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3 REVISÃO DA LITERATURA

3.6 O CAFÉ E A ECOMOMIA CAFEEIRA

3.6.1 O café especial

Conforme a Revista Cafeicultura (2010), entre o final da década de 1970 e início de 1980, o comércio norte-americano de café estava passando por um momento muito difícil, com a baixa do consumo e a diminuição do corpo industriário, havia a necessidade de criar algo e movimentar o mercado. Foi assim que começou a cruzada dos Cafés Especiais, originalmente chamada de Specialty Coffee pela conhecida Sra. Erna Knudsen, famosa por importar cafés finos da região de San Francisco, Califórnia.

Os cafés especiais seguem um alto padrão de qualidade, e o que os define é a sua pontuação em uma escala, a Specialty Coffee Association of America – SCAA, criada para separar os grãos comuns dos especiais. O café deve possuir o mínimo de 80 pontos em uma escala sensorial que vai até no máximo 100. Nessa escala são analisadas as seguintes características do café: fragrância e aroma, uniformidade, ausência de defeitos, doçura, sabor, acidez, corpo, finalização, harmonia (EMBRAPA, 2018).

Conforme a Associação Brasileira da Indústria do Café – ABIC (2018), o Brasil é tido como o maior fornecedor de cafés especiais do mundo. O consumo interno e externo deste produto vem crescendo e a nação do café já segue em ritmo intenso como tendência mundial. Os mais importantes compradores do café especial brasileiro, são os Estados Unidos, alguns países da Europa, como Itália, Bélgica, Reino Unido e Espanha, além do Japão.

Segundo a Associação Brasileira de Cafés Especiais - BSCA (2018), determinados elementos ilustram o aumento do consumo de cafés especiais, partindo pelo trabalho de incentivo à produção e à capacitação de produtores, que necessitam ser diferenciados, assim como a competência dos baristas e, do próprio anseio dos consumidores, que vem cada vez mais, buscando cafés especiais para ter uma nova experiência gustativa, devido aos grãos que têm atributos sensoriais perfeitos, com corpo e acidez equilibrados.

4 METODOLOGIA

Nesta etapa, será abordado conceitos relacionados a metodologia de pesquisa, assinalando ponderações e definições que conglomeram o tema e trazendo como base diferentes estudos de variados autores.

4.1 PESQUISA DE MARKETING

Conforme Zanotta (2018), a pesquisa de marketing é a junção de dados de mercado que, após terem sido mensurados e avaliados, virão a servir como parte importante no auxílio a tomada de decisão pelos executivos. É importante enfatizar, que a pesquisa de marketing tem como desígnio fundamentar os tomadores de decisões com base no mercado, para que cheguem a uma direção que vá de encontro com seus objetivos e os objetivos do negócio.

Para Oliveira e Yasuda (2013), a pesquisa de marketing precisa ser enfrentada muito mais como uma forma de investir em conhecimento do que uma despesa. A pesquisa de mercado, tem como objetivo reduzir riscos e por consequência o custo na tomada de decisões, auxiliando diretamente nos próximos passos a serem tomados.

Além disso, no mundo empresarial e social, os principais papéis da pesquisa encontram-se em quatro vertentes, que são: papel descritivo, que envolve a coleta e seleção de dados e fatos; o diagnóstico, que transforma os dados em informações importantes e relevantes; o papel preditivo, que avalia como será usado o banco e dados e informações, projetando as possíveis ações e consequências; e o papel criativo, que auxilia na obtenção de insights a respeito de novos caminhos e oportunidades (OLIVEIRA e YASUDA, 2013).

4.1.1 Objetivos

Para Creswell (2010), na proposta dos objetivos, os pesquisadores necessitam assinalar de forma clara a afirmação de objetivo, o problema de pesquisa e as questões de pesquisa. A declaração de objetivo aponta os objetivos, a finalidade ou as ideias com

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maior relevância de uma proposta ou estudo. Essa ideia apresenta uma necessidade a ser explorada posteriormente em questões.

