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4. Mídia: espaço de domesticação dos corpos

4.5 O acontecimento discursivo “desenvolvimento sustentável” enquanto narrativa do

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Faremos neste instante, a partir da proposta desenvolvida por Guilhaumou, que descreve como se deu a descrição linguística do acontecimento acerca do evento da morte de Jean-Paul Marat. Considerado representando do povo, Marat foi assassinado por Charlotte Corday, em 13 de julho, no final da tarde. O fato provocou um sentimento coletivo de aflição, revolta, desejo de terror, enfim, o acontecimento adquiriu um movimento incontrolável no corpo social daquele já turbulento período histórico francês, incitado pela Revolução francesa, aos 14 de julho de 1789. A partir dessa “repercussão” que o acontecimento provocou, a grande maioria da imprensa de Paris ocupou-se de desenrolar a pomba fúnebre. A abordagem desse acontecimento se dá numa proposta da narrativa do acontecimento, mostrando que o desenrolar da pomba fúnebre permite reconstituir o andamento discursivo na direção à dinâmica do acontecimento6.

A narrativa do acontecimento, na perspectiva do teórico, visa apresentar o percurso de um acontecimento, levando em consideração, simultaneamente, a lógica sequencial do acontecimento e sua dimensão configurante, acrescentando que o acontecimento é algo que participa de uma ação universalizante, isto é, em um acontecimento em que possui algo do relato coletivo, que é descrito em sua sequencialidade e que está em eterno retorno, não esgotando, portanto, o movimento de interpretação sobre o acontecimento. Dessa forma, a narrativa do acontecimento descreve o acontecimento discursivo como algo que se torna comum à coletividade, que pode ser apreendido em sua manifestação arquivista e podendo também ser apreendido na(s) materialidade(s) do(s) arquivo(s). Todavia, nesta apreensão, o acontecimento é tomado sempre na sua inesgotabilidade semântica.

Pensando no acontecimento discursivo “desenvolvimento sustentável”, faremos descrição linguística desse acontecimento no sentido de apresentar como o andamento discursivo da fórmula expressa a dinâmica desse acontecimento – evidenciando, contudo, o recorte temporal que estabelecemos à nossa análise. Ou seja, mostraremos como a fórmula, enquanto um acontecimento discursivo que se deu no evento promovido em razão de aliar preservação e desenvolvimento econômico, Rio 92 (ECO- 92), continua a produzir um movimento narrativo coletivo, dando à fórmula sentidos que podem ser recuperados no interior do arquivo. Logo, com essa abordagem, há a

6 Para mais detalhes que cercam essa análise do acontecimento da morte de Marat, conferir a obra Linguística e história. São Carlos, SP: Pedro e João Editores, 2009, tradução organizada por Roberto Leiser Baronas, assinada por este mesmo autor francês, Jacques Guilhaumou.

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possibilidade de buscar nos arquivos do passado, pois o acontecimento sob a ótica da narrativa do acontecimento “permanece perpetuamente reinterpretável juridicamente e, consequentemente, atual seu próprio sentido.” (Guilhaumou, 2009, p.151)

Da fórmula “desenvolvimento sustentável”, podemos asseverar que, a partir do evento sediado no Rio de Janeiro, passou-se a efetivar um acontecimento institucional, pois a descrição e a discussão que se sucederam ao decorrer do evento geraram discursos que partiram de “autoridades”, ecologistas, legisladores, professores e outros do meio acadêmico-científico etc. Isto é, o acontecimento foi dado como verdade, produzindo, inclusive, saberes sobre o que eram ou não a verdade absoluta e o sentido real sobre desenvolvimento sustentável, devido à fala de pessoas “autorizadas” a enunciar sobre esses discursos. Os discursos propagados foram postos a circular num acontecimento narrado do ponto de vista dos locutores-jornalistas, que debulharam as nuanças dos discursos ocorridos e deram ao acontecimento o que Guilhaumou chama de “efeito de autoridade”. No entanto, Guilhaumou afirma que as narrativas que são postas em circulação sobre o acontecimento discursivo “Morte de Marat” é cercado de julgamentos e avaliações polêmicas, algo que se assemelha, podemos dizer, com a fórmula “desenvolvimento sustentável”. Podemos vislumbrar a fórmula sendo posta em narrativas, na sua grande totalidade nas falas desses mesmos sujeitos, isto é, quase nunca há, por exemplo, um ribeirinho7, empregando o sintagma. Isso pôde ser observado em nosso corpus. Há a utilização da sequência, por jornalistas, professores, economistas, secretários de governo, Ongs, mas em momento algum um pescador/ribeirinho ou uma dona de casa.

