGAR: Crianças e adolescentes em casas de parentes, caso não seja possível, em entidades, sempre que não houver a certeza de sua segurança junto a seus familiares.

8º ENCAMINHAR: As vítimas, mediante medida protetiva, para serviços especializados, fazendo com isso que ocorra um rompimento no ciclo de violência. 9º NOTIFICAR: O crime ao Ministério Público, com presteza.

10º REPRESENTAR: Ao juiz da infância e juventude, os pais/responsáveis negligentes e ou agressores.

11º APLICAR MEDIDAS DE PROTEÇÃO: Mediante documento escrito, com assinatura de pelo menos três conselheiros, sempre que houver violação de direitos. 12º ACOMPANHAR: O caso até seu final.

O conselheiro conforme se percebeu, está capacitado para acolher corretamente sua clientela e tomar as medidas necessárias para fazer cessar os maus tratos, portanto, é só a população denunciar essa violência, o resto fica por conta da justiça.

Também são realizados eventos para dialogar sobre temáticas mais complexas e que precisam de providências urgentes ou demandas que devem ser discutidas para melhor atendimento. Durante o ano de 2013 foi realizado pela primeira vez em Ijuí/RS pelo conselho tutelar, um encontro sobre as questões indígenas em comemoração ao dia do conselheiro tutelar no dia dezoito de novembro.

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