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o caso das múltiplas identidades e a pornografia cucurtiana

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 80-96)

IV. “SENHORAS E SENHORES, BEM VINDOS AO FABULOSO MUNDO DA

4.2. o caso das múltiplas identidades e a pornografia cucurtiana

O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado; composto não de uma única, mas de várias identidades, algumas vezes contraditórias ou não resolvidas.

Stuart Hall, em A identidade cultural na pós-modernidade

Em “Cosa de negros”, a ideia de múltiplas identidades postulada por Stuart Hall (2005) fica clara em um episódio no qual uma mulher com quem Cucurto teve relações sexuais no dia anterior diz a ele que está grávida. Ela grita, o acusa e, em meio à confusão, vem a defesa: “ - Assume sua cria! – A gorda insiste com essa de filho. - Que filho, sua escrota! Eu já sou casado, já tenho um” (CUCURTO, 2007, p. 41)42. Podemos perceber claramente que a identidade mais conveniente a ser ativada neste momento parece ser, para o personagem, a de um homem de família, a de ser casado e pai, pois acredita que, desta forma, pode livrar-se da acusação. Dentro do Samber, porém, esta identidade é substituída imediatamente por outra:

Volto à danceteria. Sou o último da fila. Tudo muito cheio. Muitos casaizinhos dançando Cumbia. Muita mulher bonita. (...) Acendem-se as luzes e renasço. Acendem-se e já não tenho filho, nem mulher, nem mulher, nem família, nem pais, nem dinheiro, nem trabalho, nem nome... estou feliz, meus olhos veem o máximo possível. As que mais me excitam são aquelas que dançam acompanhadas por outros. As que não param.” (CUCURTO, 2007, p. 53-54)43

Um lugar como o Samber, repleto de “mulher bonita”, exige outro tipo de identidade, que pode ser a de um observador, dançarino, conquistador, mas não a de um marido ou a de um pai. Durante o período em que permanece no clube de cumbia, os laços sociais, como o de família ou o profissional, que em outros espaços são imprescindíveis, são omitidos, tornando-se totalmente dispensáveis.

desciende hasta su escalón más miserable. Ahí el hombre es gusano, rata, cucaracha, lacra.” (CUCURTO,

2012, p. 45) 42

No original: “«¡ Cortala con el crío!» La gorda me insiste con el hijo. «!Qué hijo, pajuerana! Soy casado y

ya tengo uno»” (CUCURTO, 2012, p. 31).

43

No original: “Vuelvo al baile. Voy último en la cola. Todo muy lleno. Muchas parejitas bailando cumbia.

Muchas chicas lindas. (…) Se encienden las luces y vuelvo a nacer. Se encienden y no tengo ni hijo ni mujer, ni familia, ni padres, ni dinero, ni trabajo, ni nombre… Estoy feliz, mis ojos miran todo lo posible. Las que

No livro analisado, não apenas as identidades mudam em determinados espaços. As normas de civilização e conduta, que tornam obscenos os atos do baixo corporal, também são omitidas, especialmente nas cenas em que a carne, o sexo, o corpo, a violência ganham protagonismo na narrativa. Do mesmo modo que Pedro Juan Gutiérrez, Cucurto registra em um tom seco, sem adornos, os aspectos mais brutais da experiência cotidianos de um homem comum. Em algumas cenas se destacam elementos e atos referentes ao corpo denominado como pornográfico. Trazemos, para análise, um trecho do capítulo intitulado “A superfoda dentinho de elefante”:

- Me come, negão, me come – vinha gritando a dançarina de Cumbia. – Nossa! Como você é alto e forte! Vem com tudo, arromba minha persiana, me enterra tudo até o cabo, até enxaguar o meu duodeno! (…)A garota, para não se sentir em dívida, começou a tirar-lhe os pentelhos dos bagos, produzindo o efeito

‘palmadinha’. Aos poucos foram se colocando em posição 69; Washington

mamava-lhe a vagina e lhe sorvia o clitóris (...) Quando não pôde mais aguentar tanta gente em forma de líquido em sua boca, a púbere-impúbere começou a soltar

o sêmen pelo nariz, algo nunca visto, mas sempre ouvido: o lendário ‘dentinho de elefante” (CUCURTO, 2007, p. 91-94)44