4.1.1.1 Objetivo geral

Lakatos e Marconi (2017), afirmam que o objetivo geral se relaciona com a visão completa e ampla do tema, com o contexto intrínseco, quanto aos fenômenos e eventos, quanto as ideias estudadas. Associa-se diretamente ao próprio significado da tese proposta pelo projeto.

Como objetivo geral, busca-se analisar a viabilidade de implantação de uma torrefação de cafés especiais na cidade de Caxias do Sul.

4.1.1.2 Objetivos específicos

Para Lakatos e Marconi (2017), objetivos específicos são desígnios mais diretos da pesquisa. Apresentam caráter concreto que consecutivamente completam e viabilizam o alcance do objetivo geral.

Além disso, para Lakatos e Marconi (2017), os objetivos específicos devem ter a função intermediária para alcançar o objetivo geral, necessitam apresentar verbos que exprimem ação, podem ser proferidos em uma lista que se inicia com sugestões cognitivas de cunho mais descritivo – como conhecer, identificar, levantar, descrever, verificar.

Os objetivos específicos são:

a) apresentar o levantamento bibliográfico e conceitos pertinentes ao tema; b) identificar o perfil de consumidores de cafés especiais;

c) identificar o melhor horário para o consumo de cafés especiais;

d) apontar o melhor preço a ser cobrado por uma xícara de café especial; e) identificar o poder aquisitivo do público alvo;

4.1.2 Hipóteses

A parte básica do tema, caracterizado e explicitado na elaboração do problema, que vem a ser uma objeção sentida, assimilada e definida, carece de uma solução, “provável, suposta e provisória”, isto é, uma hipótese. São também, suposições que afirmam, em uma determinada situação, a presença ou ausência de certos fenômenos (LAKATOS E MARCONI, 2017).

Dessa forma, foram definidas as seguintes hipóteses:

a) a idade do público que mais consome cafés é de 21 a 40 anos?;

b) a maior parte do público tem conhecimento ou já ouviu falar de cafés especiais?;

c) café é um produto de consumo diário para a maior parte do público?; d) a maioria do público já experimentou um café especial?;

e) a maior parte do público que não experimentou cafés especiais, tem interesse em provar?;

f) na maior parte, considera que compraria cafés especiais para consumo próprio?;

g) o preço entre R$ 15,00 e R$ 20,00 seria o mais interessante para a venda de uma porção de 250 gramas de café especial?.

4.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA

4.2.1 Tipos de pesquisa

Com relação aos diferentes tipos de pesquisa, encontram-se diversas terminologias utilizadas por peritos no assunto. Entretanto, neste projeto foram exploradas três formas de pesquisa: a qualitativa, quantitativa e bibliográfica ou documental.

De acordo com os atributos da pesquisa, podem ser selecionadas diferentes modalidades de pesquisa, sendo possível juntar o qualitativo ao quantitativo. Conforme Richardson (2017), a pesquisa quantitativa é um método para examinar as teorias

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objetivas, avaliando a afinidade entre as variáveis, essas variáveis podem ser mensuradas por instrumentos para que os dados sejam apurados por meios estatísticos. A pesquisa qualitativa é um ensaio do entendimento detalhado das definições e características situacionais proporcionadas pelos entrevistados, em vez da elaboração de medidas quantitativas de características ou comportamentos (LAKATOS e MARCONI, 2017), a pesquisa quantitativa é fundamentada na quantificação para colher e, mais tarde, analisar os dados adquiridos. Nesse formato de pesquisa, é de suma relevância utilizar de técnicas estatísticas.

De acordo com Mascarenhas (2012), a pesquisa bibliográfica se concentra em análise de livros, artigos, dicionários, enciclopédias entre outros. A pesquisa bibliográfica, tem relação direta aos procedimentos técnicos, onde se utiliza levantamentos de assuntos relacionados ao tema do projeto.

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