PETRÓLEO

A Gazeta, ed.6.565, 10/11/2009

A Petrobras apresenta amanham, em Cuiabá, as ações estratégicas do Programa Petrobras Ambiental, que inclui patrocínio a projetos, fortalecidos das organizações ambientais ligadas ao desenvolvimento sustentável. A idéia é esclarecer sobre o roteiro de elaboração de projetos ambientais adotados pela Petrobras. Mas será interessante falar dos sistemas de segurança para não poluir os oceanos.

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Energia renovável é discutida A Gazeta, ed.6.899, 21/10/2010

Gilberto Goellner (DEM) participou na terça-feira (19) em São Paulo de evento promovido pela Câmara Americana de Comercio de São Paulo, uma das entidades mais procuradas por investimento de todo o Mundo em busca de alternativa para aplicações de recursos.

Oportunidades no Brasil e em Mato Grosso, sob o prisma e a ótica das políticas sustentáveis, que aliam o desenvolvimento com a preservação ambiental como meta numero 1.

Goellner avalia que o agronegócio em Mato Grosso e no Brasil esta sustentável, ou seja, pouco o quase nada de novo áreas são abertas para novos plantios e a tendência é de se utilizar áreas são abertas e hoje estão abandonadas para o plantio. “Tanto é que 64% da área total de MT estão preservadas”.

Outro aspecto que Guilhaumou (2009) apresenta sobre o acontecimento “Morte de Marat” é o da descrição que se faz do acontecimento enquanto efeito de objetividade. Este movimento é feito como um processo-espetáculo, em que são narrados os fatos do cortejo inicial fúnebre, numa atmosfera espetacularizada, seguindo numa tonalidade de comentário, realizado por sequências metadiscursivas.

Com isso, queremos afirmar que a fórmula “desenvolvimento sustentável” se configura no que Guilhaumou chama de narrativa do acontecimento. O exemplo que ele utiliza para explicar o conceito, o acontecimento “Morte Marat”, nos faz refletir acerca da fórmula em análise, pois acreditamos que o acontecimento discursivo que ela engendrou atende aos passos de descrição do acontecimento, na perspectiva empreendida por Guilhaumou, enquanto algo institucional, objetivo, com tonalidade de comentário e asserções metadiscursivas. Queremos dizer com isso é que a fórmula “desenvolvimento sustentável”, enquanto acontecimento narrativo, assume o caráter de acontecimentalização discursiva.

88 Considerações finais

“Imensa onda verde invade MT neste final de semana”. Assim começou o jornal da rede mato-grossense de televisão, MTTV, 1a edição, neste sábado 4/6/2011, vésperas do dia Internacional do Meio Ambiente. A emissora realizou no decorrer da semana uma série de reportagens do Projeto Eco em parceria com a tevê Morena de Mato Grosso do Sul, que tem como objetivo mostrar como nos dois estados, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são desenvolvidos trabalhos que primam pelo desenvolvimento sustentável.

“Primeira Copa do Mundo Carbono Neutro”, fala do Presidente da Agecopa 2014, de Mato Grosso, Éder Moraes. Segundo ele, este estado será o primeiro do mundo a desenvolver um projeto de não emissão de gases poluentes na construção de estádios de futebol. Para garantir a efetivação do projeto serão responsáveis diretos os ribeirinhos das três principais bacias fluviais do estado, os rios Cuiabá, Paraguai e São Lourenço. A inclusão dos ribeirinhos é no plantio de mais de um milhão de mudas de árvores às margens desses rios. Segundo Moraes, uma forma de promover a sustentabilidade ambiental.

“Vamos manter as florestas em pé”, título do texto que circulou na A Gazeta, no último dia 05 de junho, Dia Internacional do Meio Ambiente. Foi enunciado na matéria que as florestas só deixariam de ser destruídas em solos brasileiros se houvesse investimento pesado em educação ambiental e projetos sustentáveis, envolvendo as grandes empresas multinacionais, investidoras ou com interesse de investir na região Amazônica, até o pequeno extrativista amazônico. Enfatizou que a população e o

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governo precisam trabalhar juntos. Sendo assim, se faz necessário segundo o texto uma mudança de mentalidade das pessoas de ambos os lados.

Como vemos, a temática ambiental na contemporaneidade vem ganhando destaque nas mídias em geral. Cada dia mais presenciamos as pessoas em diversos campos do saber produzindo narrativas sobre a questão. Falas estas que são postas em circulação em especial pelas mìdias, que passam a atuar como “operadores de circulação, como varejistas” (Krieg--Planque, 2010). Entendemos, assim, que a Análise do Discurso tem muito a contribuir também com a problemática, com um olhar discursivo sobre a comunicação, com o intuito de observar como os discursos que são produzidos pelos atores (jornalistas) organizam o espaço social.