Estas referências cruas ao baixo corporal, especialmente no que se refere aos atos sexuais, costumam ser interditadas ou silenciadas por aparecerem comumente associadas a espaços de sociabilidade restritos ou a momentos muito particulares. Tanto é assim que os discursos pornográficos costumam situar-se, conforme Dominique Maingueneau postula, em uma posição de dupla impossibilidade, já que é impossível ela não existir, visto que é massivamente atestada, mas que, ao mesmo tempo, é impossível que exista por causa de sua clandestinidade comprovada ao ser sempre posta “por debaixo dos panos” (MAINGUENEAU, 2010, p. 47).

No fragmento de Cosa de negros citado acima, a crueza do discurso não aparece deslocada desta dupla impossibilidade. Ela apenas se apresenta possível porque está situada em um momento restrito e associada a uma situação muito particular. A caracterização da 44

No original:“Cogeme, negro, cogeme”, venía gritando la adolescente bailarina de cumbia. “¡Qué grandote

y fuerte! Dame con todo, sacudime la persiana, enterrámela hasta el fondo, enjuagame el duodeno.” (…)La

jovenzuela, para no ser menos, comenzó a tirarle los pelos de los huevos produciendo el efecto “palmadita”. Progresivamente se fueron poniendo en posición 69; Washington le mamaba la vagina y le sorbía el clítoris

(…) Al no poder soportar a tanta gente en su boca hecha líquido, la púber-impúber comenzó a soltar el semen

por la nariz, algo nunca visto pero siempre oído: el legendario “colmillito de elefante’ ”. (CUCURTO, 2012, p. 71-73)

adolescente como uma dançarina de cumbia nos fornece duas informações que nos ajudam a compreender este uso: a primeira é a de que a adolescente está diretamente ligada ao Samber, já que este é o local em que, segundo Cucurto, há o melhor baile de cumbia da cidade, e a segunda informação é a de que provavelmente eles se conheceram no próprio Samber. Juntando-se isto à própria situação íntima narrada, omitir ou amenizar as referências ao baixo corporal torna-se algo totalmente desnecessário e incompatível com o contexto.

Além disso, dada a proposta de fazer com que o leitor de fato entre no universo da

cumbia e não seja mero observador, o uso de um léxico dito pornográfico e o detalhamento das posições sexuais ajudam a construir a cena, obtendo-se um discurso altamente performático, a partir do qual o leitor pode se sentir como um terceiro participante, que compartilha desta situação particular e que, portanto, não precisa ser privado de um discurso que seria considerado agressivo se dito a pessoas que estão situadas fora deste “espaço restrito”.

Em Cosa de negros, de Washington Cucurto, o clube de cumbia Samber apresenta- se como um espaço determinador para a caracterização do narrador-personagem Cucurto. Tal como o território de uma tribo ou uma “ilha urbana”, o Samber apresenta configurações específicas e, por isso, apresenta leis próprias que devem ser respeitadas e seguidas por aqueles que o frequentam.

Como pertencente não apenas a uma única tribo/ilha, cabe a Cucurto adaptar-se a cada uma delas, apresentando a(s) identidade(s) que parece(m) ser a(s) mais compatível(is) com o ambiente em que se encontra, sob o risco de deixar de pertencer a uma delas, caso não corresponda às expectativas. Tudo isto nos traz de volta o imperativo da proxemia e mostra que o espaço é uma categoria indispensável para a análise desta obra que, produzida em meio a um universo líquido, apresenta também um personagem fluido, que se adapta às distintas ilhas pelas quais circula ao longo de um mesmo dia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Você percebe que o corpo é realmente interdito quando digita “cagar” e o Word sugere “defecar”; mas, ao mesmo tempo, percebe sua naturalização quando digita “bunda” e nada acontece...

Ana Cristina, em página do Facebook

Não é de práxis iniciar esta seção com uma epígrafe, ainda mais quando esta foi escrita pela própria autora da dissertação e publicada no Facebook, com quinze míseras curtidas e nenhum comentário, mas essa reflexão que surgiu durante o processo de escrita me parece essencial para pensarmos em tudo o que foi aqui sinalizado.