Valemo-nos da Análise do Discurso no trabalho com e sobre a linguagem, sendo que, para esta disciplina, a língua é considerada na ordem material, opaca, construída também por equívocos, por marcas da historicidade. Dessa forma, a AD, na proposta de Krieg-Planque (2010), figura como uma disciplina central para os estudos da comunicação.

Enquanto disciplina central para se pensar a comunicação sobre a ótica discursiva, a pesquisadora francesa coloca ainda que a concepção de discurso é pautada como o lugar de “práticas que formam ao mesmo tempo o instrumento e o lugar de divisões e junções que fundam o espaço público”. Sendo assim, por meio de um “como” são organizados os discursos de diversos atores sociais, advindos de formações muito diferentes, seus discursos acabam por perpetuar relações de poder. O sujeito, ao produzir e ao organizar o seu discurso, não está simplesmente dizendo alguma coisa, mas, sobretudo, apontando uma imagem de si. Com isso, queremos enunciar que o sujeito, tomado aqui enquanto ator social, passa a circular palavras que estão na ordem do dia, etiquetando por meio de sua produção discursiva uma narração coletiva, que se concretiza por uma ação.

Assim, procuramos pensar numa perspectiva discursiva a comunicação e o conceito de fórmula, como proposto por Alice Krieg-Planque. Ou seja, tivemos como propósito analisar discursivamente como são dadas a circular, em narrativas, a fórmula “desenvolvimento sustentável” na mìdia mato-grossense. Para refletir a fórmula desenvolvimento sustentável, nosso corpus empírico foi constituído de matérias retiradas de três cadernos do jornal A Gazeta, a saber: Opinião, Economia e Cidades, cujo recorte temporal selecionado se trata de anos entre 2006 a 2010. Fazemos questão de salientar que a nossa análise é de base arquivista, o que permite um retorno às

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materialidades linguísticas num movimento (gesto de leitura) nunca descritível em sua totalidade. Logo, a fórmula “desenvolvimento sustentável” é aqui vislumbrada enquanto acontecimentalização discursiva.

Para desenrolar as ideias sobre a fórmula em análise, apresentamos no primeiro capítulo o campo teórico da Análise do Discurso, discorrendo brevemente sobre as três fases pelas quais passou a disciplina, além de evidenciar o conceito de acontecimento – conceito importantíssimo para o empreendimento de nossa análise. Ainda na primeira parte, descrevemos as contribuições de Faye, Fiala e Ebel, Maingueneau, como base para construir o quadro teórico e metodológico de Krieg-Planque sobre fórmula. Trazidos assim, os conceitos de acontecimento e fórmula, eis que abordamos o que Guilhaumou chama de narrativa do acontecimento.

Abordamos, além disso, na segunda parte de nosso trabalho a fórmula propriamente dita, fazendo um breve sobrevoo sobre como se deu a consolidação da sequência linguística nos principais documentos, resultados de fóruns diversos que discutiram a questão. E ainda destacar os critérios que configuram uma dada sequência linguística como uma fórmula.

Trouxemos a descrição de nosso corpus de pesquisa, no terceiro capítulo. Enunciamos nesta parte o conceito de biopoder, com a finalidade de trazer para discussão práticas de poder, operadas pelas mídias.

Buscamos, no momento das análises que se deram no quarto capítulo, apresentar a proposta da pesquisadora Krieg-Planque, para que o sintagma “desenvolvimento sustentável” se encaixe com as propriedades da fórmula: caráter cristalizador, caráter discursivo, caráter de referente social e caráter polêmico. Feito isso, esboçamos como a fórmula em análise se torna um acontecimento discursivo, e como acontecimento discursivo pode ser pensado à luz de uma narrativa do acontecimento. Ao procedermos com a construção de nosso trabalho, o tempo todo um pensamento não nos saia de nossas reflexões: como empreender em Mato Grosso um “desenvolvimento sustentável”, uma vez que esse estado vive em constante crise ambiental, mas, por outro lado, é líder em produção agrícola?

À medida que íamos realizando as etapas do trabalho, tivemos contato com a proposta de trabalho da francesa Krieg-Planque, sobre o conceito de fórmula, e passamos a pensar no sintagma como “operador” capaz de organizar, fundar, o espaço público que reflete essa discussão. Neste sentido, a fórmula produzida no meio acadêmico passa a atingir milhares e milhares de pessoas, utilizam-na com toda

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veemência, embora, muitas vezes, não conhecem e nem buscam conhecer o significado da palavra.

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