Não há dúvidas de que alguns elementos e ações, especialmente relacionados ao “baixo corporal” (BAKHTIN, 2010) foram interditados a partir de um processo civilizador que determina como ideais os comportamentos que não causam constrangimentos ou incômodos ao outro. No entanto, também parece evidente a existência de alguns espaços, contextos, territórios ou circunstâncias (como, p. ex. o período de carnaval, o espaço do baile funk ou o ambiente privado da intimidade de um casal) que permitem a menção a tais termos obscenos. Isso parece fazer com que o uso do termo “bunda” não seja considerado tão inconveniente para o texto escrito, ao contrário dos elementos referentes à excreção, que são mais raros de serem mencionados, sendo comumente substituídos por eufemismos, sons ou até mesmo numerações.

No decorrer dessas páginas, percorremos um arquipélago formado por três ilhas urbanas, sendo recebidos por habitantes que, embora situados em países diferentes, apresentaram características em comum não só entre eles, mas, surpreendentemente, entre todos nós. Primeiramente, entramos no edifício onde mora o personagem Pedro Juan. Com as paredes desmoronando, não foi preciso ultrapassar a linha que deveria separar o público do privado. Tentando, sem sucesso, desviar-nos dos suspeitos embrulhos que caíam pela janela ou nos furtar ao intercâmbio de líquidos, odores e bactérias que nos cercava, entramos em contato com um autor cruel, que nos colocou diante de elementos que o processo civilizador tentou ocultar. Logo em seguida, atraídos por um incômodo cheiro de podre, entramos em um depósito de lixo e, com muita dificuldade para diferenciá-lo dos dejetos, fomos apresentados a Erasmo Wagner. Diante de um contexto de imundície

generalizada, vimos homens sendo confundidos com animais, mas também recuperando sua humanidade. De repente, entre vozes e mugidos, e com a sensação de que tudo se repetia, entramos no matadouro do Seu Milo e conhecemos nosso guia turístico local. Edgar Wilson, apresentando-nos cada etapa do abate de bois e de homens, mostrou-nos como o sangue, o cheiro e as vísceras podem romper as fronteiras entre o humano e o animal. Por último, embalados pelo contagiante som da cumbia, fomos apresentados ao Samber por Cucurto, uma espécie de apresentador de um grande espetáculo circense, pai, marido e ao mesmo tempo, dançarino e domador de elefantes.

Através deste percurso parafrástico-literário, revemos os conceitos e análises desenvolvidos nos capítulos da dissertação e que estão contidos em seu título: “Corpo e processo civilizador na cidade narrada: o humano e o animal na narrativa latino-americana recente”, no qual encontramos as chaves de leitura utilizadas para a análise das cenas selecionadas.

A partir da seleção de algumas cenas e sem a pretensão de esgotarmos as possibilidades de análise das obras de Pedro Juan Gutiérrez e de Ana Paula Maia, vimos que o corpo foi apresentado, nas quatro narrativas, a partir de elementos referentes ao baixo corporal, que foram sendo recalcados e omitidos ao âmbito do privado no decorrer do processo civilizatório. Referências essas, sempre relacionadas a um fragmento específico da cidade, com normas e configurações próprias.

Devido a uma situação-limite econômica ou social, vimos também construir-se uma proximidade maior entre os integrantes de uma mesma ilha, e um consequente esvaziamento das normas de conduta. Sem a repressão do corpo interdito, os personagens perderam sua humanidade, sendo igualados aos animais através de elementos como o sangue, o cheiro, a excreção e o sexo, que, por serem desdiferenciantes e puramente biológicos, diluem as fronteiras entre o homem e o animal.

Logicamente, não é possível chegarmos a uma conclusão decisiva a respeito de toda a narrativa recente apenas a partir desses dois ou três autores, mas talvez o fato de podermos utilizar os mesmos elementos de análise em obras escritas por autores diferentes e em países distintos indique que estamos diante de uma narrativa latino-americana que apresenta uma configuração própria em relação aos momentos anteriores.

Deixo, portanto, essa dissertação como um indicativo de como podemos traçar um paralelo entre narrativas a partir das figurações do corpo e do processo civilizador na cidade fragmentada, com a expectativa de incentivar sua aplicação pelos demais pesquisadores em outras obras produzidas nas duas últimas décadas.

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